Portugues, Romantismo, Falas.

  • November 2019
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  • Words: 1,890
  • Pages: 4
3- Boa tarde 1- Nosso grupo é composto por mim, Amanda Bessa Siqueira. 2- Eu, Danilo Lopes Martins. 3- Eu, Letícia Sayonara Castilho de Sousa. 4- Eu, Loiziane Franciely Oliveira da Silva.. 2- A escrava Isaura e Lucíola são dois livros pertencentes ao estilo de época romantismo. 1- Por quê? 4- Coube a nós a tarefa de responder a essa pergunta 3- mostrando as características presentes nos dois livros que fazem com que os dois pertençam, com certeza, ao estilo de época romantismo. 2- E simultaneando os trechos de A escrava Isaura e Lucíola que mostram essas características *vira vira (...) ¬¬ * 2- Características... Esse é o único fator que define a que estilo de época o texto pertence? 3- sim 1- A época em que ele foi escrito não influencia. 4- Uma vez que, um texto escrito em uma época x, pode perfeitamente pertencer a um estilo de época y. 3- E quais são as características presentes nos livros, que fazem com que eles pertençam ao estilo de época romantismo? 2- Sentimentalismo, egocentrismo ou ânsia de glória, idealização da mulher 4- Culto à natureza, exagero, sonho, subjetivismo 1- pessimismo, evasão ou escapismo, fé, supervalorização do amor... 3- Ceeeerto, vamos por partes... O exagero, consiste em quê? 2- Exagero nas emoções, nos sentimentos, nas figuras do herói e do vilão, 4- Exagero que se manifesta nas características já listadas. 1- O escritor romântico, principalmente o romancista, no afã de criar personagens perfeitas, cai no exagero. 4- Característica essa que pode estar presente em quaisquer uma das outras citadas anteriormente. 2- Como no trecho em que Leôncio e/ou demais personagens do sexo masculino descrevem Isaura sem poupar adjetivos. 3- Em A Escrava Isaura, de Bernardo Guimarães, Isaura é perfeita, sem um defeito sequer. Em contrapartida, Leôncio, o vilão, atravessa toda a história sem nos mostrar uma única qualidade. 1- Ou mesmo nas partes em que as escravas descrevem o feitor como um homen sem escrúpulos. 4- Em Lucíola, o exagero, assim como o senso do mistério, imaginação e fantasia e o culto à natureza, se faz presente 3- mas eles são de importância secundária. 2- Um dos fragmentos do livro em que detecta-se a presença do exagero é o seguinte: 4- “se compunha de um vestido escarlate com largos folhos de renda preta, bastante decotado para deixar ver as suas belas espáduas, de um filó alvo e transparente que flutuava-lhe pelo seio cingindo o colo, e de uma profusão de brilhantes magníficos capaz de tentar Eva, se ela tivesse resistido ao fruto proibido. 3- Vê-se o exagero explícito ao descrever a beleza irradiante de Lucia. (Isaura sentada como se estivesse tocando piano) 1- "Acha-se ali sozinha e sentada ao piano uma bela e nobre figura de moça, as linhas do perfil desenham-se distintamente entre o ébano da caixa do piano e as

bastas madeiras ainda mais negras do que ele. São tão puras e suaves essas linhas, que fascinam os olhos, enlevam a mente, e paralisam toda a análise". 2- “O rosto cândido e diáfano, que tanto me impressionou à doce claridade da lua, se transformara completamente: tinha agora uns toques ardentes e um fulgor estranho que o iluminava. Os lábios finos e delicados pareciam túmidos dos desejos que incubavam. Havia um abismo de sensualidade nas asas transparentes da narina que tremiam com o anélito do respiro curto e sibilante, e também nos fogos surdos que incendiavam a pupila negra.” 1- Anjo ou prostituta, a figura da mulher é sempre idealizada. 4- A mulher, objeto do amor romântico, é divinizada, cultuada, pura, 2- corporificada, sensual, desejada, 1- Vista de maneira material ou imaterial. 3- No caso de Isaura, ela é vista como um anjo do inicio ao fim do livro. 4- Já no caso de Lucíola, como já é de conhecimento da turma, no início ela é tida como prostituta, 1- Mas no final, sua figura já é de um anjo, como vemos no trecho em que Paulo a descreve. 3- Se eu ainda tivesse junto de mim todos os entes queridos que perdi, veria morrer um a um diante de meus olhos, e não salvaria por tal preço. Tive força para sacrificar-lhes outrora o meu corpo virgem; hoje, depois de cinco anos de infâmia, sinto que não teria coragem de profanar a castidade de minha alma. Não sei o que sou, sei que começo a viver; que ressuscitei agora. Ainda duvidará de mim? 2- “Tu és um anjo, minha Lúcia!” 4- O mundo do romântico gira em torno de seu "eu": do que ele sente, do que ele pensa, do que ele quer. 1- Isso é subjetivismo. 3- Por isso o poeta e o personagem na ficção romântica estão em contínua desarmonia com os valores e imposições da sociedade e/ou da família. 2- Em Lucíola encontram-se pelo menos duas grandes manifestações desse subjetivismo romântico. 1- A primeira grande manifestação de subjetivismo está na própria estrutura narrativa do romance. 4- Trata-se de um romance de "primeira pessoa", em que a história é narrada do ponto de vista de uma só pessoa. 2- No caso, Paulo. Tudo gira em torno do que ele viu, pensou e sentiu junto à Lúcia. Tudo, portanto, muito individual. 3- Já no início da carta, Paulo esclarece que escreveu essas páginas para se justificar perante uma senhora que estranhou "a minha (dele) excessiva indulgência pelas criaturas infelizes, que escandalizam a sociedade com a ostentação do seu luxo e extravagância. 1- “Para isso, "escrevi as páginas que lhe envio, às quais a senhora dará um título e o destino que merecerem. É um "perfil de mulher" apenas esboçado.” 4- A segunda considerável manifestação de subjetivismo está na oposição indivíduo x sociedade. 2- No romance, Paulo e Lúcia ora se insurgem contra as convenções sociais: "Que me importa o que pensam a meu respeito?", ora satisfazem essas mesmas convenções, embora sempre reafirmando o próprio "eu" e fazendo a sua personalidade. 3- "... Há certas vidas que não se pertencem, mas à sociedade onde existem. Tu és uma celebridade pela beleza. O público, em troca do favor e admiração e que cerca os seus ídolos, pede-lhes conta de todas as suas ações. Quer saber por que agora andas tão retirada." 1- "Ah! esquecia que uma mulher como eu não se pertence; é uma coisa pública, um carro de praça que não pode recusar quem chega..." ____________lucia vista

Sentimentalismo - O artista romântico vale-se dos sentimentos, por acreditar que só assim consegue traduzir tudo aquilo que ocorre no seu interior. - Por isso, é o sentimento de cada um que define a importância ou não das coisas - Assim agindo, o escritor pretende atingir mais a emoção do que a razão do leitor - Como vemos em A escrava Isaura, na parte em que Henrique demonstra todo o se amor por Isaura e oferece-lhe, além da liberdade, tudo que ela desejar. - Em Lucíola, um dos lugares em que encontramos isso - É no dia em que Lúcia e Paulo ‘fazem amor’ pela primeira vez. - Paulo deixa escapar discursos de prazer e emoção incontida. Culto à natureza - A natureza adquire especial significado no mundo romântico. - Testemunha e companheira das almas sensíveis, é, também, refúgio, proteção, mãe acolhedora. - Costuma-se afirmar que, para os românticos, a natureza foi também personagem, - Com papel ativo na trama - “ Era um domingo. O novo ano tinha começado. A bonança que sucedera às grandes chuvas trouxera um dos sorrisos de primavera, como costumam desabrochar no Rio de Janeiro entre as fortes trovoadas do estio. As árvores cobriam-se da nova folhagem de um verde tenro; o campo aveludava a macia pelúcia da relva, e as frutas dos cajueiros se douravam aos raios do sol. Uma brisa ligeira, ainda impregnada das evaporações das águas, refrescava a atmosfera Os lábios aspiravam com delícias o sabor desses puros bafejos, que lavavam os pulmões fatigados de uma respiração árida e miasmática. Os olhos se recreavam na festa campestre e matutina da natureza fluminense, da qual as belezas de todos os climas são convivas.” - “Corria um belo tempo. A vegetação reanimada por moderadas chuvas ostentavase fresca, viçosa e luxuante, a água do rio ainda não turvada pelas grandes enchentes, rolando com majestosa lentidão, refletia em toda pureza, os esplêndidos coloridos do horizonte, e o nítido verdor das selvosas ribanceiras” Egocentrismo -Como o nome já diz, é a colocação do seu ego no centro de tudo. -Vários artistas românticos colocam, em seus poemas, os seus sentimentos acima de tudo, destacando-os no texto. -Pode-se dizer que o egocentrismo é um subjetivismo exagerado. -“ Lembra-te, escrava ingrata e rebelde, que me corpo e alma me pertences, a mim só e a mais ninguém. És propriedade minha, um vaso, que tenho entre as minhas maos, e que posso usar dele ou depedaçá-lo a meu sabor.” Ilogismo - O ilogismo, na literatura romântica, leva, inclusive, a uma instabilidade emocional traduzida em atitudes antitéticas ou paradoxais: - alegria e tristeza, entusiasmo e depressão. - Tal ilogismo parece ser um dos pontos altos de LUCÍOLA. - Os paradoxos; o comportamento ora excêntrico ora dúbio de Lúcia, ora virtuoso, ora pecaminoso que vai lançando Paulo numa dúvida angustiante: - a própria duplicidade comportamental de Paulo, generoso e mesquinho, compreensivo e intransigente, correto e pilantra; - tudo isso dá à intriga do romance um atrativo todo especial que, por sua vez, ora atrai ora aborrece o leitor.

- Há ainda outras manifestações de Romantismo no romance, tais como, imaginação e fantasia, culto da natureza, senso do mistério, exagero. Mas são de importância secundária. Visão Maniqueísta -Sendo a disputa entre o bem e o mal, apresentaremos, os respectivos nas duas obras: o que representa o bem e o que representa o mal. -Álvaro e Leôncio Sonho - Revela-se na idealização do mundo -na busca por verdades diferentes daquelas conhecidas, -na revelação de anseios. “ Ah! Meu querido pai!... Como vossemecê é bom para sua filha! Se soubesse quantos hoje já me vieram oferecer a liberdade! Mas por que preço! Meu Deus!... Nem me atrevo a lhe contar. Meu coração adivinhava; eu não devia receber a liberdade senão das mãos daquele que me deu a vida!...” Fé -É a fé que conduz o movimento: - crença na própria verdade, crença na justiça procurada, crença nos sentimentos revelados, -crença nos ideais perseguidos, -Não se pode esquecer a profunda influência do medievalismo na construção do mundo romântico, dele fazendo parte a religiosidade cristã. - ““... Já nenhuma esperança nos rsta!... -“ Quem sabe minha filha! Não desanimes, grande é o poder de Deus!...” Pessimismo -A melancolia do poeta inglês Lord Byron se faz presente em todas as literaturas, portanto há a presença do individualismo e do egocentrismo adquirem traços doentios de adaptação. -O “mal do século” ou tédio de viver conduz: -a morte (como última solução) -é a predisposição do personagem em sofrer por amor, -se preciso for, até morrer por ele.

Evasão -O escapismo romântico manifesta-se tanto nos processos de idealização da realidade circundante como na fuga para mundos imaginários. - Quando acompanhado de desesperança, sucumbe ao chamado da morte, companheira desejada por muitos e tema recorrente em grande número de poetas. - “Eu morreria de dor se me visse forçado a largar mão da jóia inestimável que o céu parece ter-me destinado, e que eu há tanto tempo rodeio dos mais ardentes anelos de minha alma...”

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