MINHAS LAGRIMAS EM TEUS ODRES “Põe as minhas lágrimas no teu odre. Não estão elas no teu livro? Salmos 56. 8b Põe minhas lágrimas no teu odre, Esconde-as contigo. Sejam elas para ti, Como diamantes preciosos. As lágrimas que brotam do meu peito, Que invadem a minha alma, Que escorrem da minha face, Que me perguntam em desalento: Onde está o teu Deus? Põe-nas te peço nos teus odres Para que tu não venhas a se esquecer delas Elas que são meu mantimento O alimento da minha dor. Lágrimas da rejeição, Lagrimas da solidão, Lagrimas do desprezo, Lagrimas de vaguear, vaguear, vaguear.... Lagrimas de não ver o futuro, De morrer no presente De lembrar o passado Daquilo que foi e não volta mais. Escreve cada lagrima no teu livro Faze delas um memorial Do meu coração sofrido Dos meus sonhos perdidos. Escreve no teu livro e não te esqueça Das noites vazias Do desalento Do ser roubada e espoliada...Escreve, pois, no teu livro. Quem há que me socorra? Quem há que veja minhas lágrimas? Quem há que as enxugue? Põe minhas lagrimas nos teus odres Escreve cada uma no teu livro
E faze delas um memorial