Mayara Pretti Do Couto_ Centro Esportivo De Colatina.pdf

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INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CURSO SUPERIOR DE ARQUITETURA E URBANISMO

MAYARA PRETTI DO COUTO

COMPLEXO ESPORTIVO DE COLATINA: REVITALIZAÇÃO DO ESTÁDIO DE FUTEBOL JUSTINIANO DE MELLO E SILVA, ADEMC E DO GINÁSIO ESPORTIVO ZITTO DALLA.

Colatina 2017

MAYARA PRETTI DO COUTO

COMPLEXO ESPORTIVO DE COLATINA: REVITALIZAÇÃO DO ESTÁDIO DE FUTEBOL JUSTINIANO DE MELLO E SILVA, ADEMC E DO GINÁSIO ESPORTIVO ZITTO DALLA.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a coordenadoria do curso de Arquitetura e Urbanismo do Instituto Federal do Espírito Santo, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em arquitetura e Urbanismo.

Orientação: Profª. M.a Vivian Albani.

Colatina 2017

MAYARA PRETTI DO COUTO

COMPLEXO ESPORTIVO DE COLATINA: REVITALIZAÇÃO DO ESTÁDIO DE FUTEBOL JUSTINIANO DE MELLO E SILVA , ADEMC E DO GINÁSIO ESPORTIVO ZITTO DALLA.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a coordenadoria do curso de Arquitetura e Urbanismo do Instituto Federal do Espírito Santo, como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em arquitetura e Urbanismo.

Aprovado em 26 de junho de 2017.

COMISSÃO EXAMINADORA

________________________________________ Profª. M.a Vivian Albani Instituto Federal do Espírtito Santo Orientadora

________________________________________ Profª. M.a Giusilene Costa de Souza Pinho Instituto Federal do Espírtito Santo

________________________________________ Kamila Drago Bona Arquiteta e Urbanista

DEDICATÓRIA

Para Ana Luiza e Vitor, razões da minha vida. Meu esposo Breno, meu maior incentivo. Willian e Goreti meus exemplos.

AGRADECIMENTOS

Primeiramente quero agradecer à Deus por ter me proporcionado chegar até aqui, pois sem ele esse caminho seria impossível.

Aos meu pais Willian e Goreti, que me ensinaram que sonhos são construídos a cada dia, e este dia chegou. A minha avó Terezinha, minha segunda mãe, obrigada por sua eterna dedicação!

Agradeço também ao meu esposo Breno, e aos meu filhos Vitor e Ana Luiza, pelo amor incondicional e paciência que tiveram comigo ao longo desses anos. Todo tempo que me fiz ausente na vida de vocês, foi pensando em um dia ser mais presente.

Aos professores com quem aprendi muito, dentro ou fora da sala de aula. Em especial minha orientadora Vivian Albani, que sempre se sentou ao meu lado com muita dedicação e paciência me dando o maior incentivo para conclusão deste trabalho. Não poderia deixar de agradecer à professora Amabeli Dell Santo, que tanta ajuda me forneceu, muito obrigada por tudo.

A minha inseparável amiga Verlaine, que ao longo desta caminhada sempre me apoiou, ajudou e me escutou. Minha querida prima Marilan que me incentivou a realizar esse sonho.

Agradeço também aos meus irmãos, cunhada, amigos e familiares que de alguma forma contribuíram para chegar até aqui!

EPÍGRAFE

“A tarefa não é tanto ver aquilo que ninguém viu, mas pensar o que ninguém ainda pensou sobre aquilo que todo mundo vê.” (Arthur Schopenhauer)

RESUMO

Este trabalho contempla um ensaio projetual de um complexo esportivo na cidade de Colatina. Propõe a revitalização do estádio de futebol Justiniano de Mello e Silva, que atualmente se encontra em desuso. O estádio já teve muita importância na história da cidade, e a revitalização deste visa oferecer essa área novamente à população. Um dos princípios norteadores do projeto foi à integração do complexo esportivo com o entorno, através de diminuição das barreiras físicas e visuais. A intervenção abrangeu também seus respectivos anexos: Ginásio de Esportes Zitto Dalla e a Associação Desportiva Municipal de Colatina (ADEMC), integrando-os e transformando-os em um complexo destinado à prática de esportes. São poucas as opções de lazer na cidade de Colatina. Dessa forma, a proposta é que o complexo tenha equipamentos que a população possa utilizar, fazendo deste, um atrativo local. A intenção é que os usuários usufruam deste espaço já existente e que é pouco utilizado, e que sintam ao mesmo tempo prazer e bem estar. Propõe-se então readequações, ampliações e criações de elementos, visando um melhor proveito dos espaços e estruturas existentes, através de pontos atrativos como praças, ampliação das lanchonetes, playground, quadra poliesportiva, passarela/ mirante e integração com o entorno. Para que houvesse uma integração do complexo com o entorno, foi elaborada uma fachada que desempenhasse tal propósito e criados pontos comerciais que foram orientados para o exterior do estádio. Houve um cuidado direto com o entorno, onde foram propostos espaços positivos como praças, pista de skate, locais para alimentação, pontos comerciais e alteração dos acessos principais, e a preservação das vegetações existentes. O estudo projetual de revitalização foi elaborado buscando a integração do complexo com o entorno com o intuito de oferecer para o local um novo valor visando melhorias no seu uso.

Palavras Chave: Complexo Esportivo. Revitalização. Arquitetura. Lazer. Colatina.

ABSTRACT

This work contemplates a design essay of a sports complex in the city of Colatina. It is proposed to revitalize the Justiniano de Mello e Silva soccer stadium, which is currently in disuse. The stadium already had a lot of importance in the history of the city, and the revitalization of this one aims to offer this area again the population. One of the guiding principles of the project was the integration of the sports complex with the environment, through the reduction of physical and visual barriers. The intervention also included its respective annexes: Sports Gymnasium Zitto Dalla and the Municipal Sports Association of Colatina (ADEMC), integrating them and transforming them into a complex destined to the practice of sports. There are few leisure options in the city of Colatina. Thus, the proposal is that the complex has equipment that the population can use, making this a local attraction. The intention is that users enjoy this space already existing and that is little used, and that feel both pleasure and well being. It is proposed to adapt, expand and create elements, aiming at a better use of existing spaces and structures, through attractive points such as squares, expansion of snack bars, playground, sports court, walkway / viewpoint and integration with the environment. In order to integrate the complex with the surrounding area, a façade was created that fulfilled this purpose and created commercial points that were oriented to the exterior of the stadium. There was a direct care of the environment, where positive spaces such as squares, skating rink, places for food, commercial points and alteration of the main accessions, and the preservation of the existing vegetation were proposed. The revitalization design study was designed to integrate the complex with the environment in order to offer the site a new value aiming at improvements in its use.

Keywords: Sports Complex. Revitalization. Architecture. Recreation. Colatina.

LISTA DE ILUSTRAÇÃOS

Ilustração 1: Sagrado Coração de Jesus no município de Colatina ............................. 13 Ilustração 2: Destaque na área de estudo ................................................................... 14 Ilustração 3: Vistas externas do Estádio ...................................................................... 15 Ilustração 4: Interior do Estádio ................................................................................... 15 Ilustração 5: Vistas externa e Interna do Ginásio Esportivo ......................................... 16 Ilustração 6: Praça Reinaldo Angelo Caliari................................................................. 17 Ilustração 7: Vista externa da ADEMC........................................................................ 17 Ilustração 8: Interior da ADEMC .................................................................................. 18 Ilustração 9: Vista externa do Sesc-Pompéia .............................................................. 27 Ilustração 10: Detalhes construtivos do SESC ............................................................ 28 Ilustração 11: Plantas de Elevação .............................................................................. 29 Ilustração 12: Planta baixa ........................................................................................... 29 Ilustração 13: Deck sobre o Córrego das Águas Pretas .............................................. 30 Ilustração 14: Fachada do Estádio Kleber Andrade ..................................................... 31 Ilustração 15: Maquete eletrônica do Novo Kleber Andrade ........................................ 32 Ilustração 16: Linha do tempo do Complexo ................................................................ 35 Ilustração 17: Justiniano de Mello e Silva Netto .......................................................... 36 Ilustração 18: Placa de Ampliação do Estádio ............................................................. 36 Ilustração 19: Campeonato Estadual de 1989 ............................................................. 37 Ilustração 20: São Silvano, anos 90............................................................................. 38 Ilustração 21: Nas Arquibancadas do Justiniano De Mello E Silva .............................. 39 Ilustração 22: Antiga quadra de tênis........................................................................... 40 Ilustração 23: Jogadores de tênis, Hélio Coffler e Julinho Dutra ................................. 40 Ilustração 24: Marco Nogueira Presidente da ADEMC ................................................ 42 Ilustração 25: Atleta Ney Miliotti Cerimônia de Abertura do JEC de 1984 .................. 43 Ilustração 26: Cerimônia de abertura dos Jogos Primaveris ........................................ 44 Ilustração 27: Área a se realizar a intervenção ............................................................ 46 Ilustração 28: Mapa de uso dos solos.......................................................................... 48 Ilustração 29: Mapa de hierárquia viária/ acessos/ paradas de transporte coletivo ..... 49 Ilustração 30: Mapa de Condicionante Ambientais ...................................................... 50 Ilustração 31: Mapa de vegetações ............................................................................. 51

Ilustração 32: Setorização inicial proposta ................................................................... 52 Ilustração 33: Fluxograma proposto............................................................................. 58 Ilustração 34: Cópia do projeto do estádio municipal/ Pavimento térreo ..................... 60 Ilustração 35: Cópia do projeto do estádio municipal/ Primeiro pavimento .................. 61 Ilustração 36: Cópia do projeto do estádio municipal/ Cobertura ................................. 62 Ilustração 37: Implantação do Ensaio Projetual ........................................................... 63 Ilustração 38: Pavimento Térreo do Ensaio Projetual .................................................. 64 Ilustração 39: Primeiro pavimento do Ensaio Projetual................................................ 65 Ilustração 40: Planta de Reforma ................................................................................ 66 Ilustração 41: Entrada Principal ................................................................................... 67 Ilustração 42: Pista de skate ........................................................................................ 68 Ilustração 43: Canteiros, cliclovias e locais de convivência ......................................... 69 Ilustração 44: Setorização do Complexo Esportivo ..................................................... 69 Ilustração 45: Bloco do Estádio/ Pavimento Térreo ..................................................... 71 Ilustração 46: Bloco do Estádio/ Primeiro pavimento ................................................... 72 Ilustração 47: Quadra poliesportiva ............................................................................. 73 Ilustração 48: Bloco Estádio/ Ampliação sob arquibancada 01 ................................... 75 Ilustração 49: Bloco do Estádio/ Ampliação da arquibancada 02 e lanchonete ........... 76 Ilustração 50: Arquibancadas Propostas do Estudo Projetual ..................................... 77 Ilustração 51: Cobertura das arquibancadas ............................................................... 78 Ilustração 52: Bloco das Piscinas/ Pavimento térreo ................................................... 79 Ilustração 53: Bloco das Piscinas/ Primeiro pavimento................................................ 80 Ilustração 54: Bloco das Piscinas com criação parede verde ...................................... 81 Ilustração 55: Bloco Ginásio e Entrada Principal/ Térreo............................................. 82 Ilustração 56: Fachada Ginásio ................................................................................... 83 Ilustração 57: Estacionamento ..................................................................................... 84 Ilustração 58: Praça em platôs .................................................................................... 85 Ilustração 59: Cor complementar usada no estudo ..................................................... 86 Ilustração 60: Alguns dos elementos propostos .......................................................... 86 Ilustração 61: Implantação do estudo projetual ........................................................... 87 Ilustração 62: Cortes .................................................................................................... 88 Ilustração 63: Reaproveitamento da estrutura a partir da revitalização ....................... 89 Ilustração 64: Fachada principal .................................................................................. 90 Ilustração 65: Pontos comerciais e de serviços ........................................................... 90

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO...................................................................................................... 11 1.1 OBJETIVOS ........................................................................................................ 19 1.1.1 Objetivo Geral ................................................................................................ 19 1.1.2 Objetivos Específicos .................................................................................... 19 1.3 CAPÍTULOS ........................................................................................................ 20 2. COMPLEXO ESPORTIVO .................................................................................. 22 2.1 CONCEITO ......................................................................................................... 22 2.3. A IMPORTÂNCIA DO ESPORTE ....................................................................... 24 3. REVITALIZAÇÃO E PRESERVAÇÃO, POR QUÊ? ............................................ 25 3.1. SESC POMPÉIA, LINA BO BARDI – SÃO PAULO (SP) ..................................... 26 3.2. CLEBER ANDRADE .......................................................................................... 31 4. UMA VOLTA AO PASSADO ............................................................................... 34 4.2 GINÁSIO DE ESPORTES ZITTO DALLA E ASSOCIAÇÃO DESPORTIVA MUNICIPAL DE COLATINA (ADEMC) ...................................................................... 41 4.2.1 Jogos Estudantis ........................................................................................... 43 4.2.2 Jogos Primaveris ........................................................................................... 44 5. ÁREA DE INTERVENÇÃO: CONDICIONANTES DE PROJETO ........................ 46 5.1.1 Uso do solo .................................................................................................... 47 5.1.2 Hierarquia viária/ Transporte público .......................................................... 48 5.2 CONDICIONANTES AMBIENTAIS .................................................................... 50 5.3 CONDICIONANTES LEGAIS .............................................................................. 52 5.4 PROGRAMA DE NECESSIDADES..................................................................... 54 6. MEMORIAL JUSTIFICATIVO/ ENSAIO PROJETUAL ........................................ 59 7. CONSIDERAÇÕES .............................................................................................. 89 REFERÊNCIAS......................................................................................................92 ANEXO 01 ............................................................................................................ 95 ANEXO 02 ............................................................................................................ 96 ANEXO 03 ............................................................................................................ 97

11 1. INTRODUÇÃO

Colatina, assim como diversas cidades brasileiras, passou por um crescimento urbano desordenado o que provocou uma carência de espaços públicos para o lazer da população. Albani (2012, p. 34) coloca que "Colatina enfrenta problemas urbanos em consequência da falta de planejamento de seu crescimento''. E destaca o crescimento espacial pouco sustentável, gerando como conseqüência gastos com infraestrutura urbana, e maior poluição (ALBANI, 2012).

Outro aspecto observado é que os poucos espaços públicos e de lazer na cidade de Colatina são negligenciados. Esses locais acabam no esquecimento e abandono. A este respeito, Simões ressalta a existência de "[...] espaços livres para contemplação, lazer e passeio - que estão camuflados e ignorados" (SIMÕES, 2016, p. 16) na cidade.

Visto que já houve investimento de capital público, de materiais, cuja extração gera impacto na natureza, a iniciativa é a reutilização e revitalização de uma área de lazer na cidade. É possível tornar tais áreas públicas “esquecidas” locais mais ativos e sustentáveis.

Com o passar dos anos as edificações se degradam fisicamente, principalmente quando não há manutenções. A solução mais comum era a demolição e a reconstrução de uma nova edificação no mesmo local. A preocupação com os recursos naturais nos direciona a seguir caminhos mais sustentáveis, devido esse fato, busca-se uma nova forma de projetar a revitalização.

Podemos definir o termo revitalização, como buscar nova vitalidade, no ponto de vista social, ambiental (SIMÕES, 1994). Revitalização é a ''[...] reidentificação do passado no espaço presente, que ressuscita a tradição, alvoroçando a memória coletiva, mas não inibindo a modernidade.'' Del Rio (1991, apud SIMÕES, 1994, p. 17). Em Colatina, notam-se áreas, edificações públicas e privadas, equipamentos públicos e comunitários bem degradados e que a revitalização seria a solução, tais como a praça do Sol Poente, a antiga Estação de trem, o Hiate Clube, o Cristo Redentor entre outros.

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O local escolhido para o projeto de intervenção foi a Associação Desportiva Municipal de Colatina (ADEMC), o Ginásio de Esportes Zitto Dalla e o Estádio Municipal Justiniano de Mello e Silva. Tais imóveis já foram grandes potenciais para a cidade de Colatina, e são elementos integrantes da história e cultura dos moradores desta. Hoje, estas construções se encontram camufladas, cercadas de barreiras físicas e visuais. A revitalização desse conjunto reverteria o quadro precário no qual hoje se encontram estas edificações. Ressalta-se que Colatina carece de espaços públicos de lazer, e que o uso de tal espaço poderia influenciar na prática esportiva local. Outro fator decisivo da proposta é a integração do complexo com o entorno.

A insegurança vivida nos dias atuais fez se intensificar um tipo de arquitetura voltada à privacidade dos usuários: arquitetura oclusa, usando-se elementos na composição da edificação privando as pessoas de uma comunicação com o entorno muitas vezes deixando de lado a permeabilidade visual (ROSETTI, 2012). Tais elementos percebidos no complexo são: muros cegos e com longas distâncias, e fachadas quase sem aberturas para as ruas. Rosetti (2012) acredita que tais tipologias arquitetônicas adotadas devem surgir em função da nova proposta de conexão do edifício com a cidade. Muitas pessoas não associam a arquitetura a qualidade de vida, mas ela pode influenciar dependendo forma que se integra com o espaço urbano. O esporte também é como a arquitetura, influencia na qualidade de vida, de acordo com as necessidades de cada um.

Atualmente, o esporte se faz presente em todo o mundo. A prática esportiva hoje é necessária na vida das pessoas e algumas têm o esporte como instrumento de trabalho, outras apenas como lazer. No Brasil, não é diferente. O País é palco das mais diversas modalidades esportivas, é renomado popularmente como o país do futebol e atualmente sediou as olimpíadas, paraolimpíadas e a copa do mundo de futebol.

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Partindo de tais premissas, este trabalho propõe um ensaio projetual para a revitalização do estádio, do Ginásio e da ADEMC, definidos aqui como um complexo esportivo e assim denominado no decorrer deste trabalho.

O complexo localiza-se no Bairro Sagrado Coração de Jesus, na Cidade de Colatina/ES, a fachada principal é voltada para a avenida Champagnat. Através da Ilustração 1 nota-se a localização do bairro dentro do município de Colatina, e Ilustração 2 um destaque na área de estudo. Ilustração 1: Sagrado Coração de Jesus no município de Colatina

Fonte: Prefeitura Municipal de Colatina (2016), com edição do autor.

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Ilustração 2: Destaque na área de estudo

Fonte: Google mapas, com edição do autor.

O ensaio propõe a integração dos edifícios e a unificação dos usos, com objetivo central de promover o esporte no processo de educação de crianças e jovens, tornando-se um elemento de inclusão social, mas sem deixar de visar à funcionalidade e conforto dos usuários.

Conforme Teixeira (1974), o estádio possui aproximadamente 64 anos de existência, a ADEMC uma estimativa de 55 anos, e o Ginásio, 44 anos. O ginásio e a ADEMC são frequentados pela população de segunda a sexta-feira, mesmo com a frequência de usuários sofrem abandono por parte da gestão pública da cidade.

Atualmente, o estádio encontra-se em desuso e sua infraestrutura em situações precárias. Pelo exterior, o que se percebe é que não há qualquer ação para que essa situação reverta-se. Através da ilustração 3, nota-se o descaso com a edificação. Assim, abrangendo essa grande área, será possível a criação de um estudo projetual de revitalização do Complexo Esportivo, que poderá colaborar com a sustentabilidade e abranger diversas modalidades esportivas e fazer com que parte da história da cidade se perca no tempo.

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Ilustração 3: Vistas externas do Estádio

Fonte: Acervo pessoal (08/2016).

A proposta inicial deste trabalho contemplava a revitalização do Estádio de futebol Justiniano de Mello e Silva, pois visualmente é uma área que sofre com abandono e descaso, onde pode ser observado através da ilustração 4.

No decorrer do presente estudo, foram verificadas as possíveis potencialidades ao agregar as demais edificaçõess já existentes, camuflados e obstruídos aos cidadãos: ADEMC e do ginásio esportivo Zitto Dalla. Ilustração 4: Interior do Estádio

Fonte: Acervo pessoal (10/2016).

Os espaços são desagregados e não possuem nenhuma ligação entre si. Portanto, a intenção deste trabalho é realizar uma intervenção nos três elementos e fazer com que se integrem e se tornem um único elemento: Complexo Esportivo. Com isso,

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visa-se incentivar a valorização da cultura local, ressaltando toda a potencialidade que toda essa área já teve e que ainda pode oferecer.

No ginásio esportivo Zitto Dalla (Ilustração 5) são realizadas escolinhas de futsal e aulas de ginástica rítmica, oferecidas gratuitamente pela prefeitura de Colatina para a população de várias faixas etárias. Eventualmente acontecem competições de diversas modalidades como: artes marciais, futsal e ginástica rítmica. Entretanto, essas atividades são pouco divulgadas, interferindo assim no uso dos espaços e não utilizam de todo o potencial que o espaço pode oferecer. À frente do ginásio há uma praça denominada Reinaldo Angelo Caliari (Ilustração 06), inaugurada em 1980 conforme a Revista Nossa (1989). Ilustração 5: Vistas externa e Interna do Ginásio Esportivo

Fonte: Acervo pessoal (10/2016).

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Ilustração 6: Praça Reinaldo Angelo Caliari

Fonte: Acervo pessoal (10/2016).

A direita do estádio localiza-se a ADEMC (Ilustração 07), onde funciona a sede da Secretaria de Esporte e Lazer do Município de Colatina. No local há duas piscinas, onde são realizadas aulas de hidroginástica e natação, também fornecidas gratuitamente à população pela Prefeitura de Colatina. Ilustração 7: Vista externa da ADEMC

Fonte: Acervo pessoal (10/2016)

Nota-se na ilustração que o local é bem cuidado por parte dos funcionários porém percebe-se o descaso por parte da gestão municipal, um exemplo é o muro que dividia o estádio da ADEMC que acabou caindo. De acordo com a Secretaria de esportes de Colatina (2016), os próprios trabalhadores construíram uma cerca para fazer o papel do muro.

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Ilustração 8: Interior da ADEMC

Fonte: Acervo pessoal (10/2016).

A tabela 01 contém informações fornecidas pela Secretaria de Esportes de Colatina e descreve a quantidade de alunos que já foram cadastrados e o número de profissionais que atuam em todo o complexo. Tabela 1: Profissionais e alunos MODALIDADE Hidroginástica Natação Futsal Ginástica Rítimica Profissionais administrativos, zeladores e outros TOTAL

ALUNOS (QUANT.) 145 180 180 30 535

PROF.(QUANT.) 01 02 01 01 43 48

Fonte: Dados fornecidos pela Secretaria de Esportes de Colatina (2016), elaboração da autora.

Atualmente, grande parte da população desconhece o que acontece no interior desses espaços. A essência da proposta é aproveitar as edificações existentes, não modificar seus usos e implementar outras atividades. O projeto do complexo

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esportivo visa requalificar o local e contribuir com o acesso aos espaços públicos e de lazer da cidade pela população.

1.1 OBJETIVOS

1.1.1 Objetivo Geral

Realizar um ensaio projetual para Revitalização de um complexo esportivo que se integre com o entorno urbano.

1.1.2 Objetivos Específicos ✓ Realizar um ensaio projetual de um complexo esportivo; ✓ Criar possíveis ampliações e readequações na edificação proposta; ✓ Elaboração de estudo que possibilite a integração do complexo com entorno urbano.

1.2 METODOLOGIA Este trabalho foi elaborado a partir dos princípios de revitalização e integração do edifício com o entorno urbano com o intuito de oferecer para o local um novo valor, visando melhorias no seu uso.

Através da revisão bibliográfica foram compreendidas definições das terminologias usadas no presente trabalho (complexo esportivo, revitalização), bem como o levantamento histórico do esporte e do Complexo Esportivo de Colatina, através de livros, revistas, dissertações e artigos.

Foram analisados ainda casos assemelhados de complexos e parques esportivos a fim de se obter maiores informações sobre as necessidades das instalações, entre outros quesitos com relevância para a concepção do projeto.

Foi realizado um levantamento dos condicionantes físicos e projetuais gerando uma base de informações a respeito das necessidades e diretrizes para se iniciar o

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projeto. Assim foram analisados: a) sistema e infraestrutura viária; b)

condicionantes do

terreno

como

topografia,

estudo

solar,

ventos

predominantes; c) análise da legislação municipal pertinente quanto ao zoneamento e índices urbanos; d) análises do local de intervenção através de visitas in loco e registros fotográficos, a fim de se detectar deficiências e potencialidades, e apontar os pontos positivos e negativos a serem abordados, ao qual influenciaram na concepção projetual.

Foram fornecidos pela prefeitura cópias dos projetos arquitetônicos de cada uma das edificações da área estudada. Tais projetos foram complementados com medições in loco.

O programa de necessidades foi definido em função das atividades que ali percorrem. Também foram levantados espaços novos oportunos ao projeto, como áreas de lazer, canteiros, espaços rentáveis destinados a comércios e serviços e uma nova entrada para as edificações. E por fim, foi desenvolvido uma proposta de um estudo projetual.

1.3 CAPÍTULOS

Neste capítulo I foi descrito a razão do tema proposto, bem como os objetivos ao qual se almejam alcançar e os procedimentos bibliográficos e argumentos para o desenvolvimento do projeto.

No capítulo II foram abordados conceitos de complexo esportivo, a importância de se incluir o esporte na vida das pessoas e mostrar que ao longo da história da humanidade, a prática esportiva sempre esteve presente e até hoje se faz necessária.

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O capítulo III traz conceitos de revitalização e aponta estudos de casos assemelhados, ao qual foram bem recebidos e aprovados pela população e usuários.

O capítulo IV retorna ao passado do estádio Justiniano de Mello e Silva, Ginásio Zitto Dalla e da ADEMC, para contar um pouco da história de suas construções, dos acontecimentos mais importantes.

O capítulo V abrange as informações de condicionantes de projeto obtidas a partir de pesquisas de toda a área do complexo, incluindo seu entorno. Foram abordados o trânsito e transporte local, as normas e as legislações vigentes, avaliação das condicionantes ambientais e estudo das legislações urbanísticas.

O capítulo VI apresenta o estudo proposto onde são envolvidos estudos da área do projeto para tal concepção. No decorrer de seu desenvolvimento foram avaliados dados como condicionantes legais, ambientais e entorno com o propósito de explorar tais áreas para implantação de novas atividades. Dessa forma, contempla todos os desenho e imagens geradas através de croquis e programas computacionais.

O capítulo VII apresenta uma breve consideração sobre o ensaio projetual.

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2. COMPLEXO ESPORTIVO

O tema escolhido para o trabalho final de graduação é uma proposta de revitalização do estádio Justiniano de Mello e Silva, Ginásio Zitto Dalla e da ADEMC para a criação de um complexo esportivo na cidade de Colatina.

O complexo será provido de equipamentos esportivos, dentre eles: um campo de futebol, piscinas, quadras poliesportivas, pistas de atletismo e uma pista de skate no exterior.

2.1 CONCEITO

Conforme Mattos (2005, p. 140), Complexo ''[..] é um conjunto de elementos que servem ao mesmo fim [..]'' o esportivo. Provém da própria palavra esporte. Portanto, Complexo Esportivo se define em um conjunto de elementos que servirão a um único fim: o esporte. Sua estrutura física pode variar e não há uma regra que diga qual o programa a ser utilizado. O programa varia de acordo com a finalidade do projeto.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE (2004, p. 12) através de uma pesquisa na área esportiva 2004 define centro esportivo onde há várias modalidades esportivas: Equipamento composto por um conjunto de instalações esportivas diferenciadas, em que se praticam modalidades esportivas heterogêneas, bem como por outras áreas abertas, livres ou construídas, constituindo um espaço contínuo ou descontínuo, neste último caso desde que adjacente a outra instalação esportiva. Integram ainda o espaço do complexo esportivo as instalações destinadas a serviços e apoio à prática do esporte (ambulatórios, depósitos, áreas administrativas, refeitórios, alojamentos, restaurante/lanchonete, auditórios etc).

O complexo esportivo elaborado visa além do esporte, a aproximação das pessoas com a natureza e com o entorno urbano, criando assim espaços de convivência dentro e fora do complexo para oferecer um ambiente mais agradável aos usuários.

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2.2. BREVE HISTÓRICO

Tubino (1992), afirma que o primeiro complexo esportivo nasceu na Grécia e possuíam algumas semelhanças funcionais com os complexos esportivos da atualidade, como treinamento de atletas e diversas competições. Mas antes do surgimento das competições esportivas, o que houve em termos de esporte, eram apenas práticas esportivas, que não tinham aceitação como esportes definidos, devido as escassas competições e ausência de uma organização esportiva. Entre elas podemos destacar a natação, hipismo, esgrima de sabre e outros.

Na Grécia Clássica, o esporte ganhou sua primeira versão aceita, pois justamente nestes jogos ocorreram as competições caracterizadas como organizadas. Onde o homem trocava suas atividades habituais de caça e guerra, pelas atividades de lazer, dedicando-se aos jogos: alguns ao lançamento do disco e da lança, ao tiro ao arco, outros a saltos, danças, condução de barcos e jogos de bola (TUBINO, 1992). Conforme o almanaque abril (2005, p. 35), desde a antiguidade os jogos eram valorizados: Por volta de 2500 a.C, os gregos realizavam festivais esportivos em honra a Zeus no santuário de Olímpia- o que originou o termo olimpíada. O evento era tão importante que interrompia até as guerras. Os vencedores recebiam uma coroa de louros. Mais tarde, os atletas profissionalizam-se e passam a receber prêmios em dinheiro.

''Na verdade, os jogos gregos marcam a história do esporte como a primeira concepção em matéria de esporte organizado'' (TUBINO, 1992, p. 23). Devido ao tempo, todos os esportes foram evoluindo e se adequando às necessidades da sociedade, como segurança, conforto, lazer. Acarretando assim, no desenvolvimento da parte física dos complexos esportivos, diferente do passado: Os teatros grego-romanos não tinham estofados, eram de pedra, ao ar livre e os espectadores tomavam chuva, como hoje nos degraus dos estádios de futebol, que também não têm estofados. Os estofados aparecem nos teatro áulicos das cortes, no setecentos e continuam até hoje no confort da sociedade de consumo. Bardi (1979 apud GRINOVER; RUBINO, 2015, p.152).

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2.3. A IMPORTÂNCIA DO ESPORTE

Para se obter uma vida mais saudável, a realização de atividade física praticada regulamente é indispensável. ''Esporte é saúde, é educação, é vida. Seus benefícios fisiológicos são amplamente conhecidos e inegáveis'' (LAUER, 2009, p. 11).

O esporte incluído na vida das pessoas pode trazer vários benefícios à saúde, favorecendo o bem estar físico e mental. É indispensável em todas as faixas etárias dos indivíduos, seja no desenvolvimento das crianças e adolescentes, ou na terceira idade. O esporte age como um apoio, pois leva mais qualidade de vida aos praticantes.

O Esporte é uma oportunidade não só para desempenhar uma atividade física, mas também é uma porta aberta pra aqueles que têm sonhos. Ele pode colaborar para a amenização de um fator preocupante de nossa sociedade que é a parcelas de jovens envolvidos no crime e em vícios de drogas e álcool. O Esporte é uma oportunidade não só para desempenhar uma atividade física, mas também é uma porta aberta pra aqueles que tem sonhos.

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3. REVITALIZAÇÃO E PRESERVAÇÃO, POR QUÊ?

Conforme descreve Albani (2012), a cidade de Colatina cresceu após a crise cafeeira, devido a migração da população em grande quantidade para o município na década de 1960, a autora também afirma que o processo provocou o aumento da área urbana de Colatina, ocasionando problemas na cidade [...]. A população da cidade que era de 3.913 habitantes em 1940 cresceu para 26.757 habitantes em 1960''. (ALBANI, 2012, p. 71). O crescimento desordenado da cidade de Colatina ocasionou grandes problemas para a população e para sua gestão. Pelo fato de se localizar em um vale, entre o rio e o morro, a expansão urbana foi difícil. Por essa razão, não existe de maneira satisfatória a presença de áreas públicas para o lazer da população, tais como praças e parques. (ALBANI, 2012, p. 73).

Identificada como insatisfatória a presença de áreas de lazer na Cidade de Colatina, foi observada a necessidade de recuperação desses espaços públicos: ''A revitalização apresenta-se, assim, com a finalidade de produzir essa nova adequação funcional''. Essa adequação se caracteriza através da '' [...] recuperação e renovação das estruturas existentes e que em dia designamos por revitalização urbana. Dessa forma, essa parcela do território é resgatada e novamente integrada ao seu entorno urbano'' (SIMÕES, 1994, p 12). O ensaio projetual proposto possui tais características apresentadas, por esse motivo, a terminologia mais adequada para o mesmo é a revitalização.

A proposta de revitalização do complexo esportivo é voltada a preservar ao máximo as estruturas locais existentes a fim de se evitar demolições. Vasconcellos e Mello afirmam nem sempre o termo foi bem aceito: A ''era das demolições'' começava a chegar ao fim. Surgiram ações integradas e simultâneas, visando à retomada de atividades econômicas, como a recuperação física dos imóveis. [...] Embora nem sempre bem sucedida, essa atitude de reconhecimento das preexistências trouxe um novo conceito, amplamente difundido até os dias de hoje. Surgiu, consequentemente, um elenco de termos com significados semelhantes: valorização, revitalização, reabilitação. (VASCONCELLOS; MELLO, 2006, p. 58)

Esse conceito de maior amplitude abrange assim ações como a reabilitação de áreas abandonadas, a restauração do patrimônio histórico e arquitetônico, a

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reciclagem de edificações e a requalificação urbana de setores degradados. (SIMÕES, 1994, p. 12). "Está explicita a importância de trazer novas atividades econômicas e, com elas, dar nova vida às áreas decadentes da cidade" (VASCONCELLOS; MELLO, 2006, p. 60)

Revitalizar significa tornar a vitalizar, dar nova vida ou vigor a alguém ou alguma coisa. Na área da Arquitetura e Urbanismo significa fazer intervenções em edifícios ou áreas urbanas a fim de torná-los aptos a terem usos mais intensos, deixar mais atrativos para desencadearem atividades que garantam a vitalidade da área (PISANI, 2002).

O referêncial projetual a seguir influênciou na concepção do ensaio projetual do complexo esportivo de Colatina nos termos de reutilização e revitalização. 3.1. SESC POMPÉIA, LINA BO BARDI – SÃO PAULO (SP)

Um dos referenciais pesquisados para a elaboração do presente trabalho foi o projeto encomendado a arquiteta Lina Bo Bardi pelo Serviço social de comércio (SESC), "[..] com o objetivo de construir um centro comunitário, cultural, e esportivo para os trabalhadores do comércio"(OLIVIA OLIVEIRA, 2006, p. 203). Bardi (1976 apud OLIVEIRA, 2006, pag. 203), assim se recorda do local: O terreno de 16.500m² situava-se em um bairro industrial, numa zona bastante desfavorecida, sem muitas opções de lazer, onde viviam trabalhadores e uma classe média baixa. O projeto de Lina opta por manter a antiga Fábrica, ao contrário do que ocorreu com a maioria das que se encontravam nessa zona da cidade e que foram demolidas. A antiga fábrica de tambores metálicos, e mais tarde, de geladeiras era um dos poucos marcos que restavam do período de expansão capitalista e industrial ocorrido em princípios do século em São Paulo e, por isso mesmo, Lina considerava-a um documento histórico. Não só o edifício deveria ser preservado mas também o ambiente de convívio espontâneo que ali se manifestava, tal como recorda.

Ao entrar pela primeira vez na antiga e abandonada Fábrica de tambores, em 1976, "[..] o que me despertou foi curiosidade, em vista de uma eventual recuperação para transformar o local em centro de lazer, foram aqueles galpões distribuídos racionalmente conforme os projetos ingleses". Bardi (1979 apud GRINOVER; RUBINO, 2015, p. 147). Assim, numa cidade ofendida e entulhada, ''[..] pode, de

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repente, surgir um lasca de luz, um sopro de vento [..]'', A Cidadela, como Lina nomeou seu projeto Bardi (1979 apud GRINOVER; RUBINO, 2015, p. 149). Ninguém transformou nada. Encontramos uma fábrica com uma estrutura belíssima, arquitetonicamente importante, original, ninguém mexeu....O desenho de arquitetura do Centro de Lazer Sesc Fábrica da Pompéia partiu do desejo de construir uma outra realidade. Nós colocamos apenas algumas coisinhas: um pouco de água, uma lareira. (BARDI 1979 apud GRINOVER; RUBINO, 2015, p. 147).

O SESC (Ilustração 09) é uma homenagem a gente comum, aos esquecidos, aos perdedores, aos "feios" contra um mundo que castiga o fracasso. A própria Lina explica: "Quero que o Sesc seja mais feio que o MASP" Bardi (1976 apud OLIVEIRA, 2006, pag. 203). Lina queria que o SESC obtivesse características de uma "arquitetura pobre", não no sentido indigente, mas num sentido artesanal, que conseguisse expressar comunicação e dignidade, através de meios simples e humildes (GRINOVER; RUBINO, 2015, p. 149).

Bardi, (1979 apud GRINOVER; RUBINO, 2015, p.144) deixa claro sua idéia de arquitetura: Sou contra ver a arquitetura somente como um projeto de status. Estou em desacordo com meu amigo Kneese de Mello quando diz que os pedreiros não devem fazer arquitetura. Acho que o povo deve fazer arquitetura. É importante que o arquiteto comece projetando pela base, e não pela cúpula (BARDI, 1979 apud GRINOVER; RUBINO, 2015, p.144). Ilustração 9: Vista externa do Sesc-Pompéia

Fonte: Albani, 2005.

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A ilustração 10 aponta alguns detalhes construtivos do SESC, onde é visto claramente a presença de características simples, ao qual Lina se propôs a projetar. Algumas dessas características não passam despercebidas. Oliveira (2006, p. 206) destaca a presença das estruturas de concreto aparente, a pavimentação permeável da rua interna do conjunto, tubulações metálicas qual fez questão de não esconder, os tambores da antiga fábrica ao qual foram pintados com cores vivas e transformados em lixeiras, a preservação do tijolinhos da antiga fábrica. Ilustração 10: Detalhes construtivos do SESC

Fonte: Albani, 2005.

Antes de sua revitalização Lina, queria que o SESC, mantivesse sua relação com as pessoas que frequentavam aquele espaço. "Um lugar para a coletividade, feito pela coletividade, a ser inventado por essa mesma coletividade"

Bardi (1976 apud

OLIVEIRA, 2006, p. 205). A ilustração 11, mostra elevações do projeto de Lina e a ilustração 12 a planta baixa.

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Ilustração 11: Plantas de Elevação

Fonte: SESC São Paulo, 2016. Disponível em www2.sescsp.org.br

Ilustração 12: Planta baixa

Fonte: Oliveira (2006, p. 226)

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"Como disse o grande arquiteto Frank Lloyd Wright: As dificuldades são nossos melhores amigos". Bardi (1979 apud GRINOVER; RUBINO, 2015, p.152). Referindose a uma galeria de águas pluviais, o Córrego das Águas Pretas, que dividia o terreno em dois pedaços, "[...] um à esquerda, outro à direita, perto da torrechaminé-caixa-d'água". Surgindo assim a idéia de se criarem dois blocos, o das quadras e piscinas e outro que abriga os vestiários. "[...] como juntar os dois blocos? Só havia uma solução: a solução aérea, onde os dois blocos se abraçam através de passarelas de concreto protendido". Bardi (1979 apud GRINOVER; RUBINO, 2015, p. 153). "As passarelas transformaram-se no elemento mais expressivo do conjunto" (OLIVEIRA, 2006, p. 203). E o deck de madeira sobre o córrego preservou o que poderia ser uma impossibilidade de construção (Ilustração 13). Ilustração 13: Deck sobre o Córrego das Águas Pretas

Fonte: Albani, 2005.

O projeto de Lina foi um dos referênciais utilizados na elaboração do ensaio projetual, tendo em vista a preocupação que Lina teve em preservar as estruturas já existentes e utilizar o espaço em prol da comunidade. A proposta do SESC foi a construção das quadras em níveis, uma em cima da outra, opção adotada quando

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não há área suficiente para expansão horizontal. Quanto à estética, observamos o uso do concreto aparente como elemento de vedação e também como acabamento, se encaixando perfeitamente para o que foi proposto.

3.2. KLEBER ANDRADE

Outro referencial pesquisado foi o Estádio Kleber Andrade localizado no bairro Rio Branco na cidade de Cariacica estado do Espírito Santo (Ilustração 14). Ilustração 14: Fachada do Estádio Kleber Andrade

Fonte: Acervo pessoal, 2017.

O estádio recebeu essa nomeação em homenagem a Kleber José de Andrade, atleta e dirigente do Rio Branco Atlético Clube, que sonhava com um estádio para todos os clubes e para todos os capixabas (MARTINUZZO, 2010).

Conforme a Secretaria de Esportes e Lazer - SESPORT (2017), o estádio original foi construído pelo Rio Branco Atlético Cube e foi inaugurado em 1983. No ano de 2008, foi comprado pelo Governo do Estado do Espírito Santo. Hoje o estádio suporta um grande número de pessoas:

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A capacidade atual para jogo no estádio é de aproximadamente 22 mil pessoas. São mais 43.425,54 m² de área construída. O campo tem 105m x 68m, que é o padrão obrigatório adotado para gramados em Copa do Mundo e Finais de Campeonatos, conforme exigências dos órgãos máximos do futebol.

O estádio passou por uma ampla reforma tendo início em 2010. Também foi utilizado pela seleção de Camarões como local de treinamento durante o Mundial, porém não sediou a copa do Mundo de 2014. Em 2015, foi disputado no estádio um amistoso entre a Seleção Paraguaia Olímpica e a Seleção Brasileira Olímpica (SESPORT, 2017). O projeto do Novo Kleber Andrade (Ilustração 15), assim denominado foi realizado pelos arquitetos Sheila Basílio e Ciro Pirondi. “Será um Estádio “verde”, ecologicamente pensado para uso adequado de água e energia, evitando desperdícios” (MARTINUZZO, 2010 p. 16). Hoje o conceito ''verde'' é muito importante na arquitetura, uma forma de preservar e aproveitar os recursos naturais.

Ilustração 15: Maquete eletrônica do Novo Kleber Andrade

Fonte: Martinuzzo, 2010.

A sustentabilidade é uma das marcas do estádio. “Exemplo importante: o antigo fosso, que, antes da proibição da FIFA (Federação Internacional de Futebol) era usado para separar a torcida do campo, será utilizado como um canal para a

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captação de águas das chuvas a serem reservadas para uso nas atividades desenvolvidas [...]” (MARTINUZZO, 2010, p. 17). Pode-se dizer que o que se destaca no projeto do novo Kleber Andrade é a criação de um estádio “verde”, trata-se de uma proposta “[…] ecoeficiente, projetada dentro de um conceito de sustentabilidade, no qual montanhas e vazios favorecem a transparência visual em harmonia com a topografia local” (MARTINUZZO, 2010, p. 43). O projeto do novo Kleber Andrade, dessa forma, abrange o conceito de infraestrutura verde e de integração com a paisagem natural, a proposta foi pensada dando destaque na valorização do meio ambiente, como o reaproveitamento das águas provenientes das chuvas e aproveitamento da luz solar. No ensaio projetual foram propostos a implantação de vários canteiros e pavimentação permeáveis visando um conceito sustentável. As arquibancadas também foram inspiradas no estádio do Kleber Andrade.

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4. UMA VOLTA AO PASSADO

O Complexo esportivo, como já explicado inicialmente, foi criado a partir da revitalização do estádio Justiniano de Mello e Silva, do Ginásio Zitto Dalla e da ADEMC.

O complexo é alvo de muitas histórias interessantes, muitas delas esquecidas com o passar dos tempos. Com a intenção de resgatar um pouco desse esquecimento foi realizado um levantamento histórico do complexo.

Muitas memórias foram encontradas na Revista Nossa de Luiz Carlos Maduro, onde foram descritos fatos marcantes e acontecimentos da cidade de Colatina. Além disso, muitas informações foram retiradas no blog de Jorge de Souza que no passado teve muito contato com o time de Colatina e com o estádio Justiniano de Mello e Silva. Jorge é técnico de futebol profissional formado pela escola de educação física do exército, atuou como técnico na categoria de futebol profissional do Colatina Atlético Clube e na Categoria de Base Colatina Atlético Clube.

Através do levantamento documental histórico, afirma-se como todo o conjunto já se fez presente na vida da cidade de forma marcante. A ilustração 16 aponta de forma resumida a cronologia da evolução do conjunto.

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Ilustração 16: Linha do tempo do Complexo

Fonte: Dados Revista Nossa - Elaboração do Autor.

4.1 ESTÁDIO JUSTINIANO DE MELLO E SILVA

De acordo com a Prefeitura Municipal de Colatina (PMC), o estádio Justiniano de Mello e Silva foi construído na década de 1950, e recebeu o nome do prefeito da época Justiniano de Mello e Silva Netto (Ilustração 17). Justiano "[...] assumiu a Prefeitura em dois mandatos, de 1934 a 1935, e de 1951 a 1954". Seu primeiro mandato teve duração de apenas um ano, pois quando o governo estadual decretou a divisão territorial do município de Colatina (criação de Linhares), Justiniano discordou da decisão e pediu demissão do cargo (PMC, 2016).

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"Quatro anos depois voltou a ser prefeito de Colatina por meio do voto direto e terminou o mandato em 1954" (PMC, 2015). Nos anos 50, construiu o Estádio e sua inauguração ocorreu em 1954, conforme a placa encontrada em um cômodo, sob as arquibancadas. Nota-se através da Ilustração 18 que a mesma está em péssimas condições de conservação. Ilustração 17: Justiniano de Mello e Silva Netto

Fonte: PMC. Acessado em 26 de novembro de 2016.

Ilustração 18: Placa de Ampliação do Estádio

Fonte: Acervo pessoal (10/2016).

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A Revista Nossa (1989, p. 64) relata que as terras da região onde se localiza o estádio pertenciam ao casal Avelino de Souza Guerra e Rosalina de Abreu Guerra, pais da moradora antiga de Colatina, Alice Guerra de Miranda. As terras foram adquiridas de José Iglesias, pais de Luizinho Iglesias: Conta Alice Miranda que na região era cultivada uma roça de milho e abóbora, existindo somente algumas casas, nas proximidades da rua Castro Alves e Avenida Rio Doce, sendo que o Colégio Marista já existia. Sobre a construção do estádio Municipal, Alice Miranda disse que seu irmão, Josias de Abreu Guerra, vendeu 64 lotes à prefeitura de Colatina, na época do então prefeito Moacir Brotas, para que fosse possível a construção do parque esportivo mais importante da cidade (REVISTA NOSSA, 1989, p. 64).

O estádio de futebol Justiniano de Mello e Silva já foi um grande potencial em Colatina, como também foi palco de grandes eventos e muito pela população. Na Ilustração 19, pode-se notar o estádio lotado, em uma partida do campeonato estadual do Espírito Santo, no ano de 1989 (REVISTA NOSSA, 1989, p. 16). Souza (2015) fala sobre a importância do futebol em Colatina: Nos anos 60, o futebol Colatinense era muito invejado no Estado do Espirito Santo em função da grande quantidade de jogadores de alta qualidade técnica. A cidade respirava futebol, o Estadio Municipal, palco de grandes espetáculos e de muita emoção vivia lotado em todos os seus eventos, desde a categoria Juvenil, passando pelo campeonato de Aspirantes até a sua categoria profissional. (SOUZA, 2015) Ilustração 19: Campeonato Estadual de 1989

Fonte: Revista Nossa (1989).

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Conta Souza (2015) que "Garrincha um dos maiores jogadores do mundo, nos honrou com sua presença no Estádio Justiniano de Melo e Silva num jogo festivo, enchendo de alegria o povo colatinense que lotou as arquibancadas". Destaca-se Mané Garrincha na Ilustração 20, na formação do time de São Silvano para a partida: BANGU x SÃO SILVANO, noite de uma quarta feira, muita expectativa em torno do maior jogador do mundo que nesta ocasião estava encerrando suas atividades jogando pelo Bangu-RJ. Tudo combinado pra que o Craque jogasse um tempo para cada time, mas para nossa felicidade o mesmo acabou jogando pelo São Silvano" (SOUZA, 2015). Ilustração 20: São Silvano, anos 90

Fonte: Souza 2015. Com edição do autor. Acessado em 27 de novembro de 2016.

Conforme Souza (2015) mané ganhou até presente: Mané Garrincha adorava passarinho e um dos torcedores colatinenses o presenciou com um "Curió" que lhe foi entregue lá no mercado municipal no Bar do Roque", muita movimentação naquela região do mercado onde o ídolo maior permaneceu por uma boa parte do dia apreciando os pássaros e trazendo muita alegria para os colatinenses com a sua humildade.Quando Garrincha chegou ao estádio, milhares de torcedores se levantaram e o aplaudiram de pé, um jogo sensacional que deixou marcado nos corações dos torcedores colatinenses (SOUZA, 2015).

Souza (2015) afirma que, teve muitos momentos agradáveis e inesquecíveis naquelas arquibancadas surradas de piso grosso. "[...] mas a amizade e companheirismo falava mais alto e lá estávamos todos torcendo para o nosso time local".

Sua turma (Ilustração 21) "[...] concentrava mais ou menos no meio da

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arquibancada, abaixo das cabines de rádio e tudo se transformava em festa, pura zoação" (SOUZA, 2015). Ilustração 21: Nas Arquibancadas do Justiniano De Mello E Silva

Fonte: Souza 2015. Acessado em 27 de novembro de 2016.

Tínhamos dezenas de talentos que abastecia as equipes da cidade, o futebol era a grande paixão da cidade, os Dirigentes da época trabalhavam com seriedade sem nenhuma conotação política, sem protecionismo político, vestiam a camisa de Colatina, tínhamos o melhor futebol do Estado do Espírito Santo, os clubes da capital vinham aqui buscar reforços para suas equipes (SOUZA, 2015).

Souza (2015) conta que, Colatina também viveu bons momentos com a prática do Tênis. Existia na época uma quadra no interior do estádio (Ilustração 22) e relata que a mesma tinha um '' [...] piso de saibro muito bem cuidado, toda cercada e bem pintada, rodeada de pés de eucalipto que dava um charme e beleza ao local".

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Ilustração 22: Antiga quadra de tênis

Fonte: Acervo pessoal (10/2016).

"Várias personalidades colatinenses praticavam este esporte, muitas amizades se formaram naquele palco, e o esporte ia se disseminando e contaminando a juventude da Princesa do Norte". (SOUZA, 2015). Na ilustração 23, estão "[...] duas gerações diferentes mas de gosto igualitário na prática do esporte [...]", Hélio Coffler e Julinho Dutra. Ilustração 23: Jogadores de tênis, Hélio Coffler e Julinho Dutra

Fonte: Souza 2015.

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Segundo o Cadastro Nacional de Estádios de Futebol do Brasil (CB, 2014, p. 52), o estádio de Colatina Justiniano de Mello e Silva, possui cadastro no Cadastro Nacional

de

Estádios

de

Futebol

(CNEF),

indicando

a

capacidade

das

arquibancadas para até (2.600) duas mil e seiscentas pessoas, ao qual é possível se verificar através do anexo 01.

Em novembro de 2015 após a quebra da barragem da Mineradora Samarco em Mariana no Estado de Minas Gerais, Colatina foi vítima dos rejeitos providos do desastre. O estádio Justiniano de Mello e Silva foi abrigo para o exército, lotes de água, caminhões e até serviu como heliporto, aos quais foram grandes contribuintes para a degradação quase total da grama do estádio. Atualmente, o estádio encontrase em desuso, ainda em situação precária com seus muros caindo, estruturas expostas à intempéries, sem qualquer manutenção. Por outro lado, a mineradora se responsabilizou pela escassez do gramado e realizou a troca do mesmo no campo de futebol.

Um local onde a população poderia praticar esportes das mais diversas modalidades, ou simplesmente assistir aos jogos e presenciar espetáculos dentro do estádio ainda continua fechado e a população sem nenhum contato com o mesmo.

4.2 GINÁSIO DE ESPORTES ZITTO DALLA E ASSOCIAÇÃO DESPORTIVA MUNICIPAL DE COLATINA (ADEMC)

A associação Desportiva Municipal de Colatina (ADEMC) foi criada em 1967, uma autarquia, com fins de promover atividades voltadas para o esporte amador e do lazer de Colatina. Cuida "[...] das dívidas, da falta de organização, do total descumprimento dos estatutos e do completo descaso com o esporte amador e com a juventude colatinense, resta apenas uma triste lembrança" (REVISTA NOSSA, 1984, p. 14).

Marco Nogueira (Ilustração 24), foi um dos presidentes da autarquia, diz que quando assumiu o cargo encontrou muitas dificuldades (REVISTA NOSSA, 1984, p.14). De acordo com a Revista Nossa (1984, p. 14), "[...] a Ademc trabalhou sem grandes

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recursos, em regime intensivo para conseguir fazer cumprir seus estatutos, que visam de forma especial atividades amadoras e destinadas a juventude estudantil". Marco Nogueira diz que encontrou a ADEMC, financeira e moralmente falida. "A autarquia estava com dependências danificadas, endividada e sem crédito na praça. Comecei utilizando meu crédito pessoal junto ao comércio para iniciar o trabalho que propusemos, mas agora vejo que toda a luta valeu a pena [...]" (REVISTA NOSSA, 1984, p. 14). Ilustração 24: Marco Nogueira Presidente da ADEMC

Fonte: Revista Nossa (1984, p.14)

Marco afirma a Revista Nossa (1984, p. 14), que em dois anos de trabalho ainda não conseguiu realizar tudo o que queria fazer, "[...] mas as atividades cresceram muito e contamos, para isso com o apoio decisivo da comunidade". Teixeira (1974, p. 108), afirma que as administrações municipais cuidaram de "[...] melhoramentos no estádio, cabendo ao Sr. Moacyr Martins Brotas (1959-1962) a iniciativa de instalar sua iluminação e construir sua piscina".

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4.2.1 Jogos Estudantis

Os jogos estudantis de Colatina (JEC) eram um grande evento na cidade, que aconteciam uma vez por ano e reunia milhares de expectadores e mais de 500 atletas, de 14 a 18 anos, de várias escolas de 1º e 2º graus segundo a Revista Nossa (1984 p. 15). O JEC II, "[...] foram mais completos, com atrações que incluíram uma abertura maravilhosa" conforme a ilustração 25, e uma apresentação da equipe de ginastas olímpicos do Flamengo (REVISTA NOSSA, 1984, p. 14). Ilustração 25: Atleta Ney Miliotti Cerimônia de Abertura do JEC de 1984

Fonte: Fonte: Revista Nossa (1985, p.43)

As competições de diversas modalidades ocorriam em todo o complexo. O futebol amador e atletismo no Estádio Justiniano de Mello e Silva, Natação na ADEMC, vôlei, futsal, handebol, e basquete, no Ginásio Zitto Dalla (REVISTA NOSSA, 1985, p. 43). De acordo com a secretaria de esportes do município (2017) o último JEC que aconteceu foi no ano de 2013.

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4.2.2 Jogos Primaveris

Além dos Jogos estudantis que abrangiam somente as escolas da cidade, o complexo também foi palco de competições a nível estadual, atletas de vários municípios participaram de diversas modalidades esportivas.

"Colatina se vê novamente como palco de um grande espetáculo esportivo, que foi realizado no período de 27 de setembro a 4 de outubro de 1985. Trata-se dos jogos Oficiais Primaveris do Espírito Santo - JOPES" (REVISTA NOSSA, 1985, p. 42). De acordo com a Revista Nossa (1985, p. 42), "[...] estiveram participando deste evento, 33 escolas de nove municípios, somando 820 atletas, que disputam as seguintes modalidades: Vôlei, basquete, handebol, natação, atletismo, futebol de campo e de salão".

Na cerimônia de abertura (Ilustração 26) ocorreu o juramento do atleta Waldirene Silva, da escola Honório Fraga. A abertura contou também "[...] com a apresentação de números sócio-culturais, espetáculo pirotécnico e após foi servido um coquetel para congraçamento dos atletas" (REVISTA NOSSA, 1985, p.42). Ilustração 26: Cerimônia de abertura dos Jogos Primaveris

Fonte: Revista Nossa (1985, p. 15)

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De acordo com a Revista Nossa (1985, p. 42), o encerramentos dos JOPES aconteceu no ginásio da ADEMC, foi uma grande festa, "[...] apesar de algumas delegações já terem retornados aos seus municípios, por não terem conseguido chegar a fase final dos jogos [...]". O que comprova que "[...] o esporte amador quando incentivado e valorizado, abre espaços para futuros profissionais" (REVISTA NOSSA, 1985, p. 42).

Conhecendo um pouco da história do complexo esportivo, notou-se que o mesmo já foi muito importante nesta cidade, e que ainda é possível que se resgate seus usos, beneficiando assim a população.

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5. ÁREA DE INTERVENÇÃO: CONDICIONANTES DE PROJETO

Neste capítulo foram abordadas as condicionantes de projeto em que foi observada a influência do entorno na área de intervenção. A partir desta análise foram elaborados esquemas gráficos como o fluxograma e programa de necessidades.

A área analisada neste estudo possui aproximadamente 21.700,00 m². O terreno possui contorno irregular, como observado na Ilustração 27, e se confronta em suas maiores testadas com a Avenida Champagnat, Rua Leonel Ferreira, além de uma parte da rua Benjamin Costa. Ilustração 27: Área a se realizar a intervenção

Fonte: Google Maps com edição do autor (2017).

5.1 A INFLUÊNCIA DO ENTORNO NO ENSAIO PROJETUAL

Para a elaboração da proposta de revitalização do complexo esportivo, foram analisados como condicionantes: acessos, hierarquia viária, meios de transporte público, uso do solo, condicionantes ambientais e legais.

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5.1.1 Uso do solo

A intenção de se analisar o uso do solo foi para subsidiar a proposta de revitalização baseada no uso existente. Detectou-se que o recorte do bairro é assimétrico, e os lotes irregulares, e que não houve um padrão para a marcação dos mesmos.

As proximidades da área estudada têm predominância do uso residencial, porém o uso institucional também se faz presente em grande parte dessa área, sendo que estão mais concentrados próximos ao complexo. Existem alguns pontos de serviços e comércios bem dispersos (Ilustração 28). Sendo cada um dos usos abaixo caracterizados: a) Residencial: tem predominância habitações unifamiliares de até dois pavimentos e multifamiliares, em edifícios de até três pavimentos; b) Uso misto: distribuídos na extensão da área analizada, conjugam atividades de serviços e comerciais de pequeno a médio porte no pavimento térreo e habitação multifamiliar e unifamiliar nos demais pavimentos; c) Institucional: destinam-se à instalações de equipamentos comunitários, públicos e da rede de serviços sociais com atendimento à população. Alguns desses equipamentos são de grande importância para a cidade, como o colégio Marista, a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), polícia civil e escola Municipal de ensino fundamental Dr Octavio Manhães de Andrade.

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Ilustração 28: Mapa de uso dos solos

Fonte: Google maps com edição do autor (2017).

Através desta análise do uso de solo das proximidades da área de intervenção, foi constatada uma carência nas áreas de comércio e serviços de bairro, tais como padaria, farmácia e restaurantes. Assim, uma das diretrizes para revitalização do local foi a inclusão de novos pontos comerciais e serviços visando suprir essa necessidade e ao mesmo tempo convidando a população a usufruir desse espaço.

5.1.2 Hierarquia viária/ Transporte público

Este estudo da hierarquia viária foi baseado na legislação municipal que classifica os tipos de vias, sendo identificadas na região as vias coletoras e locais, assim denominadas: c) vias coletoras: complementares às vias principais, têm a função de coletora e distribuidora dos fluxos interurbanos, interligando os fluxo entre as vias principais e as vias locais. Promovem a ligação entre bairros/centros de bairros e vizinhança;

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d) vias locais: são aquelas que permitem a circulação no interior dos bairros e interligam as áreas residenciais, comerciais e de serviços locais às vias coletoras. (CÓDIGO DE OBRAS DE COLATINA, 1996, p. 59).

O único meio de transporte coletivo municipal é através de ônibus que circulam nas proximidades do complexo e possuem paradas bem localizadas em relação às edificações em estudo. Através da ilustração 29, é possível perceber os tipos de vias, os acessos e a localização das paradas de transporte coletivo. Ilustração 29: Mapa de hierárquia viária/ acessos/ paradas de transporte coletivo

Fonte: Imagem do google maps com edição do autor (2017).

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O acesso principal se deu através da Avenida Champagnat, sendo que os demais acessos da Rua Leonel Ferreira se mantiveram. Um dos acessos é destinado à entrada e saída de serviços como carga e descarga, equipes técnicas e também como saída de emergência e o outro acesso destinado à entrada e saída de torcidas visitantes.

5.2 CONDICIONANTES AMBIENTAIS

Foram levantadas e apontadas condicionantes ambientais consideradas importantes para a elaboração do trabalho (Ilustração 30), tais como radiação solar, ventos dominantes, ruídos e vegetações existentes. Sendo assim o levantamento beneficiou o estudo do projeto nos seguintes aspectos: Ilustração 30: Mapa de Condicionante Ambientais

Fonte: Elaboração do autor (2017).

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a) radiação solar: O clima de Colatina é tropical, considerados por moradores como quente. Com o estudo compreendeu-se onde há maior incidência solar e foi possível implementar barreiras físicas solares e ter um melhor aproveitamento de iluminação natural; b) ventos dominantes: Os ventos dominantes na região de implantação do complexo tem origem da direção nordeste. Com esse aspecto levantado foi possível propor um melhor estudo de projeto contribuindo assim para o aproveitamento da ventilação natural; c) ruídos: Os ruídos são provenientes em maior parte através do fluxo de veículos. Porém não é o aspecto de mais importância no tipo de empreendimento proposto, pois suponha-se que não afetaria sua funcionalidade; d) vegetação: Existem no local vegetações de pequeno, médio e grande porte identificadas in loco, incluso forrações na extensão do campo de futebol. Foram propostas a plantação de vegetações nativas brasileiras em locais definidos para este fim. (Ilustração 31). Ilustração 31: Mapa de vegetações

Fonte: Elaboração do autor (2017).

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A partir das condicionantes descritas foi elaborado um mapa com a setorização inicial proposta, tendo assim diretrizes para a fase de concepção do estudo (Ilustração 32). Ilustração 32: Setorização inicial proposta

Fonte: Elaboração do autor (2017).

5.3 CONDICIONANTES LEGAIS

Para elaborar projetos arquitetônicos é imprescindível consultar legislação municipal específica, assim recorreu-se ao Código de Obras e Plano Diretor Muncipal (PDM) de Colatina.

A área de intervenção teve sua primeira construção (estádio) em 1954, sendo anterior a legislação em vigor. O estudo projetual é uma proposta de revitalização com intervenções construtivas, visando o máximo da aproveitamento da estrutura existente e respeitando os índices estabelecidos pela legislação.

53

Porém, como se trata de uma edificação anterior a legislação, alguns pontos estão em desacordo com a mesma. Um exemplo são os afastamentos mínimos exigidos quase inexistentes.

Dentre os pontos verificados, ressalta-se que não existe uma área para estacionamento. Conforme o Artigo 162, do PDM (2007) quando se tratar de reforma de edificações que foram construídas antes da vigência do mesmo, e que haja um acréscimo de área, o número de vagas para estacionamento será exigido ao correspondente à área acrescida. O número de vagas será calculado de acordo com a tabela de áreas destinadas à guarda e estacionamento de veículos, carga e descarga de mercadorias (anexo 3), conforme legislação.

Ainda de acordo com o PDM (2007), as vagas destinadas para estacionamento poderão estar localizadas em outro terreno desde que o mesmo seja pertencente ao mesmo dono.

O terreno escolhido para implantação do estacionamento situa-se próximo ao complexo esportivo como impõe a legislação, acredita-se que a área também pertence a prefeitura de Colatina, pois é onde funciona o almoxarifado geral da mesma.

Uma das diretrizes da referente legislação é garantir acessibilidade arquitetônica e urbana aos portadores de necessidades especiais. Quanto a esse fator foram propostas calçadas cidadãs no entorno do complexo, paradas de transporte coletivo acessíveis, e uma rampa de acesso na arquibancada 02 visando garantir acessibilidade. Também foram predestinados assentos nas arquibancadas e vagas de estacionamento destinados a este público.

Os índices urbanísticos exigidos pelo PDM de Colatina podem ser observados através do anexo 02, bem como a zona pertencente da área de intervenção, ZR1-2 (Zona residêncial).

54

No quadro 01 são retratados áreas e índices permitidos, atuais e propostos pelo ensaio projetual. Observa-se que todos se encontram dentro do estabelecido pela legislação, seja no projeto atual como no estudo proposto. Quadro 01: Índices Urbanísticos DESCRIÇÃO

PERMITIDO

ATUAL

PROPOSTO

ÁREA DO TERRENO

-

21.699,36

26.472,18

ÁREA CONSTRUÍDA

-

8.123,66

9.311,14

ÁREA TOTAL CONSTRUÍDA

64.207,26

24.201,99

24.840,83

COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO

3,0

1,13

1,21

TAXA DE PERMEABILIDADE

Mínimo 10%

62%

45,13%

TAXA DE OCUPAÇÃO

Máxima 75%

38%

35%

(TODOS OS PAVIMENTOS)

Fonte: Elaboração do autor

A área total do estudo inicial teve uma redução, devido uma pequena parcela ser cedida ao entorno urbano. O fato de se usufruir de uma nova área para implantação do estacionamento, esta obteve um acréscimo de 638,84 m². Pertinente este mesmo fator, reduziu-se a taxa de ocupação de 38% para 35 % . A taxa de permeabilidade em relação ao ensaio projetual foi reduzida devido o fato das propostas constatadas como necessárias: ampliação da lanchonete, criação da entrada principal e de uma cobertura sob as arquibancadas para proteção conta intempéries.

5.4 PROGRAMA DE NECESSIDADES

No quadro 02 é apresentado o programa de necessidades proposto. Nele encontram-se descritos usos já existentes e alguns acrescentados ou realocados para que se tenha um melhor proveito de toda a área em estudo. Tais usos acrescentados encontram-se em destaque no abaixo:

55

Quadro 02: Programa de necessidades proposto

LANCHONETE

BLOCO ESTÁDIO

ESTACIONAMENTO

APOIO

ENTRADA PRINCIPAL

(continua) ESPAÇO

DEFINIÇÃO

USUÁRIOS

POPULAÇÃO FIXA

Bilheteria

Venda de ingressos

Funcionários

4

4

Balcão, cadeiras

1

10

10

Funcionários/Usuár ios

-

5

Cadeiras, telefone público

1

50

50

Funcionários

2

3

Mesa, cadeiras, telefone

3

5

15

1

30

30

Local de cesso ao complexo, onde funcionários Hall recolhem ingressos em dias de jogos pagos Espaços para vigia e informações e direcionamento de Guarita usuários para os blocos correspondentes Área de preparo e armazenamento de lanches prontos e Cozinha bebidas naturais, lavagem de vasilhas Para Depósito armazenamento de bebidas, produtos Venda de fichas para Caixa comercialização de produtos Área para Local para alimentação dos refeições usuários Onde serão Atendimenentregues os to pedidos Estacionamento carros Estacionamento motos Lojas e serviços

Almoxarifado Triagem do lixo Sanitários

POPULAÇÃO VARIÁVEL

EQUIPAMENTO

QUANTIDADE

ÁREA UNITÁRIA

ÁREA TOTAL

Funcionários

2

4

Bancada seca, bancada molhada, fogão industrial, geladeira, armários, pia

Funcionários

-

2

Prateleiras

2

4

8

Funcionários

2

2

Balcão, armário c/ gaveta, cadeiras

2

2

4

Usuários

-

100

1

30

30

Funcionários

2

6

2

6

12

Locais para Funcionáestacionamento de rios/Usuár carros e ônibus e ios vans

-

100

-

191

12,5

2.38 7,50

30

-

47

2,5

117, 5

20

15

300

Reservado somente para motocicletas Vendas de produtos diversos e serviços como food truck, lanchonetes, caffé Armazenagem de materiais esportivos Armazenagem do lixo Sanitários masculino

Funcionários/Usuár ios

Mesas, cadeiras, lavatório Freezer, geladeira, balcão, estufa

Funcionários/Usuár ios

2

15

Balcão, armário, prateleira, provador

Funcionários

-

2

Prateleira e armário

1

9

9

-

1

3

3

Vaso, mictório, lavatório

1

15

15

Funcionários Usuários

-

15

56

BLOCO DAS PISCINAS

BLOCO DO ESTÁDIO

(continua) Sanitários

Sanitários feminino

Usuários

-

15

Vaso, mictório, lavatório

1

15

15

Arquibanca da

Local onde o público assitirá os jogos ou acontecimentos

Usuários

-

-

-

2

642, 9

1285 .76

Usuários

-

20

-

4

364, 3

1457 ,42

Usuários

-

30

1

7710

7709 ,66

Usuários

-

20

2

20

40

Vaso, mictório, lavatório

1

20

20

Pista de Atletismo Campo

Vestiário

Para prática de atletismo, corrida e caminhada Onde acontecerão as partidas de futebol Sanitários e vestiários para os atletas

Sanitários e masculino e feminino Usuários para equipe de jornalismo Área destinada a FuncionáTV, rádio e equipes de rios/Usuár jornal jornalismo ios Passarela que leva de uma Passarela/ arquibancada a outra Usuários Mirante e serve como mirante Área para o árbitro e auxiliares, com Sala árbitro Usuários entrada e banheiro independente Sanitários credenciais

-

Gramado como grama natural , traves Vasos, lavatório, chuveiro, assentos

-

20

Cadeiras

11

9

100

-

50

-

1

100

100

-

8

Vaso, chuveiro, lavatório, assentos

1

12

12

Sala dos professores

Destinadas a professores do bloco

Funcionários

-

6

Armário, mesa e cadeira

1

9

Piscina de aprendizage m infantil

Natação infantil

Usuários

-

-

-

1

304, 6

304, 6

Recursos humanos

Àrea de RH

Funcionários

2

4

Armário, mesa e cadeira

1

10

10

Funcionários

2

5

Armário, mesa e cadeira

2

10

20

Funcionários

-

2

Sanitário próprio, mesa e cadeira

1

10

10

Administraç ão Sala do zelador

Salas destinadas a administração do complexo Zelador do bloco, com local para acomodação

Almoxarifado

Armazenagem de materiais esportivos

Funcionári os

-

2

Prateleira e armário

1

9

9

Vestiários

Vestiários com sanitários

Usuários

-

10

Vaso, lavatório, mictório, chuveiro

1

25

25

Depósito de Guardar materiais de Funcionámateriais limpeza rios

-

2

Prateleiras, tanque

2

2

4

Lanchonete

A lanchonete do estádio atenderá o bloco das piscinas

Funcionários

-

-

-

-

-

-

Duchas

Duchas d'água próximas as piscinas

Usuários

-

4

-

4

-

4

57

Piscina semiolímpica

Prática de natação e hidroginástica

Usuários

-

-

-

1

304, 6

304, 6

Local para refeições

Área para alimentação dos usuários

Usuários

-

100

Mesas, cadeiras, lavatório

1

15

15

FuncionáDetinada a primeiros rios/Usuár socorros ios

1

3

Mesa, cadeira, maca, armário

1

304, 6

304, 6

Quadra

Quadras cobertas para prática de futsal,ginástica ritmica, voley, basquete, handebol

-

100

Traves, cesta basquete

1

100

100

Vestiário

Sanitários e vestiários para funcionários

Usuários

-

15

2

10

20

Vestiário atletas

Sanitários e vestiários para os atletas

Usuários

-

15

2

20

40

Almoxarifad o

Armazenamento de materiais esportivos

Funcionários

-

2

Armário, prateleira

3

5

15

Depósito

Armazenamento bebidas, materiais de limpeza e alimentos

Funcionários

-

2

Armário, prateleira

3

5

15

Cozinha

Área de preparo e armazenamento de lanches prontos e bebidas naturais, lavagem de vasilhas

1

12

12

2

1,5

3

1

7

7

BLOCO GINÁSIO

Enfermaria

Usuários

Funcionári os

Venda de fichas para Funcionácomercialização de rios produtos Onde serão AtendimenFuncionáentregues os to rios pedidos Para FuncionáDepósito armazenamento de rios bebidas, produtos Área para Local para Usuários alimentação dos refeições usuários Caixa

Vasos, lavatório, chuveiro, assentos Vasos, lavatório, chuveiro, assentos

Bancada seca, bancada molhada, fogão industrial, geladeira, armários Balcão, armário c/ gaveta, cadeiras Freezer, geladeira, balcão, estufa

1

3

2

2

2

6

-

2

Prateleiras

2

2

4

-

100

Mesas, cadeiras, lavatório

1

15

15

Fonte: Elaboração do autor (2017).

5.5 FLUXOGRAMA

A partir do programa de necessidades foi proposto um fluxograma (Ilustração 33) prevendo uma melhor disposição das áreas em termos de funcionalidade. Houve alteração nos acessos dos blocos, sendo transferidos para a entrada principal, porém os outros destinados a saída de emergência e serviços foram mantidos.

58

Ilustração 33: Fluxograma proposto.

Fonte: Elaboração do autor (2017).

59

6. MEMORIAL JUSTIFICATIVO/ ENSAIO PROJETUAL

Neste capítulo é apresentado o ensaio projetual proposto, envolvendo estudos da área. No decorrer de seu desenvolvimento, foram avaliados dados como condicionantes legais, ambientais e entorno com o propósito de explorar tais áreas para implantação de novas atividades.

Mediante a cópia dos projetos arquitetônicos fornecidos pela prefeitura (ilustrações 34, 35 e 36), foi possível a elaboração do estudo com maior compreensão da área e das estruturas existentes. Foi possível notar também que existem muitas áreas livres sem qualquer uso e que não há qualquer solução para que haja conexão com o entorno urbano.

63

A concepção projetual proposta (ilustrações 37, 38 e 39) visou que fossem feitas poucas alterações na estrutura existente, minimizando custos de implantação. Assim foram propostas algumas ampliações e readequações buscando-se propor uma integração com o entorno e identidade para o Complexo, visando ainda o conforto dos usuários e a sustentabilidade. Ilustração 37: Implantação do Ensaio Projetual

Fonte: Elaboração do Autor (2017).

64

Ilustração 38: Pavimento Térreo do Ensaio Projetual

Fonte: Elaboração do Autor (2017).

65

Ilustração 39: Primeiro pavimento do Ensaio Projetual

Fonte: Elaboração do Autor (2017).

Com o estudo projetual já definido e cópias do projeto da área de revitalização foi elaborada uma planta geral das estruturas existentes (à permanecer), à construir e à demolir identificados na ilustração 40.

EXISTENTE

67

Foi proposta uma entrada principal única, (Ilustração 41) voltada para a Avenida Champagnat, proporcionando a integração dos três blocos. Sendo um marco visual e criando identidade local, a cobertura da entrada conecta o entorno com a cobertura do estádio. Sob esse vão acontece a circulação de pessoas. Ilustração 41: Entrada Principal

Fonte: Elaboração do Autor (2017).

Há uma recepção para controle e venda de ingressos em dias de jogos, apresentações e disputas, com intuito de que a venda desses ingressos contribuam com manutenções necessárias no complexo. O controle de entrada e saída de pessoas será feito em cada bloco individualmene, sendo instaladas guaritas.

A cobertura da entrada principal na continuidade de sua forma transforma-se em pista de skate (Ilustração 42) e posteriormente em seus dois sentidos conecta-se com praças. O material recomendado para tal cobertura devido ao seu uso e a plasticidade da sua forma é o concreto auto adensável devido suas características de trabalhabilidade em relação ao concreto convencional. O uso da madeira juntamente com o policarbonato também se faz presente em algumas partes da cobertura, permitindo assim, a entrada de iluminação natural. Em algumas áreas das edificações e praças foi proposto o uso de revestimento laminado de madeira (Alto Tráfego), que se trata de um revestimento cerâmico que imita a aparência da madeira dando um ar realista esteticamente, apropriado para áreas com fluxo intenso.

68

Ilustração 42: Pista de skate

Fonte: Elaboração do Autor (2017).

A cobertura desce até o nível das praças circundantes propostas, criando um aspecto visual de conexão entre estes espaços. Calçadas anexas as praças foram ampliadas para melhor mobilidade de pessoas. Tal ampliação possibilitou a criação de novos canteiros, ciclovia e locais de convivência. Além da cobertura outros elementos também foram pensados para que o espaço se relacione com o entorno, como: a) retirada dos muros que estão caindo e inserção de trilhos de trem na posição vertical com espaçamentos de 10 cm entre eles, ocasionando assim, melhor permeabilidade visual. Tais trilhos serão reutilizados devido o fim de sua vida útil em ferrovia. b) na parte inferior das arquibancadas 01 (existentes) foram criados sanitários e pontos comerciais. Tais elementos são orientados para rua Leonel Ferreira, criando uma conexão com o exterior do estádio. O propósito é que tais pontos sejam alugados e que o lucro seja investido na manutenção e conservação do complexo. c) uma parte do muro foi retirada para que houvesse maior integração e criado um espaço de convivência com praça, espaço para foodtrucks e áreas destinadas a refeições.

69

d) as calçadas anexas as praças foram ampliadas visando melhoria da mobilidade de pessoas no local. Tal ampliação possibilitou a criação de novos canteiros, ciclovia e locais de convivência (Ilustração 43). Ilustração 43: Canteiros, cliclovias e locais de convivência

Fonte: Elaboração do Autor (2017).

Para melhor entendimento do estudo projetual foi elaborada uma setorização no complexo, sendo identificados da seguinte forma: bloco do estádio, bloco do ginásio, bloco das piscinas, estacionamento, entrada principal, e uso comum/entorno. A ilustração 44 expressa a área de implantação de todo o estudo projetual, incluindose então, a área que se propôs o estacionamento.

Ilustração 44: Setorização do Complexo Esportivo

70

Fonte: Elaboração do Autor (2017).

As ilustrações 45 e 46 se referem ao bloco do estádio, sendo apresentados o térreo e sucessivamente o primeiro pavimento.

Atualmente o referido bloco só possui sanitários masculinos, sendo provável que os sanitários femininos tenham sido demolidos. Assim propõe-se a criação destes.

Existe ainda uma lanchonete desativada. No presente estudo, foi proposta a ampliação da mesma e inserção de uma área coberta destinada a refeições dos usuários que atenderá simultaneamente os blocos do estádio e das piscinas. Acredita-se que a lanchonete foi projetada para tais fins, pois já existem aberturas de atendimento voltadas para os dois blocos, sendo uma opção mais viável com relação à custos com funcionários.

73

Na área onde era existente a quadra de tênis foi criada outra quadra (Ilustração 47), porém com idéia que atenda diversas modalidades esportivas como Handebol, voley, basquete e futsal. Os assentos em níveis serão reformados, pois se encontram degradados. Ilustração 47: Quadra poliesportiva

Fonte: Elaboração do Autor (2017).

Sob a arquibancada 01 (Ilustração 48) foram ampliados sanitários e criados pontos comerciais e locais de apoio como depósitos, sanitários, almoxarifado, área de segregação do lixo, sala do árbitro e equipe técnica com sanitário individual.

Foi proposta uma reformulação da arquibancada 02 (Ilustração 49) para oferecer melhor conforto ao público. Atualmente, a mesma possui aproximadamente 2 metros de altura e degraus baixos, com aproximadamente 0,10 m, dificultando assim, a acomodação das pessoas devido a sua finalidade.

A arquibancada 02, proposta terá o mesmo nível de altura da arquibancada 01 já existente (11,17 m). Na parte inferior também serão criados pontos comerciais, porém serão voltados para o interior do complexo.

74

Na reformulação da arquibancada 02, sentiu-se necessidade de inclusão de uma rampa de acesso para melhor atender aos portadores de necessidades especiais.

As arquibancadas serão conectadas por uma passarela/ mirante, onde usuários poderão circular e apreciar o que acontece no complexo ou até mesmo fora dele. Sob a passarela/ mirante foram propostos espaços para circulação de pessoas e vários canteiros, criando assim, ao redor dos mesmos caminhos sinuosos.

77

Visando melhor acomodação do público, foi proposta a instalação de cadeiras plásticas nas arquibancadas (Ilustração 50). A forma que será disposta teve como inspiração o estádio Kleber Andrade, no qual é criado um jogo de desenhos geométricos a partir dos assentos. Ilustração 50: Arquibancadas Propostas do Estudo Projetual

Fonte: Elaboração do Autor (2017).

A cobertura das arquibancadas (Ilustração 51) se inicia através da entrada principal, criando assim uma conexão com a mesma. Tal forma é orientada devido à preocupação de se proteger o lado noroeste por receber maior incidência solar. O material indicado é estrutura metálica devido a sua leveza e capacidade de vencer grandes vãos. Para seu revestimento foi indicada a chapa de alumínio composto (ACM). O meio de sustentação se dá através de pilares. Através da imagem citada nota-se a passarela que faz conexão das arquibancadas.

78

Ilustração 51: Cobertura das arquibancadas

Fonte: Elaboração do Autor (2017).

Devido o fato de não ser estabelecido uma altura máxima para a construção pelo plano diretor da cidade, pode-se criar a cobertura com a altura que chega até 25 metros em sua parte mais elevada. Sobre o bloco das piscinas, (Ilustração 52) será preservada a estrutura atual. Foram propostas readequações nos vestiários do pavimento térreo com ampliações da quantidade de sanitários e reforma dos mesmos. Áreas construídas terão novos usos como sala para o zelador e professores, almoxarifado e depósito.

No 1º pavimento do bloco (Ilustração 53) também foram propostas readequações dos usos, tais como administração e recursos humanos para que atendam todo o complexo.

Atualmente, a entrada é realizada por uma entrada independente. Propôs-se então a transferência da mesma para a entrada principal, a atual será mantida como saída de emergência.

81

Foi retirada uma parcela do muro da fachada da área administrativa e no local foram propostos canteiros, bicicletário e uma parede com placas em concreto ecológico com características que suportam o sistema vegetativo, sendo uma escolha favorável a criação de parede verde (Ilustração 54).

Objetivando criar mais permeabilidade no solo, foi proposta a inserção de novos jardins e canteiros, pois quase todas as áreas pavimentadas do bloco atualmente são impermeáveis. Com o mesmo princípio, o percurso a partir da entrada principal até o bloco das piscinas foi proposto o uso de pavimentação semi-permeável, sendo indicados blocos de concreto. Ilustração 54: Bloco das Piscinas com criação parede verde

Fonte: Elaboração do Autor (2017).

No bloco referente ao ginásio poliesportivo, (Ilustração 55) a estrutura existente também foi mantida e foram realizadas readequações visando ter melhor proveito. Tais como implantação de novos usos: enfermaria, depósito de materiais esportivos, ampliação da lanchonete com criação de depósitos de bebidas, alimentos e materiais de limpeza. Não houve alterações no mezanino do ginásio poliesportivo, portanto a proposta segue conforme a ilustração 38 apresentada anteriormente.

83

Propõe-se uma mudança na fachada do ginásio (Ilustração 56) através do uso das cores em tons mais claros e como acabamento em laminado de madeira. O emprego dos materiais foi um meio para se levasse o aspecto visual da praça revitalizada para o ginásio. Propõe-se também o uso de placas em concreto ecológico para inclusão de paredes verdes. A entrada principal existente será mantida como saída de emergência. Ilustração 56: Fachada Ginásio

Fonte: Elaboração do Autor (2017).

Em relação ao estacionamento (Ilustração 57), a área total construída obteve um acréscimo em relação ao projeto atual de 638,84 m², perante esse fator a legislação exige a criação de espaços para estacionamentos. Seriam necessárias 13 vagas para atender devida expansão, porém conseguiu-se planejar 180 vagas destinadas a carros de passeios, 8 vagas para ônibus e microônibus e 47 para motocicletas, totalizando 235 vagas.

O mesmo se situará em um terreno pertencente à Prefeitura Municipal de Colatina, onde é localizado o almoxarifado geral desta. A edificação será mantida e o restante do terreno será destinado ao devido fim.

84

O tipo de pavimentação escolhida para esse fim é a ecológica, mais conhecida como concregrama, que são blocos de concreto vazados preenchidos com grama, tratando-se de uma escolha sustentável. Ilustração 57: Estacionamento

Fonte: Elaboração do Autor (2017).

Todas as árvores e arbustos existentes serão preservados em toda área que o ensaio projetual abrange. Na maior parte são propostos canteiros com formas orgânicas e um jogo de formas geométricas em seu interior, tais elementos formam um jogo de grama e concregrama. Externamente os canteiros seguem o padrão das formas geométricas.

85

Percursos com pavimentação semi-permeável serão implantados por grande parte da área, contornando os canteiros e tornando-se assim sinuosos devido a estruturação dos mesmos.

Na parte onde há um nível de terra mais elevado (Av. Champagnat) foi sugerida a criação de uma praça com platôs (Ilustração 58) que acompanhará o desnível do terreno. Além de preservar as árvores existentes no local, os degraus servirão como assentos, tornando-se um espaço para uso público. Ilustração 58: Praça em platôs

Fonte: Elaboração do Autor (2017).

Os tipos de vegetações propostas são espécies nativas brasileiras. As árvores escolhidas são: jabuticabeira, goiabeira, amoreira, quaresmeira, ipê amarelo e castanheira. Os arbustos: Ixoreira coral, pata de elefante, bambuzinho amarelo e Érica. E o tipo de forração do solo será da espécie grama Bermuda.

As cores predominantes no projeto são: vermelho, branco, cinza, ciano e a madeira. Com a escolha da cobertura na cor vermelha, foi utilizada a paleta de cores (Ilustração 59) para se conhecer qual a cor complementar da mesma (ciano), a fim de trazer um equilíbrio para o ambiente. Optou-se em usar tons mais claros no restante do ensaio projetual pontuando com cores mais vibrantes.

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Ilustração 59: Cor complementar usada no estudo

Fonte: Elaboração do Autor (2017).

Toda proposta foi pensada em planejar uma edificação em harmonia com o ambiente externo. Através da revitalização almeja-se transformar uma área esquecida em local agradável que abranja usos diversos desde o entretenimento até comércio e prestação de serviços. O conjunto de elementos propostos (Ilustração 60), tais como: faixas de pedestres, ciclovia, calçadas acessíveis, praças, locais de uso público e a própria forma do projeto visam a harmonia com o entorno urbano. Tais elementos também podem ser observados através da implantação e dos cortes deste estudo projetual (Ilustrações 61e 62). Ilustração 60: Alguns dos elementos propostos

Fonte: Elaboração do Autor (2017).

APAE

CIVIL

RE FREI

89

7. CONSIDERAÇÕES

A área urbana de Colatina vem crescendo anualmente e os locais destinados à prática de lazer e atividades físicas se mostram cada vez mais escassa nos espaços públicos. A instalação do complexo esportivo e dos espaços livres de uso público propostos trazem novas perspectivas para a população.

O ensaio projetual do complexo abrange uma área que já foi de muita importância na história da cidade e que hoje sofre descaso pelo poder público. Aliando-se o histórico do complexo esportivo de Colatina, palco de grandes eventos esportivos ao conhecimento da carência de espaços públicos e de lazer da cidade, torna-se evidente a necessidade da proposta.

O ensaio apresentado visa a valorização da área e o reaproveitamento da estrutura existente a partir da revitalização (Ilustração 63). Foram realizadas readequações e ampliações que se fizeram necessárias. Houve inclusão de espaços públicos e áreas verdes pensando nos princípios de sustentabilidade. Foi proposta a unificação dos três blocos, onde se dará através da entrada principal. Ilustração 63: Reaproveitamento da estrutura a partir da revitalização

Fonte: Elaboração do Autor (2017).

90

Na concepção projetual de todo complexo foi objetivada a integração com o entorno através de alguns elementos. A fachada principal (Ilustração 64) visualmente é o mais marcante, conecta-se com o entorno através de sua forma e simultaneamente com a cobertura do estádio. Ilustração 64: Fachada principal

Fonte: Elaboração do Autor (2017).

Foram propostos pontos comerciais e de serviços (Ilustração 65) embaixo das arquibancadas, proporcionando utilização da área esquecida, beneficiando assim os usuários e a vitalidade urbana. Também foram inclusos na proposta espaços externos positivos como canteiros, praças com bicicletários, ciclovia e pista de skate se conectam com as edificações. A permeabilidade visual também foi explorada devido o fato de não haver tal aspecto. Ilustração 65: Pontos comerciais e de serviços

Fonte: Elaboração do Autor (2017).

91

Foi proposto um estacionamento com finalidade de atender o público do complexo perante a falta de locais para tais fins. Carros, motos e ônibus contarão com vagas destinadas aos mesmos.

O produto final poderá se tornar um atrativo local e ser um incentivo para pessoas à prática de atividades físicas, ou até mesmo iniciar uma carreira, visando também a geração de empregos e uma melhor qualidade de vida.

Considera-se então, mediante as propostas apresentadas, que o Complexo Esportivo seria um grande potencial para Colatina, atraindo turismo e contribuindo assim, não só na qualidade de vida da população, mas também na economia da cidade.

92

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ANEXO 01

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ANEXO 02

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ANEXO 03

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