Olho no olho Elizabeth Misciasci
Dos meus medos faço canção, embalando meus sonhos em desatino. Desvairada num anseio turbulento de quem se despede da razão.
Envolta persisto e desisto, insegura, me entrego aos desvios do vazio que minha alma teme. Meus dias são passados distantes. Versos sem rimas que se apagam. Folhas secas caindo a fremir.
Atroz aparente disfarçada, audaz arsenal revestida conclamo concisa. Mar a ser atravessado sem barco nem remo. Necessidade de transpor lanço-me neste fluxo.
Incerteza é direção, niilismo insistente. Desordenada renego este meu perecimento. Canção que me decompõe harmonia, espacejada sem ritmo procriada dos meus medos, transformados mau grado e
Olho no olho encaro meu ego sem receio sou de mim mesma esteio. Dos meus medos, faço canção.
Música : matt monro - Be My Love Montagem
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