Avivamentos que Marcaram a História ARGENTINA Já era bem mais de meia-noite. A natureza inteira estava tranqüila e em expectativa. Até mesmo os céus, repletos de estrelas cintilantes, pareciam se aproximar da terra. E àquela hora, procedendo das profundezas do coração de um jovem polonês, um intenso clamor, produzido pelo próprio Deus, subiu ao céu. Deus o ouviu. E sua resposta chegou. Poderia ser apenas imaginação – esta sensação estranha – que as estrelas do céu estavam descendo sobre ele? Brilhavam com fulgor cada vez maior, até parecerem grandes bolas de fogo. Depois, na sua luz intensa, um brilho maior ainda apareceu. Um ser do mundo celestial foi se aproximando até envolvê-lo completamente. O rapaz, um jovem com menos de 20 anos, se achou na própria presença de Deus, presença santa, majestosa e terrível. Um grande temor veio sobre ele. Levantando-se com um salto do lugar onde estava ajoelhado, Alexandre fugiu aterrorizado para o refúgio do instituto bíblico, pouco imaginando o papel que estava destinado a desempenhar no grande mover de Deus na Argentina, e pouco entendendo por que ele tivera um peso de oração profundo e ardente por tantos meses, e que lhe roubara tantas noites de sono. Lá nos campos e matas da sua terra natal no Chaco, e agora nas horas da madrugada nos prados perfumados que cercavam o instituto bíblico, Alexandre continuava orando. E finalmente Deus chegou para ele. Dentro dos prédios do instituto bíblico, localizado em City Bell, uma cidadezinha perto da grande metrópole, Buenos Aires, todos dormiam sossegadamente, desapercebidos do drama que estava para se desenrolar diante deles. Lá fora, Alexandre dava murros na porta desesperadamente, pois para o seu terror, ela se encontrava trancada. Ele gritou para alguém abri-la. Finalmente um dos alunos acordou, reconheceu sua voz e levantou-se para atendê-lo. Pensando assim escapar da presença atemorizadora que o acompanhava, Alexandre entrou correndo, mas o visitante celestial entrou junto. Dentro de poucos momentos todos os alunos estavam acordados. Ao sentirem a presença santa, o temor de Deus caiu sobre eles. Começaram a se arrepender, clamando a Deus por perdão. O Espírito do Senhor, santo e poderoso, tratou
com todos eles. Nenhum dos que estavam presentes pôde escapar ao fogo santo da sua presença. Uma moça, indisposta a revelar o seu pecado, a arrepender-se e abandoná-lo, arrumou apressadamente a sua mala e desapareceu… REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DO CONGO (ZAIRE) Depois que a maioria das pessoas tinha saído do salão, após o término de um culto no domingo de manhã, um jovem professor da escola voltou e sentou-se no banco da frente. Seu semblante era um pouco atemorizado e começou a estremecer. Uma menina paralítica estava sentada no primeiro banco do lado das mulheres. Não lhe demos atenção, pois ela sempre ficava sentada ali até que quase todos tivessem se dispersado. Mas logo que o professor Yoane começou a falar, a menina Biboko se derramou em pranto. Seu choro passou a um grito, e depois a um uivo ruidoso. Não sei que outro nome dar ao que ela fazia. Oh, a agonia daquele uivo! ela cobria seu rosto com suas mãos, mas as lágrimas jorravam através de seus dedos. Quando finalmente ela conseguiu articular algumas palavras, ela clamou: “Que posso fazer? Que farei?” repetindo isto mais de cem vezes. Nesse ínterim toda a congregação havia voltado. Biboko estava derramando seu coração em lágrimas e Yoane estava confessando seus pecados. Ele disse depois que tinha saído do prédio com seus amigos. Depois de dar uns cinco passos, suas pernas endureceram e ele não podia mais andar. Ele ouviu uma voz no seu coração advertindo-lhe que se ele deixasse a igreja sem consertar a sua vida com Deus, ele seria uma alma perdida. Ele ficou ali mesmo, travando uma batalha consigo mesmo. Depois ele confessou muitas desobediências e no fim da sua confissão ficou transbordante de alegria pelo seu perdão. Ele foi o primeiro caso de “embriaguez” no Espírito que presenciamos. Ele cambaleava, cantava e ria. Mais tarde ele compôs muitos hinos. Naquele dia à noite, depois de terminada a reunião de oração dos missionários, fui chamado para ir ao alojamento dos operários, pois Deus estava operando ali. Que espetáculo! Nunca poderei esquecer-me dele! A pequena construção estava abarrotada de homens (as mulheres estavam do lado de fora) que estavam sentados, em pé, ou nos braços de alguém, chorando, confessando e agonizando. Um dos homens, que se achava nos braços de um outro, sem forças para se mover, clamava incessantemente: “Meu coração é perverso, meu coração é perverso. Oh, o que farei?
Quem pode dar-me um coração limpo? Não posso comparecer diante de Deus com este coração malvado!” Depois dele proceder desta forma por algum tempo, aproximei-me dele e disse-lhe: “Você nunca encontrará alívio por dizer que seu coração é perverso. Nomeie os seus pecados e saiba que o Senhor perdoará cada pecado que você confessar.” Ele abriu seu coração e confessou falsidade, adultério, bebedice etc. Qual não foi a sua intensa sinceridade e remorso nesta confissão! Não posso transmitir isto por meio de palavras. Mas assim que ele terminou, encheu-se de alegria e louvor, e então se dispôs a ajudar seus amigos que ainda estavam angustiados. Um missionário descreveu o que Deus estava fazendo naqueles dias da seguinte maneira: primeiro, prostrar-se pela horrível convicção de pecado; segundo, louvor a Deus pelo sangue de Jesus; terceiro, oração, agonizando-se em favor das almas; quarto, pregação, saindo para testemunhar e levar outros a um conhecimento salvador de Jesus; e finalmente, purificação, quando um ou outro se levantava e mostrava por revelação do Espírito, alguém que ainda não estava certo com Deus, e implorava-lhe que consertasse sua vida antes que fosse tarde demais. ÍNDIA Em janeiro de 1905, Pandita Ramabai falou com as jovens de Mukti a respeito da necessidade de um avivamento e pediu voluntárias para se reunirem com ela diariamente para orar nesse sentido. Setenta pessoas responderam e periodicamente outras mais se ajuntaram, até formar um grupo de 550 pessoas que se reuniam duas vezes por dia no início do avivamento. No dia 29 de junho, às 3h00 da madrugada, o Espírito foi derramado sobre uma das voluntárias. A jovem que dormia ao seu lado acordou-se quando isto aconteceu e vendo o fogo que envolvia completamente o seu corpo, correu para o outro lado do dormitório, buscou um balde cheio de água, e estava quase arremetendo o conteúdo sobre sua companheira quando percebeu que ela realmente não estava incendiada por fogo natural. Dentro de uma hora, quase todas as jovens estavam reunidas, chorando, orando e confessando seus pecados a Deus. A jovem recém- batizada pelo Espírito estava sentada no meio delas, relatando o que Deus fizera por ela e exortando as outras ao arrependimento. Após um forte arrependimento, confissão de pecados e certeza de salvação, muitas voltavam depois de um ou dois dias dizendo: “Somos salvas, e nossos pecados foram perdoados. Agora queremos o batismo de fogo”.
Num domingo, o texto usado foi: “Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo” (Mt 3.11). Claramente, o Espírito Santo ensinou as jovens através desta passagem, e de Atos 2.1 – 4, e através da própria experiência da primeira mulher que foi batizada, a esperarem uma experiência literal de fogo, e Deus as respondia na sua expectativa. Muitas das jovens foram revestidas por um fogo estranho, belo e sobrenatural. Elas gritavam quando o ardor lhes penetrava e revestia. Algumas caíam prostradas ao verem uma grande luz passar diante delas, enquanto o fogo de Deus consumia os membros do corpo do pecado: o orgulho, a ira, o amor ao mundo, o egoísmo e a impureza. Finalmente uma segurança e um gozo completo tomavam o lugar do arrependimento. Algumas que estiveram estremecendo violentamente sob o poder da convicção de pecados, agora cantavam, louvavam e dançavam de alegria, às vezes saltando por horas a fio sem sentir cansaço. EUA “Ao chegar, encontrei a multidão reunida na beira de um prado onde continuou acampada durante muitos dias e noites consecutivos, durante os quais havia a todo o momento adoração a Deus em algum lugar do acampamento. Muitas vezes havia pregação em vários pontos simultaneamente. As cenas eram para mim sobremodo estranhas. Desafiavam qualquer tentativa de descrevê-las. Grandes números de pessoas caíam como homens mortos na guerra, e continuavam por horas num estado relativamente imóvel e sem respiração. Às vezes, por alguns momentos, reavivavam e demonstravam sintomas de vida por um profundo gemido ou um grito agudo e penetrante, ou ainda por uma oração por misericórdia fervorosamente pronunciada. Depois de permanecer assim por horas, obtinham libertação. A nuvem tenebrosa que cobrira os seus rostos parecia desvanecer progressiva e visivelmente, e a esperança em sorrisos clareava até se transformar em alegria. Levantavam-se, então, para bradar sua libertação, e dirigiam-se à multidão em redor numa linguagem genuinamente eloqüente e impressionante. Atônito, eu ouvia mulheres e crianças declarando as maravilhosas obras de Deus e os gloriosos mistérios do evangelho. Seus apelos eram solenes, comoventes, ousados e livres. Sob o efeito de tais apelos muitos outros caíam no mesmo estado do qual estes acabaram de ser libertos.” HÉBRIDAS Deus usou Donald Smith, como usou Finney, para produzir profunda convicção de pecado nos corações dos pecadores, enquanto ele testificava a eles. Suas palavras eram como dardos inflamados de convicção. Logo que ele se converteu, ficou tão cheio do Espírito de Deus que quando entrou na sala de
aula, a professora estremeceu com convicção e deixou os papéis caírem no chão. Foi preciso sair da sala. Na primeira noite depois da chegada de Donald e dos outros irmãos em Berneray, o inferno todo parecia estar em guerra contra o pregador. Não havia reação alguma. Foi uma reunião fria e morta. O texto da mensagem de Duncan Campbell foi: “Tu, Cafarnaum, ele- var-te-ás, porventura, até ao céu? Descerás até o inferno” (Lc 10.15). De repente, Duncan Campbell parou no meio da sua pregação e pediu que Donald Smith orasse. O rapaz derramou o seu coração diante do trono da graça numa súplica sincera e fervorosa. Ele orou por uma meia hora com oração agonizante em favor das pessoas daquela ilha. Clamou a Deus, firmando-se nas promessas da aliança de Deus, e louvando a ele por ser um Deus que respondia as orações. Então os céus se rasgaram e o Espírito de Deus foi derramado sobre o povo como no dia de Pentecoste. Houve a mesma manifestação do poder do Espírito de Deus que acontecera na ilha de Lewis nos meses anteriores. Houve as mesmas manifestações físicas dos dias de Wesley e do avivamento no país de Gales. Muitos ficavam em estado de êxtase. Outros foram prostrados diante do Senhor, caídos sobre os bancos. Aindas outros recebiam visões. A característica notável deste vento do Espírito era que simultaneamente Deus movia na igreja pelo derramamento do seu Espírito e sobre as casas e redondezas da aldeia. Em todos os lugares as pessoas sentiam convicção de pecado – ateus, bêbados, e indiferentes comerciantes. Homens de negócios nas suas firmas, professores corrigindo suas provas, donas de casa nos seus lares, e até os pescadores na baía – todos eram dominados pela profunda convicção de pecado. Sentiam uma estranha compulsão interior de ir ao salão de reuniões, onde por certo algo aconteceria, e onde pudessem encontrar alento. Sentiam ao mesmo tempo angústia e admiração. Os caminhos nas ladeiras logo se escureciam com as pessoas que afluíam para o salão de todas as direções. CORÉIA “Depois de orarmos por mais ou menos um mês, um irmão propôs que parássemos com as reuniões de oração, dizendo: ‘Já oramos por um mês, e nada de incomum resultou. Vamos orar cada um em casa, conforme achar conveniente.’ Porém a maioria decidiu continuar a reunião de oração, crendo que o Senhor não deixaria de conceder a Ping Yang o que já dera a Kassia.”
Resolveram dar mais tempo à oração ao invés de menos. Com este propósito, mudaram o horário do meio-dia para quatro horas da tarde; assim poderiam orar até a hora do jantar se quisessem. Não houve quase nada além de oração durante os quatro meses seguintes, e segundo seu próprio testemunho, o resultado foi que se esqueceram que eram metodistas ou presbiterianos; só reconheciam que eram todos um no Senhor Jesus Cristo. Esta era verdadeira união na igreja; foi produzida nos joelhos; duraria; e glorificaria o Altíssimo. Era agora a primeira semana de 1907. Todos esperavam que Deus abençoaria de modo especial durante a Semana de Oração Universal. Mas chegaram ao último dia e ainda não houvera nenhuma manifestação especial do poder de Deus. Naquele sábado à noite quase mil e quinhentas pessoas estavam reunidas na Igreja Presbiteriana Central. Os céus acima deles pareciam ser de bronze. Seria possível que Deus lhes negaria o derramamento pelo qual oravam? Então todos ficaram espantados quando o presbítero Keel, o dirigente da igreja, ficou em pé e disse: “Sou um Acã. Deus não pode abençoar por minha causa. Um amigo me chamou à sua casa e me disse: ‘Presbítero, estou para morrer; quero que você administre meus negócios, pois minha esposa é incapaz de fazê- lo.’ Realmente administrei o patrimônio daquela viúva, mas consegui embolsar cem dólares do seu dinheiro. Estou impedindo a obra de Deus. Vou devolver este dinheiro à viúva amanhã de manhã.” Naquele momento, reconheceu-se que as barreiras haviam caído, e que Deus, o Santo, havia chegado. Convicção de pecados passou por toda aquela congregação. O culto começou às sete horas naquele domingo à noite, e só terminou as duas horas da manhã. Durante todo esse tempo, dezenas de pessoas estavam em pé, chorando e esperando sua vez de confessar. Como o Sr. Swallen disse: “Valeu bem a pena ter passado vários meses em oração, pois quando Deus o Espírito Santo veio, realizou mais em metade de um dia do que todos nós, missionários, poderíamos fazer em metade de um ano. Em menos de dois meses, mais de duas mil pessoas pagãs se converteram.” Até meados de 1907, houve 30.000 conversões ligadas ao centro de Ping Yang. Até 1910, o avivamento claramente não havia esfriado, pois em outubro daquele ano, 4.000 pessoas foram batizadas em uma semana, e outras milhares haviam enviado seus nomes, dizendo que fizeram a decisão de se tornar cristãos. E O BRASIL? Ricardo Brunet – pastor na equipe do ministério da Comunidade Internacional da Zona Sul – RJ e professor do Instituto Bíblico Internacional na área de aconselhamento. Autor de vários livros.
Nestes tempos do fim confesso que meu coração tem andado um pouco angustiado pela situação atual da igreja de nosso Senhor Jesus Cristo na terra, e mui especialmente em nosso tão querido Brasil. Sinto-me compelido pelo Espírito Santo a trazer à luz algumas considerações a respeito dessa hora da igreja e o faço com muito temor e tremor, pois quem já tocou na igreja de Jesus inadvertidamente e tenha ficado impune? “Ai daquele que tocar a menina dos meus olhos!” Dt 32.10;Zc 2.8. Esse é um tempo de muito cuidado e muito temor, e é tempo também de prestarmos atenção em tudo aquilo que está vindo da parte de Deus e não confundirmos com o que vem da parte dos homens e até mesmo, algumas vezes, da parte do diabo. O Brasil passa por um momento de transição em todos os sentidos: politicamente, socialmente, economicamente e principalmente espiritualmente. O Espírito Santo, que é Santo, está para visitar a nossa nação e com certeza isso acontecerá em nossa geração, mas é necessário que prestemos atenção à maneira como isso irá acontecer, e não nos confundamos com qualquer outro movimento, mesmo que tenha um nome religioso. É tempo de nossos espíritos e corações estarem abertos e sensíveis à voz de Deus e à sua vontade para podermos conhecer seu coração em relação à nossa nação e de maneira alguma confundirmos AVIVAMENTO COM MOVIMENTO, COM RELIGIOSIDADE OU QUALQUER OUTRA COISA! Percebo um alvoroço muito grande no meio do povo de Deus. Será que é alarido de guerra, segundo Josué, ou alarido dos que cantam, segundo Moisés?(Êx 32.17-18). Não! Infelizmente ainda é alarido de confusão, de idolatria, de rebelião, de corrupção e de doutrinas heréticas. Por algum tempo muitos de nós temos ouvido esses alaridos e temos saído por aí cantando, pulando, profetizando, compondo, arrecadando ofertas, proclamando que é alarido de visitação de Deus e até mesmo que é alarido de AVIVAMENTO. Muito barulho tem soado em nosso meio, muito movimento, muitas pessoas têm chegado até a igreja, até pessoas do mundo artístico, esportivo e político. Muitas igrejas têm estado cheias, e por tudo isso temos muitas vezes proclamado como Josué e Moisés precipitadamente declararam: É guerra, é festa, é alegria, é avivamento! Quando Moisés desceu do monte, já próximo ao arraial, pode constatar aquilo que o Senhor já havia lhe falado no cume do monte, e o que foi que ele viu, senão pecado, idolatria, distanciamento de Deus e prostituição? Só nesse momento, então, foi que ele sentiu o pulsar do coração de Deus e cheio de ira, destruiu as tábuas da lei recebidas no Sinai e mandou que matassem todos os que se prostituíram diante de outros deuses!
Ó, Deus! Que o Senhor nos ajude nesse tempo do fim e coloque um novo colírio em nossos olhos para entendermos a urgente necessidade de um AVIVAMENTO, nos moldes bíblicos, para trazer sua glória de volta para o nosso meio (1 Sm 4.17-22; 2 Sm 6.1 -11; 2 Sm 7.15- 17), para que todo o povo saiba que o braço de Deus é forte, e que os montes e as nações tremam diante, da sua presença! (Is 64.1-2) Meu propósito nesse momento, com muito temor e respeito, é tentar trazer alguns de nós de volta à palavra de Deus para que possamos compreender que o Senhor tem meios próprios e phncípios bem claros para trazer sua visitação a uma nação. Algo de muito mais sério e profundo do que aquilo que estamos presenciando nesse momento da história da igreja precisa acontecer em nossa nação. Quando buscamos orientação histórica através dos tempos e olhamos um pouco para trás, e estudamos a vida de homens que moveram os braços de Deus e que através de suas vidas cidades inteiras e até mesmo nações foram impactadas pelo poder de Deus, culminando com poderosos avivamentos envolvendo toda uma sociedade, vidas como John Wesley, George Whitefield, Jonathan Edwards, Martinho Lutero, Conde Zinzendorf, Savonarola, George Muller, John Huss, David Brainerd e tantos outros, então entendemos que algo muito mais que um bom evangelho precisa ser pregado em nossa geração. Estamos vivendo dias muito interessantes em nossa nação. A igreja está crescendo, vidas em todos os segmentos da sociedade estão sendo salvas, nos esportes, nas artes, no teatro, na TV, no congresso, profissionais liberais e até nas periferias. Graças a Deus por isso! É muito bom saber que muitas almas estão sendo alcançadas pelo evangelho, embora, creio com tristeza, que muitas dessas pessoas não têm passado por uma profunda transformação de arrependimento. Ainda assim, aleluia, pois pode ser o primeiro passo para tudo aquilo que o Espírito Santo deseja fazer! Entretanto, mesmo com todos estes acontecimentos, permanece ainda no meu coração um clamor que não foi atendido. Gosto de ver as igrejas crescendo, ver muitas pessoas chegando à casa de Deus, muitas igrejas novas nascendo, muitos outros trabalhos para- eclesiásticos surgindo, graças a Deus por isso. Mas a minha pergunta é a seguinte: o quanto temos, como cristãos, “sacudido” nossa sociedade? O que temos transformado? De que maneira o sal está salgando? Quais instituições foram transformadas pelo poder de Deus? Quais cidades foram transformadas pelo evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo?
O peso do meu coração é por essa nova safra de crentes que tem chegado para a casa de Deus nesses últimos dias, em todas as partes do país. Moisés foi tremendamente usado por Deus e transformou sua geração, libertando seu povo, pelo poder de Deus, do cativeiro egípcio, levando-o para Canaã. José foi outro homem tremendamente usado por Deus. Por sua obediência ao Senhor, todo o Egito daquela época e as nações vizinhas foram poupados de morrer de fome. José, para dar continuidade a visão profética de Deus e ao seu propósito, foi transformado no segundo homem do Egito, assumindo a posição de vice-go- vernador. Davi, o pequeno rei, marcou a sua geração segundo a vontade do Pai e depois pôde morrer em paz (At 13.36). Elias, o profeta de Deus, tocou na estrutura de um povo, quando solicitado por Deus para profetizar ausência de chuva, e por sua causa um reinado iníquo perdeu seu trono. Poderíamos falar de Josué, Calebe, Samuel, Asa, Isaías, Ezequiel, Daniel, Paulo, Pedro, João e muitos outros, que com suas vidas, seus testemunhos, sua fé, moveram os braços de Deus em favor de si, de suas cidades, seus povos, suas gerações. Cem anos de evangelho em nosso país: qual tem sido o resultado? quais as colheitas? quais os frutos? quantos avivamentos? quantas transformações sociais? quantas reformas? quantas perseguições? É tempo de parar e refletir um pouco a respeito daquilo que faremos com o evangelho para o próximo milênio. Não devemos deixar nossa geração passar sem que ela experimente um poderoso avivamento, que tocará profundamente nas estruturas da igreja e na sociedade tão libertina e pecaminosa. O que será que nos falta para termos avivamento nesse final de século XX, que irá irromper para o próximo século? O que poderemos fazer para que isso venha a acontecer? Creio que, em primeiro lugar, precisamos reconhecer a necessidade de um avivamento em nossa nação, começando com nossas vidas pois lamentavelmente muitos se encontram tão leves e dispersos que acham que estão experimentando pleno avivamento, ou então nem sabem exatamente o que é avivamento. Em segundo lugar precisamos entender o que é avivamento, pois temos corrido o risco de confundir avivamento com bênçãos, com prosperidade, com milagres, com igrejas cheias, com muitas músicas, muito barulho, com reuniões avivalistas, com grandes campanhas de evangelização, e tantas outras coisas; mas é urgentemente necessário que compreendamos avivamento segundo a ótica de Deus e de sua palavra.
Em terceiro lugar, precisamos desejar de todo o nosso coração que tanto a nossa vida quanto a nossa nação sejam sacudidas com esse poderoso avivamento. Em quarto lugar, é necessário, agora, buscarmos da forma correta este avivamento. Em quinto e último lugar, para termos esse avivamento em nosso país é preciso saber que o nosso amado Deus anseia demasiadamente mais do que nós derramar esse poderoso avivamento em nossa tão amada nação. Antes de qualquer outra consideração é muito importante que os queridos leitores tenham em suas mentes a seguinte afirmativa de nosso amado Deus, dada ao profeta Isaías: “Lembrai- vos das coisas passadas da antigüidade; que eu sou Deus e não há outro, eu sou Deus, e não há outro semelhante a mim; que desde o princípio anuncio o que há de acontecer e desde a antigüidade as coisas que ainda não sucederam, que digo: o meu conselho permanecerá de pé; farei toda a minha vontade!” Aleluia! (Is 46.8-10). Que coisa tremenda! Independentemente do que o diabo e os homens estão tentando fazer com a igreja de Jesus hoje em dia, ela vai prosperar. O propósito de Deus não será frustrado e as portas do inferno não prevalecerão. Uma igreja linda, forte e gloriosa será levantada em cada cidade alta, em cada lugar estratégico, em cada cidade das nações, e cumprirá todo o querer de Deus na terra, detonará o inferno com o diabo e seus demônios e levantará o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, e todo o joelho se dobrará e toda língua confessará que Jesus Cristo é o Senhor. O diabo por muito tempo tem mentido e enganado o povo de Deus. Agora é hora da igreja se levantar com sabedoria e debaixo da autoridade de Deus expulsá-lo desse perímetro e fazer o reino de Deus se manifestar na terra. Deus nunca permitirá que seu propósito seja frustrado. Sua igreja nunca será perdedora. Ela será gloriosa, sem mancha, nem ruga, nem qualquer coisa semelhante! Ainda que as coisas por um tempo pareçam caminhar mal, ele prevalecerá. Ele cumprirá seu eterno propósito!
O avivamento da Rua Azusa Em 1905, um pequeno grupo de crentes afro-americanos, famintos por avivamento, foram expulsos da Segunda Igreja Batista de Los Angeles. Eventualmente, eles começaram a se reunir em uma casa na Rua Bonnie Brae, onde os sinais de avivamento e manifestações espirituais começaram a juntar um crescente número de participantes. O improvável líder desse grupo foi um humilde, não muito estudado, filho de ex-escravos, chamado William Joseph Seymour. Para Seymour, a mensagem da hora era o renovo de Pentecostes, evidenciado pelo enchimento do Espírito Santo. O pastor Seymour e mais sete pessoas reuniram-se para orar e buscar a plenitude do Espírito Santo, na noite de 6 de Abril de 1906. Os sete foram batizados no Espírito Santo com a evidência de falar em outras línguas. Três dias depois, Seymour recebeu o mesmo batismo de poder. Como a mensagem do fogo do avivamento começou a se espalhar pela cidade de Los Angeles, os crescentes ajuntamentos superlotaram a casa da Rua Bonnie Brae. A necessidade de um lugar maior tornou-se evidente. Finalmente, um prédio desocupado em mal estado na Rua Azusa No. 312 foi localizado e alugado. Ainda que o local tenha sediado, anteriormente, a Igreja Metodista Episcopal Africana, a estrutura de dois andares já bem desgastada estava sendo usada por um construtor como depósito de materiais de construção, estábulo para animais e feno. Mas em questão de alguns dias, com serragem no chão, forro de palha ao redor do altar e duas caixas de sapato como púlpito, o primeiro culto na Missão da Rua Azusa aconteceu no dia 14 de abril de 1906. Desde o começo, o toque soberano de Deus estava sobre William Seymour e os que com ele estavam. Por três anos, o avivamento continuou essencialmente 24 horas por dia, sete dias por semana, com uma participação de, às vezes, até 1000 pessoas. Pessoas do mundo
todo vieram para receber seu “Pentecost”, muitos sendo enchidos espiritualmente antes de chegarem ao prédio. O que tem sido chamado de “maior avivamento mundial” resultou, em nossos dias, em um vasto exército de mais de 600 milhões de crentes cheios do Espírito, tocando cada nação da terra. Um dos fenômenos do Avivamento da Rua Azusa foi seu incrível poder de aproximar crentes de todo o mundo. Esse entendimento de envolvimento global é parte integral do planejamento para o Centenário. Delegados de muitas nações convergirão em Los Angeles para a celebração em abril/2006. Planos já estão sendo feitos para estabelecer uma iniciativa de oração mundial pelo Centenário. Através da tecnologia de vídeo streaming, os eventos do Centenário serão acessíveis a espectadores em cada parte do mundo. O web site dará aos indivíduos interessados informação sobre como estarem envolvidos no Centenário, não importando onde vivem no mundo. Hoje, cem anos depois, temos que celebrar este maravilhoso mover de Deus que levou milhões a um profundo relacionamento com Deus. E a melhor forma de celebrá-lo é revivendo-o. “Nos últimos dias, diz Deus, derramarei do meu Espírito sobre todos os povos. Os seus filhos e filhas profetizarão, os jovens terão visões, os velhos terão sonhos” Atos 2:17. Que Deus nos abençoe Por Jorge Linhares
O Movimento Jesus
O Movimento Jesus (Jesus Movement ou Jesus People Movement) começou no ano de 1967 em Califórnia – EUA, e continuou até aproximadamente 1973. O movimento foi um avivamento focalizado principalmente nos adolescentes e jovens da "contra cultura" Norte-Americana que surgiu no fim da década de 1960. A década de 60, e principalmente os anos de 1967 a 1969, foram anos de grandes mudanças sociais, nos Estados Unidos e no mundo. Numa matéria sobre o ano de 1968, a Revista Época declarou1: Quarenta anos depois, 68 continua enigmático, estranho e ambíguo como um adolescente em crise existencial. Ele foi o ano da livre experimentação de drogas. Das garotas de minissaia. Do sexo sem culpa. Da pílula anticoncepcional. Do psicodelismo. Do movimento feminista. Da defesa dos direitos dos homossexuais. Do assassinato de Martin Luther King. Dos protestos contra a Guerra do Vietnã. Da revolta dos estudantes em Paris. Da Primavera de Praga. Da radicalização da luta estudantil e do recrudescimento da ditadura no Brasil Da tropicália do cinema marginal brasileiro, Foi, em suma, o ano do "êxtase da Historia", para citar uma frase do sociólogo francês Edgar Morin, um dos pensadores mais importantes do século XX. Foi um ano que, por seus excessos, marcou a humanidade... Mas essa época marcou, também, o início de um avivamento significante, que até hoje influencia o Cristianismo. Como podemos ver na história dos avivamentos, tempos de transtornos sociais são oportunidades para verdadeiros despertamentos espirituais, e a década dos anos de 60 não foi nenhuma exceção a essa regra. No seu livro "The Jesus People Moviment"2, David Di Sabatino explica os origens do movimento: Embora o descontentamento social estava crescendo desde a morte de Presidente John F. Kennedy em 1963, foi em 1967 que a América do Norte começou a desmoronar. Sentimentos contra a guerra continuaram a crescer nos Estados Unidos
com 400.000 manifestantes em Nova Iorque mostrando o seu desprezo marchando do Parque Central ao edifício das Nações Unidos. Manifestações contra o serviço militar obrigatório refletiram a dissensão difundida. Um estudo sobre drogas indicou que a experimentação com a maconha e LSD tinha dobrado no ano de 1966 a 1967. Apesar do ano ser anfitrião ao "verão do amor", 1967 foi a última celebração do movimento hippie antes das drogas mais pesadas levar as comunidades relativamente calmas para a violência... Até o fim dos anos de 1960 os protestos calmos e a resistência não violenta tinham sido substituídos por meios mais voláteis da dissensão social que incluíam levantes raciais, desobediência civil, a violência e o assassinato político. Historiador Charles Kaiser fala que o ano 1968 marcou "o momento quando todos os impulsos de uma nação para violência, idealismo, diversidade, e desordem chegaram ao ponto máximo e produziram a maior possível esperança - e o pior desespero imaginável..." Desafeiçoados e crescentemente alienados pelos desdobramentos na sociedade, muitos começaram a buscar assuntos religiosos mais profundos. No meio deste caos social, grupos evangelísticos informaram grandes sucessos em conversões e recrutamento. Atividades de ativistas estudantis desiludidos, hippies, ex-viciados, e adolescentes Cristãos que buscaram colocar a sua fé em ação foram todos levados por uma onda de entusiasmo, crendo que o Espírito de Deus tinha os reunido. Aqueles que participaram em evangelismo durante este tempo testemunharam que multidões enormes poderiam ser reunidas tocando um violão na esquina de a rua. Por causa da tremenda resposta para a mensagem de evangelho, este período marca o que alguns simpatizantes evangélicos dublaram uma "colheita de almas". Edward Plowman, editor da revista "Christianity Today", descreveu o ambiente dentro da Igreja na época no livro "The Jesus Movement in America":3 Nossas igrejas experimentaram mudanças instáveis. Urbanização, prosperidade, mobilidade, televisão, e outros fatores já tinham alterado os padrões tradicionais. As polemicas sócio-políticas dos Anos Sessenta alcançaram muitos púlpitos, e abaixoassinados foram distribuídos às portas de igrejas... A condição geral era um de declínio. Somente os Metodista Unidos (United Methodists) perderam centenas de milhares de membros, e as estatísticas das outras denominações principais retrataram tendências desencorajadores semelhantes. As pessoas citaram muitas razões. Elas estavam enfadados com a políticas na igreja. Ou elas estavam entediadas com o mesmo ritual de formas inanimadas repetido semanalmente. Ou elas não estavam obtendo muita ajuda espiritual dos sermões. Elas disseram que se sentiam nenhum senso de comunhão genuíno, de membros que se preocupam um com o outro. A fé não parecia ter muita relevância depois do meio-dia no domingo. Assim, elas perguntaram se valia a pena? Centenas de jovens me falaram que eles foram desanimados pelo desassossego fervendo em volta de feudos pessoais nas suas igrejas...
Enquanto isso, um número crescente de nossos lares estavam desmoronando, e alguns de nós também. Na capa da Revista Time de 8 de abril, 1966 foi escrito a pergunta: "Será que Deus está morto?" Durante todo o desassossego, muitos de nós perdemos o contato com nossos jovens. A imprensa chamou isto da "Racha entre as Gerações." Logo depois da marca mediana da década, nós descobrimos que uma mudança envolvendo um segmento considerável dos jovem tornou-se uma revolução completa. Estes jovens estavam seguindo líderes novos, honrando heróis novos, aderindo a causas novas, cantando slogans novos, vivendo através de códigos novos, ingerindo substâncias químicas novas, adorando deuses novos. O movimento Jesus começou com "Coffee Houses" (cafeterias) que foram utilizadas como meios de evangelismo dos hippies, e comunidades e casas de recuperação de viciados em drogas. O Estado de Califórnia foi o ponto da maior concentração dos hippies, e conseqüentemente o berço do movimento, porém este espalhou-se rapidamente pela América do Norte. Pela maioria dos relatos, o "Jesus People Movement" (Movimento do Povo de Jesus) começou em 1967 dentro do Distrito Height-Ashbury de São Francisco. Nesta primeira fase, o conjunto de pioneiros independentes de hippies evangélicos foi chamado de "cristãos da rua" e "os evangelistas psicodélicos", só depois sendo chamado os "Jesus freaks" (Doidos para Jesus) ou o "Jesus People" (Povo de Jesus). Embora rotulado o "Jesus Movement" (Movimento Jesus) pela revista "Look" em fevereiro de 1971, o evento é melhor explicado como sendo um avivamento Cristão clássico que teve seu impacto mais profundo em vidas individuais e não na sociedade em geral. Dentro de poucos anos, esse mover do Espírito Santo literalmente capturou e transformou milhares de jovens e adolescentes, rebeldes, alienados da sociedade, muitos dos quais eram usuários e viciados em drogas. As poucas igrejas se abriram as portas paras estes jovens experimentaram crescimento fenomenal, como no caso da Calvary Chapel, de Costa Mesa, Califórnia. Em seu livro "Colheita"4, o Pastor Chuck Smith contou o que aconteceu: Estima-se que em um período de dois anos, em meados dos anos 70, a Calvary Chapel de Costa Mesa realizou mais de oito mil batismos. Durante esse mesmo período, colaboramos para a realização de 20 mil conversões à fé cristã. Nossa taxa de crescimento por década foi calculada por especialistas que concluíram ser de dez mil por cento. Talvez outro fator ainda mais surpreendente é que no início da Calvary Chapel em Costa Mesa, em 1965, havia apenas vinte e cinco pessoas no primeiro culto realizado no domingo de manhã. Agora, coloque isso em perspectiva. Aquela igreja de vinte cinco membros não só estabeleceu mais de quinhentas igrejas filiais da Calvary Chapel por todo o mundo, mas também atingiu um grande número de pessoas que a consideram como sua
igreja: mais de trinta e cinco mil! É listada em terceiro lugar com relação ao número de pessoas que freqüentam os cultos aos domingos (dentre as dez maiores igrejas dos Estados Unidos); e é a primeira entre as dez maiores igrejas protestantes da Califórnia. Em junho de 1971 a revista "Time" publicou uma figura de Jesus na capa, com uma matéria sobre o movimento, parte da qual dizia: Há um frescor matinal neste movimento, uma atmosfera flutuante de esperança e amor unido a um típico zelo rebelde. Alguns convertidos gostam de traduzir sua nova fé para a vida diária, como aqueles que atendem o telefone com 'Jesus ama você' e vez de 'alô'. Mas seu amor parece mais sincero que um slogan, mais profundo que os sentimentos de uma onda passageira... o que surpreende quem está de fora é o extraordinário senso de alegria que eles são capazes de comunicar... Parte desta fascinação por Jesus entre os jovens pode ser simplesmente um culto tardio da personalidade de um companheiro rebelde, o primeiro mártir da causa da paz e fraternidade. Não é assim, porém, com a grande maioria do movimento de Jesus. Se há uma característica, que claramente os identifica, é sua crença total num Jesus Cristo terrível e sobrenatural, não apenas um homem maravilhoso que viveu há 2.000 anos, mas um Deus vivo que é tanto Salvador como Juiz. Suas vidas giram em torno da necessidade de um intenso relacionamento pessoal com este Jesus, e a crença de que tal relacionamento deve ser a condição de toda vida humana. Agem como se a intervenção divina guiasse cada momento de suas vidas e com a certeza de que pode resolver cada problema... A revolução de Jesus rejeita não somente os valores materiais da América convencional, mas também a sabedoria dominante da teologia americana... O Cristianismo tem enfatizado - pelo menos - o tipo pregado nos púlpitos e seminários de prestígio nas últimas décadas - um Deus presente na natureza e no movimento social, não o Deus pessoal e transcendental do novo movimento, que vem para a terra na pessoa de Jesus, na vida de indivíduos, milagrosamente. A revolução de Jesus, em resumo, nega as virtudes das Cidade Secular e amontoa desprezo sobre a mensagem de que Deus sempre esteve morto."5 Um dos mais famosos dos "pregadores hippies" foi Lonnie Frisbee, um se converteu aos 17 anos de idade. Poderosamente ungido, ele foi instrumental em trazer ao mover do Espírito a três denominações: a Calvary Chapel, a Vineyard e "Jesus People USA". Tragicamente - e existem versões divergentes sobre os fatos - Lonnie morreu de AIDS em 1993. Mudanças socais e culturais nos Estados Unidos, e o desaparecimento da "hippie" contra-culturas, resultaram na assimilação dos frutos movimento Jesus no cristianismo evangélico. David Di Sabatino descreveu os efeitos do movimento no livro "The Jesus People Movement": A influência do avivamento ainda está sendo sentida apesar de ter desvestido muita de sua aparência contra-cultural. Seus efeitos mais profundos e mais perceptíveis foram
sentidos como um agente da renovação espiritual. Pelo menos quatro denominações novas - a Calvary Chapel, a Gospel Outreach, a Hope Chapel e o movimento Vineyard traçam sua linhagem ao evento. A indústria da música cristã contemporânea (Contemporary Christian Music) comanda agora mais que oito por cento de todas as vendas na America do Norte, vendendo mais que a música clássica e jazz. Milhares de igrejas locais foram fundadas ou experimentaram renovação devido ao influxo de membros. Organizações para-eclesiásticas existentes, como a Cruzada Estudantil e Profissional para Cristo (Campus Crusade for Christ), Os Navegadores (The Navigators), a Mocidade para Cristo (Youth For Christ) e Jovens Com Uma Missão (Youth With a Mission), para nomear somente alguns, tiraram proveito do grande número de convertidos espirituais que foram canalizados em seus programas. A renovação igualmente gerou suas próprias organizações para-eclesiásticas, tais como Last Days Ministries, Christ is the Answer Ministries, and the Holy Ghost Repair Shop... Muitos dos aderentes de avivamento, alguns dos quais estão entrando agora em posições de autoridade dentro das organizações das igrejas, igualmente mencionam suas experiências espirituais formativas como sendo durante o movimento. A tremenda ênfase contemporânea na música da adoração e em práticas litúrgicas - emanando de grupos como Maranatha! Music, Vineyard Music Group, e Integrity Hosanna - traçam seus impulsos originais ao avivamento. Pr Paul David Cull www.avivamentoja.com
Assiste o batismo de jovens recém-convertidos numa universidade durante o Movimento Jesus (trecho do filme "The Son Worshippers")
1 Revista "Época, 7 janeiro de 2008" - Editora Globo S/A 2 "The Jesus People Movement - An Annotated Bibliography and General Resource, Second Edition" por David Di Sabatino, 2004, Jester Media 3 "The Jesus Movement in America (formerly The Underground Church)" por Edward E. Plowman, 1971, David C. Cook Publishing Co. 4 "Harvest"por Chuck Smith, tradução em português do no site www.calvarychapel.com 5 "A Igreja do Século XX - A História que Não Foi Contada" por John Walker e Outros, 2002, Editora Vida