Noite De Luzes

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Caderno Especial

26o Festi va l de Da nç a de Join v ille

19 E 20 de j u l ho de 20 0 8

Solistas do Ballet Bolshoi da Rússia, alunos e ex-alunos da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil apresentam a “Grande Suíte do Ballet Dom Quixote”, neste domingo

O

Dança, na Rua da Dança Uma das novidades desta edição do Festival, neste domingo, das 9 às 17 horas é a Rua da Dança, que proporciona à comunidade aulas abertas de dança de salão, sapateado, dança circular, hip hop, capoeira e muitas outras atrações. Além disso, grupos populares e folclóricos vão interagir com o público. O palco é a Estação Ferroviária e a rua Leite Ribeiro. E o melhor é que é tudo de graça. Além disso, para garantir o acesso da comunidade, ônibus gratuitos estarão à disposição, de hora em hora, para realizar o transporte entre o Centreventos e a Estação Ferroviária.

Joyce Reinert/ND

espetáculo de domingo será iluminado por um holofote gigantesco, apontado para o palco do Centreventos Cau Hansen, na Noite de Gala do 26o Festival de Dança. Pelos primeiros solistas do Ballet Bolshoi da Rússia, Natalia Osipova e Andrey Bolotin; pela participação de mais de 100 alunos e ex-alunos da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil; e pela peça apresentada, a “Grande Suíte do Ballet Dom Quixote”. Tudo isso sob a coordenação de Nina Speranskaya. Mais luzes que isso, seria difícil. O balé “Dom Quixote”, com coreografias de Marius Petipá e música de Ludwig Minkus, mesmo com sua “hispanicidade” marcante, é um dos balés mais apreciados por platéias do mundo inteiro. Intenso, forte, dinâmico, apaixonado, como o próprio povo espanhol, e ainda assim, em alguns momentos, doce, terno, apaixonante e também - por que não? – cômico. Este balé é tudo isso. Apresenta Dom Quixote em cruzada delirante, amparado docemente pelo fiel escudeiro Sancho Panza. Ambos, heroicamente, em meio a muitas peripécias, ajudam um casal de apaixonados a finalmente unirem-se vencendo a tudo e a todos. Um balé que leva o público do êxtase ao riso, do sorriso às lágrimas, pelos pés mágicos desses seres encantados que respondem pelo nome de “bailarinos”. (Sergio Almeida)

Hip Hop em destaque Para quem gosta do que a “rua” proporciona em termos de arte, o Encontro das Ruas, evento voltado à cultura Hip Hop tem uma programação que destaca essa vertente essencialmente urbana. Sábado e domingo, das 11 às 18 horas, na escola Germano Timm, ao lado do Centreventos, acontecem “batalhas” entre dançarinos. Também tem a batalha de MCs (Free Style). Rola no encontro, ainda, para os amantes dos sprays, uma mostra de grafite e oficinas diversas.

joyce reynert/ND

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Programação

Na noite de abertura do Festival, Cecília Kerche dançou “O Lago dos Cisnes”

Sábado Mostra competitiva Balé clássico – Solo feminino (júnior) H Grupo Clássico da Edtam (RN) – Crescer ou não Crescer Eis a Questão H Centro Cultural Vanessa Ballet (SP) – Brincando de Corda H Studio Dança Viwa Ballet (SP) – A Lenda H Escola Dançar (ES) – Águas Claras H Balé Jovem de São Vicente (SP) – Fragmentos H Ballet Adriana Assaff (SP) – Movements In Flat Major H Escola de Dança Sesiminas (MG) – Poema H Cia Ópera do Movimento (RJ) – Surpresa Balé clássico – duo (júnior) H Escola de Dança Sesiminas (MG) – Ninas Mostra de dança contemporânea H Grupo Gaia – Alice Onde: Moon Art n’Musical (Visconde de Taynay, centro) Horário: 20h

Rosana Rosar H [email protected]

Aprender a passar uma história, sem palavras, apenas com gestos e muita emoção. Essa foi uma das lições ensinadas pela bailarina Cecília Kerche, no workshop “Carreira de bailarina”, ontem ao meio-dia na Feira da Sapatilha. Descontraída, a bailarina do Ballet do Teatro do Rio de Janeiro deu uma aula para cinqüenta bailarinos. A platéia começou timidamente a fazer perguntas e ouviu de Cecília as dificuldades e glórias em fazer balé. Dançando desde os 8 anos ,ela acredita que essa é a idade ideal para que as aulas sejam iniciadas. “A criança já foi para a escola e tem noção de disciplina e horários”, sugeriu. Questionada sobre a

primeira exibição de balé de repertório, lembrou: “eu tinha 16 para 17 anos e suei sangue para fazer”. Na adolescência seu preparo físico e flexibilidade eram incomuns e uma professora chegou a dizer que ela não seria bailarina. Quando tinha 15 anos, Cecília colocou como meta chegar aos 25 como a principal bailarina do teatro mais importante do País. E conseguiu ser a estrela do Theatro Municipal do Rio no tempo previsto. “Nunca tinha dito aquilo para ninguém. Depois decidi que não falaria mais essas coisas”, brincou. Desinibidos pela simpatia da mestra, os jovens dançarinos perguntaram sobre as lesões físicas. Cecília explicou que já fez

três cirurgias no joelho e que é impossível sair ileso da profissão. Devido a uma lesão, ela fez uma das apresentações de “Giselle” mais tensas de toda a carreira no início do ano. “Eu tremia de nervoso. Deixei bailarinas avisadas para me substituírem caso eu passasse mal”. No dia conseguiu dançar e foi ovacionada pelo público. “Foi uma dificuldade momentânea. É preciso aprender a absorver e contornar um momento”, expôs. Ao término da conversa, os fãs tiraram fotos e pegaram autógrafos. Adir Mazzei, expositor da Só Dança/Cecília Kerche, patrocinou o workshop e acredita que é importante trabalhar temas ligados à dança paralelamente ao festival.

Ney Moraes Grupo de Dança – Interferência Onde: Cidadela Cultural Antártica (15 de Novembro, 1383, América) Horário: 22h Encontro das Ruas Onde: Colégio Germano Timm (ao lado do Centreventos) H 13 às 18h – Eliminatórias das batalhas; apresentação de DJs e rappers, mostra de grafite

Domingo Palcos abertos H Escola Professor Valentim João da Rocha – Vila Nova – 15 às 16h H Feira da Sapatilha – Expocentro Edmundo Doubrawa - 11 às 12h; 13 às 13h30; 14 às 15h30; 16 às 17h30 H Praça Nereu Ramos – Centro – 12 às 13h; 13h30 às 14h30; 15 às 16h; 16h30 às 17h30

H Shopping Americanas – Anita Garibaldi – 13 às 14h; 17 às 18h H Shopping Cidade das Flores – Centro – 15 às 16h; 16h30 às 17h30 H Shopping Mueller – Centro – 11h30 às 12h30; 15 às 16h; 17h30 às 18h30 H Supermercados Giassi – América – 17 às 18h Noite de Gala Onde: Arena do Centreventos Horário: 20h H Grande Suíte do Balé Dom Quixote com bailarinos do Teatro Bolshoi de Moscou e Cia. Jovem da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil Mostra de dança contemporânea Onde: Teatro Juarez Machado (anexo ao Centreventos) Horário: 22h H Cia Borelli de Dança – O Processo Palcos abertos H Galpão da Igreja Nossa Senhora do Caravaggio – Morro do Meio – 15 às 16h H Feira da Sapatilha – Expocentro Edmundo Doubrawa - 11 às 12h; 13 às 13h30; 14 às 15h30; 16 às 17h30 H Praça Nereu Ramos – Centro – 12 às 13h; 13h30 às 14h30; 15 às 16h; 16h30 às 17h30 H Shopping Americanas – Anita Garibaldi – 13 às 14h; 17 às 18h H Shopping Cidade das Flores – Centro – 15 às 16h; 16h30 às 17h30 H Shopping Mueller – Centro – 11h30 às 12h30; 15 às 16h; 17h30 às 18h30 H Supermercados Giassi – América – 17 às 18h Encontro das Ruas Onde: Colégio Germano Timm (ao lado do Centreventos) H 10 às 12h – Worshops, oficina de DJs, mesa-redonda sobre a arte do grafite H 14 às 18h – semi-finais e finais das batalhas, entrega de premiações e encerramento Rua da Dança Onde: Estação Ferroviária e rua Leite Ribeiro Horário: 9 às 17h

EXPEDIENTE Reportagem: Cleiton Bernardes, Mariana Pereira, Sérgio Almeida e Rosana Rosar. Fotografia: Iran Correia, Joyce Reinert e Rogério Souza Jr. Revisão: Solange Silva. Diagramação: Marcelo Duarte.

JOINVILLE, SÁBADO E DOMINGO, 19 E 20 DE JULHO DE 2008

fotos Nilson Bastian/Divulgação/ND

Noite de Gala traz a suíte do balé que tem ingredientes para agradar a todos Professor da Escola Bolshoi no Brasil, o ucraniano Denys Nevidomyy, dá vida ao persongem Don Quixote

Sergio Almeida H [email protected]

A Noite de Gala do 26o Festival de Dança, domingo, é um presente ao público. A “Grande Suíte do Ballet Dom Quixote”, com os primeiros solistas do Ballet Bolshoi da Rússia, Natalia Osipova e Andrey Bolotin, e os alunos e bailarinos da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, tem ingredientes para agradar a todos os gostos e sentidos, num espetáculo grandioso que glorifica a arte do balé. A Grande Suíte é quase o balé completo, mais “enxuto”, na versão preparada por Vladimir Vasiliev para o

Bolshoi no Brasil. Ao produzir esta suíte para alunos da escola do Balé Bolshoi, Vasiliev somente cortou algumas cenas de menos importância para o entendimento da história. A tela principal de Dom Quixote permanece e as peças são interligadas de maneira lógica. Nesta peça, os bailarinos dançam um conto de heroísmo, romance e ilusão, com traços marcadamente hispânicos, num ritmo mais solto e descontraído. Na sua versão original, o balé foi dividido em quatro atos e cinco cenas, sendo inseridas variações

Espada, por Fellipe Camarotto, e Mercedes, por Yasmin de Almeida

que exigem altíssima qualificação técnica e muita expressividade, capazes de prender os olhos da platéia e deixála próxima ao êxtase. A montagem que vem ao Festival traz no papel de Kitri a bailarina russa Natalia Osipova, que é a 1a solista do Teatro Bolshoi, da Rússia. Já Andrey Bolotin interpreta Basílio. Eles vivem uma intensa história de amor, heroísmo e ilusão com traços hispânicos marcantes. Os demais personagens são representados pelos bailarinos do Bolshoi no Brasil.

Dmitry Afanasiev é Sancho Panza

O enredo

Levado pela visão de Dulcinéia, Dom Quixote começa uma louca aventura ao lado de seu sempre fiel escudeiro e amigo atrapalhado Sancho Panza. Em Sevilha, Kitri, a filha de Lorenzo, está apaixonada por Basílio, mas descobre que seu pai quer casá-la com Gamache, um nobre. Dom Quixote e Sancho Panza entram na vila, provocando grande comoção. Ao olhar para Kitri, Dom Quixote pensa que achou Dulcinéia. Movidos pela idéia do casamento arranjado, Kitri e Basílio, aconselhados por Espada e Mercedes, decidem seguir Dom Quixote e Sancho Panza, enquanto Gamache e Lorenzo perseguem o casal. Dom Quixote e Sancho Panzo descobrem o casal fugitivo em um acampamento cigano, onde todos estão inspirados pelo clima de romance da noite.

A Cigana, interpretada por Rafaela Fernandes

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JOINVILLE, SÁBADO E DOMINGO, 19 E 20 DE JULHO DE 2008

Descaso

[email protected]

Rogério Souza Jr./ND

Gastronômico

Nilson Bastian/Divulgação/ND

O Botequim da Frau celebra hoje os seus dois anos de atividades, sob a supervisão de Will Murias. O encontro de clientes e amigos promete esquentar a tarde deste sábado, na Sociedade Guarani, em Pirabeiraba, com um duo inusitado, entre o tutu a mineira e o pagode do cantor Reynaldo.

Max Schwoelk/Divulgação/ND

Haroldo Marinho

Enquanto a polêmica do conserto ou não da obra de Juarez Machado segue à espera de uma decisão da Justiça, bailarinos e turistas, alheios à questão, não perdem a oportunidade de registrar em fotos sua passagem por Joinville.

Em férias no Brasil, a bailarina Luciana Voltolini circulou na abertura do festival. Neste domingo, Luciana estará no palco, na Noite de Gala Emoldurado pelas curitibanas Bruna, Giovanna e Alline, o coreógrafo Sylvio Lengruber, do “Dança dos Famosos” fez a festa de quem esteve ontem no palco da praça de eventos do Shopping Mueller. É o segundo ano que Sylvio participa do evento

Lembranças

Max Schwoelk/Divulgação/ND

Mesmo sem aquele clima do passado, onde a cidade respirava dança neste mês, não há como negar que o festival mexe com a cidade. Hoje, a correria do cotidiano pode até impedir que as pessoas contemplem um pouco mais esse período. Mas, basta dar um caminhada pelas ruas centrais para perceber que os bailarinos continuam a ser um colorido diferente em Joinville.

Vera Vendramini e Maura Wiest marcando presença na apresentação do Corpo de Baile do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, no Centreventos Cau Hansen

Lições

Raio X Na noite de abertura do Festival, a bailarina Sherilyn Yasmin Fernandes desvia por alguns instantes o olhar do palco à procura de algo em sua recheada bolsa

Prefeito Marco Tebaldi, recepcionando o coronel Ricardo Alcebíades Broering, e sua mulher Sandra, na abertura do 26o Festival de Dança de Joinville

De renome internacional, Ady Addor, considerada por especialistas com a dama da dança, é mais uma personalidade que partilha seus conhecimentos durante o festival, ministrando uma oficina de balé clássico. Em seu invejável currículo, Ady foi primeira bailarina de grandes companhias como o Teatro Municipal do Rio de Janeiro, Ballet do 4o Centenário da Cidade de São Paulo, Ballet Nacional da Venezuela, Ballet Nacional de Cuba e American Ballet Theatre of New York. Há dez anos, faz parte do conselho artístico do Festival de Dança de Joinville.

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