Defeitos de Fundição
Lavagem e Erosão • OBJETIVO Esta Instrução fixa as condições exigíveis para definir as falhas do processo de fundição por lavagem e ou erosão e a suas prováveis causas. • DEFINIÇÕES Lavagem É uma falha no processo de fundição proveniente do fluxo metálico ocasionando o desprendimento da areia do molde e/ou macho. Erosão É uma falha no processo de fundição provocada pelo fluxo metálico em determinada área da superfície do molde e/ou macho devido a um desprendimento considerado de areia localizada. • CAUSAS PROJETO E FABRICAÇÃO DO FERRAMENTAL - Mal posicionamento e dimensionamento do sistema de canais. - Acabamento inadequado do ferramental originando arestas vivas ou partes do molde, machos fáceis de remover com o fluxo do metal líquido. PROCESSO DE MOLDAGEM - Excesso de finos na areia do sistema. - Variação nas dosagens de resina, catalisador e areia. - Falta de revestimento (pintura), quando necessário, favorecendo a lavagem da areia na superfície do molde. - Uso excessivo de desmoldante no ferramental, causando o enfraquecimento das ligações entre os grãos da areia na superfície do molde. - Elevada temperatura da areia. - Socamento insuficiente causando baixa resistência da areia. - Baixo R.C.V. PROCESSO DE MACHARIA - Variação nas dosagens de resina, catalisador e areia. - Falta de revestimento (pintura), quando necessário, favorecendo a lavagem da areia na superfície do macho. - Uso excessivo de desmoldante no ferramental, causando o enfraquecimento das ligações entre os grãos da areia na superfície do macho. - Elevada temperatura da areia. - Uso excessivo de desmoldante no ferramental, causando o enfraquecimento das ligações entre os grãos de areia na região de contato com a caixa de macho. PROCESSO DE METALURGIA - Temperatura excessiva do metal no vazamento causando o aquecimento da areia acima do permissível. - Alta turbulência.
Sinterização da areia • OBJETIVO Esta Instrução fixa as condições exigíveis para definir a falha no processo de fundição por sinterização da areia e suas prováveis causas . • DEFINIÇÃO É uma falha no processo de fundição que consiste no amolecimento dos grãos de areia, pela fusão incipiente, causada pelo calor produzido através do vazamento do metal líquido, apresentando o aspecto de uma camada de areia fortemente aderida à superfície da peça. • CAUSAS PROJETO E FABRICAÇÃO DO FERRAMENTAL - Projeto inadequado provocando um fluxo metálico excessivo e localizado, causando um aquecimento concentrado pela passagem do ferro líquido. - Formação de pontos quentes. PROCESSO DE MOLDAGEM - Areia com baixa refratariedade. - Umidade excessiva no molde. - Elevado teor de finos. - Elevada quantidade de impurezas na areia (argila AFS). - Temperatura elevada da areia. - A não homogeneidade da mistura na preparação da areia. - Densidade da tinta abaixo do especificado. - Revestimento (pintura) insuficiente da cavidade do molde. - Socamento insuficiente. PROCESSO DE MACHARIA - Baixa refratariedade da areia. - Temperatura excessiva dos machos em estufas ou maçaricos. - Mistura insuficiente da areia. - Densidade da tinta abaixo do especificado. - Pintura insuficiente do macho. - Umidade excessiva no macho (proveniente de pintura). PROCESSO DE VAZAMENTO E SOLIDIFICAÇÃO - Temperatura excessiva de vazamento.
Junção de frentes frias do metal • OBJETIVO Esta instrução fixa as condições exigíveis para definir a falha no processo de fundição por junção de frentes frias do metal e suas prováveis causas. • DEFINIÇÃO É uma falha no processo de fundição provocada pela união imperfeita no ponto para onde
duas correntes do metal convergiram. • CAUSAS PROJETO E FABRICAÇÃO DO FERRAMENTAL - Especificação excessiva de resfriadores em modelo e caixas de macho. - Dimensionamento inadequado do sistema de canais provocando uma distribuição não uniforme do metal nos canais de ataque causando um fluxo lento do metal em alguns canais. - Insuficiência, falta ou dimensionamento inadequado dos canais de saída de gás (respiros). PROCESSO DE MOLDAGEM - Excesso de umidade e material volátil na tinta provocando uma grande evolução de gases. - Excesso de finos inertes na areia associados a falta de respiros no molde provocando baixa permeabilidade. PROCESSO DE VAZAMENTO E SOLIDIFICAÇÃO - Sistema de enchimento defeituoso reduzindo o fluxo metálico. - Limpeza inadequada do metal causando obstrução de canais de ataque. - Temperatura de vazamento excessivamente baixa. - Pressão de vazamento reduzida pela fuga de metal. - Vazamento interrompido por falha humana ou de equipamento. Penetração do metal na areia • OBJETIVO Esta Instrução fixa as condições exigíveis para a definição da falha no processo, penetração do metal na areia e suas prováveis causas. • DEFINIÇÃO A penetração do metal constituí-se num fenômeno, no qual o metal e/ou óxidos metálicos preenchem os vazios existentes entre os grãos de areia. • CAUSAS PROJETO E FABRICAÇÃO DO FERRAMENTAL - Socamento desigual ou baixa compactação, devido a má localização da linha de apartação e/ou modelos muito próximos das laterais da caixa e/ou, pressão metalostática excessiva. - Sistema de enchimento mal dimensionado ou mal confeccionado. - Baixa compactação da areia devido a geometria complexa do modelo e/ou pouco espaço disponível entre modelos e modelos/caixas. - Canais de enchimento e massalotes localizados muito próximos do modelo provocando o superaquecimento localizado da areia, ocasionando a destruição prematura da superfície do molde ou macho. PROCESSO DE MOLDAGEM - Má compactação da areia compactada em certas regiões do molde devido a mistura heterogênea, baixa fluidez, excesso de umidade etc. - Superfícies ásperas e porosas devido a reparos na moldação. - Baixa densidade da tinta deixando regiões porosas. - Condensação de água devido a combinação de materiais quentes e frios (resfriadores) . - Excesso de desmoldante favorecendo o surgimento de regiões porosas. - Socamento insuficiente. - Granulometria da areia e formato do grão da areia mal especificado, favorecendo a penetração do metal nos espaços intergranulares. PROCESSO DE MACHARIA -Superfícies ásperas e porosas devido a reparos incorretos nos machos. - Baixa densidade da tinta ocasionando superfícies porosas.
- Estufagem excessiva ocasionando a queda da resistência da areia. - Má compactação do macho ocasionada por falha operacional. PROCESSO METALÚRGICO - Especificação da temperatura de vazamento elevada. PROCESSO DE VAZAMENTO - Temperatura excessiva.
Pinholes • OBJETIVO Esta instrução fixa as condições exigíveis para definir a falha no processo de fundição por pinholes e suas prováveis causas. • DEFINIÇAO Pinholes são pequenos vazios, superficiais ou sub-superficiais, originados pela presença do gás hidrogênio e/ou nitrogênio, que podem ser observados na fratura da peça ou na superfície apôs o jateamento, tratamento térmico ou usinagem. • CAUSAS PROJETO E FABRICAÇÃO DO FERRAMENTAL - Mal conservação de ferramental (com umidade). PROCESSO DE MOLDAGEM -Umidade excessiva de resfriadores e tintas. - Uso de tinta de molde, inadequada, contendo alto teor de resina uréica. - Areia de moldagem aglomerada com resina contendo alto teor de uréia. PROCESSO DE MACHARIA - Uso de tinta de molde, inadequada, contendo alto teor de resina. - Areia de moldagem aglomerada com resina contendo alto teor de uréia. PROCESSO METALÚRGICO - Matéria prima inadequada, contendo ferrugem, alto teor de manganês - Inoculantes contendo teores mais altos (fora de especificação) de titânio e alumínio por apresentarem estes elementos afinidades com o oxigênio. - Excesso de magnésio no banho, alterando a evolução dos gases ou aumentando a tensão superficial da massa fundida, de modo que as bolhas de gás tenham dificuldade de passar do metal para a areia. PROCESSO DE VAZAMENTO E SOLIDIFICAÇÃO - Vazamento lento aliado à temperatura baixa. - Umidade excessiva no inoculante na pós-inoculação.
Quebra e queda de areia no molde • OBJETIVO Esta instrução fixa as condições exigíveis para definir as falhas no processo de fundição por quebra e quedas de areia no molde e suas prováveis causas. • DEFINIÇÃO É uma falha no processo de fundição que ocasiona o desprendimento de pedaços e/ou fragmentos de areia, na cavidade do molde. • CAUSAS PROJETO E FABRICAÇAO DO FERRAMENTAL - Ângulo de saída inadequado no modelo de fundição, provocando a fricção durante a extração - Excesso de modelos na placa, resultando na formação de regiões finas entre os modelos e/ou modelos e lateral da caixa. - Pequenas espessuras na parte superior ou inferior do molde, devido a altura excessiva do modelo. - Canais perto dos modelos que ocasionam regiões fracas. - Dimensão incorreta na caixa de macho ou modelo. PROCESSO DE MOLDAGEM - Colocação inadequada de pesos. - Excesso de finos na areia do sistema. - Proteção inadequadados canais de subida e descida durante a confecção da tampa. - Baixa resistência de areia por mistura deficiente. - Compactação insuficiente. - Alta temperatura da areia preparada. - Manuseio e colisões bruscas dos moldes. - Colocação inadequada de machos ou luvas provocando quebra ou queda de areia no molde. PROCESSO DE MACHARIA - Caixa aberta durante a confecção, alterando o dimensional do macho. - Desgaste de pinos e buchas na caixa de machos provocando desencontro no macho. - Excesso de finos na areia do sistema. - Baixa resistência da areia com mistura deficiente. - Compactação fraca nas caixas de macho. - Alta temperatura da areia preparada. - Manuseio e colisões bruscas dos machos. Reação metal molde • OBJETIVO Esta Instrução fixa as condições exigíveis para definir a falha no processo de fundição por reação metal molde e suas prováveis causas. • DEFINIÇOES PELE DE LARANJA
É um defeito de aspecto fortemente cicatrizado ou de pequenos orifícios, ocorrendo normalmente sobre toda a superfície da peça. ÓXIDOS Composto químico formado pela combinação do oxigênio e outros elementos. • CAUSAS PROCESSO DE MOLDAGEM - Camada insuficiente de pintura. - Tinta deteriorada com acidez excessiva. - Areia de retorno aglomerada com resina, fortemente ácida. - Excesso de umidade no molde. PROCESSO METALÚRGICO - Metal oxidado. - Alto teor de elementos formadores de sulfetos (principalmente Mn).