Música em Portugal no Estado Novo
Música em Portugal no Estado Novo
Índice 1- Musica em Portugal no Estado Novo 2- Índice 3- Introdução 4- Musica no Estado Novo 5- Musica Tradicional 6- Fado, Fados de Coimbra, Música ligeira 7- Musica Erudita 8,9,10,11- Musica de Intervenção 12,13- Alguns Grupos e Cantores de 1963 a 1973 14- Conclusão 15- Bibliografia 16- Trabalho elaborado
Música em Portugal no Estado Novo Introdução No âmbito da disciplina de História e Geografia de Portugal vou apresentar um trabalho aos meus colegas sobre a música Portuguesa do Estado Novo, bem como dar a conhecer os compositores e intérpretes que mais se destacaram neste período.
Música em Portugal no Estado Novo MUSICA NO ESTADO NOVO É com a instauração do Estado Novo pela Constituição de 1933 que o regime se define definitivamente como um modelo totalitário em cujo contexto caberá ao Secretariado de Propaganda Nacional e ao seu responsável, António Ferro, a função da formatação ideológica do campo cultural, em articulação com um conjunto de outras instituições estatais com intervenção no mesmo domínio, como a Emissora Nacional (EN) e a Federação Nacional para a Alegria no Trabalho (FNAT).
Música em Portugal no Estado Novo A demarcação clara de dois terrenos separados de intervenção cultural – o da “Alta Cultura” e o da “Cultura Popular e Espectáculos” – determina igualmente a definição de uma estratégia distinta para cada um deles, sendo no âmbito do segundo que as opções ideológicas do regime se fazem sentir de forma mais nítida no campo da Música.
Música em Portugal no Estado Novo MUSICA TRADICIONAL No domínio da Música tradicional dá-se a promoção e o enquadramento institucional generalizados de um processo de folclorização que se traduz na multiplicação dos grupos de danças e cantares (“ranchos).
Música em Portugal no Estado Novo No plano da Música popular urbana a censura prévia dos textos cantados é acompanhada do encorajamento à exaltação das virtudes patrióticas centradas nos conceitos de Nação, Raça e Império, reforçando ainda mais uma dinâmica populista traduzida na promoção de uma canção popular urbana, valorizando uma dimensão do entretenimento (Centro de Formação de Artistas da Rádio na EN; Serões para Trabalhadores da FNAT) que se pretende puramente lúdica mas que aposta sobretudo numa atmosfera de conformismo político favorável à estabilidade do regime. Data deste período a valorização oficiosa do fado, que até então fora objecto de considerável desconfiança por parte do Poder salazarista mas se vê agora objecto de um investimento simbólico significativo.
Música em Portugal no Estado Novo FADO O fado, por ser um género nacional, foi uma das tipologias musicais que se viram mais promovidas no Portugal do estado Novo, tendo sido alguns dos seus promotores mais conhecidos naquele período Alfredo Marceneiro, Berta Cardoso, Maria Teresa de Noronha, Hermínia, entre outros, são nomes clássicos do fado "clássico" ou "castiço". Modernamente, Amália Rodrigues ficou conhecida como o grande nome do fado. Cantou poemas de autores eruditos como Pedro Homem de Mello, José Régio, Alexandre O'Neill ou José Carlos Ary dos Santos.
Música em Portugal no Estado Novo FADOS DE COIMBRA De Coimbra, outro fado brotou no século XX, ligado à Universidade e suas tradições académicas, recordando-se aqui nomes como Augusto Hilário, António Menano, Luís Góis e até Zeca Afonso, nome maior da música popular Portuguesa.
Música em Portugal no Estado Novo MUSICA LIGEIRA Na música ligeira destacam-se grupos musicais e nomes tais como: Quarteto 1111, Simone de Oliveira, Madalena Iglésias, António Calvário, Fernando Tordo, Toni de Matos, Tonicha, Paulo de Carvalho, entre outros.
Música em Portugal no Estado Novo MUSICA ERUDITA No campo da Música erudita considera-se suficiente a criação e estabilização de um corpo reduzido de instituições públicas capazes de assegurarem um mínimo de capacidade de formação pedagógica (Conservatórios de Lisboa e Porto) e de produção nacional (Teatro Nacional de São Carlos; orquestras sinfónicas da EN; O folclorismo nacionalista e populista da política de encomendas de partituras não chega para constituir um programa estético e ideológico preciso para a Música erudita.
Música em Portugal no Estado Novo De um modo geral, o reduzido impacte social deste sector faz com que o regime consinta numa liberdade de programação considerável para o São Carlos e a Orquestra Sinfónica Nacional (EN), até com a presença ocasional de obras marcantes de Música Contemporânea por acção do Maestro Pedro de Freitas Branco. E se é verdade que figuras politicamente afectas à situação, como Rui Coelho ou Ivo Cruz, gozam de alguma protecção institucional, pode dizer-se, por outro lado, que a perseguição oficial de que são vítimas personalidades musicais afectas à Oposição Democrática, como Lopes Graça ou Francine Benoît, deriva mais dessa postura política e cívica expressamente oposicionista do que de qualquer critério de simples divergência estética.
Música em Portugal no Estado Novo MUSICA DE INTERVENÇÃO
No género de "intervenção", que teve grande impulso nas década de 60 e 70, na recta final da Ditadura em Portugal ou nos alvores da Democracia pós-25 de Abril de 1974, cumpre recordar, PARA ALÉM DE José Afonso, Adriano Correia de Oliveira, José Mário Branco, Sérgio Godinho, o genial Carlos Paredes na sua guitarra portuguesa, além de António Vitorino d'Almeida, na música erudita mas de feição contestatária ao regime de Salazar, que o atirou para um exílio em Viena d'Áustria.
Música em Portugal no Estado Novo A resistência ao regime não tem, num primeiro momento, uma expressão musical autónoma, ainda que esteja presente por detrás de formas de associativismo musical como as que se traduzem nas actividades da Academia de Amadores de Música de Lisboa e da Universidade Popular, e num segundo momento nos propósitos da associação de concertos Sonata e da Juventude Musical Portuguesa.
Música em Portugal no Estado Novo Ao longo de toda a década de 1960, surge uma nova geração de músicos profissionais que reata laços com a criação musical europeia e questiona de forma cada vez mais radical o status musical. Na sequência das crises académicas de 1961 e 1969 e da resistência juvenil à Guerra Colonial, emerge também uma corrente de canção de intervenção política (José Afonso, José Mário Branco, Adriano Correia de Oliveira) com peso crescente no universo cultural português.
Música em Portugal no Estado Novo O canto de intervenção resulta de heranças várias enraizadas na tradição popular portuguesa e não apenas o «fado republicano, operário, social, mas simplesmente o fado, excluído e perseguido, como antecessores indirectos daquelas «canções de protesto». Do oposicionismo político-cultural que procurara perturbar a ideologia e a prática do Estado Novo, o chamado «canto de intervenção» assumiu uma visibilidade que o singulariza. Configurado nos inícios da década de sessenta, através de trabalhos como os de José Afonso, Adriano Correia de Oliveira e Luís Cília. No entanto, é no meio estudantil de Coimbra, onde desde 1956 se vinha assistindo a um crescente descontentamento com o governo, que vai surgir o gérmen da canção de intervenção. Em 1960, José Afonso, grava Balada de Outono.
Música em Portugal no Estado Novo Em 1963, é editado pela Rapsódia (Baladas de Coimbra), contendo dois temas que seriam considerados os primeiros exemplos de canto de intervenção: Os Vampiros e Menino do Bairro Negro. Sensivelmente na mesma altura, Manuel Alegre e Adriano Correia de Oliveira criavam a Trova do Vento que Passa. O carácter abertamente contestatário da letra – mesmo na noite mais triste / em tempos de servidão / há sempre alguém que resiste / há sempre alguém que diz não – viria a torná-la num símbolo da resistência à ditadura. A perspectiva da incorporação militar somava-se às árduas condições de vida e levava à emigração de parte significativa da população, sobretudo jovens.
Música em Portugal no Estado Novo
De Paris, em 1964, Luís Cília, cantor e compositor português nascido em Angola e ex-estudante de Economia na Universidade de Lisboa, edita o seu primeiro álbum, Portugal-Angola: Chants de Lutte, iniciando um movimento de canto de resistência no exílio. Durante os anos 60, uma geração de «baladeiros», herdeiros de José Afonso e Adriano Correia de Oliveira, começam a publicar as suas primeiras obras. Manuel Freire, Francisco Naia, José Barata Moura, são disso exemplo.
Música em Portugal no Estado Novo
É também nas universidades que começam a elaborar canções políticas, entre outros, José Jorge Letria e Fausto. O Outono de 1971 é marcado, então, por uma viragem, com a edição de quatro trabalhos inovadores: Gente de Aqui e de Agora, de Adriano Correia de Oliveira; cantigas do Maio, de José Afonso; Mudamse os tempos, mudam-se as vontades, de José Mário Branco e Romance de um dia na estrada, de Sérgio Godinho.
Música em Portugal no Estado Novo
No início da década de setenta, o governo empenhase no controlo do canto de intervenção: apreendemse discos, proíbem-se espectáculos, divulgam-se listas com nomes de cantores interditos. A perseguição do poder podia ter como destino a prisão, como chegou a acontecer a José Afonso em 1971 e 1973. Contendo ameaças «contra os poderes instituídos», estes temas instigam «os ouvintes a faltar ao cumprimento dos deveres militares», contêm «ideias ofensivas da dignidade e do decoro nacional», incitação «à depravação e ao vício». A 29 de Março de 1974, quando se realiza no Coliseu dos Recreios o I Encontro da Canção Portuguesa, o espectáculo é encerrado com o Grândola, Vila Morena, «cantado por cinco mil vozes» (República, 30/03/1974). Militares do MFA, na assistência, escolhem-na como senha do golpe que se preparava.
Música em Portugal no Estado Novo
José Afonso Adriano Correia de Oliveira Luís Cília José Mário Branco Francisco Naia Manuel Freire Duarte & Ciríaco José Jorge Letria José Barata Moura Francisco Fanhais Tino Flores
Vieira da Silva António Macedo António Pedro Braga Carlos Alberto Moniz Deniz Cintra Fausto Fernando Lopes Graça Fernando Martins José Almada José Manuel Osório Luís Rego
Música em Portugal no Estado Novo
Maria Teresa Horta e Nuno Filipe
Francisco Fanhais Pedro Barroso Rui Mingas Teresa Paula Brito Vieira da Silva Ana Maria Teodósio Fernando Laranjeira Duo Orfeu Fernando Tordo
Paulo de Carvalho Ary dos Santos José Manuel Osório Domingos Louzeiro Mário Piçarra Sérgio Godinho Teresa Paula Brito Teresa Silva Carvalho
Música em Portugal no Estado Novo Conclusão: Neste trabalho fiquei a saber mais sobre a Música Portuguesa no Estado Novo, nomeadamente, nomes de intérpretes, de grupos, bem como autores e compositores das músicas importantes da música Portuguesa.
Música em Portugal no Estado Novo BIBLIOGRAFIA:
http://www.ceis20.uc. http://www.ics.pt/index
Trabalho elaborado por: André Zacarias Pimpão Nº1 6ºA