As relações interpessoais As relações interpessoais são o modo como nos relacionamos com os outros ao longo da vida e as interacções que estabelecemos irão definir a grande parte do que fomos e somos. É através destas relações que surge a cognição social (conhecimento social), o modo como encaramos os outros e nos próprios. Procurando assim conhecer o modo como os nossos pensamentos são afectados pelo contexto social e como afectam o nosso comportamento social. Alguns dos processos de cognição social são, as impressões, as expectativas, as atitudes e as representações sociais. No primeiro contacto que temos com alguém que não conhecemos, construímos uma imagem, uma ideia sobre essa pessoa, integrando-a assim numa categoria a partir desses mesmos dados, isto são as impressões. As impressões são formadas através de: indícios físicos (características físicas); indícios verbais (características de vocabulário); indícios não verbais (modo como a pessoa se veste) e indícios comportamentais (conjunto de comportamentos que se observa numa pessoa e permite classifica-la). A partir destes inícios podemos formar uma impressão global de uma pessoa. Embora que a primeira impressão seja a mais duradora e persistente, sendo difícil altera-la. É a partir das impressões que formamos as nossas expectativas, isto é, o modo como prevemos as atitudes e os comportamentos das outras pessoas através dos indícios e informações que temos assim através destas categorizamos os outros. As nossas expectativas afectam os comportamentos dos outros e condicionam o nosso próprio comportamento. As atitudes desempenham um papel importante no modo como processamos a informação do mundo social em que estamos inseridos. As atitudes são uma tendência para responder a um objecto social que se manifesta nos comportamentos. Podem distinguir-se assim três componentes: cognitivos (informação sobre o objecto social); afectivos (emoções positivas ou negativas em relação ao objecto social) e comportamental (respostas face ao objecto social). As atitudes não são directamente observáveis ma s podem inferir a partir de um comportamento. As atitudes não nascem connosco formando-se através de um processo de socialização (primaria e secundaria). Apesar da estabilidade das atitudes, não significa que a partir de uma certa idade não possam ser alteradas. Quando uma pessoa sustenta duas atitudes que se contradizem, ocorre o que se designa por dissonância cognitiva, que é geradora de sentimentos de angústia, inquietação e desconforto (exemplo: uma pessoa que goste de fumar apesar de saber que
o tabaco pode provocar o cancro nos pulmões, esta dissonância cognitiva pode provocar-lhe sentimentos de angustia). As representações sociais são conjunto de explicações, crenças e ideias que são aceites por uma dada sociedade. É assim, a capacidade de idealizarmos um acontecimento, uma pessoa, um objecto mentalmente. As representações sociais têm origem em dois processos: objectivação (passagem de ideias gerais para representações concretas) e ancoragem (assimilação das imagens criadas pela objectivação). De entre as várias funções sociais, destacam-se funções do saber (esta ligada a explicação e interpretação); função de orientação (guia e orienta a acção humana); função identitária (diferenciam os grupos e constroem um “eu” social) e função de justificação (as representações sociais podem ser apresentadas como razoes dos comportamentos). Assim as relações interpessoais são muito complexas pois cada pessoa é um “eu” diferente e ao relacionar-se com os outros irá agir sempre de maneira diferente, permitindo adaptarmo-nos de modo rápido e adequado ao mundo físico. Na nossa opinião as relações interpessoais são muito importantes para o desenvolvimento do ser humano. Assim estas relações são feitas de modo diferente dependendo da pessoa e do grupo social em que esta inserido.
Trabalho realizado por: Ana Canhoto nº3 12ºA Liliana Maravilhas nº18 Marta Leitão nº19 Raquel Pereira nº21 Sara Santos nº 22
12º C