Para obter o Bom (antigo Suficiente), basta que eu dê 95% das aulas previstas, que preencha uns papéis e que faça uns floreados na autoavaliação.
Não interessa que aulas eu tenha dado, não interessa se eles aprenderam alguma coisa, não interessa que resultados obtiveram na avaliação externa, já não interessa nada da componente científico-pedagógica para que eu seja Bom. Resumido ao tutano, basta que tenha passado pela escola, entretido a miudagem nas aulas e já está.
Dispensa-se já tudo o resto, só há reunião com o avaliador se quisermos comer uns bolinhos, e o coordenador de departamento só entra mesmo se quisermos ser «diferenciados» pelo mérito que, curiosamente, nesse caso até significa ter mais hipóteses de ser avaliado por alguém de uma área disciplinar diferente da nossa. Se requisitarmos um avaliador da nossa área que não o coordenador, parece-me que já não podemos ser excelentes. Giro.
Quem quer ser considerado Muito Bom ou Excelente requisita duas aulas assistidas ao avaliador, faz o porta-folhas e então já pode recolher uns pontitos extra para gastar no concurso de 2037, se até lá não tiverem acabado completamente com o sistema de colocação de professores e não tiver sido substituído por nomeações nominais.