Pensamentos, sentimentos, emoções e atitudes Obreiros do Amor e Misericórdia Maio 2015
Você já se percebeu em uma situação perigosa? Já foi à praia, no verão, com seu 9ilho pequeno e percebeu, em determinado momento, que ele não estava mais ao seu lado?
Ainda na praia, nadando, percebeu que estava longe da orla e que tinha sido pego por uma correnteza?
Você já se percebeu em uma situação perigosa? Percebeu que o motorista da frente, no trânsito, estava sendo abordado por um homem armado?
Caminhando por uma trilha avistou uma cobra?
Qual é a reação? Medo ou estresse -‐ a emoção mais inata dos seres vivos; -‐ emoção de desconforto que experimentamos em resposta a um perigo presente;
-‐ valor adapta*vo;
Vem-‐ni-‐mi
Reação de alarme/estresse Reação de luta ou fuga A Cinalidade é escapar (fugir) ou resistir (lutar) para então reduzir ou prevenir a situação
Emoção: conceituação De9inir “emoção” é di9ícil, mas a maioria dos teóricos concorda que é uma tendência de ação, ou seja, de se comportar de determinada maneira, acompanhada por uma possível resposta psicológica. Tem curta duração, perdurando de minutos a horas, sempre em resposta a um evento externo.
Emoção: conceituação Diz-‐se então que a principal função da emoção é um teste sagaz guiado pela evolução para que façamos o que precisa ser feito para que tenhamos a oportunidade de passar adiante nossos genes de maneira bem-‐sucedida às gerações vindouras;
Emoção: conceituação -‐ Charles Darwin: pai da neurociência afetiva;
-‐ as emoções dos animais são homólogas às dos homens; -‐ as lágrimas de tristeza e o ranger de dentes da raiva, nos homens, apontam que esses comportamentos são vestígios de padrões de ação dos outros animais;
Emoção: conceituação
Sete tipos genuínos de emoção: medo, tristeza, nojo, alegria, desprezo, surpresa e raiva.
Emoção: componentes básicos
Comportamento
Cognição
Fisiologia
Comportamento da emoção
-‐ há padrões básicos do comportamento emocional que se diferenciam em formas fundamentais; -‐ Ex.: a raiva pode se diferenciar da tristeza não apenas da maneira que é sentida, mas também do ponto de vista comportamental;
Comportamento da emoção -‐ o comportamento emocional é uma forma de comunicação entre membros de uma mesma espécie; -‐ Ex.: uma das funções do medo é motivar a ação imediata e decisiva de se esquivar. Se eu 9ico assustado, minha expressão facial pode alertar outras pessoas, de tal forma que elas sobrevivam a uma ameaça em potencial;
Wilhelm Reich A linguagem não verbal pode ser reveladora das relações de comunicação entre os indivíduos. O corpo fala, expõe “verdades”, reforça ideias, fortalece crenças e pensamentos, favorece ou di9iculta o entendimento e controla ou desequilibra as emoções.
Fisiologia da emoção -‐ Entende que a emoção seja um resultado da atividade de regiões encefálicas especí9icas. De fato, há uma série de estudos a respeito que ainda são controversos quanto ao processamento das emoções: ativação de um único sistema; de dois sistemas; de múltiplos sistemas; -‐ Sistema Límbico: é todo o circuito neuronal que controla o comportamento emocional e as forças motivacionais, ou seja, o processamento da emoção;
Fisiologia da emoção -‐ o sistema límbico está envolvido com a natureza afetiva das sensações, relacionando-‐se à recompensa ou punição; -‐ Centros de recompensa: placidez e tranquilidade; -‐ Centros de punição: desprazer, medo, terror, dor, punição e, até mesmo, enjoo.
Fisiologia da emoção -‐ os centros de recompensa e punição sem dúvida se constituem nos controladores mais importantes das nossas atividades 9ísicas, nossos desejos, nossas aversões e nossas motivações;
Hipotálamo representa menos de 1% da massa encefálica e é uma das áreas mais importantes do sistema. Controla funções vegetativas e endócrinas do corpo, bem como muitos aspectos do comportamento emocional: fome, sede, saciedade, desejo sexual, entre outros.
Amígdala -‐ a estimulação de alguns do seus núcleos pode promover reações de recompensa e prazer. Outras porções, se estimuladas, pode causar atividade sexual que inclui ereção, movimentos copulatórios, ejaculação, ovulação, atividade uterina e parto prematuro; -‐ Projeta para o sistema límbico o estado atual de uma pessoa a respeito de seu ambiente e pensamentos, ou seja, a amígdala faz com que a resposta comportamental de uma pessoa seja adequada a cada ocasião.
Síndrome de Kluver-‐Bucy
O animal não tem medo de nada; tem extrema curiosidade; esquece rapidamente; tem a tendência de colocar tudo na boca e até mesmo, tenta comer objetos sólidos; apetite sexual forte faz com que tente copular com animais de outras espécie.
Síndrome de Kluver-‐Bucy
Timo=Energia Vital • •
Responsável pelas emoções;
É um órgão linfático localizado na porção ântero-‐superior da cavidade torácica. É vital contra a autoimunidade. Ao longo da vida, o timo involui (diminui de tamanho) e é substituído por tecido adiposo nos idosos, o que acarreta na diminuição da produção de linfócitos.
Cognição da emoção -‐ Impulso: De certo o processamento emocional pode ignorar processos cognitivos mais elevados, ou seja, você pode experimentar diversas emoções de forma rápida e direta sem, necessariamente, pensar sobre elas ou ter consciência de por que está se sentindo de determinada maneira. Ex.: vi a cobra, 9iquei com medo, sai correndo;
O estranho caso de Phineas Gage
O homem amável e eCiciente tornou-‐se irreverente, impaciente, fácil de estressar e não-‐conCiável.
Cognição da emoção
Córtex Pré-‐Frontal (CPF)
Cognição da emoção
Cognição da emoção -‐ o CPF consegue distinguir entre as respostas emocionais mais socialmente adaptativas, ou seja, temos condições de escolher as alternativas de como nos comportamos emocionalmente na vida.
Atitude: um ato inteligente Somos responsáveis por nossos pensamentos, sentimentos e atitudes
Cognição da emoção
-‐ As reações emocionais são in9luenciadas pelo modo como interpretamos as situações: se interpretarmos uma situação como ameaçadora tendemos a ter reações emocionais de acordo com essa interpretação e não de acordo com o perigo “real” que essa situação representa;
A impressão que você tem das pessoas que conheceu e, até mesmo, suas memórias de acontecimentos passados são vistas, em grande parte, de acordo com a sua afetividade. Se você é negativo e deprimido, suas memórias provavelmente serão desagradáveis.
A pessoa deprimida ou pessimista vê um copo de água pela metade como meio vazio. Um otimista, por sua vez, vê o copo como metade cheio.
EMOÇÕES = SAÚDE QUÂNTICA • Trabalhos recentes ligados a psiconeuroimunologia mostram a interconexão entre o cérebro emocional (límbico), o sistema imunológico (glândula timo), o sistema endócrino (suprarrenais) e o sistema nervoso central; • Portanto, quando atribuímos signi9icado a algo, seja positivo ou negativo, criamos as moléculas da emoção (neuropeptídeos) que levam a informação para todas as células do corpo, podendo fragilizar ou fortalecer o nosso sistema imunológico.; • As recentes descobertas na área da epigenética evidenciam o poder das crenças, padrões arraigados e pensamentos sobre a nossa condição de saúde e bem-‐estar.
Ideias negativas
• O timo 9ica tentando reagir e enfraquece, abrindo brechas para sintomas e sintonias de baixa imunidade, como herpes, in9lamações gerais, tumores, desequilíbrio hormonal, depressão, revolta, raiva, etc; Em compensação, ideias positivas conseguem uma ativação geral do timo em todos os poderes, expandindo saúde e felicidade;
Carl Jung (...) o ato de imaginar em termos alquímicos era percebido como uma atividade que não criava simplesmente fantasia, mas sim produzia algo mais corpóreo, um “corpo sutil”, semi-‐espiritual na sua natureza (Jung, 1984).
Do livro "Companheiro", Francisco C. Xavier, pelo Espírito Emmanuel • Não raro, encontramos, aqui e ali, os irmãos doentes por desajustes emocionais. Quase sempre, não caminham. Arrastam-‐se. Não dialogam. Cultuam a queixa e a lamentação. • Insegurança, con9lito íntimo, frustração, tristeza, desânimo, cólera, inconformidade e apreensão, com outros estados negativos da alma, espancam sutilmente o corpo Císico, abrindo campo a moléstias de etiologia obscura dilapidando o cosmo orgânico.
Para administrar a emoção, o “EU” deve praticar a técnica do DCD (duvidar, criticar, determinar). Deve rapidamente duvidar dos seus pensamentos perturbadores, duvidar do conteúdo doente das suas emoções. Deve questionar os motivos da sua reação, criticar sua ansiedade, exigir ser livre naquele momento e resgatar a liderança do “EU”. Se o “EU” não duvidar e criticar as peças teatrais doentes que se encenam na sua mente, ele vai ser sempre vítima das suas mazelas psíquicas e dos seus transtornos emocionais (Zenon Lotufo Jr. e Francisco Lotufo Neto, 2001).
O aprendiz do evangelho, que busca localizar as ocorrências da emoção, deve dirigir as suas atenções para as manifestações do campo emocional. É esse o seu terreno de trabalho, é nele que conscientemente vai exercendo o seu domínio, refreando, inicialmente, seus impulsos, para controlar-‐se e, em seguida, trabalhando mentalmente de forma a dosar, com conhecimento, novas disposições, novos sentimentos, como alguém que substitui uma forte violência por uma vibração suave de carinho e amor (Ney, 2006; página 92).
Vigiai e orai!
-‐ Emoções em excesso são desadaptativas: medo, raiva, tristeza, angústia e euforia podem contribuir e, até mesmo, de9inir transtornos psicológicos; -‐ Medo excesso: transtornos de ansiedade; -‐ Estresse em excesso: transtorno de pânico; -‐ Excesso de ativação do eixo: depressão;
O que fazer?
Carl Jung A imaginação fornece a chave para a saúde mental: projetar e tornar realidade os conteúdos do inconsciente que não existem na natureza. Os conteúdos do inconsciente têm um caráter (arquetípico da personalidade e da relação com a espiritualidade). O meio pelo qual esta meta se realiza é expresso adequadamente pelo símbolo, pelas emoções, pela criatividade, pelo amor incondicional (Jung, 1998). Para Jung (1979) a relação com o ser simbólico e a conexão espiritual expande as nossas emoções criativas e de essência e extingue as nossas patologias tanto da consciência quanto do inconsciente mais profundo. Eles que não eram espíritas, mas sim pensadores, apontam que já existia uma partícula divina que rege por nós.
Do livro "Companheiro", Francisco C. Xavier, pelo Espírito Emmanuel -‐ Se consegues aceitar a existência de Deus e a prática salutar dessa ou daquela religião em que mais te reconfortes, preserva-‐te contra semelhante desequilíbrio... -‐ Começa, aceitando a própria vida, tal qual é, procurando melhorá-‐la com paciência, disciplina e caridade. Aprende a estimar os outros, como se te apresentem por vestimentas e estado evolutivo. -‐ Dedica-‐te ao trabalho em que te sustentes, sem desprezar a pausa de repouso ou o entretenimento que te restaurem as energias.
• Do livro "Companheiro", Francisco C. Xavier, pelo Espírito Emmanuel -‐ Serve ao próximo tanto quanto puderes. Detém-‐te no lado melhor das situações e das pessoas, esquecendo o que te pareça inconveniente ou desagradável; -‐ Não carregues ressentimentos; -‐ Cultiva a simplicidade, evitando a carga de complicações e de assuntos improdutivos que te furtem a paz; -‐ Admita o fracasso por lição proveitosa; -‐ Esperança e alegria no servir; -‐ Cuidado com a fala destrutiva e maledicências, esse ato pode desequilibrar suas emoções;
Do livro "Companheiro", Francisco C. Xavier, pelo Espírito Emmanuel Trabalhando e servindo sempre, sem esperar outra recompensa que não seja a bênção da paz na consciência própria, nenhuma tensão emocional te criará desencanto ou doença, de vez que se cumpres o teu dever com sinceridade, quando te falte força, Deus te sustentará e onde não possas fazer todo o bem que desejas realizar Deus fará sempre a parte mais importante!...
• ESE (Capítulo XV: “Fora da caridade não há salvação; página 58)
Toda a moral de Jesus se resume na caridade e na humildade, isto é, nas duas virtudes contrárias ao egoísmo e ao orgulho. Em todos os ensinamentos ele mostra essas virtudes como sendo o caminho da felicidade eterna e do controle total das nossas emoções positivamente (...)
Reforma íntima?
Lei de Amor
-‐ Música: Jason Mraz Love someone Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=kuBNEs-‐1vTc https://www.youtube.com/watch?v=9uZ8TDhq7vE
Referências Bibliográficas • •
REICH, Wilhelm. Análise do caráter. São Paulo: Mar@ns Fontes, 2009. Zenon Lotufo Jr. e Francisco Lotufo Neto “Uma Teoria Teleológica das Emoções”, Revista de Psiquiatria Clínica, Vol. 28, No. 6, 2001.