ENFERMAGEM ONCOLÓGICA ASSISTENCIA DE ENFERMAGEM AO CLIENTE FORA DE POSSIBILIDADES TERAPEUTICAS
CONCEITOS Paciente Fora de Possibilidades Terapeuticas: é aquele em que foram esgotados todos os recursos atuais conhecidos para a cura da doença. 2. Paciente Terminal: é aquele que apresenta alterações fisiopatológicas progressivas, comprometendo múltiplos órgãos, prevendo-se morte iminente. 1.
3. Paciente Grave: 4. Cuidado Paliativo: é o cuidado prestado ao cliente sem a perspectiva de cura, voltado ao manejo de sinais e sintomas, bem estar psicológico, social e espiritual do paciente e familiares.
Cuidado Paliativo: 4 dimensões Física
(sintomas)
Social Emocional espiritual
CONSIDERAÇÕES GERAIS Segundo
a OMS 2/3 dos pacientes sentem dor no câncer avançado. O subtratamento se da por falta de preparo dos profissionais. A assistencia deve ser prestada por equipe multiprofissional.
A
assistencia em cuidados paliativos deve ser embasada nos seguintes pressupostos: O paciente que está morrendo está vivenciando uma situação peculiar e necessita de cuidados adequados para o alívio do sofrimento. Todos os pacientes tem direito ao melhor cuidado possível nessas circunstâncias.
Objetivos da Equipe Multiprofissional Dialogar
sobrre as opções com o paciente/ família. Oferecer suporte para ajustar-se a crescente inabilidade física. Proporcionar adequação as atividades da vida diária. Estimular o auto-cuidado.
Estimular
a participação dos familiares. Sugerir acompanhamento psicológico do paciente/família. Sugerir acompanhamento espiritual do paciente/família.
Fases Experimentadas pelo Paciente/família Negação:
defesa temporária que funciona como amortecedor dando tempo para mobilização de defesas menos radicais. Ira: sentimento de revolta, inveja, ressentimento, distribuida em todas as direções e projetadas sobre o ambiente.
Depressão:
considerada como preparatória. Há pouca ou nenhuma necessidade de palavras. É mais a expressão de sentimentos que pode ser feita através do toque, afago.
Aceitação:
não é um estágio feliz, porem é como se a dor terminasse, os esforços superados. Nessa fase é a família que necessita de ajuda, apoio, compreensão, pois o paciente diminui o seu interesse.
Assistencia de Enfermagem no Manejo dos Sintomas ALIMENTAÇÃO Inapetência, halitose, boca seca, mucosite, paladar alterado imobilidade podem levar a diminuição da aceitação da dieta, dessa forma oferecer dieta fracionada, consistência adequada dos alimentos realizar higiene oral com água bicarbonatada, realizar bochechos com nistatina, umedecer a boca com água.
Nauseas e Vômitos Ocorrem
em aproximadamente 50% dos pacientes com cancer. As causas podem ser metabólicas, orgânicas, psicológicas e hiatrogênicas. Utilização de antieméticos antes das refeições e reavaliações periódicas para sua adequação. Oferecer alimentos de melhor aceitação com apresentação atrativa em pequenas porções
Movimentação As limitações a movimentos estão ligadas a fraturas patológicas, metástase óssea, dor limitante, caquexia, etc. Incentivar deambulação, sentar em poltronas. Utilizar artefatos que auxiliem como: muletas.cadeira de rodas, andador. Incentivar fisioterapia motora Quando restrito ao leito prevenir escaras, efetuar mudança de decúbito, proteger proeminências ósseas.
Dispnéia Decorrentes de metastase pulmonar, anemia, infecções respiratórias. Avaliar fatores de melhora e piora. Manter decúbito elevado. Estimular a tosse/expectoração. Aspirar vias aereas. Utilizar O2, nebulização CPM. Ensinar tecnicas de relaxamento e respiração.
Eliminação Vesico-Intestinal As alterações podem ser incontinencias, retenção urinária, obstipação ou diarréia. Incontinencia: utilizar fralda descartável, realizar higiene intima a cada troca. Retenção Urinária: tentar manobras como compressas mornas, massagem local, avaliar necessidade de sondagem de alívio ou de demora.
Diarréia:
dieta obstipante, higiene intima, estimular hidratação. Obstipação: dietas laxante, massagem abdominal, atividade física, hidratação, reeducação intestinal com o uso de laxantes, pastas lavagem intestinal.
Alívio da Dor A dor no cancer está presente em cerca de 50 a 70 % dos pacientes. Utilização da escala da OMS para a utilização de analgésicos. Acreditar e valorizar a queixa do cliente. Mudança de posição e estimulação do cliente Terapias complementares: estimulação cutanea, toque, musicoterapia, sugestão.
Comunicação Fazer-se
valer da comunicação verbal e não verbal. Pacientes debilitados, com cateteres, sondas traqueostomias podem ter dificuldades de se comunicar. Comunicação não verbal: o tocar afetivo.
A Respeito de Viver e de Morrer “Ao longo da vida surgem pistas que nos indicam para que direção devemos seguir. Se não estamos atentos a essas pistas, podemos fazer opções que podem nos proporcionar uma vida infeliz. Se ficamos atentos, aprendemos nossas lições, e temos uma vida plena e boa, assim como uma boa morte. Aqui boa morte pode ser entendida como paz de espirito, é chegar ao final da jornada tendo a consciencia de que fez o melhor possível em cada circunstância da vida” Kübler-Ross