Ondas_roberto_cid

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  • Words: 1,834
  • Pages: 55
Ondas Mecânicas

Roberto Cid Fernandes Jr. Departamento de Física CFM – UFSC 1

06/05/09

Cid@UFSC

2

Roteiro Idéia básica Tipos de Ondas

1. 2.  

Reflexão de pulsos/ondas Propagação de pulsos: y(x,t) = f(x – vt) Velocidade v = v(T,µ) Equação da onda: y = y(x,t) = A sen(kx - ωt) Energia: Potência transmitida Princípio da Superposição

        

9.

Ondas Transversais – Cordas, ondas EM. Ondas Longitudinais – Molas, som, tráfego

Batimentos... Ondas estacionárias... Análise de Fourier

Harmônicos em uma corda

3

Roteiro Ondas Sonoras / Acústica... Velocidade do Som

1. 2. 

Propagação do Som

3.  

5. 

7. 8. 9.

Onda de deslocamento s(x,t) Onda de pressão p(x,t)

Interferência 2D Intensidade Sonora

4.

6.

v = (B / ρ)1/2

Escala decibel

Instrumentos musicais Efeito Doppler Número de Mach > 1 Luz – espectros, redshifts e a expansão do Universo

4

Ondas – idéia básica Transporte de energia SEM transporte de matéria Exemplos: Som Vibrações de uma corda ... --------------------------------------------------------------

5

Tipos de Ondas

6

Ondas Transversais Direção de vibração perpendicular à direção de propagação

Exemplo 1: Corda

Exemplo 2: Onda EM (luz)

7

Ondas Longitudinais Direção de vibração = direção de propagação

Exemplo 1: Molas

Exemplo 2: Som

8

Ondas/Pulsos Longitudinais: Tráfego!

Congestionamento / engarrafamento anda para trás!

9

Outros tipos de ondas • Ondas circulares = transversal + longitudinal

• Ondas de superfície (ex: água)

• Ondas em 2 Dimensões (membranas / tambores)

10

Reflexão de ondas / pulsos

11

Reflexão de um pulso

• Corda com extremidade fixa: Pulso volta de cabeça para baixo

• Corda com extremidade livre: Pulso volta de cabeça para cima

http://www.physicsclassroom.com/mmedia/waves/free.html

12

Reflexão & Transmissão de um pulso

Existem N casos mais complicados do que extremidade fixa ou livre!

13

Propagação de um pulso em uma corda: Descrição matemática

Propagação de um pulso em uma corda: 14

Descrição matemática Um pulso aplicado a uma corda cria um “cucuruto”, isto é, uma distorção da corda. Matematicamente, no instante t = 0 a altura y da corda passa a ser descrita por uma função f(x), que descreve a forma do pulso. t=0

y

y = f(x)

x

Propagação de um pulso em uma corda: 15

Descrição matemática Com o passar do tempo, o pulso se move, mas mantém sua forma. y t=0 y

x

t=1 y

x

t=3 x

Propagação de um pulso em uma corda: 16

Descrição matemática y

-------------------------------------------------------------- x • A equação y(x) que descreve a forma da corda deve obviamente depender também do tempo: y = y(x,t) • O pico do pulso se desloca com velocidade v. No instante t, o pico se encontra na posição x = vt. A forma f(x) do pulso, porém, permanece sempre a mesma.

y(x,t) = f(x – vt)

Propagação de um pulso em uma corda: 17

Descrição matemática y(x,t) = f(x – vt) pode ser lida de 2 maneiras: • Para x fixo: A equação y(x,t) nos diz como y varia com t na posição x • Para t fixo: A equação y(x,t) nos diz a forma da corda no instante t (uma “fotografia”)

18

Velocidade de Propagação

19

Velocidade de propagação • v depende apenas das propriedades do meio. (1) Propriedade elástica: F – tensão (2) Propriedade inercial: µ – densidade linear • Quanto + rápido um ponto da corda subir e descer, maior v. • Quanto + tensa estiver a corda, + rápido um ponto sobe e desce. • Quanto > µ, mais resistência ao movimento, e portanto + lento é o sobe e desce.

F

v

µ

v

20

Velocidade de propagação • Só existe uma combinação matemática de F e µ que tem unidade de velocidade! [ (F/µ)1/2 ] = (N / kg m-1)1/2 = (kg m s-2 kg-1 m)1/2 = (m2 s-2)1/2 = m s-1



Análise dimensional: v = v(F,µ) ~ (F/µ)1/2

• Uma demonstração mais rigorosa dá...

v = (F/µ)1/2

21

Equação da Onda

22

Propagação de uma onda: Descrição matemática Uma onda pode ser produzida por uma seqüência de pulsos.

23

Propagação de uma onda: Descrição matemática Uma onda pode ser produzida por uma seqüência de pulsos. Uma “onda harmônica” tem uma forma senoidal: y(x) = f(x) = A sen(kx) Como no caso de pulsos, as cristas de uma onda viajam com velocidade v. A forma de uma onda é descrita por y = y(x,t) = f(x – vt) No caso de ondas harmônicas, y(x,t) = A sen{k(x – vt)} = A sen(kx – kvt) = A sen(kx – wt)

24

Equação da Onda

y(x,t) = A sen(kx – wt + φ)

A = amplitude k = número de onda = 2π / λ λ = comprimento de onda f = freqüência da onda = 1 / T = 2π w w = freqüência angular = 2π / T T = período φ = constante de fase kv=w

v=w/k

Em cada posição x o movimento de sobe e desce é um MHS! v=λ/T

25

Equação da Onda Variações sobre o mesmo tema... y(x,t) = A sen(kx – wt) y(x,t) = A sen{k(x – vt)} y(x,t) = A sen{(2π/λ)x – (2π/T) t} y(x,t) = A sen{2π [(x/λ) – (t/T)]} y(x,t) = ...

26

Transmissão de energia em uma onda harmônica

27

Energia e Potência em uma onda -------------------------------------------------------------Obviamente, um pulso / onda transporta energia. Quando um pulso passa por uma parte antes quieta de uma corda, ele a faz oscilar. Como ela estava parada, teve de ganhar energia, que veio (e vai!) com o pulso. Para ondas harmônicas: Potência média = P = ½ µ v w2 A2

28

Princípio da Superposição (Interferência)

29

Princípio da Superposição Até aqui consideramos apenas 1 pulso / onda atuando sobre uma corda. O que acontece se mais de um pulso / onda atuam sobre uma corda?

+

= ?

30

Princípio da Superposição y1(x,t) = A1 sen(k1x – w1t + φ1) y2(x,t) = A2 sen(k2x – w2t + φ2) y3(x,t) = ...

y(x,t) = y1(x,t) + y2(x,t) + ... Ondas se somam!

(é menos óbvio do que parece...)

31

Princípio da Superposição

Ondas/Pulsos se somam!

32

Princípio da Superposição

33

Princípio da Superposição y1(x,t) = A1 sen(k1x – w1t + φ1) y2(x,t) = A2 sen(k2x – w2t + φ2) Exemplo 1: Duas ondas com λ, w e A iguais,

mas fases φ diferentes... (interferência construtiva / destrutiva)

Exemplo 2: Duas ondas com A e φ iguais, mas λ e w ligeiramente diferentes (batimentos)

Exemplo 3: Interferência de duas ondas iguais viajando em sentidos opostos (ondas estacionárias)

34

Princípio da Superposição

Interferência em 2D z(x,y,t) = z1(x,y,t) + z2(x,y,t) + ...

35

Análise de Fourier

36

Análise de Fourier Como vimos, a superposição de 2 ondas pode produzir figuras de várias formas. Superpondo 3 ou mais ondas, pode-se basicamente obter QUALQUER COISA! Esta é a base da análise de Fourier, ou análise espectral:

Construir / reconstruir uma função qualquer a partir da soma de senos! f(t) = Σi Ai sen(wit) = A0 + A1 sen(w1t) + A2 sen(w2t) + ... wi = i . w = 0 , w , 2w , 3w , ...

i = 0...N

37

Análise de Fourier • Onda Quadrada

38

Análise de Fourier • Onda Dente de (J.) Serra

39

Análise de Fourier Quanto mais termos (isto é, + senos) incluirmos na Série de Fourier melhor será o ajuste da curva

40

Análise de Fourier: Síntese harmônica • Diferentes instrumentos musicais produzem ondas com diferentes formas, mesmo quanto tocam a mesma nota! Através da análise de Fourier podemos imitar estas ondas e sintetizar diferentes sons! • O TIMBRE de um som depende da combinação dos Ai, isto é, das amplitudes relativas das diferentes freqüências que compõe uma onda complexa. Ai

“Espectro”

w w1

w2

w3

w4

w5

w6

41

Ondas Estacionárias

42

Formação de Ondas Estacionárias

• Corda com extremidade direita fixa. • Forçamos a extremidade esquerda a oscilar harmonicamente (MHS) com freqüência f e amplitude baixa (praticamente fixa).

y(x,t) = 2A sen kx cos wt

• A onda refletida se superpõe a onda original. • Para certas freqüências f a interferência será construtiva e a onda se amplificará:  Ressonância! MHS

corda

43

Ondas Estacionárias - Harmônicos H: Seja uma corda de comprimento L, fixa em ambas extremidades (x = 0 e x = L). (Exemplo: Uma corda de guitarra, violino... piano...berimbau)

Q: Que ondas estacionárias cabem nesta corda? R: Como as extremidades são fixas, qualquer onda estacionária deve ter nodos em x = 0 e x = L. Esta condição só se cumpre para alguns λ’s...

44

Ondas Estacionárias – 1o Harmônico A maior onda que podemos encaixar em uma corda de comprimento L tem λ = 2 L. 2 Nodos: x = 0 e x = L.

1 λ = L 2

L

45

Ondas Estacionárias – 2o Harmônico A 2a maior onda que podemos encaixar em uma corda de comprimento L tem λ = L. 3 Nodos: x = 0, x = L/2 e x = L.

2 λ = L 2

L

46

Ondas Estacionárias – 3o Harmônico A 3a maior onda que podemos encaixar em uma corda de comprimento L tem λ = 2L/3. 4 Nodos: x = 0, x = L/3, x = 2L/3 e x = L.

3 λ = L 2

L

47

Ondas Estacionárias – no Harmônico

Extrapolando, a n-ésima maior onda que podemos encaixar em uma corda de comprimento L tem λ dado por

n λ = L 2

λn = 2 L n

Esta condição decorre naturalmente da equação para uma onda estacionária: y(x,t) = 2 A sen (kx) cos (wt) Nos nodos y(x,t) = 0 para qualquer t,  sen (kx) = 0,  kx = n π; n = 0, 1, 2, ...  x = n λ / 2 ...

48

Ondas Estacionárias: Harmônicos 1–5 1λ/2 =L

λ=2L/1

2λ/2 =L

λ=2L/2

2λ/2 =L

λ=2L/3

4λ/2 =L

λ=2L/4

5λ/2 =L

λ=2L/5

49

FreqüênciaS naturaiS / ressonanteS

Se a “mão” que cria a onda na ponta esquerda da corda não oscila com f = v / λn então a interferência não será tão construtiva. A corda vibrará, mas com baixa amplitude. Não haveria ressonância!

fn = v = n v λn 2L λn = 2 L n

FreqüênciaS naturaiS de vibração de uma corda

50

Freqüências naturais / ressonantes • Um OHS, como um sistema massa-mola ou um pêndulo, tem UMA freqüência natural de vibração. • Já uma corda tem MUITAS freqüências naturais • Perturbando um OHS ele oscila com sua freqüência natural (= freqüência de ressonância) • Perturbando uma corda ela oscila com várias freqüências ao mesmo tempo!! • ... Série de Fourier ... Espectro ...

51

Harmônicos em 2D

52

Som

53

...Som... Oscilação da corda de um violão (onda transversal) provoca perturbação longitudinal no ar (onda longitudinal) ... Onda de compressão/rarefação...

Ao chegar ao nosso tímpano, a onda sonora o faz vibrar...

54

Efeito Doppler

55

Efeito Doppler

Inseto batendo as patas e se movendo para a direita. Fonte em movimento.

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