Política e Estratégia Nacionais
Estagiária: Vanessa Fabiane Machado Gomes
Política Nacional é o conjunto dos Objetivos Nacionais (vitais e de governo), bem como a orientação para emprego do Poder Nacional, atuando de conformidade com a vontade nacional no sentido de conquista-los e mantê-los. Entre seus muitos desdobramentos, tem-se que Política de Defesa Nacional é a arte de orientar o fortalecimento e a aplicação do Poder Nacional, para a conquista e a manutenção dos objetivos nacionais vitais. Já por Política de Desenvolvimento Nacional entende-se o conjunto de objetivos e decisões governamentais que tem como propósito atender aos anseios de evolução, orientar e conduzir o processo global que visa à consecução do Bem Comum. Temos que definir também Política de Governo: conjunto dos objetivos de governo, bem como das orientações e referências para o emprego do Poder Nacional num determinado período de tempo. Estratégia é a arte de preparar e aplicar o poder para conquistar e preservar objetivos superando obstáculos de toda ordem. Estratégia Nacional é a arte de preparar e aplicar o Poder Nacional para, superando os óbices, alcançar e preservar os Objetivos Nacionais, de acordo com a orientação estabelecida pela Política Nacional.
O primeiro livro de Estratégia que se tem notícia é de autoria do general chinês Sun Tzu, escrito por volta do ano 500 antes de Cristo.
Muitos destes conceitos foram
apropriados pela sociedade civil e aplicados em suas múltiplas atividades públicas e empresariais. Os princípios e a praxis da Estratégia nasceram da necessidade dos primeiros generais da Antigüidade: antes de lutarem com o inimigo em obrigados a fazer uma avaliação da força do inimigo, e de sua própria força. Segundo os modernos pensadores políticos, na prática, três valores são inseparáveis – Política, Poder e Estratégia. Constituem um triângulo indissolúvel de causa e efeitos recíprocos. Realmente não se pode ter uma Política (conquistar um objetivo), sem se ter Poder para investir (poder material, psicológico ou ambos) e sem se ter uma Estratégia que orienta a aplicação inteligente do Poder para a conquista do objetivo da Política. A estratégia é uma decorrência da Política. Qual, então, o Objetivo Fundamental da Política Brasileira? Na opinião da ESG é VITALIZAR O POTENCIAL HUMANO E GEOGRÁFICO DO PAÍS A FIM DE CONTRUIR UMA DAS NAÇÕES MAIS PRÓSPERAS E RESPEITADAS DO MUNDO. Qual a Estratégia, para alcançarmos o Objetivo Político Fundamental acima exposto? A posição geográfica do Brasil já traçou as linhas mestras desta Estratégia. Se quisermos ser politicamente grandes, indica-nos a necessidade de explorar e de defender todas as perspectivas favoráveis que nos oferecem a testada marítima e de explorar e defenderas potencialidades da imensa massa continental. Para alcançarmos, em termos expressivos, estas duas metas estratégicas básicas – a exploração intensiva de nosso potencial marítimo e de nosso potencial
continental – é imprescindível termos como prioridade Política, um eficiente Plano de Desenvolvimento Econômico e Social. Somente o Desenvolvimento Econômico e Social nos levará ao encontro do Objetivo PolíticoFundamental. Os estadistas do passado, visando orientar a nossa Política para este Objetivo, traçaram como Prioridades Estratégicas: Integração do Território; Interiorização dos transportes e das comunicações; Povoamento do interior; Ampliação e fortalecimento de uma posição marítima no Atlântico Sul; Suporte à criação de ma indústria aeronáutica nacional e à expansão do transporte aéreo; Atendimento das necessidades de Educação, Saúde, Saneamento e Habitação; Relações Internacionais abertas, com prioridade para o Ocidente cristão democrático, em especial para o pan-americanismo e sem restrições políticas na esfera comercial; Defesa das fronteiras marítima, terrestre e aérea e garantia da segurança externa, interna e da ordem pública. Estas Prioridades Estratégicas são metas a longo prazo, a serem realizadas por etapas.
Bibliografia ESCOLA SUPERIOR DE GUERRA. O pensamento estratégico da Escola Superior de Guerra. Rio de Janeiro: Luzes, 2004. ALMEIDA, P. R. Revista Espaço Acadêmico, ano1 n. 5 outubro 2001. LUNDGREN, R. Estatura político-estratégica. Política, ano II n.18, dezembro, 2002.