Cinco Resoluções Para Avivamento Pessoal

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Cinco Resoluções para Avivamento Pessoal Jim Elliff Você quer ser um instrumento nas mãos de Deus? Deseja ver o poder de Deus utilizando-o como seu instrumento? Você almeja que suas orações sejam respondidas? Se deseja estas coisas, então, a barreira do pecado que se encontra entre você e Deus tem de ser demolida, e o estilo de vida de santidade e amor a Deus, renovado. Embora todo crente esteja perdoado e colocado eternamente em Cristo, Deus resolve trazer disciplina e permitir ineficácia na vida de seus filhos desobedientes. Para sermos restaurados, uma cirurgia espiritual tem de acontecer.

O avivamento pessoal começa quando o crente encara com honestidade o seu pecado. Embora seja uma atitude dolorosa, somente a sinceridade com Deus e com os outros capacitarão o crente a andar em pureza e poder. As seguintes resoluções não constituem uma fórmula, mas são exigidas de todo crente. Orando com humildade, examine seu próprio coração. Comece agora mesmo a arrepender-se e a voltar-se para Ele. Coloque toda a sua confiança em Deus, pois somente Ele pode torná-lo santo. Pague o preço necessário para estar correto em seu relacionamento com Deus e ser um meio de vivificação espiritual para outras pessoas.

1. Arrependa-se de todo pecado conhecido.

Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te (Ap 3.19).

Resolução – Não dormirei hoje à noite, nem viverei este dia, sem me arrepender completamente de todo pecado conhecido que tenho praticado contra Deus (Tg 4.4-10; 2 Co 7.10).

2. Abandone todos os hábitos e atividades questionáveis.

Tudo o que não provém de fé é pecado (Rm 14.23b).

Resolução – Não dormirei hoje à noite, nem viverei este dia, sem remover de minha vida todo hábito e toda atividade dos quais eu não posso ter absoluta certeza de que são aprovados por Deus (1 Co 10.31; Rm 13.14; 14.14).

3. Corrija os erros que existem entre você e outros irmãos.

Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta (Mt 5.23-24).

Resolução – Não dormirei hoje à noite, nem viverei este dia, sem fazer tudo que for possível para corrigir quaisquer erros entre eu mesmo e meu irmão (Mt 6.14-15; 18.1535; Rm 12.17-21; Cl 3.12-15). Confissão aos outros deve ser tão pública quanto o nosso pecado e pode incluir restituição.

4. Mantenha comunhão com Deus, por meio da oração e da meditação na Palavra de Deus.

Vivifica-me, Senhor, segundo a tua palavra (Sl 119.107b). Orai sem cessar (1 Ts 5.17).

Resolução – Não dormirei hoje à noite, nem viverei este dia, sem passar momentos tranqüilos com Deus, em oração, e meditar sinceramente em sua Palavra (1 Pe 2.2-3; Jo 17.17; 16.23-24; Cl 3.15-16; Mc 11.22-26).

5. Confie em Deus para usar você como um instrumento na vida de outras pessoas.

Meus irmãos, se algum entre vós se desviar da verdade, e alguém o converter, sabei que aquele que converte o pecador do seu caminho errado salvará da morte a alma dele e cobrirá multidão de pecados (Tg 5.19-20).

Resolução – Não dormirei hoje à noite, nem viverei este dia, sem suplicar e esperar que Deus me use como um instrumento eficiente na vida de outras pessoas (2 Tm 2.20-21; Jo 15.16; Cl 4.3-6; Jd 22-23; 1 Pe 4.11; Sl 51.10-13).

Lembre-se destas resoluções todos os dias, até que sua maneira de pensar se conforme à santidade e sua vida seja vivificada e útil. Nunca deixe de aplicar estas resoluções. É muito útil escrever aquilo que Deus lhe mostra que deve ser feito. Se você enfraquecer em sua intensidade e em seu desejo por santidade, não desista, nem retorne a um coração dividido e a uma vida egoísta. Arrependa-se imediatamente de seu coração apático e de sua falta de amor para com Deus e avance. Não permita que o pecado exerça seu domínio (ver Rm 6.12,13). Suplique a Deus que aproxime de você alguns crentes com os quais poderá compartilhar, regularmente, suas lutas, descobertas e vitórias no caminho da santidade. Orem juntos, com seriedade, para que haja avivamento em vocês mesmos e em outros crentes. Em cada reunião, considerem novamente estas resoluções, uma por uma, relatando os avanços e as lutas; discutam também as novas percepções obtidas das Escrituras. Façam da sinceridade e do arrependimento a sua confissão de fé. Admoestem uns aos outros, com humildade. Falem a verdade uns aos outros, com amor. Não duvidem do valor de tais reuniões e da habilidade de Deus em usá-los. Deus os apoiará completamente (2 Cr 16.9).

Em todas as ocasiões, evite o orgulho espiritual.

Socorre, Senhor, Deus meu! Salva-me segundo a tua misericórdia. Para que saibam vir isso das tuas mãos; que tu, Senhor, o fizeste (Sl 109.26-27). Cristianismo de Entretenimento John MacArthur John MacArhtur, autor de mais de 150 livros e conferencista internacional, é pastor da Grace Comunity Church, em Sum Valley, Califórnia, desde 1969; é presidente do Master’s College and Seminary e do ministério “Grace to You”; John e sua esposa Patrícia têm quatro filhos e quatorze netos.

A igreja pode enfrentar a apatia e o materialismo satisfazendo o apetite das pessoas por entretenimento? Evidentemente, muitas pessoas das igrejas pensam assim, enquanto uma igreja após outra salta para o vagão dos cultos de entretenimento. Uma tendência inquietante está levando muitas igrejas ortodoxas a se afastarem das prioridades bíblicas.

O que eles querem

Os templos das igrejas estão sendo construídos no estilo de teatros. Ao invés de no púlpito, a ênfase se concentra no palco. Alguns templos possuem grandes plataformas, que giram ou sobem e descem, com luzes coloridas e poderosas mesas de som. Os pastores espirituais estão dando lugar aos especialistas em comunicação, aos consultores de programação, aos diretores de palco, aos peritos em efeitos especiais e aos coreógrafos.

O objetivo é dar ao auditório aquilo que eles desejam. Moldar o culto da igreja aos desejos dos freqüentadores atrai muitas pessoas. Como resultado disso, os pastores se tornam mais parecidos com políticos do que com verdadeiros pastores, mais preocupados em atrair as pessoas do que em guiar e edificar o rebanho que Deus lhes confiou.

A congregação recebe um entretenimento profissional, em que a dramatização, os ritmos populares e, talvez, um sermão de sugestões sutis e de aceitação imediata constituem o culto de adoração. Mas a ênfase concentra-se no entretenimento e não na adoração.

A idéia fundamental

O que fundamenta esta tendência é a idéia de que a igreja tem de “vender” o evangelho aos incrédulos — a igreja compete por consumidores, no mesmo nível dos grandes produtos. Mais e mais igrejas estão dependendo de técnicas de vendas para se oferecerem ao mundo.

Essa filosofia resulta de péssima teologia. Presume que, se você colocar o evangelho na embalagem cor-reta, as pessoas serão salvas. Essa maneira de lidar com o evangelho se fundamenta na teologia arminiana. Vê a conversão como nada mais do que um ato da vontade humana. Seu objetivo é uma decisão instantânea, ao invés de uma mudança radical do coração.

Além disso, toda esta corrupção do evangelho, nos moldes da Avenida Madison, presume que os cultos da igreja têm o objetivo primário de recrutar os incrédulos. Algumas igrejas abandonaram a adoração no sentido bíblico.

Outras relegaram a pregação convencional aos cultos de grupos pequenos em uma noite da semana. Mas isso se afasta do principal ensino de Hebreus 10.24-25: “Consideremonos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras. Não deixemos de congregar-nos”.

O verdadeiro padrão Atos 2.42 nos mostra o padrão que a igreja primitiva seguia, quando os crentes se reuniam: “E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações”. Devemos observar que as prioridades da igreja eram adorar a Deus e edificar os irmãos. A igreja se reunia para adoração e edificação — e se espalhava para evangelizar o mundo.

Nosso Senhor comissionou seus discípulos a evangelizar, utilizando as seguintes palavras: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações” (Mateus 28.19). Ele deixou claro que sua igreja não tem de ficar esperando (ou convidando) o mundo para vir às suas reuniões, e sim que ela tem de ir ao mundo.

Essa é uma responsabilidade de todo crente. Receio que uma abordagem cuja ênfase se concentra em uma apresentação agradável do evangelho, no templo da igreja, absolve muitos crentes de sua obrigação pessoal de ser luz no mundo (Mateus 5.16).

Estilo de vida

A sociedade está repleta de pessoas que querem o que querem quando o querem. Elas vivem em seu próprio estilo de vida, recreação e entretenimento. Quando as igrejas apelam a esses desejos egoístas, elas simplesmente põem lenha nesse fogo e ocultam a verdadeira piedade.

Algumas dessas igrejas estão crescendo em expoentes elevados, enquanto outras que não utilizam o entretenimento estão lutando. Muitos líderes de igrejas desejam crescimento numérico em suas igrejas, por isso, estão abraçando a filosofia de “entretenimento em primeiro lugar”.

Considere o que esta filosofia causa à própria mensagem do evangelho. Alguns afirmam que, se os princípios bíblicos são apresentados, não devemos nos preocupar com os meios pelos quais eles são apresentados. Isto é ilógico.

Por que não realizarmos um verdadeiro show de entretenimento? Um atirador de facas tatuado fazendo malabarismo com serras de aço se apresentaria, enquanto alguém gritaria versículos bíblicos. Isso atrairia uma multidão, você não acha? É um cenário bizarro, mas é um cenário que ilustra como os meios podem baratear e corromper a mensagem.

Tornando vulgar

Infelizmente, este cenário não é muito diferente do que algumas igrejas estão fazendo. Roqueiros punk, ventríloquos, palhaços e artistas famosos têm ocupado o lugar do pregador — e estão degradando o evangelho.

Creio que podemos ser inovadores e criativos na maneira como apresentamos o evangelho, mas temos de ser cuidadosos em harmonizar nossos métodos com a profunda verdade espiritual que procuramos transmitir. É muito fácil vulgarizarmos a mensagem sagrada. Não se apresse em abraçar as tendências das super-igrejas de alta tecnologia. E não zombe da adoração e da pregação convencionais. Não precisamos de abordagens astuciosas para que tenhamos pessoas salvas (1 Coríntios 1.21). Precisamos tão-somente retornar à pregação da verdade e plantar a semente. Se formos fiéis nisso, o solo que Deus preparou frutificará.

http://www.gty.org/

Uma Hora Íntima com Deus Jim Elliff O Senhor nos convida a conhecê-Lo melhor. Que privilégio! Se a alegria celestial consiste em estar na presença do Senhor, sem qualquer pecado a obstruir-nos, certamente buscar a presença dEle agora tem de ser aquilo que mais almejamos.

Você sente necessidade de orar? Uma pessoa que não tem essa necessidade não pode estar vivendo pela fé. Deixar de orar é o mesmo que dizer: “Sou suficiente em mim mesmo para fazer tudo o que as pessoas me pedem”. Isto é realmente verdadeiro? Por meio de sua persistente auto-suficiência, você não ofende a Deus? A Bíblia afirma: “Sem fé é impossível agradar a Deus” (Hb 11.6).

As seguintes sugestões têm o propósito de ajudá-lo a gastar um tempo mais longo na oração e na meditação com Deus. Você pode ter esse tempo sozinho ou com outros crentes. A ordem das sugestões não é essencial; todavia, elas fornecerão um recurso proveitoso para se obter progresso espiritual. Esse instrumento pode ser utilizado diariamente ou em ocasiões especiais de comunhão com Deus. Alguns talvez desejarão seguir essa hora com leitura bíblica mais intensa.

Às vezes, será bom ajoelhar-se ou prostrar-se diante do Senhor — “Vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhemos diante do Senhor, que nos criou” (Sl 95.6). Orar enquanto caminhamos também se mostrará proveitoso ou assentar-se quieto em uma cadeira confortável, de modo que focalizemos todos os nossos pensamentos em Deus. Certifique-se de encontrar um lugar tranqüilo.

1. Aproxime-se em Nome de Cristo

O encontro que temos com o Pai está completamente fundamentado nos méritos de Cristo. Em outras palavras, somente porque Cristo viveu de maneira perfeita, morreu para a satisfação do Pai e ressuscitou vitoriosa- mente por nós, temos o privilégio de nos achegarmos à presença de Deus. Devido ao fato de que o Pai aceita o Filho, o Pai nos aceita nEle. Deus, o Pai, nos tornou aceitáveis em Cristo.

Não o diga simplesmente em palavras, mas realmente creia em Cristo como seu mediador. Expresse em alguns detalhes a sua de- pendência da dignidade de Cristo e da sua obra vicária em nosso favor.

“Mas, agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, fostes aproximados pelo sangue de Cristo. Porque, por ele, ambos temos acesso ao Pai em um Espírito” (Ef 2.13, 18).

2. Deleite-se nEle

Expresse sua admiração e deleite em Deus. Louve-O por seu caráter e seu poder. Nesta ocasião, não O adore por causa das atividades em sua vida, mas centralize-se na pessoa e nos atributos dEle: seu amor, sua paciência, sua infinitude, seu poder, sua santidade, sua graça, seu conhecimento, sua sabedoria, sua bondade, etc.

“Agrada-te do Senhor, e ele satisfará os desejos do teu coração” (Sl 37. 4).

3. Expresse-Lhe Seus Anseios

Conte para Deus o que você deseja mais do que todas as outras coisas. Expresse seus mais profundos anseios por comunhão com Ele e por santidade de vida ou qualquer outro anseio que houver em seu coração. Esse não é um tempo para orar a respeito de todas as coisas que você necessita, e sim de tornar conhecidos os seus mais profundos e permanentes desejos.

Talvez você queira transformar Efésios 1.15-23 em seu guia. “Como suspira a corça pelas correntes das águas, assim, por ti, ó Deus, suspira a minha alma. A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo” (Sl 42.1-2).

4. Leia um Salmo

Talvez você deseje ler um salmo para o dia, de acordo com o dia do mês. Acrescente 30 ao número do dia do mês, para conhecer os cinco salmos que poderiam ser lidos naquele dia. Por exemplo, no dia 15, os salmos seriam 15, 45, 75, 105 e 135). Pode ser proveitoso ler em voz alta o salmo escolhido.

5. Louve-O com Cânticos

Utilize um hinário, recorde cânticos ou hinos de memória ou componha seu próprio hino a partir das Escrituras.

“Celebrai com júbilo ao Senhor, todas as terras. Servi ao Senhor com alegria, apresentai-vos diante dele com cântico” (Sl 100.1-2).

6. Interceda Pelos Outros

Lembre-se… Daqueles que lhe pediram sua oração em favor deles; Dos líderes de sua igreja; Dos missionários que você conhece; Das autoridades de seu país; Dos que ainda não são salvos; De seus amigos; Daqueles que estão em problemas, aflição, etc.

“Quanto a mim, longe de mim que eu peque contra o Senhor, deixando de orar por vós; antes, vos ensinarei o caminho bom e direito” (1 Sm 12.23).

7. Coloque seu Dia Diante do Senhor

Se você estiver orando pela manhã, talvez queira apresentar todos os aspectos do dia ao Senhor, citando um item de cada vez — “Senhor, dá-me paciência para com minha irmã, quando ela vier à mesa para o café, ajude-me a mostrar-lhe amor e bondade”; “Senhor, quando eu tentar realizar aquele negócio às duas horas da tarde, ajude-me a falar como um cristão deve fazê-lo e dê-me sabedoria”. Ao citar cronologicamente cada possível acontecimento de seu dia, você está aprendendo a confiar em Deus quanto aos detalhes de sua vida.

“Confia no Senhor de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas” (Pv 3.5-6).

8. Faça-Lhe Súplicas Sobre Outras Necessidades Especiais

Existem assuntos que exigem atenção em sua própria vida e na vida de outros, tais como a igreja ou a sua família. Conte esses assuntos a Deus e suplique-Lhe orientação, livramento, sabedoria ou qualquer outra coisa que você necessite. Nesse tempo de comunhão, você desejará lidar com algum arrependimento que Deus esteja exigindo. Confie que Ele lhe concederá graça para ser vitorioso. “Sê, pois, zeloso e arrepende-te” (Ap 3.19). Suplique com fé e verdadeira humildade.

“Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna” (Hb 4.16); “Pedi e recebe- reis, para que a vossa alegria seja completa” (Jo 16. 24).

9. Medite na Palavra de Deus

Meditar significa ponderar, refletir, contemplar, pensar demoradamente a Palavra de Deus. Se este é seu único tempo de ler a Bíblia, continue lendo a passagem de seu plano de leitura. Leia pelo menos um capítulo das Escrituras. Procure os versículos-chaves e medite sobre eles, pedindo a Deus que lhe mostre o que significam. Marque-os em sua Bíblia e rogue a Deus que lhe ajude a lembrar o que Ele está querendo mostrar-lhe. Peça ao Senhor que lhe dê uma maneira humilde de compartilhar essas verdades com outras pessoas. Leia para obedecer.

Se você estiver em um grupo de pessoas, permita que haja um tempo em que cada um poderá ler a Palavra. O líder talvez queira sugerir a passagem a ser lida pelo grupo. Se houver tempo, opiniões podem ser compartilhadas com os outros.

“Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes, o seu prazer está na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite. Ele é como árvore plantada junto a corrente de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto, e cuja folhagem não mucha; e tudo quanto ele faz será bem sucedido” (Sl 1.1-3).

10. Expresse gratidão a Deus

Ainda que haja dificuldades em sua vida, o Senhor tem sido bondoso para você. Expresse-lhe sua apreciação por atos específicos de bondade que Ele tem feito à luz daquilo que você realmente mereceria.

“Por meio de Jesus, pois, ofereçamos a Deus, sempre, sacrifício de louvor, que é o fruto de lábios que confessam o seu nome” (Hb 13. 15).

A Plano de Deus para a Agenda Gay John MacArthur John MacArhtur, autor de mais de 150 livros e conferencista internacional, é pastor da Grace Comunity Church, em Sum Valley, Califórnia, desde 1969; é presidente do Master’s College and Seminary e do ministério “Grace to You”; John e sua esposa Patrícia têm quatro filhos e quatorze netos. Se você tem visto os títulos de manchetes de jornais nos últimos anos, talvez tenha observado o incrível aumento do interesse por afirmar a homossexualidade. Quer esteja no âmago de um escândalo religioso, de corrupção política, de legislação radical e da redefinição do casamento, o interesse homossexual tem caracterizado a América. Isso é uma indicação do sucesso da agenda gay. Mas, infelizmente, quando as pessoas se recusam a reconhecer a pecaminosidade do homossexualismo — chamando o mal bem

e o bem, mal (Is 5.20), elas o fazem em prejuízo de muitas almas e, talvez, de si mesmas. Como você deve reagir ao sucesso da agenda gay? Deve aceitar a tendência recente em direção à tolerância? Ou ficar ao lado daqueles que excluem os homossexuais e condenam com veemência o pecado? A Bíblia nos exorta a um equilíbrio entre o que as pessoas consideram duas reações opostas — condenação e compaixão. De fato, essas duas atitudes juntas são elementos essenciais do amor bíblico, do qual os homossexuais necessitam desesperadamente. Os defensores do homossexualismo têm sido notavelmente eficazes em promover suas interpretações distorcidas de passagens da Bíblia. Quando você pergunta a um homossexual o que a Bíblia diz a respeito da homossexualidade — e muitos deles o sabem — percebe que eles absorveram um interpretação que não é somente distorcida, mas também completamente irracional. Os argumentos a favor dos homossexuais extraídos da Bíblia são nuvens de fumaça — à medida que nos aproximamos deles, vemos com clareza o que está por trás. Deus condena a homossexualidade, e isto é muito evidente. Ele se opõe à homossexualidade em todas as épocas. Na época dos patriarcas (Gn 19.1-28) Na época da Lei de Moisés (Lv 18.22; 20.13) Na época dos Profetas (Ez 16.46-50) Na época do Novo Testamento (Rm 1.18-27; 1 Co 6.9-10; Jd 70-8) Por que Deus condena a homossexualidade? Porque ela transtorna o plano fundamental de Deus para as relações humanas — um plano que retrata o relacionamento entre um homem e uma mulher (Gn 2.18-25; Mt 19.4-6; Ef 5.22-33). Então, por que as interpretações homossexuais das Escrituras têm sido tão bem-sucedidas em persuadir inúmeras pessoas? A resposta é simples: as pessoas se deixam convencer. Visto que a Bíblia é tão clara a respeito deste assunto, os pecadores têm resistido à razão e aceitado o erro, a fim de acalmarem a consciência que os acusa (Rm 2.14-16). Conforme disse Jesus: “Os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más” (Jo 3.19-20). Se você é um crente, não deve comprometer o que a Bíblia diz a respeito da homossexualidade — jamais. Não importa o quanto você deseja ser compassivo para os homossexuais, o seu primeiro amor é ao Senhor e à exaltação da justiça dEle. Os homossexuais se mantêm em rebeldia desafiante contra a vontade de seu Criador, que, desde o princípio, “os fez homem e mulher” (Mt 19.4). Não se deixe intimidar pelos defensores do homossexualismo e por sua argumentação fútil — os argumentos deles não têm conteúdo. Os homossexuais e os que defendem esse pecado estão comprometidos fundamentalmente em transtornar a soberania de Cristo neste mundo. Mas a rebelião deles é inútil, visto que o Espírito Santo afirma: “Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus” (1 Co 6.9-10; cf. Gl 5.1921). Então, qual a resposta de Deus à agenda homossexual? O julgamento certo e final. Afirmar qualquer outra coisa, além disso, é adulterar a verdade de Deus e enganar aqueles que estão em perigo. Quando você interage com homossexuais e seus simpatizantes, tem de afirmar a condenação bíblica. Você não está procurando lançar condenação sobre os homossexuais, está tentando trazer convicção, de modo que eles se convertam do pecado e recebam a esperança da salvação para todos nós, pecadores. E isso acontece por meio da fé no Senhor Jesus

Cristo. Os homossexuais precisam de salvação. Não precisam de cura — o homossexualismo não é uma doença. Eles não carecem de terapia — o homossexualismo não é uma condição psicológica. Os homossexuais precisam de perdão, porque a homossexualidade é um pecado. Não sei como aconteceu, mas algumas décadas atrás alguém rotulou os homossexuais com o incorreto vocábulo “gay”. Gay, no inglês, significava uma pessoa feliz, mas posso assegurar-lhe: os homossexuais não são pessoas felizes. Eles procuram felicidade seguindo prazeres destrutivos. Esta é a razão por que Romanos 1.26 chama o desejo homossexual de “paixão infame”. É uma concupiscência que destrói o corpo, corrompe os relacionamentos e traz sofrimento perpétuo à alma — e o seu fim é a morte (Rm 7.5). Os homossexuais estão experimentando o juízo de Deus (Rm 1.24, 26, 28) e, por isso, são infelizes — muito, muito infelizes. 1 Coríntios 6 é bem claro a respeito das conseqüências eternas que sobrevirão àqueles que praticam a homossexualidade — mas existem boas-novas. Não importa o tipo de pecado, quer seja homossexualidade, quer seja outra prática, Deus oferece perdão, salvação e esperança da vida eterna àqueles que se arrependem e aceitam o evangelho. Depois de identificar os homossexuais como pessoas que não “herdarão o reino de Deus”, Paulo disse: “Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus” (1 Co 6.11). O plano de Deus para muitos homossexuais é a salvação. Nos dias de Paulo, havia ex-homossexuais na igreja de Corinto, assim como, em nossos dias, existem muitos ex-homossexuais em minha igreja e em igrejas fiéis ao redor do mundo. Eles ainda lutam contra a tentação homossexual? Com certeza. Que crente não luta contra os pecados de sua vida anterior? Até o grande apóstolo Paulo reconheceu essa luta (Rm 7.14- 25). No entanto, exhomossexuais assentam-se nos bancos de igrejas bíblicas em todo o mundo e louvam o Senhor, ao lado de ex-fornicadores, ex-idólatras, ex-adúlteros, ex-ladrões, ex-avarentos, ex-beberrões, ex-injuriadores e ex-defraudadores. Lembrem-se: alguns de vocês eram assim. Qual deve ser a nossa resposta à agenda homossexual? Oferecer-lhe uma resposta bíblica — confrontála com a verdade das Escrituras, que condena a homossexualidade e promete castigo eterno para todos os que a praticam. Qual deve ser a nossa resposta ao homossexual? Oferecerlhe uma resposta bíblica — confrontá-lo com a verdade das Escrituras, que o condena como pecador e lhe mostra a esperança da salvação, por meio do arrependimento e da fé em Jesus Cristo. Permaneçam fiéis ao Senhor, quando reagirem à homossexualidade, honrando a Palavra de Deus e deixando com Ele os resultados. http://www.gty.org/ Sansão e a Sedução da Cultura Roger Ellsworth Nossa palavra sedução vem do latim “sudecere”, que literalmente significa “levar para o lado”. Este vocábulo possui uma conotação negativa, ou seja, implica em que alguém é levado para o lado, afastando-se de uma coisa boa e correta para algo vil e inferior. Em outras palavras, não significa apenas ser levado para o lado, mas também “ser desencaminhado”.

Não somos capazes de pensar muito sobre alguém que foi seduzido, sem que Sansão nos venha à mente. Ele foi o grande “seduzido” de todos os tempos. A fim de apreciarmos quão trágica foi a pessoa de Sansão e quão terrível a sua sedução, precisamos começar pensando sobre aquilo do que ele foi afastado.

Sansão foi chamado para ser um especial instrumento de Deus, em um tempo quando todo o povo de Deus fora seduzido pela cultura dos filisteus. Na época dos juízes, a nação de Israel se encontrou oprimida por seus ímpios e cruéis vizinhos, em várias ocasiões. Mas, em cada instância, “os filhos de Israel clamaram ao SENHOR” (Jz 3.9,15; 4.3; 6.6- 7; 10.10). Quando chegamos ao período em que os filisteus tinham a supremacia sobre Israel, não lemos nada afirmando que o povo clamou a Deus. R. C. Sproul disse: “De maneira diferente dos outros invasores, os filisteus eram civilizados e não se mostravam terrivelmente opressivos; por conseguinte, Israel relaxou sob o domínio dos filisteus e não invocou o Senhor”.

Este foi o ambiente em que Deus chamou Sansão. O povo de Israel havia se acomodado a uma existência pacífica com os filisteus; e Sansão seria o instrumento de Deus para despertar seu povo e convocálo a abandonar sua paixão pela cultura filistéia. Para alcançar este propósito, Deus concedeu ordens ao pais de Sansão, instruindo que seu filho seria um nazireu. O cabelo de Sansão não deveria ser cortado (Jz 13.5). Ele não deveria beber vinho ou comer coisas impuras (Jz 13.7).

Por ter sido dotado com uma força super-humana, Sansão foi, por muito tempo, um poderoso e eficiente instrumento nas mãos de Deus. Enquanto lemos o relato de sua vida, encontramos este refrão: “O Espírito do SENHOR de tal maneira se apossou dele” (Jz 14.6,19; 15.14). Isto nos mostra onde realmente se encontrava a força de Sansão. Seu cabelo era o símbolo de sua força física e sua consagração a Deus, mas a fonte de sua força era o Espírito de Deus. James B. Jordan afirmou: “Não havia qualquer vínculo mágico entre a força e o cabelo de Sansão, mas havia uma conexão espiritual no fato de que Deus outorga força àqueles que são dedicados a Ele; e, no caso de Sansão, sua cabeça dedicada era o sinal de sua separação para Deus”.

Após ter sido usado por Deus durante diversos anos, de maneira poderosa e admirável, esperaríamos que Sansão se mostrasse invencível. Ele havia contemplado Deus utilizando-o para realizar grandes vitórias e parecia ser tão forte na fé quanto era em sua força física. A última coisa que esperaríamos ouvir era que Sansão brincaria com o perder a força que Deus lhe havia concedido e utilizado. Utilize Métodos, mas não confie neles, confie em Deus John Piper

Isto parece tão simples; e, como um princípio, é bastante simples. Mas, na prática, nós, pecadores, somos inclinados a confiar nos meios e não em Deus. Faço planos freqüentemente e percebo que meu entusiasmo cresce ou diminui, à medida que os planos são perspicazes ou não. Isto é confiar em planos e não em Deus. Sem dúvida, Ele deseja que utilizemos meios para realizar a sua obra. Todavia, é evidente que Deus não deseja que confiemos nestes meios. “O cavalo prepara-se para o dia da batalha, mas a vitória vem do Senhor” (Pv 21.31). Portanto, nossa confiança deve estar no Senhor e não em cavalos. “Uns confiam em carros, outros, em cavalos; nós, porém, nos gloriaremos em o nome do Senhor, nosso Deus” (Sl 20.7).

A vida de George Müller foi dedicada a comprovar esta verdade. Em certa ocasião, ele explicou como esta verdade se relaciona à nossa vocação. Devemos trabalhar para obter nosso sustento e suprir nossas necessidades. No entanto, não devemos confiar em nosso trabalho, e sim em Deus; pois, do contrário, sempre estaremos ansiosos pelo fato de que nossas necessidades não serão satisfeitas, se não pudermos trabalhar. Entretanto, se estamos confiando em Deus, não em nosso trabalho, e se Ele ordenar que percamos nosso trabalho, podemos estar certos de que Deus satisfará nossas necessidades; assim, não precisaremos ficar ansiosos. Eis a maneira como Müller apresentou o assunto:

Por que estou realizando este trabalho? Por que estou envolvido neste negócio ou nesta carreira? Em muitas instâncias, no que diz respeito à minha experiência, que reuni no ministério entre os crentes, durante os últimos 21 anos, creio que a resposta seria: “Estou envolvido em minha vocação terrena para que tenha meios de conseguir as coisas necessárias da vida, para mim e minha família”. No que se refere à vocação terrena dos filhos de Deus, este é o principal erro do qual resultam quase todos os demais erros nutridos por eles — não é bíblico nem correto estar envolvido em um negócio, uma profissão, uma vocação apenas para ter meios de conseguir as coisas necessárias à vida, pessoal e familiar. Mas, devemos trabalhar, porque é a vontade de Deus para nós. Isto é evidente das seguintes passagens bíblicas: 1 Tessalonicenses 4.1112, 2 Tessalonicenses 3.10-12 e Efésios 4.28.

É verdade que o Senhor provê as necessidades da vida por intermédio de nossa vocação secular. No entanto, esta não é a razão por que devemos trabalhar; isto é bastante claro da seguinte consideração: se o possuirmos as coisas necessárias à vida dependesse de nossa capacidade de trabalhar, nunca ficaríamos livres de ansiedade, pois sempre teríamos de perguntar a nós mesmos: “O que farei quando estiver velho e não puder mais trabalhar? Ou quando, por causa de enfermidade, for incapaz de ganhar o pão de cada dia?” No entanto, se, por outro lado, estamos envolvidos em nossa vocação terrena, porque é a vontade de Deus que trabalhemos e que, fazendo isso, sejamos capazes de suprir nossas necessidades e de nossos queridos, bem como ajudar os fracos, os doentes, os idosos, os necessitados; assim, temos um motivo excelente e bíblico para dizermos: “Se agradar ao Senhor colocar-me na cama, por causa de enfermidade, ou impedir-me, por causa de doença, idade avançada ou falta de emprego, de obter o meu

pão de cada dia, por meio do trabalho de minhas mãos, meus negócios ou minha profissão, Ele mesmo providenciará o necessário para mim”. (Uma Narrativa de Algumas das Realizações do Senhor para com George Müller — vol. 1, escrito por ele mesmo; Muskegon, Michigan, Dust and Ashes Publications.)

Esta verdade se aplica não somente à nossa vocação secular, mas a todas as áreas de nossa vida. Momento após momento, usamos meios para manter nossa vida e realizar os propósitos de Deus (comida, telefone, casa, remédios, carro, pedreiros, médicos, etc.). Temos de aprender a lição de não confiar nestas coisas, quando as usamos, e sim confiar em Deus. Isto se aplica também ao planejamento para a nossa igreja. Fazemos planos. Elaboramos orçamentos. Ensinamos e aconselhamos. A tentação permanente é a de confiarmos nestas coisas e não em Deus, para agir com, por intermédio de ou sem estas coisas. Portanto, enquanto sonhamos a respeito de missões e de nosso ministério, utilizemos meios, mas confiemos em Deus. As promessas dEle são as únicas coisas seguras. Todos os nossos meios são falíveis.

George Müller resumiu assim este princípio:

Este é um dos grandes segredos relacionados ao serviço bem- sucedido para o Senhor — trabalhar como se todas as coisas dependessem de nossa diligência, mas, apesar disso, não depender do menor de nossos esforços, e sim das bênçãos do Senhor” (Narrativa, vol. 2, p. 290).

Ou, conforme a Bíblia o diz: “Desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor; porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade” (Fp 2.12-13). E conforme Paulo também declara: “Mas, pela graça de Deus, sou o que sou; e a sua graça, que me foi concedida, não se tornou vã; antes, trabalhei muito mais do que todos eles; todavia, não eu, mas a graça de Deus comigo” (1 Co 15.10).

Que o Senhor nos conceda estarmos livres de toda ansiedade, enquanto confiamos nEle, em vez de confiarmos nos meios que utilizamos.

Então, Dalila apareceu no cenário da história. Muitos pensam que ela era uma filistéia; outros imaginam ter sido uma israelita apóstata. A Bíblia não o diz. Uma coisa é certa:

ela era um filistéia em seu coração; e mostrou-se tão identificada com os filisteus, que poderia ser contada com um membro deste povo.

Dalila deve ter sido muitíssimo bela, e os príncipes filisteus sabiam que Sansão possuía uma fraqueza por mulheres bonitas. Portanto, eles a arrolaram em sua causa. Ela deveria, em troca de uma boa quantia de dinheiro, descobrir a fonte da força de Sansão, enquanto os príncipes filisteus estariam escondidos em um quarto. No momento oportuno, eles sairiam e dominariam Sansão. Quando os filhos de Deus aprenderão que sempre existem inimigos escondidos por perto, esperando uma oportunidade de fraqueza, a fim de que entrem em cena e causem destruição?

Três vezes Dalila pediu a Sansão que revelasse a fonte de sua força. Três vezes Sansão deu-lhe uma resposta mentirosa. Três vezes os filisteus vieram para dominá-lo, mas foram vencidos por ele. No entanto, nesses encontros, não há qualquer menção do Espírito vindo poderosamente sobre Sansão. Por causa do louco flerte de Sansão com o pecado, o Senhor já havia se retirado dele.

Finalmente, Dalila importunou Sansão além de sua capacidade de suportar; ele revelou a verdadeira fonte de sua força. Quando ele dormiu, ela cortou suas longas tranças, e os filisteus vieram e o levaram preso. Essa história parece bastante fantasiosa, para acreditarmos nela? Por que, após se tornar óbvio o que Dalila pretendia, Sansão continuou até que ela o viu falando a respeito da fonte de sua força? Por que ele correu tão grande risco? Nisto, percebemos novamente a fragilidade da natureza humana. Isto não é verdade apenas no que se refere a Sansão; também é verdade no diz respeito a todos nós. Ficamos enamorados de coisas que sabemos nos destruirão. Diga-me quantas vezes você foi abrasado pelo pecado e se voltava para ele; eu lhe direi por que Sansão permaneceu conversando com Dalila.

Sansão pagou um terrível preço por sua tolice. Os filisteus lhe vazaram os olhos e puseram-no a virar um moinho, no cárcere. Esta foi a maneira dos filisteus mostrarem que seu deus, Dagom — o deus do grão, havia conquistado a vitória sobre o Deus de Israel. De modo semelhante, quando um filho de Deus cai em pecado, o mundo incrédulo está sempre disposto a regozijar-se com malignidade sobre este filho de Deus e atribuir seu pecado a uma inerente deficiência no cristianismo.

A vitória dos filisteus teve pouca duração. Enquanto Sansão trilhava grão, seu cabelo cresceu e, com ele, o arrependimento. Quando os filisteus trouxeram Sansão a um de

seus festivais repleto de bebedice, a força de Sansão retornou ao ponto em que ele foi capaz de derrubar as colunas do edifício, matando a si mesmo e os filisteus. De que maneira Sansão se envolveu neste embaraço? Como ele perdeu sua força? Reputando as coisas como normais? Sim. Não andando em obediência a Deus? Sim. Procurando ver quão perto ele poderia chegar do fogo e não se queimar? Sim. Todas essas coisas e muito mais contribuíram, mas a resposta final é que ele mesmo tornou-se tão enamorado da cultura dos filisteus, que incorporou e expressou através de Dalila que ele estava cego para as outras coisas.

Não sei que epitáfio a família de Sansão escreveu em seu túmulo, após retirarem seu corpo de entre as ruínas do templo dos filisteus. Porém, sei que poderiam ter escrito: “SEDUZIDO PELA CULTURA QUE, POR DEUS, ELE FOI CHAMADO A INFLUENCIAR”.

Sansão é uma figura muito apropriada da igreja contemporânea. À semelhança dele, fomos chamados a influenciar nossa cultura, para Cristo. Fomos chamados para ser o sal que ameniza a degeneração moral do reino dos homens e a luz que mostra o caminho para o reino de Deus. Todavia, a cultura que estamos procurando influenciar não é passiva. Ela tem sua própria doutrina, agenda e pregadores, mostrando-se agressiva e militantemente dedicada em resistir nossa mensagem e pregar a sua.

Muitos de nós fazemos bem, durante certo tempo, em sermos fiéis a Deus, permanecendo contra a agenda deste mundo. Mas o contínuo e sedutor namoro de Dalila começa a minar nossas defesas, e, antes que percebamos o que aconteceu, estamos pensando e conversando de maneira similar a filisteus civilizados, defendendo posturas contrárias à Palavra de Deus.

O poder do cristianismo se encontra na Palavra de Deus, e, quando nos permitimos ser sedutivamente afastados dela, nos achamos, assim como Sansão, roubados de poder e humilhados diante de um mundo escarnecedor. Sansão permanece como um lembrete contínuo de que mesmo o mais forte cairá, se for prostituir-se ao seguir uma cultura pagã. Essa prostituição sempre conduz à falta de poder, à cegueira e à morte. Isto não é a explicação para a cegueira que impede a igreja de ser capaz de discernir entre o verdadeiro e o falso? Isto não explica a morte que impede a igreja de se regozijar na realidade das coisas espirituais? A figura de Sansão é tão lamentável quanto poderia ser, mas existe também grande consolação nessa história. Em última análise, os filisteus venceram Sansão, não porque

eram mais fortes, mas porque ele demonstrou infidelidade. Os cristãos, às vezes, caem na armadilha de pensarem que seu grande inimigo é a cultura ímpia que os assedia. Sem dúvida, a cultura ímpia é um inimigo, mas apenas em sentido secundário. Nosso grande inimigo somos nós mesmos. Se estamos sendo oprimidos hoje, não é porque as crenças e o estilo de vida modernos são mais fortes do que nós, e sim porque temos sido infiéis para com Deus, que nos torna fortes.

Quão profundamente precisamos guardar esta verdade em nossos corações! Nossa vocação é sermos fiéis a Deus! Mas o que dizermos sobre o filho de Deus que já se mostrou infiel para com Ele? O que dizermos sobre o cristão que foi seduzido pelos errôneos dogmas de uma cultura ímpia? Louvado seja Deus, existe outra consolação a recebermos da vida de Sansão! Os cabelos espirituais crescem novamente! O filho de Deus pode ser seduzido pela cultura pagã que o rodeia, mas, por fim, retornará ao Senhor e será renovado. E, assim como Sansão foi vindicado, este filho de Deus também o será. Está chegando o bendito dia em que seremos retirados da cultura que despreza as coisas de Deus e resplandeceremos como as estrelas do firmamento, para sempre. E todo o universo saberá que estávamos certos em andar com Deus.

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