Os Assassinatos da Rua Morgue, de Edgar Alan Poe O gênero literário policial moderno nasceu com a publicação de Os Assassinatos da Rua Morgue, de Edgar Allan Poe, em 1841. A obra fez o autor ser considerado precursor do moderno conto policial. Ele juntou no romance o detetive filósofo e dedutivo, o crime aparentemente insolúvel, a solução alcançada somente pelo uso do raciocínio lógico. O autor faz a semiologia da opinião comum que inibe a inteligência e anula a criatividade, apesar mesmo da evidência das provas materiais capazes de comprovar “cientificamente” a possibilidade da lógica paradoxa. O autor explora o lado mais cruel da vida, mostrando como o cotidiano revela coisas sinistras e como pessoas comuns podem mudar em circunstâncias extremas. Edgar Alan Poe utiliza uma linguagem que não pertencia à cena local, fugindo dos padrões que eram impostos e exigidos ao ponto de mudar até os paradigmas de sua literatura. Podemos encontrar em Os assassinatos da Rua Morgue, determinados pormenores que ressaltam e denotam a importância dos detalhes, fazendo com que o leitor sinta-se presente, ou seja, evidenciando uma “sensação de verossimilhança entre a ficção e a realidade”. O personagem central deste conto, o francês Monsieur é um fascinante personagem de Poe, que através de um sistema próprio de dedução baseado na sua profunda capacidade de observação dos fatos, é capaz de ler os pensamentos do seu interlocutor e desvendar um dos mais intrincados e misteriosos casos de assassinato já enfrentado pela polícia francesa: o bárbaro duplo assassinato de mãe e filha num apartamento na rua Morgue. Edgar Alan Poe explora o lado mais cruel da vida, mostrando como o cotidiano revela coisas sinistras e como pessoas comuns podem mudar em circunstâncias extremas. Enredo Um hediondo crime abala Paris: uma velha senhora e sua filha, moradoras à Rua Morgue, são barbaramente assassinadas, sem qualquer motivo aparente.Um crime quase insolúvel praticado por um grande macaco, quando todos procuravam um criminoso humano.