Relacoes_interpessoais

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RELAÇÕES INTERPESSOAIS

Eu vejo a LUZ! 2008

Prof.ª Rosana Spinelli dos Santos [email protected]

Introdução O homem precisa aprender a conhecer a si mesmo, ter equilíbrio e percepção em suas atitudes para enfrentar a vida como ela é, para assumir os seus problemas, para assumir que ele é o único responsável por tudo o que lhe acontecer na vida e parar de atribuir as suas responsabilidades a outras pessoas. Esquecemos ou não queremos enxergar aquilo que mais desejamos: amor, contato, intimidade. Fomos enganados em nossa educação por padrões ou modelos sociais que só valorizam o externo em detrimento do afeto das relações verdadeiramente humanas. É o calor, o contato entre as pessoas, o bom relacionamento que move e preenche nossas vidas. Precisamos ser reconhecido e acreditado pelos outros, amar e ser amado, valorizado, compartilhar nossas emoções e sermos sinceramente aceitos. Expressar sem medo e poder ser a gente mesmo. Aceitar o próximo não é simplesmente respeitar seu espaço e suas características pessoais. É, acima de tudo, reconhecer sua natureza única e particular, suas reais intenções, a luta íntima que o sujeito trava tentando melhorar a cada dia. Muitas vezes não temos paciência para lidar com as dificuldades alheias. Exigimos perfeição em troca da nossa atenção. O segredo é lidar com os outros, e não com as dificuldades. Quando colocamos emoção nos relacionamentos conquistados na vida e no ambiente empresarial obtemos mais cumplicidade, mais respeito e mais sucesso.

Inteligência Interpessoal Para Howard Gardner é a capacidade de compreender as pessoas e de interagir bem com os outros, o que significa ter sensibilidade para as expressões faciais, vozes, gestos e posturas além de habilidade para responder de forma adequada às situações interpessoais. O bom relacionamento é fundamental para aumentar o número de oportunidades. “Quem está num grupo, sempre influencia o comportamento deste e por sua vez, também é por ele influenciado.”

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Simpatia e antipatia Simpatia = Harmonia (de acordo) Cumprimentar, ser cordial, saber o nome da pessoa que está sendo cumprimentada são atitudes importantes que demonstram educação e respeito pelos demais. Antipatia = Desarmonia (desacordo) Quando não simpatizamos, passamos a realçar os defeitos. Pessoas antipáticas apresentam determinados comportamentos que despertam sentimentos negativos e hostis com relação a elas. A boa notícia é que mudando o comportamento, essas mesmas pessoas podem tornar-se simpáticas e fazer com que sua vida fique mais fácil. Alguns comportamentos antipáticos típicos: • Agressividade: caracterizada por críticas negativas, comentários maldosos, agressões verbais, oposição caprichosa. Esclarecer qualquer tipo de desconforto emocional evita a discórdia no ambiente. • Egocentrismo: caracterizado por achar-se o centro do mundo, o melhor, o mais qualificado... No ambiente corporativo existe uma dependência ou certa cumplicidade de todos, para se chegar aos resultados desejados. • Pessimismo: caracterizado por visão negativa sistemática quanto a fatos e ao futuro. “Está tudo errado, nada vai dar certo!”, demonstra incapacidade ou mesmo medo em tomar decisões e assumir responsabilidades. • Má educação: derrapadas nas normas de convívio social. Faça a crítica diretamente à pessoa, evite que seu comentário chegue distorcido aos ouvidos dela. • Distanciamento: frieza, excessiva racionalidade nos relacionamentos, insensibilidade, desinteresse pelos outros. É importante escutar, entender o que está acontecendo, questionar sem usar a superioridade e refletir sobre tudo o que está sendo dito. • Intromissão: bisbilhotice, avançar os limites sociais. Sem respeito, o colaborador atrapalha o relacionamento das equipes, invade limites dos colegas e a natureza do outro.

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• Mau humor: estar de mal com a vida, zangar-se facilmente, criar mágoas inadequadas. Ter uma pessoa mal-humorada causa desconforto do início ao fim do expediente, deixa toda a equipe desmotivada e atrapalha a produtividade.

DISTIMIA: O MAL-HUMORADO CRÔNICO É uma forma crônica de depressão, com sintomas mais leves, o distímico continua tocando a vida, mas está sempre reclamando. Ele só enxerga o lado negativo do mundo, não sente prazer em nada, aprende a funcionar irritado e pára diante da resolução dos problemas. Raramente o distímico pede ajuda, ele não se enxerga. “Para a maioria dos pacientes, o mau humor constante é um traço de sua personalidade. A desculpa pela rabugice recai sempre no ambiente ao seu redor, o que inclui o tempo, o chefe, a sogra...” A doença não deve ser subestimada, pois o portador corre o risco 30% maior de desenvolver quadros depressivos graves. Sem contar que também pode levar as pessoas ao consumo de álcool ou outras drogas. Para certificar-se de que a rabugice é mesmo patológica, os sintomas devem persistir por, no mínimo, dois anos. As chances de haver distimia dobram com a variação hormonal do organismo feminino. A distimia pode ser tratada com ajuda de medicamentos antidepressivos associados à terapia. Ao contrário do que se pensa, o humor natural melhora com a idade. Sinais da Distimia: • Apetite: A pessoa alimenta-se pouco e sem prazer ou come com muita ansiedade. • Desinteresse: Tudo é feito por obrigação, nada gera prazer. Em geral a pessoa tem uma dificuldade muito grande para finalizar projetos. • Distúrbios do Sono: A pessoa pode tanto dormir demais como ter insônia. Acorda à noite com freqüência e costuma madrugar. • Fadiga Crônica: O cansaço é predominante e a realização de atividades leva mais tempo que o necessário devido à insatisfação. • Isolamento: Preferência pela solidão com o objetivo de não se irritar com os outros.

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• Pessimismo: É incapaz de enxergar o lado positivo da forma de ser dos outros ou das situações, o que leva a pessoa a manter-se cabisbaixa, com ar deprimido. • Tristeza: O sentimento de infelicidade domina quase todo o tempo do sujeito.

AS DEZ MAIS (Autor desconhecido) A primeira palavra mais egoísta do mundo ... “EU”. Entenda isso. A segunda palavra mais satisfatória do mundo... “NÓS”. Use isto. A terceira palavra mais venenosa do mundo... “EGOÍSMO”. Mate isto. A quarta palavra mais usada no mundo... “AMOR”. Valorize isto. A quinta palavra mais agradável do mundo... “SORRISO”. Mantenha isto. A sexta palavra que mais rápido se espalha no mundo... “FOFOCA”. Ignore isto. A sétima palavra mais dura de trabalhar no mundo... “SUCESSO”. Atinja isto. A oitava palavra mais inviável do mundo... “CIÚMES”. Se distancie disto. A nona palavra mais poderosa do mundo... “CONHECIMENTO”. Adquira isto. A décima palavra mais essencial do mundo... “CONFIANÇA”. Acredite nisto.

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Motivação humana Para encontrar motivação para o dia-a-dia é preciso primeiramente ter sonhos, projetos sobre o futuro, uma visão clara e significativa de onde se quer chegar ou o que se quer fazer com a própria vida. É preciso ter um sentido maior e que faça a diferença para si mesmo. É preciso sonhar e agir. Planejar e realizar. Conquistar e comemorar. As motivações pessoais são à base da ação individual. Algumas dessas motivações são conscientes, outras não. Quando olhamos para dentro de nós e procuramos os motivos para sermos felizes, estamos construindo uma força capaz de atrair tudo que desejamos. Sejam coisas boas ou ruins. Somos todos dotados de uma força interna capaz de realizar nossos sonhos e desejos, desde que eles estejam diretamente aliados às atitudes. A motivação humana é constante, infinita, flutuante e complexa. O homem pode ser considerado um animal que deseja e que raramente alcança um estado de completa satisfação, a não ser em certos períodos de tempo. Logo que satisfaz a um desejo surge outro, sucessivamente. Moral elevado: Euforia, Satisfação, Otimismo, Cooperação, Aceitação de Objetivos, Boa Vontade, Identificação. Moral baixo: Insatisfação, Pessimismo, Oposição, Rejeição de Objetivos, Má vontade, Dispersão, Agressão.

Teoria da Hierarquia das Necessidades Humanas Abraham H. Maslow apresentou uma teoria da motivação segundo a qual as necessidades humanas estão dispostas em níveis, numa hierarquia de importância e influência. Percebeu que o ser humano busca ao longo da vida, atender às suas necessidades em uma ordem crescente demonstrada através de sua pirâmide. Enquanto não encontrar satisfação numa das necessidades, o homem fixarse-á nesse nível e todo o seu esquema perceptivo só se preocupará com as possibilidades de satisfazê-la. Quer dizer, uma pessoa que vive com fome, não concebe bem estar nem valores. Antes, terá de satisfazer essa necessidade básica.

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Pirâmide de Maslow

NECESSIDADES SECUNDÁRIAS Necessidades de Auto-realização Necessidades de Estima Necessidades Sociais

Necessidades de Segurança

NECESSIDADES PRIMÁRIAS

Necessidades Fisiológicas

Nessa pirâmide encontram-se cinco níveis de necessidades: • Necessidades Fisiológicas: estão relacionadas com a sobrevivência do indivíduo e com a preservação da espécie: respiração, água, alimentação, excreção, desejo sexual, sono e repouso, abrigo, etc. • Necessidades de Segurança: saúde, emprego, estabilidade, finanças, propriedade, moralidade, busca de proteção e fuga ao perigo. • Necessidades Sociais: amor, família, amizade, comunidade, participação e aceitação por parte dos companheiros. • Necessidades de Estima: relacionadas com a maneira pela qual a pessoa se vê e se avalia como a auto-estima, a autoconfiança, a conquista, o respeito, o status, o prestígio e o reconhecimento. • Necessidades de Auto-realização: realizar o próprio potencial e o seu desenvolvimento (vir a ser tudo o que pode ser): a realização profissional, a criatividade, a espontaneidade, a superação das dificuldades, a ausência de preconceitos, a aceitação dos fatos... Algum tempo depois, Maslow acrescentou mais dois níveis em sua teoria: • acima da "estima", a necessidade do "saber e conhecer" onde o indivíduo busca o sentido das coisas; • após a "auto-realização", a necessidade "transcendente" onde a pessoa busca ajudar a outra a se desenvolver e a realizar o seu potencial.

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Importante: A insatisfação dessas necessidades é que caracteriza a saúde física e mental, pois mobiliza energias direcionadas para o crescimento pessoal. As necessidades não satisfeitas também são motivadoras de comportamento, podendo levar a: desorganização de comportamento; agressividade; reações emocionais; alienação e apatia. Os relacionamentos interpessoais dependerão das realizações e satisfações das necessidades individuais, mas muitas vezes os homens se comportam de forma dualista, tanto pode cooperar como competir com os outros. Coopera quando os seus objetivos individuais somente podem ser alcançados através do esforço comum coletivo. Compete quando seus objetivos são disputados e pretendidos por outros. Não se podem exigir resultados de uma equipe se esta não tiver um mínimo de comodidade e de condições para realizar suas necessidades básicas. Mas se acredita que quanto melhor e mais bem atendidas estas necessidades tanto melhor será o desempenho grupal.

Liderança O ser humano é por natureza um ser social, necessita viver em sociedade. Liderança é a habilidade de influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente visando atingir aos objetivos identificados como sendo para o bem comum. Um ambiente profissional requer um clima harmonioso, credibilidade, segurança e comprometimento entre todos os integrantes da equipe. Líder democrático: Ele é capaz de dividir a responsabilidade da tomada de decisão, os erros e os acertos com a equipe. Ele ouve o grupo e não impõe a própria opinião, a equipe fica mais motivada. A grande função desse líder é ensinar, as pessoas que estão ao seu redor não precisam conhecer ou concordar com o que ele fala, mas precisam sentir que ele está disposto a compartilhar o que aprendeu. Gera a tensão produtiva (fruto do prazer em querer realizar algo que nos faz bem) e estimula a criatividade, pois capacita e enaltece o desempenho de cada colaborador.

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Poder É a faculdade de forçar ou coagir alguém a fazer sua vontade, por causa de sua posição ou força, mesmo que a pessoa preferisse não o fazer. (Weber) O poder corrói os relacionamentos humanos. Líder autocrático: Não tem mais nada a apreender. O mundo gira em torno de si e suas decisões devem ser acatadas e executadas sem nenhuma reflexão. Por isso define, distribui e comanda todas as atividades sem consultar o grupo, não comunica os objetivos a atingir, não é objetivo nas apreciações (recorre ao elogio e a crítica destrutiva) e nem esclarece os critérios subjacentes à avaliação que faz. Gera maior produção, a tensão improdutiva (fruto de um ambiente carregado de emoções negativas), frustração e agressividade.

Autoridade É a habilidade de levar as pessoas a fazerem de boa vontade o que você quer por causa de sua pessoa, de seu caráter e de sua influência pessoal. Não pode ser comprada ou vendida, nem dada ou tomada. Líder carismático: Confia nas pessoas da sua equipe, dá uma identidade a cada uma delas e permite sua contribuição de idéias e valores. Exerce o poder democraticamente, deixando fluir suas responsabilidades e permitindo abrir mão do controle. Ele inspira em seus liderados a confiança, a responsabilidade, a integridade, a aceitação incondicional, a obediência espontânea e o envolvimento emocional. Líder Situacional: É aquele que assume seu estilo de liderança dependendo mais da situação do que da personalidade. A postura deste líder brota ante as diferentes situações que ele detecta no dia-a-dia. Possui um estilo adequado para cada situação. O grupo reage com segurança e motivação.

O desafio da liderança Tudo na vida gira em torno dos relacionamentos – com Deus, comigo e com os outros.

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A confiança é a cola que gruda os relacionamentos. A chave para a liderança é executar as tarefas enquanto se constroem os relacionamentos. Você conhece? • Chefe morcego – Só aparece no fim do expediente. • Chefe orelha – Só fica na escuta. • Chefe peixe – Na hora da responsabilidade... Nada!!! • Chefe ortopedista – Só pega no pé! • Chefe prego – Só leva na cabeça. • Chefe sorvete – Se derrete todo quando vê o gerente. • Chefe caranguejo – Só faz o serviço andar pra trás. • Chefe chiclete – Não desgruda. • Chefe doril – Surgiu problema? Sumiu... • Chefe fósforo – Esquenta a cabeça por pouco. • Chefe limão – Vive azedo.

Quem é você no trabalho? 1. ENGAJADOS: trabalham com paixão e têm um sentimento de profunda conexão com a organização. Eles impulsionam inovações e movem à organização. - O positivo – sempre pronto a ajudar, seguro de si próprio. - O tímido – tem idéias, porém tem dificuldade em formulá-las. 2. NÃO ENGAJADOS: essencialmente “desconectados”. Eles estão sonâmbulos durante o trabalho, empregando seu tempo, mas não energia ou interesse no que faz. - O eterno perguntador – atrapalha a todos, pergunta com intuito de se esconder ou mesmo disfarçar a sua incompetência. - O falante – fala de tudo e sem parar, não deixando espaço para os demais se expressarem. - O distraído, desinteressado – distrai também os outros. 3. ATIVAMENTE DESENGAJADOS: não são apenas pessoas desconectadas do trabalho, elas estão ocupadas em propagar as suas infelicidades. Estão sempre minando o ambiente com seus desinteresses. - O belicoso – gosta de ferir os outros com ou sem razões legítimas. - O teimoso – ignora sistematicamente tanto o ponto de vista dos outros como o seu, monopoliza a discussão. - O sabe – tudo – pretende impor sua opinião a todos. - O desdenhoso – dirige-se ao grupo de forma superior.

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Comunicação humana Não é tão difícil compreender a importância da comunicação, pois tudo que o conhecemos só tem sentido se aplicado e o conhecimento só poderá ser aplicado se puder ser comunicado. Comunicação é o processo que consiste em transmitir e receber uma mensagem, com a finalidade de afetar o comportamento das pessoas. O mais importante na comunicação é a maneira que falamos as coisas. Mais do que o conteúdo a ser comunicado, a forma, o jeito, a maneira de expressar idéias e sentimentos é fundamental para criar empatia e simpatia nas pessoas. Cada vez mais, as empresas estão percebendo a importância da comunicação interpessoal, como uma ferramenta de trabalho e habilidade pessoal, importante para o desempenho dos colaboradores e a divulgação das suas atividades. Na maioria dos conflitos humanos, existe um erro de Comunicação. Num processo de Comunicação há um emissor, um receptor e um meio ou canal, pelo qual a mensagem é enviada. De acordo com pesquisas o impacto de uma mensagem sobre o ouvinte está relacionado com:

07% - palavras (o que a pessoa diz) 38% - tom de voz, inflexão (a maneira como fala) 55% - corpo, olhos, mãos, braços, pernas, dedos (expressões e gestos) Tipos de comunicações 1) Verbais – a mensagem é constituída pela palavra falada e escrita Falar e escrever são recursos que precisam ser aprendidos, e estão intimamente ligados.

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A leitura é a base da arte de escrever. 2) Não verbais – a mensagem é constituída pela mímica, pelo olhar, pelas posturas corporais e faciais.

A importância do escutar Ouvir é uma das habilidades mais importantes que um líder pode escolher para desenvolver. Quando você interrompe as pessoas no meio da frase, você envia algumas mensagens negativas e desrespeitosas: • Se você me interrompeu é porque não estava prestando muita atenção ao que eu dizia, já que sua cabeça estava ocupada com a resposta. • Se você se recusa a me ouvir, não está valorizando a minha opinião. • Você deve acreditar que o que tem a dizer é muito mais importante do que o que tenho a dizer.

O poder da língua Não se pode negar que a palavra exerce poder sobre nós e como são importantes no convívio social. Quando ouvimos um elogio, há um bem estar que nos invade e acaba por influenciar nossas ações. Da mesma maneira, quando ouvimos uma ofensa ou uma crítica, reagimos e passamos a nos comportar também de acordo. Além da palavra em si, a forma como ela é pronunciada, a tonalidade que se usa para proferi-la traz reações também próprias, que se manifestam no comportamento. Portanto, a gentileza, docilidade, aspereza, impaciência, enfim, a forma como se fala algo a alguém, traz sempre resultados compatíveis à sua natureza. Palavras uma vez faladas não podem ser retiradas, isso é uma verdade, mas podem ser anuladas, através de novas declarações. Por isso, precisamos ter um incrível zelo com as declarações que saem das nossas bocas, que devem ser sempre palavras de bênção e de vida, não de ruína e morte. Quem cala, comunica-se Nesse fascinante mundo da Comunicação humana, compreende-se que a própria ausência da comunicação é Comunicação. Não está por acaso, o silêncio, entre os mais notáveis instrumentos de Comunicação?

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O silêncio pessoal obriga-nos a repensar fragilidades e inseguranças, estimulando um “check-up” mental. O silêncio profissional exige uma análise silenciosa e atenta daquilo que não é dito no ambiente de trabalho, pois pode representar a necessidade de uma mudança estrutural das ações de liderança. No silêncio inteligente tem o tempo de falar e o tempo de calar-se, sem ter medo da solidão do pensar, entre esses dois tempos deve prevalecer o equilíbrio entre a razão e a sensibilidade. Saber calar: • Quando o assunto foge da sua especialidade. • Quando se tem um temperamento hiperagressivo e colérico e está pronto a ferir alguém. • Quando o melhor é ouvir para aprender mais, para formar uma opinião. Para uma comunicação interpessoal eficaz: • Trate as pessoas pelo nome. • Olhe para as pessoas enquanto fala. • Ouça as pessoas. • Coloque-se no lugar dos outros. • Evite pré-conceitos. • Inspire confiança. • Solicite e aceite feedback. • Mantenha o equilíbrio emocional.

A síndrome do sapo fervido por Luiz Carlos Cabrera Vários estudos biológicos provam que um sapo colocado num recipiente, com a mesma água de sua lagoa, fica estático durante todo o tempo que aquecemos a água, até que ferva. O sapo não reage ao gradual aumento da temperatura (mudanças do ambiente) e morre quando a água ferve. Inchadinho e feliz. Por outro lado, outro sapo que seja jogado neste recipiente já com a água fervendo salta imediatamente para fora. Meio chamuscado, porém vivo! Muitos têm comportamento similar ao do SAPO FERVIDO. Não percebem as mudanças, acham que está tudo bem, que vai passar que é só dar um tempo! E "quebram" ou fazem um grande estrago em suas empresas, "morrendo" inchadinhos e felizes, sem terem percebido as mudanças. Outros, graças a Deus, aos serem confrontados com as transformações, pulam, saltam; em ações que representam, na metáfora, as mudanças necessárias.

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Temos vários sapos fervidos por aí, prestes a morrer, porém boiando estáveis e impávidos na água que se aquece a cada minuto. Sapos fervidos que não perceberam que o conceito de administrar mudou. O antigo “administrar é obter resultados através das pessoas” foi gradualmente substituído por administrar é fazer as pessoas crescerem através do seu trabalho, atingindo os objetivos da empresa e satisfazendo suas próprias necessidades. O desafio ainda maior está na humildade de atuar de forma coletiva. Fizemos durante muitos anos, culto ao individualismo e a turbulência exige hoje, o esforço coletivo, que é a essência da eficácia, como resposta. Tornar as ações coletivas exige, fundamentalmente, muita competência interpessoal para o desenvolvimento e o espírito de equipe; exige saber partilhar o poder, delegar, acreditar no potencial das pessoas e saber ouvir. Os Sapos Fervidos, que ainda acreditam que o fundamental é a obediência e não a competência “que manda quem pode e obedece quem tem juízo”, boiarão no mundo da produtividade, da qualidade e do livre mercado.

Profissional do amanhã Iniciativa, criatividade, coragem para assumir riscos, flexibilidade para mudar, gerenciador de suas emoções e habilidade para lidar com as pessoas. Estratégias 1. Competência: não significa ter um diploma, é ter domínio sobre algum campo do saber, ter o conhecimento. • Quais as oportunidades de permanecer estudando, aprendendo e melhorando a minha performance? 2. Domínio de mais de uma língua 3. Afetividade: desenvolver “atitudes” além de conhecimentos e habilidades. 4. Fazer diferente: empreendedor, não copia, confia no seu estilo próprio e na personalidade de comunicador e incentivador. Valores pessoais: 1. Auto realização: o melhor é fazer o que se gosta e gostar do que se faz! 2. Espiritualidade 3. Simplicidade: a competência de comunicar, trocando experiências com todos. 4. Ousadia Valores comunitários: verificar em que pode colaborar (solidariedade). Valores ecológicos: consciência sobre a destruição que você e a sua empresa poderão causar.

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Sintetizando: Ninguém é insubstituível, mas posso ser imprescindível. Prepare sucessores, desenvolva os talentos de sua equipe, esteja pronto para novas oportunidades em sua carreira, não fique estagnado criando uma relação de amor com o seu cargo. Vamos resgatar o valor das pessoas e de suas relações interpessoais, num processo que facilita não apenas o aprimoramento, mas desenvolvendo a consciência de que o trabalho de cada um é a base sobre a qual os outros constroem a qualidade de seus trabalhos. Não existe o emprego ideal, sempre haverá a pressão, resistência ao novo, momentos de crise nos relacionamentos, choque de valores e crenças, tudo isto é normal, todos querem o melhor, mas existem maneiras e maneiras de como buscar o melhor.

Dez regras básicas para se fazer um bom marketing interpessoal: Utilize-as e sinta a diferença! 1) Respeite os outros, não fazendo com eles o que você não quer que eles façam com você. 2) Cultive amizades, dentro e fora do ambiente de trabalho e não somente quando precisar delas. Construa seu networking. 3) Aprenda a ouvir mais do que falar. Não é a toa que temos dois ouvidos e uma boca! 4) Seja sempre educado e evite ser rude. Cumprimente a todos, os apertos de mãos devem ser firmes. 5) Faça elogios verdadeiros às pessoas, enxergue os pontos positivos de cada um e enalteça-os. Lembre-se que elogiar não é bajular! 6) Não seja teimoso. Saiba mudar sua opinião se outra pessoa lhe mostrar argumentos concretos e críveis. 7) Não entre em choque direto com os outros. Tenha paciência e conduza a conversa de forma tranqüila e amigável, mostrando seus argumentos com exemplos práticos. Assim, convencerá de maneira simpática e eficiente. 8) Procure sorrir mais e contagie as pessoas com seu positivismo. Torne sua presença agradável. (Ninguém gosta de conviver com uma pessoa

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resmungona, ressentida e sempre pronta a se queixar e a reclamar de tudo e de todos). 9) Esteja sempre à disposição para ajudar. Evite o “isso não é comigo” e procure soluções para seus colegas, mesmo quando o assunto não lhe diz respeito. 10) Procure se informar sobre diferentes culturas e seus respectivos tipos de comportamento. Isso ajuda a evitar gafes desagradáveis. “Se algum dia, alguém lhe disser que seu trabalho não é o de um profissional, lembre-se... Amadores construíram a Arca de Noé... e profissionais o Titanic.” Atritos - Roberto Crema Ninguém muda ninguém; ninguém muda sozinho; nós mudamos nos encontros. Simples, mas profundo, preciso. É nos relacionamentos que nos transformamos. Somos transformados a partir dos encontros, desde que estejamos abertos e livres para sermos impactados pela idéia e sentimento do outro. Você já viu a diferença que há entre as pedras que estão na nascente de um rio, e as pedras que estão em sua foz? As pedras na nascente são toscas, pontiagudas, cheias de arestas. À medida que elas vão sendo carregadas pelo rio, sofrendo a ação da água e se atritando com as outras pedras, ao longo de muitos anos, elas vão sendo polidas, desbastadas. Assim também agem nossos contatos humanos. Sem eles, a vida seria monótona, árida. A observação mais importante é constatar que não existem sentimentos, bons ou ruins, sem a existência do outro, sem o seu contato.

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Passar pela vida sem se permitir um relacionamento próximo com o outro, é não crescer, não evoluir, não se transformar. É começar e terminar a existência com uma forma tosca, pontiaguda, amorfa. Quando olho para trás, vejo que hoje carrego em meu ser várias marcas de pessoas extremamente importantes. Pessoas que, no contato com elas, me permitiram ir dando forma ao que sou, eliminando arestas, transformando-me em alguém melhor, mais suave, mais harmônico, mais integrado. Outras, sem dúvida, com suas ações e palavras me criaram novas arestas, que precisaram ser desbastadas. Faz parte... Reveses momentâneos servem para o crescimento. A isso chamamos experiência. Penso que existe algo mais profundo, ainda nessa análise. Começamos a jornada da vida como grandes pedras, cheias de excessos. Os seres de grande valor, percebem que ao final da vida, foram perdendo todos os excessos que formavam suas arestas, se aproximando cada vez mais de sua essência, e ficando cada vez menores, menores, menores... Quando finalmente aceitamos que somos pequenos, ínfimos, dada a compreensão da existência e importância do outro, e principalmente da grandeza de DEUS, é que finalmente nos tornamos grandes em valor. Já viu o tamanho do diamante polido, lapidado? Sabemos quanto se tira de excesso para chegar ao seu âmago. É lá que está o verdadeiro valor...

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Pois, DEUS fez a cada um de nós com um âmago bem forte e muito parecido com o diamante bruto, constituído de muitos elementos, mas essencialmente de AMOR. DEUS deu a cada um de nós essa capacidade, a de AMAR... Mas temos que aprender como. Para chegarmos a esse âmago, temos que nos permitir, através dos relacionamentos, ir desbastando todos os excessos que nos impedem de usá-lo, de fazê-lo brilhar. Por muito tempo em minha vida acreditei que amar significava evitar sentimentos ruins. Não entendia que ferir e ser ferido, ter e provocar raiva, ignorar e ser ignorado faz parte da construção do aprendizado do amor. Não compreendia que se aprende a amar sentindo todos esses sentimentos contraditórios e... os superando. Ora, esses sentimentos simplesmente não ocorrem se não houver envolvimento... E envolvimento gera atrito. Minha palavra final: ATRITE-SE! Não existe outra forma de descobrir o AMOR. E sem ele a VIDA não tem significado.

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Bibliografia A quinta disciplina – Peter Senge – Editora Best Seller A invenção de uma vida – reflexões sobre liderança e mudanças – Warren Bennis – Editora Campus Comunicação e Liderança por Wilson Gonzaga Como trabalhar e ser feliz? por Luiz Carlos Moreno Conheça os 10 primeiros erros no trabalho de equipe por vários especialistas de carreira

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Gestão do Desempenho por Paulo Araújo Líder: o encantador de pessoas por Michael J. Losier Liderança Autoritária por Ricardo Fraga Moreira Miragaia Liderança Carismática por Alberto Carlos Paschoaletto Liderança e seus tipos por Vangevaldo Batista Sant'Anna Marketing Interpessoal para administrar relacionamentos – Nelson Botter Junior Motivação ou não, causada pelo ambiente de trabalho por Benito S Pepe O desafio da liderança – James M. Kouzes e Barry Z. Posner – Editora Campus O profissional do século XXI – Hamilton Werneck – Editora Record O monge e o executivo – uma história sobre a essência da Liderança – James C. Hunter – Editora Sextante O que é mais importante para você? por Moacyr Castellani O “ser” e o “profissional”: um equilíbrio essencial! por Carlos Alberto Zaffani Relações interpessoais e qualidade de vida no trabalho – Edina de Paula Bom Sucesso – Quality Mark Relações Interpessoais e Sociabilidade por Priscila de Loureiro Coelho Relações humanas na família e no trabalho – Pierre Weil – Editora Vozes Tipos de liderança por Caroline Faria

Sugestões de leitura A revolução dos campeões – Roberto Shinyashiki – Editora Gente Como conquistar as pessoas – Allan & Bárbara Pease – Editora Sextante Como trabalhar para um idiota – John Hoover – Editora Futuro Mude – Edson Marques – Editora Original O sucesso está no equilíbrio – Robert Wong – Editora Campus O monge e o executivo – uma história sobre a essência da Liderança – James C. Hunter – Editora Sextante Como se tornar um líder servidor – James C. Hunter – Editora Sextante Quem mexeu no meu queijo – Spencer Johnson, M.D. – Editora Record Relações humanas na família e no trabalho – Pierre Weil – Editora Vozes Seu balde está cheio? – Tom Rath e Donald O. Clifton – Editora Sextante

Contato [email protected]

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