Por uma Cartografia da Informação Funções do webjornalista no cibermundo colaborativo Jorge Rocha UNI-BH / UNA
cartografia da informação Retomada da pesquisa “Participatory Journalism: práticas e papéis dos jornalistas na Internet” (2006-2007) Cartografia da informação: webjornalista como “elemento de ligação entre diversos agentes ou informacionais em um sistema colaborativo” (ROCHA, 2006, 2007) Mediação webjornalística “como um processo de organização de significados em
categorias de análise 1)estratégias cognitivas de publicação 2)competência discursiva 3)processos de co-enunciação 4)elementos de organização de significados 5)atividades em espaços relacionais 6)configuração de espaço público relacional
estrátegias cognitivas de publicação Processos de auto-organização descentralizada, que referenciam a interlocução em sistemas emergentes Interrelação entre agentes participantes de um processo comunicacional e os modos pelos quais é possível “escapar” da agenda setting da mídia massiva
competência discursiva Discursos de similitude ou dessemelhança na produção de material informacional, de modo a estimular a interação em sistemas colaborativos. Função do jornalista como cartógrafo da informação não se encontra atrelada ao conceito de gatekeeper, uma vez que a condição de um sistema colaborativo não pressupõe um processo de mediação próprio da mídia massiva.
processos de co-enunciação Seleção: Armazenamento do conteúdo, sistemas de buscas e rankeamento de notícias. Enquadramento: Valor-notícia de acordo com a comunidade participante de sistemas colaborativos. Personalização: Informações sejam recombinadas de diversas maneiras – por exemplo, agregadores de conteúdo como RSS.
elementos de organização de significados Relação produtiva essencial entre interpretação coletiva dos fatos e ligação entre comunidades ou interagentes informacionais
Mediação interrelacional: processo de interlocução entre interagentes que deve maximizar o potencial informacional e lidar com produção argumentativa acerca dos fatos apurados
atividades e espaços relaciona Condições para que os interagentes participantes de um site colaborativo possam encontrar canais de debates/discussões ou quaisquer outros meios de conversação O cartógrafo da informação deve lidar com “a construção coletiva da história a partir de múltiplas percepções e compreensões da realidade” (GRAÇA CALDAS, 2005, p. 147)
espaço público relacional Mídia, como parte integrante da construção do imaginário popular e da opinião pública, deve refletir sobre o processo de produção do discurso jornalístico. Papel do jornalista como mediador de informação passa por alterações significativas: de uma “estrutura monopolista” para processos de coenunciação em um meio digital.
esfera pública comunicacional Estudar os elementos (linguagens, esquemas, sistemas de palavras-chave e índices) que compõem as especificidades das novas mídias e que podem ser trabalhados pelo cartógrafo da informação. Configuração de uma esfera pública ligada à comunicação digital. Prática jornalística como “ofício de fronteira”.: anexação de outras atividades ligadas a novos meios de
esfera pública comunicacional As práticas webjornalísticas colaborativas configuram-se a partir de interações sociais em uma perspectiva baseada no ideário de Habermas aplicadas à formação de uma esfera pública midiática. O deslocamento de uma sociedade de massa para uma sociedade da informação ocorre em “um conjunto polissêmico de mudanças que se processam no rastro da convergência das tecnologias da informação e da
esfera pública comunicacional Novas mídias conferem o espaço simbólico fundamental para o desenvolvimento das interações em redes comunicacionais que devem ser observadas na Cartografia da Informação. Dois cenários sobre o efeito da internet na prática e evolução do jornalismo: o revolucionário e o evolucionário (HEINONEN, 1999 apud CARDOSO, 2007)
esfera pública comunicacional Para os revolucionários, predomina a idéia de que o papel do jornalista como mediador tende a diminuir, sendo alvo de maior prestação de contas junto à audiência e mesmo da lógica colaborativa. Os evolucionários enfatizam os jornalistas como mediadores, sem descartar o interesse da interação com a audiência. Para estes, quanto mais informação, mais será necessário que haja mediadores.
esfera pública comunicacional Cartógrafo da informação deve atuar em uma esfera pública relacional – caráter de mediação interrelacional. Não posicionamos o webjornalista como cartógrafo da informação nas categorias revolucionário ou evolucionário. Esta categorias colocam o webjornalista em um patamar valorativo ainda superior à audiência – gatekeeper e gatewatcher
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