Loving Storm - Ashes & Embers #5 Carian Cole Traduzido.pdf

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  • Words: 30,371
  • Pages: 137
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lovin Storm g By Carian Cole SÉRIE

Ashes & Embers LIVRO 05

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Equipe Pegasus Lançamentos: Tradução: Lana, N. Lins, S. Maciel Revisão: Merida E Nynaeve Leitura Final: Katerina Petrova Verificação: Luana Formatação: Katerina Petrova

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Sinopse Evie

Eu o conheci em uma tempestade de neve ... Passamos quarenta e oito horas presos na parte traseira da sua caminhonete. Nós brigamos. Nos tocamos. Nos apaixonamos. Com intensidade.

Storm

Ela literalmente entrou na minha vida... A última coisa que eu queria era um relacionamento. Especialmente, com uma garota peculiar que me deixou louco. Mas algo sobre ela ficou em meus pensamentos e dentro do meu coração. E eu tinha que tê-la. Toda ela. Agora. Se apaixonar na parte de trás de uma caminhonete, só nós dois, foi fácil. Lidar com fãs psicóticos, ex ciumentos e demônios do passado... não foi tão fácil.

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Aviso 1

Loving Storm é um romance e a continuação de Storm (livro um da série Ashes & Ambers). Você definitivamente deve ler Storm antes de ler Loving Storm, se não provavelmente ficará confuso. Alguns dos personagens dos outros livros da série Ashes&Ambers têm pequenas aparições, então você também pode querer ler Vandal, Lukas e Talon antes de ler esse, mas não é necessário.

Aviso 2

Loving Storm é um rápido e DOCE (não erótico, sem muito drama) romance que dá um olhar prolongado no futuro de Storm e Evie.

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Capítulo 1 Evelyn

Estou viajando pela estrada, cantando (muito mal) junto com a voz sensual da Lana Del Rey quando de repente raios de luz piscam atrás do meu carro. Olho de relance no retrovisor e vejo um carro de polícia atrás de

mim,

as

luzes

estroboscópicas

piscando.

Diminuo

a

velocidade, e vou para o acostamento para deixá-lo passar, mas ele me segue. Merda! Ele está me parando. Reduzo até parar, abaixo a música, e estaciono meu carro enquanto um policial jovem e de boa aparência lentamente se aproxima. Abaixo a janela e sorrio para ele. — Boa noite, madame. Sabe por que parei você? — Na verdade, não. Acho que não estava em alta velocidade. — Você estava dirigindo erraticamente e se desviando. Eu estava? Opa. Talvez, quando trocava minha playlist no celular e acidentalmente derrubei entre o assento e o console, talvez tenha me desviado enquanto o procurava. — Derrubei meu telefone. — Admito. — Sinto muito. Estava apenas tentando... — É contra a lei usar o telefone enquanto dirige, madame. — Ele diz severamente. — Eu não estava realmente usando, apenas trocando as minhas músicas.

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Seus lábios estão em uma linha firme, enquanto ele dá um passo mais perto da janela. — Vou precisar de sua carteira de motorista e documento do carro. Merda. Merda. Merda. Pego minha bolsa, para procurar tudo o que preciso e entrego à ele com um doce sorriso, esperando que ele só me dê uma advertência, mas ele pega tudo de mim e anda de volta ao carro patrulha sem uma palavra. Resisto ao impulso de enviar uma mensagem de texto para Storm para deixá-lo saber que vou me atrasar alguns minutos. Estou com medo, até de olhar para o meu telefone, com o oficial só alguns passos distantes. Olho meu espelho retrovisor, esperando o policial retornar, e respiro aliviada quando ele finalmente volta na direção do meu carro. — Eu vou precisar que você saia do veículo, senhora. Uma onda de surpresa e nervosismo passa por mim. — Oh... ok. — Eu abro a porta do carro e saio. — Para onde você está indo? — Para um restaurante. Vou encontrar meu noivo para jantar. Por favor, não me dê uma multa. Eu prometo não tocar no meu telefone. Meu noivo vai me matar se eu levar uma. — Corro minha mão por meu cabelo. — Bem, não literalmente me matar, ele não é um assassino. Mas ele vai ficar chateado. Não como violência doméstica, mas irritado. Ele é realmente um amor, mas eu não sou uma boa motorista e isso é tipo uma piada entre nós dois. Isso é como, na verdade, nos conhecemos, eu me perdi e

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meu carro bateu, então ele me salvou... — Minha voz some enquanto o oficial pisca e balança a cabeça para mim como se eu fosse uma lunática. —

Esteve

bebendo,

madame?

Sob

efeito

de

alguma

substância? Eu olho para ele. — Eu? Deus, não! Não bebo ou uso drogas. Sou só um pouco ansiosa e esquisita naturalmente. O homem de azul não pareceu divertido. — Eu vou pedir que ande em linha reta para mim. Oh meu Deus, está de brincadeira? Certamente ele pode perceber que estou nervosa e não bêbada. Olho dele para o chão e de volta para ele. — Hm... onde? — Apenas ande em linha reta em minha direção, mantenha seus olhos em mim, um pé na frente do outro. Suspiro, me foco em seu nariz e dou alguns passos, cambaleando um pouco nos meus novos saltos altos, os quais só usei uma vez antes. Eles ainda estão um pouco rígidos, e minhas pernas estão trêmulas, por causa dos cem agachamentos que fiz mais cedo hoje. Merda, Amy e seus loucos desafios mensais! — Você parece um pouco embriagada, madame. — Paro de andar. — Eu não estou embriagada. Estes são sapatos novos e meus músculos estão instáveis por me exercitar esta manhã. Você não pode fazer um teste de bafômetro? Isso seria mais fácil. — Nós não negociamos com criminosos, madame. Por favor, venha aqui.

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Criminosos? Eu sou uma criminosa agora? Meu pulso acelera enquanto ando até o local onde ele está apontando, na frente do meu carro. — Eu preciso que você se vire e coloque suas palmas em cima do seu carro, incline-se e coloque a bochecha direita no capô. Meus olhos se ampliam em descrença. — Oficial, não quero ser desrespeitosa, mas isso é realmente necessário? Nunca tive que fazer nada... — Madame, por favor faça o que peço. Meu coração dispara, enquanto me inclino sobre o capô conforme instruído, palmas e cabeça para baixo. Algo está muito errado aqui. Tudo o que fiz foi me desviar um pouco. Eu não acertei qualquer coisa ou qualquer um. E não é minha culpa que minhas pernas estejam instáveis e não consiga andar direto. Eu deveria ter pedido para ver seu distintivo para provar que ele é um policial de verdade. Ele poderia ser um tipo de criminoso que roubou um carro de polícia e uniforme e agora está sequestrando mulheres inocentes e... — Por favor, espera aqui e não se mova. Vou chamar meu parceiro para ajudar. Ajuda? — Oficial, isso não parece certo para mim, eu gostaria de chamar meu advogado ou talvez, alguém da polícia, eu acho. —Você pode discutir isso com meu parceiro. Por favor, espere aqui e não se mova desta posição ou eu precisarei te algemar. Meus nervos tremem enquanto ele anda de volta para seu carro, e momentos depois, passos mais pesados se aproximam, parando diretamente atrás de mim. Eu quero erguer minha

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cabeça e falar com ele, mas estou petrificada só de pensar em ser algemada, presa e colocada no banco de trás do carro de polícia. Meu cérebro gira, enquanto tento pensar se fiz algo errado, que o primeiro oficial me disse para fazer. Por que mais ele me deteria e chamaria por reforço? Será que entrei em outro — coma de direção — e causei algum tipo de acidente? O oficial atrás de mim chega um passo mais perto e põe suas mãos perto das minhas no capô do carro, o corpo deitando em cima do meu, seu amplo peito realmente tocando minhas costas. Oh meu Deus. Isso não pode ser normal ou legal de qualquer jeito. Eu deveria gritar por ajuda e tentar sinalizar para um carro. Mas, com a sorte que tenho, estou mais uma vez numa estrada que não tem muito tráfego. — Com licença, — eu digo, minha voz fraca e estridente. — não tenho certeza qual é o problema, mas gostaria de voltar para dentro do meu carro, por favor. Ele se inclina ainda mais, pressionando todo o seu corpo contra o meu, me prendendo contra o carro. Sua respiração é quente contra minha orelha, o pequeno restolho de barba na bochecha que raspa no meu pescoço. — Você tem sido uma garota realmente má, Evie. — Ele sussurra. — Estou te levando sob custódia. — Storm! — Tento virar, mas ele me segura lá, afundando seu rosto no meu cabelo para beijar e mordiscar meu pescoço. O carro de polícia se afasta, nos deixando ao lado da estrada. Que diabos foi isso? Giro para encará-lo, e minha raiva imediatamente desaparece com somente uma olhada para ele: aquele sorriso sexy, aqueles

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olhos verdes brilhando com trapaça, longos cabelos ondulados ao redor do rosto, e aqueles ombros largos que se esforçam contra o fino material preto de sua camisa. Deus, esse homem me transforma em uma bagunça sem sentido e me faz tremer pelo menos cinco vezes por dia. Storm Valentine — famoso, louco, estrela do rock doce e meu noivo. Ele agarra minha cintura, me puxa contra seu corpo e me beija tão forte que eu nem sequer fico brava com ele por me assustar. Isso é como a vida deve ser, amando e sendo amada por Storm.

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Capítulo 2 Storm

— Você está linda. — Inclino minha testa contra a dela e olho em seus olhos. — Como você... obrigada... mas... Beijo seus lábios, suave e lentamente, do jeito que a acalma e a silencia e libero o aperto em sua cintura para segurar suas bochechas. — O que você estava fazendo em um carro de polícia? — Ela pergunta quando nossos lábios se separam. — Você planejou tudo isso? — Sim. Ele é um velho amigo meu da escola. Eu não queria que estivéssemos em carros separados então eu mandei uma mensagem de texto e perguntei se ele poderia me dar uma carona para encontrar você. Sua expressão está indefinível, e eu sei que ela está bem no meio daquele lugar entre estar brava comigo e estar louca por mim. Eu costumo colocá-la muito nessa posição. E quer saber o quê? Eu gosto disso. — Nós rastreamos você pelo aplicativo do GPS, e eu pedi a ele para ajudar. A curva de um sorriso cruza seus lábios, mas ela ainda tem aquele olhar de choque em seus olhos. — Isto não é ilegal? — Ela pergunta. — Tipo, em umas vinte maneiras diferentes? Dou de ombros.

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— Provavelmente. — Pegando sua mão, levo ela até a porta do passageiro, ajudo ela a entrar, e corro para o lado do motorista. Tenho que mover o assento para trás um pouco, porque ela é pequena e fica bem perto do volante. — Mudança de planos, baby. — Sorrio enquanto ponho o carro de volta na estrada. — O que está rolando? — Ela vira em seu assento e me olha com suspeita. Pego sua mão e entrelaço nossos dedos, amando a sensação de seu anel de noivado pressionado contra meus dedos quando ela aperta minha mão. Seis meses atrás, se eu fizesse uma façanha dessas ela surtaria. Lágrimas estariam envolvidas. Eu provavelmente levaria um tapa. A maioria das garotas me daria uma joelhada nas bolas. Mas minha Evie mudou bastante da garota histérica que encontrei em uma vala, até agora. É incrível o que o amor pode fazer. E orgasmos, muitos orgasmos. Eles são como um botão escondido de reiniciar. Está perdendo a cabeça? Faça sexo. — Storm? — Nós estamos indo para a cabana passar o fim de semana. — Sua cabana? — Sim. — E o que... — Rayne ficará na casa para cuidar de Niko e Halo. Eu tomei conta de tudo, baby, então nós poderemos ter um fim de semana calmo e sozinhos. — Eu olho para ela. — Acho que voltar para o lugar onde nos apaixonamos, seria bom para conversar. Ela olha para nossas mãos entrelaçadas, e acena lentamente. Deixo o assunto e mudo para algo leve e divertido. Eu sei quando

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pressionar, e também sei quando lhe dar um pouco de espaço. Mas também sei que, segunda-feira de manhã, nós teremos uma data de casamento definida, nem que eu tenha que beijá-la, implorar, conversar ou fodê-la por isso. É sobre mim que estamos falando. Quando eu quero algo, não espero por isso. Não estou deixando ela ouvir os pensamentos de medo em sua cabeça mais uma vez. A única coisa que ela deveria ouvir são os sinos de casamento... e nós gemendo o nome um do outro, claro.

Visitar a cabana sempre me anima, e toda vez que Evie e eu ficamos aqui, isso nos une mais. Talvez porque, muito tempo atrás, essa cabana pertenceu aos meus avós, e um pouco de seu amor ainda vive nessas paredes. Levei muito tempo para reformála, me ocupando, logo depois de sair da reabilitação há anos atrás, porque eu precisava ter a mente ocupada. Escolher a pintura, revestimento e móveis teve meu cérebro girando por meses e quase voltei a beber só pelo estresse disso tudo. A cabana era para ser uma zona sem garotas, mas eu soube, no momento que trouxe Evie aqui — aquela primeira vez, durante a nevasca, logo que nos conhecemos — que não era mais o meu lugar especial, era o nosso lugar especial. Assim que entramos na moderna cabana de madeira aninhada na floresta, Evie caminha até o buquê de lírios frescos que está em um vaso de mosaico sobre a mesa de centro na sala

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de estar. Ela se abaixa para cheirá-lo e um sorriso radiante se espalha por seu rosto antes dela se virar para mim. — Eles são lindos. Quando você fez isto tudo? — Ontem. Ela atravessa a sala e põe seus braços em volta de mim, espalhando suas mãos no meu pescoço. — Você é um homem incrível, sabe disso? — Ela diz suavemente, olhando dentro dos meus olhos. Beijo a ponta do seu nariz. — Eu sei. — Ponho minhas mãos em volta dela e a levo para a cozinha. — Prepararemos o jantar juntos, então vou tirar suas roupas e vamos para a banheira de hidromassagem. — Posso tirar suas roupas também? — Definitivamente.

Nós bebemos vinho tinto e fizemos uma salada enquanto nossos bifes assavam; costela para mim e filé mignon para ela. Quando não estou em turnê com a banda, nós fazemos tudo junto. Lavar roupas, cozinhar, compras no supermercado e até cuidar do cachorro e do gato. Ela senta perto de mim por horas na garagem, falando sem parar, enquanto trabalho na minha moto. Ela vai sentar e massagear meus pés enquanto toco violão. Eu desembaraço seu cabelo com o pente na parte de trás onde ela não alcança. Quando estamos longe, nós fazemos chamadas de vídeo e trocamos mensagem tanto quanto possível. Ela é minha melhor amiga e eu a amo no seu melhor e no seu pior, e em tudo no meio disso tudo. E finalmente, achei alguém que me ama por

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quem eu sou, que não liga para o meu dinheiro ou por estar em uma banda de rock, que não dá uma de fangirl para cima de mim, e me coloca no meu lugar quando preciso — o que é quase sempre. Nós somos um casal perfeito, uma inquebrável e tortuosa combinação de amigos e amantes. Precisamos de votos e uma certidão de casamento para solidificar isso? De jeito nenhum. Mas eu quero que ela seja minha esposa. Quero ver a assinatura de seu e-mail como Evelyn Valentine. Quero apresentá-la como minha esposa, não minha noiva. Quero que todos nas redes sociais saibam que nós estamos casados. Eles podem usar a tag #GarotaDaNevasca quanto eles quiserem, mas quero que eles saibam que ela é permanente, não um caso de uma semana. Quando terminamos o jantar, ela enxagua os pratos na pia e começa a organizá-los na máquina de lavar louça por tamanho e fragilidade. Essa técnica de auto distração dela não é nada novo. Quando está assustada ou nervosa, ela se retrai e anda em volta como um coelhinho. Como um falcão, pego e a jogo sobre meu ombro. — Storm! — Ela se revira enquanto ando até as portas de correr que levam à banheira de hidromassagem no deck de trás. Dou um tapa em sua bunda. — A única coisa que você tem que fazer agora, é entrar nessa banheira. — O ar frio da noite está perfeito para relaxar na água borbulhante. Coloco-a no chão e levanto seu queixo para beijar seus lábios antes de descobrir a banheira. Ela ainda está de pé com um sorriso atordoado no rosto quando eu me viro, mas ela o

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perde e dá um passo em minha direção para envolver seus braços bem apertado em volta da minha cintura. — Você parecia sexy inclinada sobre o capô do carro. — Sussurro contra sua orelha enquanto puxo a blusa para fora do cós de suas calças e lentamente desfaço os pequenos botões, meus dedos indo mais lentamente no vale de seus seios. Seguindo a minha liderança, ela desfaz os quatro botões do meu jeans. Porcaria de zíperes. Eles são muito rápidos e fáceis. Eu gosto de sentir seu puxão nos botões de latão impacientemente para chegar até mim. Deslizo sua blusa de seus ombros e jogo-a em uma cadeira próxima no gramado. Ela se arrepia com a brisa gelada, seus mamilos pressionados contra o tecido do sutiã. Cubro sua boca com a minha faminta enquanto ela agarra meu pênis, sua mão pressionando contra a ponta, seus dedos acariciando meu eixo duro. O fecho do sutiã abre facilmente, e deslizo minhas mãos de sua cintura para agarrar os seios. Ela geme contra minha boca e aperta seus dedos em volta de mim, enquanto, eu rapidamente abro suas calças e as empurro até os tornozelos. Ainda pegos no momento de frenesi do nosso beijo, saímos das nossas roupas e eu a pego em meus braços para carregá-la até a banheira de hidromassagem, e me inclino sobre a borda para abaixá-la na água fumegante. Ela vem até mim assim que subo perto dela, imediatamente envolvendo seus braços no meu pescoço e as pernas na minha cintura. Nossos lábios e corpos conectados em sintonia, perfeitamente. Minhas mãos agarram sua bunda, puxando-a para cima, seu corpo molhado contra o meu enquanto

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meu pênis desliza dentro dela. Seus gemidos me deixam totalmente selvagem. Cada som, cada aperto, cada arquear de seu corpo me incendeia, minha mente abandona todo e qualquer pensamento que não seja Evie. Tudo que quero, tudo que preciso, tudo que penso, é ela. Evie não preencheu um vazio, ela fez um lugar na minha vida que sequer existiria sem ela. Sob o céu estrelado, suas coxas se apertam ao meu redor, seus dedos apertam meus ombros com urgência e, com alguns grandes impulsos, estamos gozando, nossos corpos balançando e tremendo na água fumegante. Coloco ela apoiada sobre o banco na água, beijando seus lábios suavemente enquanto ela se aproxima para me abraçar, seus membros ainda tremendos. Evie é sempre adorável depois do sexo, um pacote completo de adoração. — Te amo. — Ela sussurra — Muito, muito, muito, muito. — Meu coração incha enquanto acaricio sua bochecha. — Isso parece muito. — Beijo sua testa úmida. — E é... — Eu te amo muito, também. Depois de relaxarmos e nos recuperarmos, ajudo ela a colocar um dos grossos roupões cinza que nós mantemos próximo à banheira de hidromassagem. Seguro sua mão quando voltamos para dentro da casa, então ela não pode fugir e embarcar em um de seus projetos de distração. — Vou pegar um pouco mais de vinho. — Busco a garrafa e duas novas taças da cozinha enquanto ela se aconchega no sofá.

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Espero que a mistura de vinho, um banho quente na hidromassagem, e orgasmos a deixe relaxada o suficiente para se abrir e não lutar contra uma soneca de dez horas. Evie é um peso leve quando se trata de álcool — ela não é uma bebedora — e só recentemente a convenci de que podemos desfrutar de uma garrafa de vinho de vez em quando sem que ela precise se preocupar comigo voltando aos velhos hábitos. Minha vida é boa. — Obrigada por tudo isso. — Ela diz quando me sento no sofá ao seu lado, puxando suas pernas no meu colo. — As coisas estiveram corridas nas últimas semanas. — Corro minha mão sob seu roupão e descanso na coxa dela. Precisamos de algum tempo para conversar. Ela engole em seco. — Conversar? Com a outra mão, pego a dela e seguro; o diamante grande brilha como uma estrela, mesmo na escuridão da sala. — Eu lhe dei isso por um motivo. Lembra? — Ela sorri. — É claro que eu me lembro. Foi um dos melhores dias da minha vida. — Então vamos definir uma data para o que supostamente será o dia para jurar por todos os outros melhores dias. Um com um bolo com pessoas pequenas no topo. E um cachorro e um gato também, se você quiser. — Storm… Meu estômago afunda conforme o seu sorriso desaparece. — Você ainda quer se casar comigo? Qual é o problema, querida?

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Recebi dúzias de propostas de casamento ao longo dos anos. A maioria vinda de fãs que acreditavam estar apaixonadas por mim, mesmo que nunca as tenha visto antes. Algumas foram casos aleatórios, de uma noite só. Tive, inclusive, homens propondo — caras bonitos, com cabelos melhores que o meu e muito dinheiro. Agora, a única garota com quem realmente quero me casar e não posso imaginar minha vida sem, está dando para trás, e eu não tenho ideia do porquê. — É claro, que quero me casar com você. Eu quero isso mais do que qualquer coisa no mundo, Storm. — Então, o que está te incomodando? Por que você não está me enchendo de convites de casamento com letras cursivas ou se transformando em uma bridezilla1? Ela olha para baixo, e uma lágrima escorre no canto do olho. Essa pequena lágrima brilhante é um sinal de aviso em néon vermelho de 20 metros de altura, na minha cabeça. Agarrando seu queixo, levanto suavemente o rosto. — Fale comigo, baby. Você pode me dizer qualquer coisa que esteja em sua mente. Você sabe disso. Minha voz pode parecer confiante, mas, por dentro, estou enlouquecendo de preocupação com ela. Não vou deixá-la entrar em um estado de depressão e ansiedade. Não permitirei que ela sabote o que deveria ser o momento mais feliz da sua vida — da nossa vida. Já estive lá e já passei por isso, e tenho as malditas cicatrizes para provar. — Estou preocupada. — Ela diz enquanto limpa a lágrima de sua bochecha. 1 É um trocadilho americano com a palavra bride (noiva) e o monstro personagem do filme Godzilla, para as noivas que enlouquecem com o casamento, no sentido de querer tudo perfeito, bem planejado, se transformaria em uma noiva monstro.

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— Isso é óbvio, e você tem que me dizer o porquê. Tem dúvidas sobre mim ou sobre nós? Ela balança a cabeça. — Não... quero dizer, às vezes as coisas ficam um pouco loucas com você viajando e as coisas nas redes sociais são frustrantes, mas eu sei que estamos bem como um casal. — Então, o que é? — É que... eu não tenho ninguém para vir ao casamento. — Sua voz quebra com as palavras. — Eu só tenho Amy, e amo ela, mas eu não tenho nenhuma família ou outros amigos que não fazem parte de sua família. — Ei, minha família é sua família, Evie. — Eu sei, e amo tanto eles. Só me deixa triste não ter minha mãe aqui para planejar isso, ou meu pai para me levar até o altar. Mesmo que eu estivesse no ensino médio quando eles morreram, houve algumas vezes em que eles falaram sobre eu me casar algum dia. Minha mãe queria que eu usasse seus brincos de pérolas e diamantes. — Ela funga e sorri fracamente. — E meu pai queria uma banda ao vivo que pudesse tocar e cantar algumas músicas do Sinatra para ele e minha mãe dançarem. E ele sempre disse que teria uma longa conversa com meu futuro marido antes de dar sua benção... e agora nunca saberemos o que ele queria dizer. O tremor do seu lábio inferior parte meu coração, e tudo o que posso fazer é puxá-la para os meus braços e segurá-la perto. — Você ainda pode usar os brincos especiais da sua mãe. E eu acho que sei o que seu pai teria dito para mim. — Pressiono meus lábios no topo da sua cabeça — Ele me diria para amar e

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cuidar de você, e ser paciente e nunca machucá-la. Ele teria me dito que é melhor eu te tratar sempre como uma princesa. E eu vou. Sempre. Ele me diria para te beijar todas as noites e todas as manhãs. E provavelmente me diria para cortar o cabelo e conseguir um trabalho de verdade. Ela ri e soluça ao mesmo tempo que se aconchega contra meu ombro. — Acho que você está certo. Posso ver ele dizendo essas coisas. — Sei que você sente falta deles Evie. Se houvesse uma maneira de trazê-los de volta para você, eu faria isso em um piscar de olhos. Mas tenho certeza de que estão cuidando de você, e eles não querem vê-la triste no seu casamento. Eles gostariam que você fosse feliz. Meu pai mal pode esperar para te levar ao altar. Ele fala disso toda vez que converso com ele. E você sabe que minha mãe e vovó estão se coçando para começar a planejar, e ter todo mundo envolvido nisso e gastar o máximo de dinheiro possível. Olhe para Talon e Ásia... Ásia também não tem nenhuma família, e ela se casou com um estranho em uma sala cheia com mais estranhos ainda. Eu te amo. Minha família ama você. Você tem isso, baby. Um grande suspiro escapa dela, e eu sinto a tensão deixandoa enquanto seu corpo relaxa contra mim. — Você está certo. Sinto muito. Acho que me sinto um pouco perdida, solitária e oprimida. Às vezes, as coisas simplesmente me atingem, e sinto falta dos meus pais ainda mais.

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— Está tudo bem. Quero que fale comigo quando sentir isso. Não me afaste. Você sabe que não posso lidar com isso. Isso me deixa louco. — Eu sei. Você gosta de ser tudo que está na minha cabeça. — Ela diz zombando, girando um fio de cabelo ao redor do dedo. — Na verdade, eu gosto de ser tudo em você toda. Ela ri quando a aproximo e beijo seu pescoço e isso é música para meus ouvidos. Ela nunca saberá o quanto vê-la triste ou preocupada me destrói por dentro e como abre as portas para fantasmas do meu passado. Eu nunca quero que ela veja esse lado meu. Liberando-a, derramo um pouco de vinho em nossas taças e entrego uma para ela. — Por que não vamos para o quarto e brincamos de policial mau que prende a motorista desobediente e amanhã escolhemos uma data de casamento? Ela quase cospe o vinho enquanto ri mais. — Você tem algemas, Oficial Storm? — Você está prestes a descobrir. Isso é o que eu amo e preciso tanto — como ela sempre está disposta e feliz em lidar com qualquer um dos meus estados de espírito.

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Capítulo 3 Evelyn

Estou sentada no chão da sala de estar da cabana com meu laptop e um grande calendário impresso bem na minha frente, tentando achar uma data de casamente que combine com a agenda de Storm e a de sua mãe. Agora, além de minha chefe, ela será minha sogra. Felizmente, nós temos um bom relacionamento e somos capazes de manter trabalho e vida pessoal separados, ou isso poderia ser um desastre total. Storm esmaga a ponta de seu cigarro eletrônico em um quadrado do calendário. — Aqui. Vamos nos casar nesse dia. — Esse é o próximo fim de semana, querido. Ele traga seu cigarro e levanta uma sobrancelha perfurada para mim. — E o seu ponto é? — Isso é muito cedo. Não há tempo para planejar. — Evie, entre a capacidade de persuasão da minha mãe e o dinheiro que podemos gastar, podemos fazer acontecer no próximo fim de semana, confie em mim. Franzo o cenho e abro o arquivo “Lista de desejos de casamento” que eu comecei há alguns meses, no meu laptop. — Não. Não estamos usando dinheiro para subornar as pessoas para apressar nosso casamento. — Por que não? Pessoas fazem isso o tempo todo.

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— Nós não vamos ser como essas pessoas. Não somos esnobes. Ele encolhe os ombros e balança a cabeça. — Tudo bem ... você está certa. Então em breve. Não cem dias depois do dia que escolhi. Quero me casar e ir para a lua de mel enquanto a banda está em pausa, para que possamos estar juntos tanto quanto possível antes que a loucura comece novamente. Debruçando contra o sofá, puxo o laptop no meu colo e olho para ele atrás da tela. — Você quer saber o que realmente, realmente quero? Como o meu super sonho de casamento? — Diga para mim e eu vou fazer isso acontecer. Tão breve quanto o possível. Algum homem já esteve tão animado e impaciente para se casar? Como tive essa sorte? Mastigo meu lábio, esperando que ele não ache que minha ideia seja louca ou estranha. — Eu adoraria um casamento com tema de Natal e inverno em dezembro. Eu quero usar um vestido branco com guarnição de peles brancas, com pequenos flocos de neve brilhantes no meu cabelo e levar um buquê de flores vermelhas. Quero dar globos de neve aos nossos convidados. E eu adoraria um bolo que parece que tem pingentes de gelo pendurado nele. Eu sei que parece um pouco louco, mas tenho todas essas ideias e fotos que estive guardando ... e seria tão lindo. Ele vem até mim, agarra meu rosto nas mãos e me beija até o ponto de me deixar sem fôlego, colocando meu laptop no chão.

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— Isso é incrível, querida. — Ele diz, sorrindo. — Vamos fazer isso. Então uma lua de mel em algum lugar tranquilo. — Mesmo? Você está bem com tudo isso? — Acho que vai arrebentar. É legal para caralho e parece com o jeito como nos conhecemos. Minha mãe vai ficar louca com isso. Vai matá-la não ter pensado nisso ela mesmo. — No entanto, dezembro está a dois meses e meio. Tudo bem? Ele se senta em seus calcanhares e suspira. — Posso viver com isso. No entanto deve ser no início de dezembro. — Estou bem com isso. — Eu tenho uma condição. — Acrescenta. — Achei que você teria. — Respondo com um sorriso quando pego meu laptop e coloco-o mesa de café — Uma vez que você está de acordo com o tema do casamento, eu farei o que você quiser. — Esse comentário me traz o sorriso adorável, sexy e brincalhão pelo o qual eu me apaixonei. — Eu acho que é hora de sair do seu apartamento e morar comigo permanentemente. — Estou na sua casa quase todo o tempo. — Eu sei, mas não precisamos de três lugares para viver. Nossas coisas estão em toda parte. Estamos constantemente saltando para frente e para trás entre sua casa e a minha. A cabana deve ser uma fuga, eu quero que tenhamos uma casa de verdade na qual vivamos juntos. Eu adoro meu apartamento, e fico relutante em deixa-lo por alguns motivos. Depois que eu me separei de Michael, ter meu

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próprio apartamento foi um grande passo para mim, aprendendo a viver sozinha e me sentindo confortável comigo mesma. Indo de viver com Michael para viver com Storm não pareceu uma boa ideia. Tanto quanto eu queria viver com ele, ainda sentia que era melhor ter algum tempo para mim. Eu já me senti como uma pessoa horrível por me apaixonar por Storm, enquanto estava em um relacionamento com Michael. E saber sobre os vários casos de Michael, além disso, me fez questionar tudo em todo o departamento de relacionamento. Eu estava com medo de confiar em alguém, inclusive eu mesma. Mesmo que Storm seja um grande cara, ele ainda é uma estrela de rock popular que não esteve em um relacionamento há muito tempo e tem mulheres se jogando para ele o tempo todo. Honestamente, ainda tentava descobrir o que ele via em mim, e estava com medo que, quando a perseguição acabasse, ele se aborreceria e me trocaria por uma mulher mais excitante. Mas não fez isso. Ele doou mil por cento de si mesmo ao nosso relacionamento. Estar com ele me trouxe para fora da minha existência chata e protegida — mesmo que tenha chutado e gritado um pouco (tudo bem, muito) ao longo do caminho. Ele sempre esteve lá para me tranquilizar e confortar quando precisava. E por isso, eu o amo mais do que as palavras podem expressar. Ele está certo, é hora de eu deixar minha rede de segurança de um apartamento e me comprometer de todos os modos. — Tudo bem. — Finalmente digo. — Vamos fazer isso. Ele solta um grito.

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— Droga! Já estava na hora. Estava pensando que talvez possamos comprar uma casa mais perto de Talon e da Ásia. Pisco para ele. — Mas você já tem uma casa. — Eu sei, mas eu vivi lá por cinco anos e prefiro que tenhamos algo novo para nós dois. Dessa forma, você pode escolher quantos armários quer e ter um escritório com muitas janelas, e eu posso ter uma sala maior para guardar minhas guitarras. — Você não precisa fazer isso... não preciso de muitos armários. Sua casa está boa. Posso transformar o porão em um escritório. — Não. Você não vai ficar no porão o dia todo. Minha mãe te deixa louca. Eu quero que você tenha janelas e uma visão da piscina para que você possa me ver flutuar em uma boia de golfinho. Eu tive um ataque de risos imaginando essa cena. — Não tenho certeza de que trabalharei muito se você estiver lá fora me provocando. — Você pode fazer uma pausa a cada duas horas e vir se juntar a mim. — Sério, Storm, não precisamos comprar uma casa nova. Eu gosto da sua. Ele esticou os braços sobre a cabeça, deixando o jeans cair em torno de seus quadris. Eu tenho que arrastar meu olhar para o delicioso V na parte inferior de seu tronco. — Eu sei que não precisamos. Eu quero. Eu vou entrar em contato com o corretor de imóveis na segunda-feira para que

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possamos começar a procurar imediatamente, e você pode conversar com minha mãe e escolher a data do casamento. Uma onda de apreensão inunda meus sentidos e meus ouvidos vibram com a sensação de ansiedade. Sorrindo, me ocupo em dobrar o calendário, esperando que ele não perceba meu nervosismo. Não quero que ele pense que estou em dúvida, porque não estou. É só que há muito para pensar e muitos detalhes a serem abordados. Nos próximos dois meses, vou me mudar para uma casa nova, planejar um casamento e uma lua de mel, e me tornar a Sra. Storm Valentine.

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Capítulo 4 Evelyn

Eu sou um sanduíche de estimação. Niko está esticado em cima do edredom, com a cabeça apoiada no meu quadril, e Halo está enrolada no meu outro lado, seu corpo pressionado na curva da minha cintura. Isso é o que eles fazem nas manhãs quando Storm levanta cedo para correr ou passar algumas horas na academia: nossas crianças peludas escalam a cama e se aconchegam comigo. Eu deveria me levantar e começar o meu dia, mas o calor e o aconchego da cama de Storm, juntamente com o contentamento dos nossos animais de estimação, torna a saída difícil. Ao invés disso, acaricio a cabeça de Niko e olho para o pôster autografado de Storm no teto acima da cama. Ele colocou isso lá como uma piada, meses atrás, depois de tê-lo provocado sobre o quanto ele gosta de olhar para si mesmo. Agora, não vou deixar ele tirar, porque gosto de olhar para ele. Vinte minutos depois, lentamente me levanto da cama, tendo o cuidado de não incomodar minhas duas belezas adormecidas. Vou encontrar Amy para o almoço ao meio-dia, e depois vamos encontrar a minha futura cunhada, Ásia, em uma boutique de casamento para olhar os vestidos de noiva. Ásia é uma deusa da costura e faz toda a roupa de palco para a banda. Uma vez que eu escolher um vestido, ela vai personalizá-lo para combinar com meu tema de inverno. Aria queria se juntar a nós, mas não

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conseguiu, então, prometi a ela que Amy enviará fotos minhas provando os vestidos. Meu estômago revira. Vestidos de noiva! Passei a manhã andando pela casa de Storm, fazendo uma lista do que precisamos embalar e tentando descobrir quantas caixas vamos precisar para todas as nossas coisas, porque nos mudamos em quatro semanas. Quatro semanas! Sim, um mês. Menos de uma semana atrás, na cabana, concordamos

em

comprar

uma

casa.

Dois

dias

atrás,

encontramos a casa perfeita, a uma milha de distância de onde vive o irmão mais novo de Storm, Talon. O proprietário imediatamente aceitou a nossa oferta, então agora estamos apenas esperando a documentação para selar o negócio. Meu estômago faz um salto duplo. Tudo está acontecendo tão rápido. Enquanto olho para o meu pequeno bloco de notas, meu celular emite um som de mensagem de texto: STORM: Divirta-se hoje comprando o vestido. SEM estresse. Você é linda. Eu te amo. Mal posso esperar para você ser minha esposa. Xo

O estresse contido sai de mim em um suspiro enquanto escrevo de volta uma resposta: EU: Também te amo. Você será o melhor marido. Xo

Storm tem algum tipo de sexto sentido quando se trata do que estou sentindo. Eu nem posso contar quantas vezes ele me enviou uma mensagem ou me ligou exatamente no momento

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certo, mesmo quando está viajando a milhares de quilômetros de distância.

Como de costume, estou dez minutos atrasada para me encontrar com Amy para o almoço. Estaciono meu carro no primeiro local vazio que encontro na rua movimentada e corro para dentro do café, procurando por ela entre as pequenas mesas do bistrô, mas não a vejo em lugar nenhum. — Evie? Olá? — Uma garota sentada em uma mesa junto à janela agarra meu braço quando volto para a frente do café e olho para ela momentaneamente confusa. — Amy? — Eu me sento na cadeira em frente a ela. — Oh meu Deus, eu nem te reconheci! Quando você pintou seu cabelo de marrom? Ela ergue a mão e passa os dedos por seus cabelos lisos. — É castanho avermelhado, não marrom. E como você pode não reconhecer meu rosto? Que tipo de melhor amiga você é? — Ela provoca, abrindo o menu. — Isso faz você parecer completamente diferente. É lindo. — Amy é uma loira natural e é totalmente dona de si com uma atitude de loiras-tem-mais-diversão, mas a cor mais escura suavizou seus traços, tornando-a ainda mais bonita e natural. — Agora que estou solteira, de novo, pensei que uma mudança seria boa. — Explica ela — Loira, eu atraia otários,

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filhinhos da mamãe, traidores, imbecis e os que têm medo de compromisso. Talvez o castanho avermelhado me atraia um cara legal pelo menos uma vez. Funcionou para você. Os hambúrgueres no menu estão gritando meu nome ao lado de batatas fritas crocantes. Não! Eu não posso! Eu movo meus olhos para a seção de saladas antes de responder ao comentário dela. — Eu odeio desacreditar sua teoria, mas você esqueceu os doze anos que eu passei com Michael? Minha cor de cabelo não impediu sua idiotice. Ela fecha seu menu e o coloca de lado. Ficarei com tanta inveja se ela pedir um hambúrguer enquanto tenho uma saladaprimavera com nozes e morangos. — Ele não conta, Evie. Ele era uma condição pré-existente do ensino médio. Como uma bela mulher adulta, você conseguiu um homem incrível. Eu não acho que meu cabelo tenha algo a ver com encontrar Storm, como ela diz muito bem, mas não vou nem tentar corrigila. Se ela precisa acreditar que a cor do cabelo a ajudará a encontrar o amor, então que assim seja. A maioria de nós passou pelo menos os primeiros sete anos de nossas vidas acreditando que um homem velho com um terno vermelho anda por aí em um trenó com renas voadoras, distribuindo presentes, e isso não prejudicou ninguém. A sua fé na cor do cabelo parece bastante inofensiva. — O que você vai pedir? — Ela pergunta. — A salada de morango.

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— Ooh. — Ela murmura — O molho de papoula é impressionante com isso. Vou pedir um cheeseburger. E batatas fritas com pimentão. Droga! — Está animada? Eu sei que você está nervosa porque você é assim. Mas está entusiasmada com o casamento? — Fiquei entusiasmada com isso desde que ele propôs. Eu só queria ir mais devagar. — Se fosse mais devagar, você voltaria no tempo. — Ela pega um pãozinho da cesta de vime no centro da nossa mesa e tira um pequeno pedaço. — Se um homem me propusesse, eu correria para o altar. A garçonete chega e estou tentada a pedir o hambúrguer, no último minuto, mas eu me contenho e peço a salada. Estou determinada a perder alguns quilos para o casamento. Quero parecer tão perfeita quanto eu puder no meu vestido para Storm – e na lingerie em nossa noite de núpcias. Embora tenha parado de procurar por Storm na internet há muito tempo, as imagens que eu vi dele com vários modelos com corpos perfeitos estão gravadas para sempre no meu cérebro. Ele me assegurou um milhão de vezes que ele apenas farreou com um punhado dessas mulheres e o resto estava apenas posando para a câmera em busca da atenção, mas isso ainda alimenta minhas inseguranças. — Evie? Você está me ouvindo? Balançando a cabeça, volto meu foco para o rosto de Amy. — Desculpe, estava pensando.

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— Eu disse que acho que seria bonito se eu e as outras madrinhas

usássemos

vestidos

vermelhos.

O

vermelho

é

realmente festivo e combinará com suas flores, e é sexy. Fico ótima em vermelho. — Você fica. — Concordo. — Essa é uma ótima ideia. Ela se ilumina. — Não vou deixar a mãe de Storm pensar em todas as ideias. Eu sou sua melhor amiga e, conheço você melhor que ninguém. Ah. Então começou. Eu faço uma nota mental para perguntar a Storm se ele está disposto a fugir.

37 Os vestidos de noiva são coisas mágicas e malignas. Eles parecem tão bonitos no cabide, mas uma vez que tenta colocar seu corpo naquele vestido deslumbrante de estilo sereia, você se pergunta como sua percepção de largura ficou tão distorcida; especialmente a sua própria largura. E aqueles lindos e divertidos vestidos no estilo de balão farão com que se sinta enterrada sob as camadas e você acaba por adicionar pelo menos cinquenta quilos de tecido ao seu corpo. — Você é muito pequena para usar algo tão bufante. — Aconselha Amy enquanto bebe champanhe e senta-se em uma poltrona de veludo em um canto do provador da boutique — Você parece um cupcake. Asia tenta não rir de seu lugar na cadeira no outro canto.

— Eu vou usar saltos. — Protesto. — Eu não faria isso. Vai quebrar o pescoço tentando dançar. Eu dou a Amy um olhar exasperado. — Obrigada pelo voto de confiança. — Estou apenas sendo honesta. Todos sabemos que você é desajeitada. — Posso colocar chinelos quando dançarmos. Muitas noivas fazem isso. Asia concorda com a cabeça, vindo em minha defesa. — Essa é uma ótima ideia. Posso fazê-los combinar com o vestido. Depois de experimentar cinco vestidos, Ásia para, me olha de cima à baixo e puxa um vestido de uma das prateleiras. Está em algum lugar entre o modelo sereia e o cupcake, e esse parece quase feito para mim. É perfeito. — Posso adicionar a pele falsa branca, fazer um xale combinando, adicionar um pouco de brilho para iluminar e você será uma linda noiva invernal. — Diz Ásia, enquanto ela anota todos os detalhes e minhas medidas em seu iPad. Eu me viro e volto para frente dos espelhos, me apaixonando mais pelo vestido enquanto penso nele com as personalizações da Ásia. Desde que eu era pequena, sonhei com isso: o lindo vestido, o homem dos meus sonhos, uma casa nossa. — Você parece uma princesa. — Diz Amy enquanto tira fotos para enviar para Aria. — Não estou enviando isso para Storm, a propósito. Ele não pode vê-la até você caminhar para o altar. Bom. Eu não quero nada azarando o nosso casamento.

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Capítulo 5 Evelyn

— Cara, sua casa é tão perto da minha que nem sequer tem que me telefonar. Apenas grite e eu vou te ouvir. — Talon olha para fora da nossa janela da cozinha na direção de sua própria casa antes de dar a Storm um soco amigável no braço. — Você está brincando? Você não pode ouvir merda nenhuma. — Storm brinca. Asia e eu balançamos a cabeça. — Storm, isso não é engraçado. — Digo. Irmãos ou não, não é legal brincar com a surdez de Talon num dos ouvidos. — Sim, é. — Diz Storm. Talon encolhe os ombros e sorri alegremente. — Confie em mim, Ev, estou acostumado ao seu abuso. — Não é abuso, é amor bruto. — Storm responde. — Devemos ir. — Asia inclina a cabeça contra o peito de Talon, e eu sorrio quando ele coloca os braços em volta dela. Sempre aquece o meu coração ver como os irmãos são parecidos. Talon e sua esposa, Ásia, são um casal bonito, e estamos animados para viver em seu bairro e passar mais tempo com eles — Tenho certeza de que Storm e Evelyn estão esgotados com a mudança e querem finalmente relaxar na sua nova casa. Storm pisca para mim do outro lado da cozinha. — Nós vamos batizar cada quarto quando vocês saírem. Minhas entranhas vibram. Essa casa tem um monte de quartos para batizar: quatro quartos, seis banheiros, dois

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escritórios, uma cozinha, uma sala de jantar formal, uma sala de estar, e uma grande sala, mais uma sala no porão acabado com uma suíte de hóspedes. A casa parece enorme agora, mas nós dois queremos dois filhos um dia e Storm quer espaço para a sua família ser capaz de ficar para visitas, como todos fazem na casa da vovó. Eu honestamente não poderia estar mais feliz sobre isso. — Me chame se precisar de mais ajuda para desembalar amanhã. Eu estarei em casa o dia todo. — Diz Ásia enquanto nós os acompanhamos até a porta da frente. — E assim que vocês terminarem de desembalar, queremos que vocês venham para jantar. — Nós adoraríamos. Depois que eles saem, Storm se inclina contra a porta da frente e sorri para mim. — Enfim sós, em nosso “lar doce lar”. Casa. Eu amo o som disso. — Acho que vamos ser muito felizes aqui. — Isso mesmo, nós vamos ser felizes aqui. — Ele põe a mão atrás do meu pescoço e junta meus lábios nos dele. — Vamos para a cama, baby. Amanhã vamos testar todos os quartos. — Isso soa perfeito para mim. Em nosso caminho para cima, Storm pega Halo. Carrega-o para o nosso quarto e delicadamente coloca-o em sua cama de gato que fica próxima ao meu lado da cama. Niko se enrola no chão ao lado dele, assim como ele vem fazendo desde que nos tornamos uma família.

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— Baby... para de mexer com as cortinas e sente-se comigo. Temos que falar sobre algo. Me viro ao lado da cortina creme que estou tentando arrumar em torno da janela para encontrá-lo sentado na cama. Ele está todo — cara-bonito-que-mora-ao-lado — vestindo moletom cinza e uma camiseta branca com decote em V que tem um buraco de queimadura na mesma de quando ele costumava fumar. A ausência de seu sorriso habitual imediatamente me faz sentir perturbada. Especialmente apenas dois dias depois de nos mudarmos para nossa nova casa juntos. — O que foi? — Eu desci da cadeira e atravessei a sala para me sentar ao lado dele. — Lembra quando eu prometi que nunca mentiria para você? Não importa o que? — Sim ...— Um flash de medo passa pelo meu corpo. Não há nenhuma maneira de uma boa conversa vir de um começo assim. — Eu menti para você. Uma vez. Um tempo atrás. Meu coração se aperta, e eu olho para ele até minha visão ficar em borrões e vejo dois dele sentado em frente a mim. Meu Deus. Aqui está. Tudo o que eu temia. Ele é um jogador. Um mentiroso. Ele tem dez filhos espalhados por todo o país. Ele não me ama em tudo. Ele tem uma doença sexualmente transmissível que agora está dentro de mim. Em breve eu vou ter coceira e estar cheia com antibióticos, ou eu vou ser uma madrasta para um bebê que se parece com a groupie mais ávida da banda, Juggsy.

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Ele pega a minha mão. — Evie ... respira. Você está ficando azul, baby. — Estou com medo. — Sussurro. Ele respira fundo. — Eu também. Não quero que você fique com raiva de mim. Eu odeio quando você está com raiva de mim, só não quero que isso fique na minha cabeça mais, me corroendo. — Ok. Por favor, fale. — Eu não quero que ele me diga nada. Prefiro recuar de volta para dez minutos atrás, quando a minha maior preocupação do dia era como fazer as cortinas parecerem como na fotografia. Mas ele vai me dizer, e as cortinas provavelmente nunca vão ficar iguais. — Lembra da primeira noite que você veio ao meu show com Michael e Amy? — Sim. —

Como eu poderia esquecer aquela noite? Foi a

primeira vez que vi Storm no seu meio, se exibindo no palco com sua guitarra, piscando seu sorriso sexy para todas as mulheres agarradas a seus pés e gritando seu nome. Ele cantou uma canção para mim no palco e me transformou em uma poça de emoção. Então ele foi para baixo em mim em um depósito com centenas de pessoas fora da porta, incluindo o meu melhor amigo e meu namorado na época. Não foi um dos meus melhores momentos. Foi um dos meus melhores orgasmos, no entanto. A culpa e frustração daquela noite me fez agir como uma cadela, e Storm e eu tivemos uma briga. E então ele...

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— Eu não recebi um boquete de Jill. — Ele deixa escapar — Estava bebendo, estava chateado, e queria te fazer ciúmes. Eu queria que você me quisesse para caralho, e você me empurrou. Tive que sentar lá e assistir você sair com aquele idiota. — M-Mas você disse... — Sei o que disse, mas isso não aconteceu. Ela tentou, estava em cima de mim... e eu me livrei dela. Foi quando mandei uma mensagem para você. Fui para casa sozinho. Totalmente sem boquete. Exalei com alívio, mas meu coração ainda está batendo no meu peito. — Então, nada aconteceu naquela noite com ela? — Não. Nada. Seus olhos verdes, geralmente tão brilhantes e cheio de vida, estão escuros e perturbados de uma forma que nunca vi antes, enquanto nós olhamos um para o outro; porque ele realmente se importa. Porque sob o cabelo comprido, as tatuagens, o personagem confiante e que gosta de flertar, está um homem com uma alma honesta e um coração de ouro. — Você prometeu que nunca mentiria para mim. — Eu o lembro. Claro que esta é uma mentira com a qual posso viver, estou mesmo feliz. Mas depois de descobrir que eu estava a viver com um mentiroso por anos sem saber, preciso saber que não vai se tornar um hábito com Storm. Ele me agarra e me arrasta para os seus braços. — Eu sei. Foi uma vez e nunca vai acontecer de novo. Você tem a minha palavra, baby. Eu sei que isso não te faz bem. Mas

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senti que tinha que te forçar um pouco, para reclamar seu direito em mim. Nada mais estava funcionando. Eu cheguei num ponto baixo. Eu descanso minha cabeça contra seu peito e aperto meus braços firmemente em torno da sua cintura. — Você não tem ideia de quanto ciúme eu tinha. O pensamento de outra mulher tocando em você me fez sentir louca e doente. — Como você acha que me senti vendo a mulher pela qual sou louco, sair com outro cara? — Eu sinto muito. Eu me senti como uma merda com isso. Mas você sabia que era uma situação confusa quando nós nos conhecemos. Ter sentimentos por você me pegou de surpresa. Toda essa situação era uma merda. — Era uma merda ruim. Eu suspiro e beijo seu peito, diretamente sobre seu coração, e deixo meus lábios permanecem lá contra o material fino de sua camisa. — Estou tão feliz que não fez nada com ela naquela noite. — Eu digo suavemente. — Eu também. Mas deixa eu te perguntar uma coisa... se não tivesse mentido para você naquela noite, você ainda acha que teria decidido deixar Michael e ficar comigo? Eu nem sequer tenho que pensar sobre a resposta a essa pergunta. — Sim. Definitivamente. Você já tinha meu coração, Storm. Embora você estivesse certo. O ciúme me forçou a decidir mais rápido.

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Ele me empurra para baixo na cama e fica em cima de mim, abaixando o rosto para o meu pescoço. Seus lábios deixam uma trilha de beijos da minha garganta até meus lábios antes que ele puxe para trás. — Quando você soube que me amava? — Isso é tão difícil de responder. — Tente. — Seus lábios tocam os meus novamente — Eu quero saber. Deslizo minhas mãos por baixo de sua camisa, me deleitando com o calor de sua pele, enquanto meus pensamentos voltam para o nosso fim de semana presos em seu caminhão durante a nevasca. — Houve tantos momentos. — Finalmente digo — Quando você me segurou no caminhão e parou o meu ataque de pânico... então quando você me contou como salvou Niko. Você me carregando ao redor na neve. E quando dávamos as mãos e dormíamos juntos na cabine. — Sorri com as memórias — Mas acho que o que realmente foi decisivo, foi quando você veio e cuidou de mim quando eu estava doente, e você lembrou do meu latte favorito. Você me ouviu, realmente me ouviu. — Eu acariciei seu rosto enquanto ele absorvia cada palavra. — O Natal com você foi incrível também. Você sabe o quê? Eu acho que cai de amores por você todos os dias, cada vez mais. E continuo caindo e caindo e caindo. — Eu conheço o sentimento. — Quando é que você soube? — Todos esses mesmos tempos que você disse... mas só havia esse sentimento que eu tinha, desde o início, quando encontrei

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você em seu carro. Mesmo que estivesse agindo como uma louca, insana, eu sabia que você era única. Eu ri e o beijei. — Muito obrigada. — Honestamente? Eu gostei de como era verdadeira. Não há nada falso com você. E gostava que poderia ser eu mesmo com você. Eu não queria que esse fim de semana terminasse. Queria ficar naquele caminhão com você para sempre, e não ligava a mínima sobre qualquer outra coisa. Pelo menos uma vez por dia pergunto ao universo como eu posso ter tanta sorte em ter Storm na minha vida. Muito parecido com uma tempestade, ele explodiu em minha vida, criou um monte de turbulência inesperada e, em seguida, me levou longe de tudo para o céu ensolarado.

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Capítulo 6 Evelyn

Estamos a caminho para a casa da avó de Storm, onde iremos almoçar com ela e outros membros da sua família que estiverem por lá. A casa dela é como um eixo central, alguém está sempre de visita ou para ficar com ela por alguns dias. Nosso casamento está a menos de um mês de distância, e Aria quer discutir detalhes de última hora amanhã no café da manhã. Estou muito por fora dos detalhes, para ser honesta. As últimas semanas têm sido um borrão com mudança para uma nova casa, cuidando de planos do casamento, e tentando me manter em dia com as responsabilidades do trabalho. Desde que a banda de Storm está em uma pausa prolongada, ele teve tempo para se envolver com tudo, o que eu amo. Ele ajudou a escolher sabores do bolo de casamento, nossas alianças de casamento, e opções de jantar para a recepção, e cuidou de tudo relacionado com a lua de mel. Ele insistiu em fazer fotos pré-casamento em nossa nova casa com os nossos animais de estimação, colocando pequenas gravatas borboleta sobre Niko e Halo para que pudessem posar conosco. A namorada de seu primo Vandal, Tabi, é uma talentosa fotógrafa e fez fotos românticas de nós em nosso quintal com o pôr do sol atrás de nós. Então ela fez algumas fotos adoráveis com os nossos animais de estimação. Storm imprimiu as nossas favoritas em lona e pendurou-as por toda a casa, e cada vez que eu passo por uma, fico atordoada que estou nessas fotos; sorrindo, feliz, loucamente apaixonada.

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Meu telefone emite um sinal sonoro enquanto estamos dirigindo, e eu o tiro fora da minha bolsa para ver uma mensagem de texto a partir de um número familiar na minha tela. Ah Merda. MICHAEL: Podemos falar? Você não respondeu nenhuma das minhas chamadas ou textos em mais de seis meses.

Franzo minha testa. Michael tem o pior timing. Eu não quero pensar nele ou falar com ele hoje, nem nunca. EU: O que você quer? Eu não tenho nada para dizer para você. MICHAEL: Você tem me evitado desde que saiu de casa. EU: Nós terminamos. Não há nenhuma razão para falar. Isso foi há muito tempo atrás! MICHAEL: Você não acha que tudo aconteceu muito rápido? Nós tivemos uma briga, você saiu e foi viver amigada.

Ele está falando sério agora? EU: Eu não fiz barraco. Por que nós temos que relembrar isso? Você tinha uma namorada, lembra? Você mentiu para mim durante anos. E eu me apaixonei por outra pessoa. Acabou. MICHAEL: Eu só acho que deveríamos falar antes de ir para a frente com seus planos malucos. EU: Eu vou me casar em menos de um mês. Eu estou feliz. Não há planos loucos. Que merda. MICHAEL: Ele vai te machucar. EU: VOCÊ me magoou. Ele me ama. Pare de me incomodar.

— Quem é que você está mandando mensagens de texto tão ferozmente? — Storm pergunta a partir do assento do motorista. — Michael. — Michael? Que diabos ele quer? — Falar, aparentemente. Ele acha que eu não deveria ir em frente com os meus planos loucos. Ele é um idiota. Os nós dos dedos dele ficam brancos conforme ele agarra o volante mais apertado.

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— Ele está com ciúmes e está tentando entrar em sua cabeça. Me dá o telefone. — Ele estende a mão. — Storm… Ele abana seus dedos. — Entrega. Coloco o telefone na mão estendida. Ele olha para a tela, pressiona um botão, e põe o telefone no ouvido. Oh não…. — Surpresa, não é Evelyn. Olhe Mike, é hora de deixar ir e seguir em frente, porque se você não fizer isso, eu vou ter que encontrar algumas maneiras criativas para fazer você ir. Sim... eu sei... não é uma ameaça, homem, estou apenas apresentando a verdade. Bom. — Ele balança a cabeça. — Não ligue, não mande texto. Nem sequer ouça a minha música. Pareço que estou brincando? Se recomponha, mano. Ele termina a chamada e devolve o telefone para mim com um sorriso. — O quê? — Diz ele inocentemente. — Nada. — Me inclino em todo o carro e beijo sua bochecha. — Eu apenas te amo.

— Meu neto favorito está aqui! — Vovó exclama feliz quando Storm e eu entramos na sala de estar.

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— Vó, você acabou de me dizer uma hora atrás que eu era o seu favorito. — Mikah está empoleirado na beira da lareira, onde está jogando em seu telefone celular. — Vocês são todos meus favoritos, querido, apenas em momentos diferentes e de maneiras diferentes. — Vovó responde enquanto Storm e eu revezamos para beijá-la. — Evie, você está linda. Você está brilhando. Minhas bochechas coram com calor enquanto eu me sento no sofá a poucos passos de distância da cadeira em que ela está relaxando. Storm se senta no chão ao lado dela e segura sua mão. — Obrigada, vovó. — Respondo — Você está realmente linda. — Ela sempre está linda e feliz, mas hoje ela aparece um pouco mais frágil e cansada do que ela estava quando nos visitou há algumas semanas, e sua mão delicada, sob a de Storm, está tremendo ligeiramente. — Eu comprei o vestido mais perfeito para seu casamento. — Ela diz — E eu fui para Joe e Nancy do outro lado da rua, eles não têm nada para fazer no dia de seu casamento, então eu os convidei. Você não se importa, não é? Eles são sempre tão bons para mim. Ela me traz mel caseiro. Seu filho é um apicultor. — É claro que eles podem vir, vovó. — Storm pisca para mim e eu sorrio de volta para ele. Estou bem com a família de Storm convidando seus amigos, quanto mais, melhor. Mikah se levanta e empurra seu telefone no bolso de trás. — Se vocês vão falar sobre coisas do casamento, vou dar o fora daqui. — Apenas se certifique de aparecer no dia do casamento. — Storm diz para ele.

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— É bar aberto, é claro que estarei lá! — Ele é tão mal-humorado. — Vovó diz quando Mikah deixou a casa. — Ele precisa de uma garota bonita como você, Evie. — Ah, Mikah não gosta de meninas agradáveis, vó. — Diz Storm. — Ele gosta de meninas sujas, más. Ela acena a mão livre no ar. — Oh, isso é apenas uma fase. E eu lhe disse que é melhor ele não ficar bêbado em seu casamento e agir como um tolo. Estou ficando velha demais para todas as travessuras de vocês, rapazes. Sufocando uma risada, eu fico de pé e me dirijo para a cozinha. — Estou indo fazer o almoço, relaxe com Storm, vovó. — Sempre gosto de lhes dar algum tempo a sós para conversarem quando visitamos. Especialmente se eles estão falando sobre os outros caras, porque eu não preciso ouvir todos os detalhes loucos e sangrentos de suas vidas pessoais. Eu aqueço uma panela de sopa de frango caseira da vó, faço uma grande tigela de salada verde, e coloco um punhado de pães macios em uma cesta. Assim que estou terminando de pôr a mesa, Storm e vovó se juntam a mim, de mãos dadas. Ele ajuda ela a sentar numa cadeira, em seguida, toma um assento ao meu lado. — Obrigado por ter feito tudo. — Ele sussurra, se inclinando para beijar o meu ombro. — Evelyn, para quando é esperado? — Vóvo nos olha por cima do aro de seus óculos enquanto ela espalha manteiga sobre o pão.

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Eu engasgo com a minha sopa. Storm olha para ela, depois para mim, depois de volta para ela. — Esperado? O quê? — Pergunta ele, com olhos arregalados. — O bebê. Você está grávida, não é? — Não. — Digo rapidamente, limpando a boca com o guardanapo. — Eu não estou grávida. — Ela não está grávida. — Diz Storm. — Certo, querida? — Ele olha para mim com os olhos arregalados. Vovó me estuda com seus olhos sábios e sorriso amoroso. — Você tem esse brilho de bebê. Eu nunca estive errada. Eu olho para Storm e balanço a cabeça. — Não... estou muito feliz e animada com o casamento, e, finalmente, vivermos juntos. Eu nunca estive tão feliz. E só comecei a usar um novo creme para o rosto. E estou bebendo muito mais água. Nós não estamos planejando ter um bebê ainda. — Eu quero correr e me examinar no espelho grande da vovó para ver se eu pareço gorda. Estive tomado cuidado com a minha alimentação, caminhando na esteira, e tendo relações sexuais como uma louca quase todas as noites. Certamente eu estou queimando uma tonelada de calorias. As pessoas são tão críticas das noivas, e uma vez que nossas fotos de casamento chegarem às mídias sociais, os fãs da banda irão me controlar e fazer zoom em nossas fotos. A última coisa que preciso é ver centenas de comentários dizendo que eu pareço gordinha e inchada. — Os bebês vêm quando querem, eles não se importam se você está pensando ou não. — Ela aponta o garfo na direção de Storm. — Asher foi o único planejado pelos seus pais. O resto de

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vocês

foram

pensavam

surpresas.

que

tinham

Especialmente terminado

com

Rayne. os

Seus

bebês,

pais então,

finalmente, a menina que queriam veio. Storm aperta minha perna debaixo da mesa. — Vó, eu sei que você quer um bebê para estragar e todas essas coisas felizes, mas não estamos tendo um bebê ainda. Queremos esperar um ano ou dois antes mesmo de pensar em começar uma família. — Um ano ou dois? Isso é muito tempo. Eu posso não estar aqui, até lá. Eu não vou viver para sempre. — Vovó! — Nós dois dizemos, ao mesmo tempo. Storm passa a mão pelos seus cabelos. — Você não vai a lugar nenhum. E não estamos grávidos. Podemos apenas falar sobre o casamento, uma vez que está acontecendo? Vamos ter flocos de neve caindo sobre nós, em vez de pessoas jogando arroz ou soprando bolhas. Quão legal é isso? Os olhos de sua avó brilham ao ouvir o entusiasmo de Storm. — Acho isso adorável. O tema casamento-inverno é tão mágico. Aria me mostrou uma foto do bolo que vocês vão fazer, ele vai ser bonito demais para comer. O bolo de quatro andares que nós escolhemos será decorado com galhos de chocolate e frutas vermelhas cristalizadas e polvilhado com brilhos comestíveis que se parecem com neve gelada. — Ele tem uma camada de chocolate branco. — Storm divaga — Vou comer toda aquela coisa sozinho. — Se inclinando para mais perto, ele sussurra em meu ouvido. — Então eu vou comer você.

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— Minha audição é melhor do que você pensa. — Anuncia vovó. — E de repente estou me sentindo muito cansada. Eu acho que eu gostaria de ir tirar um cochilo. Eu me sinto horrível que vocês vieram até aqui para me ver, mas tenho muito sono hoje. — Isso está totalmente bem. — Disfarço minha preocupação com um sorriso. — Conseguimos ver você, e isso é tudo que importa. Storm salta do seu assento. — Eu vou levar você para o seu quarto. — Não seja bobo. Você não pode me levar. Ele prova que ela está errada carregando ela suavemente para cima em seus grandes braços tatuados e levando-a para fora da cozinha e pelo corredor até seu quarto enquanto ela ri todo o caminho. Antes de limpar a mesa, me sento em silêncio por alguns minutos, apreciando um dos momentos mais doces que eu já presenciei. A primeira vez que encontrei Aria, ela me disse que Storm tinha um monte de amor para dar. Na época, eu não tinha ideia de como isso era verdadeiro, ou o que eufemismo que era. Storm é uma das poucas pessoas que eu já conheci que realmente sabe como amar alguém. Meu coração aperta ao olhar para o anel de noivado no meu dedo. Aquele homem incrível, que amorosamente carregava sua avó para outra sala, vai ser meu marido e, um dia o pai dos meus filhos. Quem diria que se perder em uma nevasca viria a ser a melhor coisa que já me aconteceu?

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Capítulo 7 Storm

Tocar com minha guitarra geralmente limpa a mente, mas hoje minha mente está dando voltas após a visita a vovó ontem. A mulher que tem sido uma segunda mãe para mim desde o dia em que nasci — e que me puxou para fora de centenas de ciladas — está ficando cansada. Eu posso ver isso em seus olhos nublados, e eu posso ouvi-lo em sua voz enfraquecida. Eu podia sentir ela mais leve, quando a carreguei. Eu vou perdê-la. Algum dia — talvez em breve, talvez não. Qualquer dia é muito cedo. Eu finalmente encontrei o amor da minha vida, e agora poderia perder a mulher que me fez acreditar que eu poderia amar. E ser amado. Mas isso é que é a vida — amor e perda, amar e perder. Tudo o que quero fazer é me concentrar na parte de amar, e não na parte de perder. Mais fácil falar do que fazer. Coloco minha guitarra para o lado e me inclino para trás no sofá de couro preto no meu quarto de guitarra. Queria que Evie estivesse aqui, porque quando tocar guitarra não consegue manter os fantasmas à distância, estar perto dela, me perdendo nela, sempre me dá a paz e solidez que eu preciso. Mas ela está fora tomando café da manhã com a minha mãe para falar sobre casamento e resolver as coisas.

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E aqui estou, no meu novo quarto de guitarra, com Niko aos meus pés, segurando um pedaço de papel na minha mão que não olhei em um longo tempo. A nota é escrita à mão com tinta azul que está desaparecendo com o tempo, e o papel branco, forrado está macio e desgastado de tanto ser dobrado e desdobrado. Eu deveria ter me livrado dela anos atrás, e cheguei perto algumas vezes, geralmente quando eu estava bêbado. Mas jogar fora uma nota de suicídio parece muita maldade, mesmo quando você está bêbado pra burro. É sagrado. Intocável. Uma deprimente, torcida e sombria lembrança. É também muito mais do que isso. Essas palavras são o meu castigo, a minha sentença de prisão perpétua proferida pela minha primeira esposa de dezoito anos de idade. Storm, Se você está lendo isso, então eu acho que eu me fui. Tenho certeza que você encontrou a outra nota, a que eu deixei para todo mundo ler. Mas escondi esse onde sabia que só você iria encontrálo. Meu único arrependimento é que eu não posso estar lá para ver você e sua pequena família perfeita lidando com essa bagunça. Tenho certeza de que meus pais estão se fingindo de vítimas, fingindo que alguma vez deram a mínima para mim. Você me fez fazer isso. Eu tentei tanto fazer você me amar, mas sei que você nunca amou. Você ama sua guitarra e sua moto e sua família e eu sou apenas um nada para você. Você nos faz viver nesse pequeno apartamento de merda e trabalhar em empregos de baixa qualidade. Você sabe que seus pais lhe dariam dinheiro,

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mas você teve que ser um idiota e tentar provar um ponto o tempo todo. Quando você vai acordar? Você nunca vai ser como seu pai. Você nunca vai ser uma estrela de rock famosa. Você é apenas um aspirante perdedor e eu estou tão cansada de você falar e falar sobre seus sonhos estúpidos. Seu próprio irmão não quer você na banda, porque ele sabe o que você é um perdedor. Toda vez que eu tentei falar com você, você me ignorou. Eu implorei por um lugar melhor e um carro melhor para que eu pudesse ser feliz. Asher e Ember têm tudo e não temos nada. Por que ela consegue tudo? Por que todo mundo a ama? Meus próprios pais não me queriam e agora estou presa com um marido que não me quer também. Eu queria me casar para ter alguém que me amasse. Bem, adivinhe? Eu não quero você também. Eu te odeio. Não suporto olhar para você ou ouvir sua voz. Gostaria de ter matado você quando eu te acertei com aquela faca. Foi bom te machucar. Agora você sabe o que sinto todos os dias. Ah, e agora que estou grávida, de repente, sua mãe quer tentar ser boa para mim. Tipo, agora sou boa o suficiente para todos? Eu sei o que vai acontecer. Assim que tiver esse bebê todo mundo vai amar o bebê e se esquecer de mim. Eu não quero nem esse bebê. Isso me deixa doente, ter seu bebê em mim. Ele provavelmente vai me odiar como todo mundo faz. Eu não quero continuar a me sentir desse jeito e é sua culpa. Tudo o que você tinha a fazer era tentar me fazer feliz e nada disso teria acontecido. Você disse que queria se divorciar porque você pensou que eu seria mais feliz sem você. Eu ficaria, mas não vou

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voltar a viver com os meus pais e não vou deixar você tomar apenas esse bebê. Você não pode apenas se livrar de mim assim. Eu não quero mais viver assim. Odeio esse lugar e eu odeio meus pais e eu te odeio e odeio esse bebê e eu só quero que tudo isso acabe. Agora você pode passar o resto da sua vida sabendo que você me matou e a esse bebê porque você é um idiota egoísta e você não merece ser feliz e você não merece ter alguém que te ame e você não merece ter esse bebê. Você foi um marido de merda e você seria um pai ainda pior. Aproveite sua vida. Britney Suas palavras cortaram profundamente, arrancaram todos os meus órgãos, e os retalharam em seu massacre. Nós éramos muito jovens para casar, e muito jovens para lidar com sua depressão. Depois que seus pais abriram mão dela, ela parou de ver sua terapeuta e esperava que eu fosse consertá-la, agitando uma varinha mágica que eu não tinha. Ela me odiava por não ser capaz de fazer todo o melhor para ela. Eu me odiava também. O que começou como diversão, inocente, amor adolescente se transformou em uma tragédia horrível que vai me assombrar até o dia que eu morrer.

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— Storm? Pisco com a cara de sorriso adorável da Evie que entra em foco, se inclinando por cima de mim. — Ei, você. — Diz ela — Você caiu no sono aqui? Só fui embora por algumas horas. — A sua mão empurra meu cabelo para trás do meu rosto enquanto ela beija minha bochecha. Eu estiquei meus braços para fora, bocejo, e me sento. — Sim... acho que cai. Ela se joga no sofá ao meu lado com um grande suspiro e puxa suas botas. — Sua mãe é desgastante. Eu a amo, mas oh meu Deus, é difícil ficar junto com ela algumas vezes. Eu disse a ela que não precisamos de uma escultura de gelo e uma fonte de água que flui. Os convidados não se preocupam com essas coisas. Preocupam? — Acho que não, querida. Eles querem comer e beber e dançar e assistir a gente se beijar. — Isso é o que eu pensava. — Ela deita a cabeça no meu ombro. — Eu senti sua falta durante toda a manhã. — Também senti sua falta. — O que é isso? — Ela toca a nota deitada na minha perna. Porra. Me esqueci de colocá-la fora e dormi com a nota aqui. Eu exalei uma respiração profunda. — Esse é o lugar onde meu futuro encontra o meu passado. — Huh? — Ela pisca para mim. — Está se sentindo bem? Viro de lado para ficar de frente para ela. — Não mesmo. — Lentamente entrego a carta. — Eu ... — Tomo um longo ar. — Quero que você leia isso.

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Ela inclina a cabeça para o lado enquanto, hesitante, toma a nota de mim. — O que é isso? — Basta ler isso. — Digo baixinho. Seus olhos se deslocam para baixo para a página e, após alguns segundos, sua mão começa a tremer. Ela imediatamente olha para mim com lágrimas nos olhos. — Storm... — Sua voz se quebra com emoção. — Isso é... Eu não deveria ler isso. Engulo o nó na garganta e luto contra as minhas próprias lágrimas. — Quero que você leia, preciso que você leia. Nunca mostrei isso a ninguém. Não quero mais estar sozinho com isso, Evie. Eu quero você nisso comigo. — Ok. — Ela sussurra. — Estou aqui. — Ela pega a minha mão enquanto ela lê as palavras venenosas escritas pela primeira garota com a qual eu já estive em um relacionamento. E Evie será a última. O dano que Britney fez na minha cabeça e coração impede qualquer um de estar no meio. Lágrimas caem de seus olhos para o papel que ela lê, até que ela atira para o lado como se fosse fogo e joga seus braços em volta de mim. Ela enterra o rosto no meu pescoço e me abraça tão apertado que mal posso respirar. — Eu sinto muito... não tinha ideia... é horrível... as coisas que ela disse e o que ela fez. — Ela engole ar e se apega ainda mais apertado em mim. — Sei que ela estava doente, mas é devastador... tudo isso.

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Ela se afasta do meu pescoço e enxuga as lágrimas enquanto eu envolvo meus braços em torno dela. — Não é verdade. — Diz ela, engasgando entre as palavras — Você merece ser amado. Você é o homem mais amoroso que já conheci em toda a minha vida. — Levei um longo tempo para chegar aqui. E ainda mais para me deixar amar alguém. — Anos. Por anos eu levantei paredes à minha volta. — Quando eu te conheci... apenas aconteceu. — E eu te empurrei para longe. — Ela inclina sua testa contra a minha. — Sinto muito, eu era tão difícil. Toco o queixo e levanto seu rosto. — Isso foi completamente diferente. Você tinha que estar pronta para o amor também. E chegamos lá. Isso é tudo que importa. Ela sorri fracamente e me olha nos meus olhos. — Nunca, nunca vou te machucar. Te prometo. — Sei que você não vai. E eu não vou te machucar. — Beijo seus lábios e aperto meus braço em volta da cintura — Obrigado... por ler isso. Sei que foi duro. Sinto como se um peso fosse levantado de mim, deixando você ler. Era muito para manter por tanto tempo. — Você era muito jovem para passar por algo assim. E é terrível que você manteve tudo guardado dentro de si. — Ela mastiga o lábio inferior e, em seguida, acena decisivamente — Se você quiser falar sobre ela, não tem problema, Storm. Não vou ficar brava ou com ciúmes. Quero estar aqui para você em todos os sentidos, não apenas para as coisas boas, divertidas.

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Movo minha mão até a nuca dela e puxo sua boca para baixo para encontrar a minha. — É por isso que vou casar com você. — Sussurro contra seus lábios. Nossos beijos se tornam profundos e desesperados quando ela puxa a minha camisa, baixando a cabeça ao meu peito para beijar a minha cicatriz de seis polegadas. Ela a tocou muitas vezes, mas nunca soube como eu a consegui, até hoje. E agora ela está arrastando seus lábios para baixo da linha acidentada, levando as más recordações longe como só ela pode.

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Capítulo 8 Evelyn

Storm cai em um sono profundo depois de fazer amor, mas mesmo as duas horas de prazer que tive com ele não podem me embalar no sono essa noite. Ao invés disso, eu me deito com meu braço sobre seu estômago, minha perna sobre a dele, e minha cabeça em seu ombro precisando estar mais perto dele. A nota de Britney foi devastadora para além das palavras. Eu não posso imaginar que tipo de ódio, depressão e desesperança estava passando por sua mente para fazê-la querer continuar a ferir Storm mesmo depois de enterrada. Eu me pergunto se ela tinha alguma ideia de quanto dano fez. Eu quero odiá-la. Gostaria de poder me sentir feliz que ela está morta. Mas não sinto isso. Sinto pena dela terminando sua vida tão jovem e tendo o feto com ela, quando ela não tinha que fazer isso. Ela estava tão focada no que não tinha, que não podia ver o que ela tinha. Tudo faz muito sentido para mim agora. Durante uma de nossas conversas no episódio “presos em uma nevasca”, Storm admitiu não ter relacionamentos, ele só tinha amigos com benefícios. Sexo e tchau. Pensei que ele era apenas um cara pulando de cama em cama com um monte de garotas bonitas, evitando compromisso, vivendo como um playboy. É uma das razões que eu não queria me envolver com ele. Eu não sabia que ele passou por uma experiência tão trágica com seu primeiro relacionamento. Eu

não

sabia que ela colocou

nele, tão

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profundamente, o medo de estar apaixonado que levou doze anos para ele mesmo tentar novamente. E de todas as mulheres do mundo, ele escolheu me dar seu coração. Por quê? Certamente não sou a garota mais bonita. Não sou rica. Não há nada emocionante sobre mim. Posso ser realmente irritante. Sou uma motorista de merda. Estou sempre coberta de pelo de animais de estimação. Sou estranha. Sou bonita, embora. E carinhosa. E amo ele. Espero ser suficiente. Ele rola para o lado de frente para mim, e imediatamente me aconchego no calor de seu peito enquanto ele descansa sua bochecha contra o topo da minha cabeça. Nossas mãos se encontram e se prendem à outra sob o cobertor. — Você ainda está acordada? — Ele murmura. — Sim. — Você pensa no quanto você me ama? — Sorrio no escuro. — Sempre. — Vá dormir e pensar no quanto eu amo você. Penso. Sempre penso.

— Não vai ter despedida de solteiro? — Mikah grita tão alto que tenho certeza que nossos vizinhos ouviram. — Me diga que você está brincando. — Sério, Storm, que porra? — Finn adiciona. — É a sua noite de festa, pegar umas strippers, ficar bêbado antes de você estar acorrentado a uma esposa.

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Devo ter entrado no pátio, onde Storm, seu irmão, e um de seus amigos falavam, precisamente no momento errado. Deixei a bandeja de refrigerantes e lanches sobre a mesa e voltei para sair, mas Storm me agarra e me puxa para o seu colo. — Meus dias de festas e strippers estão acabados há um longo tempo. — Diz Storm — E não estou algemado, idiota. — Vamos lá, vai ser divertido. — Instiga Mikah — Você não se importa, não é Ev? Me contorço sob os olhares de Mikah e de Finn. Ao contrário de Storm, eles são típicas estrelas de rock, sempre em festa, agindo como loucos, dormindo com groupies, e agindo de forma arrogante e convencida o tempo todo. — Storm pode fazer o que quiser. — Digo — Nenhum de nós queria uma festa. Finn zomba. — Então vocês meninas não estão indo para um clube de strip para empurrar o dinheiro nas cuecas de algum cara ilustre? — Não. — Respondo — Nós não estamos. — Vocês são tão chatos! Storm agarra um refrigerante na mesa e tira a tampa. — Eu não sei o que estão reclamando, vocês fazem festa a cada noite. Não é como se vocês precisassem de uma razão. Mikah empurra um punhado de batatas fritas na boca e fala enquanto mastiga. — É o princípio, cara. Você deveria ter uma última noite antes de ir ao inferno. — Não estou interessado. Por que vocês não vão para uma festa em minha honra? Será que faria vocês se sentirem melhor?

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A cabeça de Mikah balança para cima e para baixo. — Podemos mandar fotos do que você está perdendo e nós estamos recebendo? Storm ri e balança a cabeça. — Não, porra. Não quero ver qualquer uma dessas merdas. É hora de você idiotas saírem. Estou levando a minha futura esposa para jantar. Dizemos adeus e, enquanto Mikah e Storm continuam a brincar, Finn se inclina e sussurra em meu ouvido: — Estamos apenas sacaneando. Sabemos que vocês não querem se divertir com mais ninguém, apenas um com o outro. Aww. Aparentemente Finn também tem um lado bom escondido. Eu lentamente aprendi que a maioria dos caras da banda, tão loucos ou temperamentais como podem parecer, por vezes, têm seus lados bons. Eles estão apenas guardados sobre o que eles mostram para o mundo. Eu admito, eu era uma cadela julgadora quando conheci Storm. Minha ansiedade ganhou e eu tive um colapso sob o estresse de estar perdida, congelando, passando por dois acidentes de carro em menos de meia hora, e ser forçada a confiar em um total estranho usando delineador. Olhando para trás, eu estou surpresa que ele não me deixou naquele banco de neve para ser uma aberração louca sozinha. Felizmente, ele ficou em torno tempo suficiente para ver meu bom lado, mais normal. Sendo o seu verdadeiro eu com alguém, é um mergulho no penhasco maciço de vulnerabilidade. Nada se tornou mais evidente para mim em relação ao ano passado.

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Capítulo 9 Evelyn

Aqui estão muitas razões pelas quais eu queria ter um casamento em Dezembro. O ar ártico, a tonalidade azulada, a pureza de um manto de neve e brilhantes pingentes brancos de gelo, a música do feriado, o fim melancólico do ano e a antecipação de um novo, criam um ambiente global de união e amor. Dezembro detém minhas mais preciosas memórias de família, tudo embrulhado em uma caixa e amarrado com um belo laço em meu coração. Eu não posso pensar em um melhor aniversário para comemorar com tempestade a cada ano. — Você está linda. — Ronnie diz, rompendo meus devaneios. — Obrigado por me deixar te levar até o altar, significa muito, para mim, e para Storm. — Ele segura minhas mãos e aperta. — Seu pai ficaria orgulhoso de você, Evelyn. Eu espero que saiba disso. Eu luto contra as lágrimas para não destruir o trabalho de maquiagem perfeito que Amy fez em mim. — Obrigada por dizer isso. Gostaria que ele estivesse aqui... mas não consigo pensar em ninguém que prefira em seu lugar. — É uma honra. — Seu sorriso é tão familiar, versão mais velha de Storm. Me verifico no espelho mais uma vez. O bracelete de diamantes que me deu essa manhã brilha na luz, meu algo novo. Brincos da minha mãe balançam contra os cachos do meu

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cabelo, meu algo velho. Pendurado em meu pescoço está um colar de Aria, com um pingente em forma de coração em rubi, diamante e ouro branco, meu algo emprestado. E sob o meu vestido estava uma liga de renda azul2 que Tabitha deu. Aria e Amy aparecem ao meu lado no reflexo do espelho, Amy em um vestido vermelho apertado e Aria em um terninho prata. — Você está linda. — Diz Amy — Espero que esteja tão bonita quanto você se alguma vez me casar. — Você está brincando? — Respondo — Você vai ficar ainda mais bonita. Aria reposiciona o xale branco de pele sintética em volta dos meus ombros. — As duas são impressionantes. Está pronta, Evelyn? Vou sair e me certificar que tudo está em ordem. — Me afastando do espelho, eu respiro fundo para acalmar meus nervos. — Estou pronta. Petrificada, mas pronta. A mãe de Storm sorri de maneira tranquilizadora. — Todas as noivas se sentem assim. É emocionante e assustador se casar, não importa quão apaixonada você está. Ronnie inclina a cabeça para ela com um sorriso provocante. — Você estava com medo em nosso casamento? — Eu estava com medo da minha mente, querido. Mas foi a melhor decisão da minha vida. Amy e eu sorrimos uma para a outra quando meus futuros sogros compartilham um beijo. Espero que Storm e eu ainda estejamos amando um ao outro após trinta anos de casados, e, espero que ele pense assim também. 2 É uma tradição nascida na Inglaterra de em casamento, a noiva ter algo novo, algo velho e algo emprestado e algo azul como sinal de sorte.

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Quando os pais de Storm saem, os olhos de Aria estão brilhando. — Ok... é hora de começar esse casamento! — Ela pega a mão de Amy. — Vamos dizer a todos que estamos prontos. — Ela se vira para Ronnie e eu. — Vamos ver os dois no corredor. Vou lhes dizer para começar a música em dez minutos. Depois que saem, Ronnie pega meu braço. — É hora do show! O Ronnie Vale está me levando pelo corredor — um famoso músico e cantor que eu cresci ouvindo. Oh meu Deus... eu estou casando com um músico famoso. Eu concordo. — Você está bem? Concordo com a cabeça algumas vezes. Rapidamente. — Respire, Evelyn. — As palavras ecoam de Ronnie. — Isso não é nada. Chegue lá e diga “eu aceito” é a parte fácil. Toda a parte difícil vem depois disso. Os altos e baixos, crianças, todas as coisas que a vida joga em você. — Ele sorri para mim. — É bom e é ruim, mas sabe o quê? Tudo vale a pena quando passa por isso com a pessoa que você ama. Confie em mim, eu sei. Estou tão pronta para ser Sra Storm Valentine.

me sinto como se estivesse em transe quando ando pelo corredor. Se Ronnie não estivesse segurando meu braço e me guiando, eu provavelmente andaria para a direita. A marcha

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nupcial parece abafada no fundo da minha mente à medida que entramos. Cada um dos meus sentidos é zerado com Storm em pé no altar com seu sorriso sexy, vestindo um smoking preto com uma rosa vermelha presa à lapela e uma gravata vermelha para coincidir com o meu buquê de flores vermelhas sortidas. Ronnie dá a mão para Storm, me beija em cada lado da bochecha, e toma o seu lugar entre Aria e Vovó. O sorriso de Storm alarga quando ele levanta a mão, e solta um assobio baixo, quando me olha de cima a baixo, arrancando risos dos nossos convidados. — Você parece absurdamente linda, de tirar o fôlego. — Ele sussurra. Minha respiração sai acelerada, e eu não consigo parar de sorrir para ele. — Então você... você parece tão bonito todo vestido. — Eu posso contar em uma mão o número de vezes que eu vi Storm fora do jeans rasgado, botas de motociclista, e uma camiseta... mas santo inferno, ele parece incrível em um smoking. O oficiante começa a falar, mas Storm e eu estamos tão fascinados um pelo outro que mal estamos ouvindo. Nossas bocas podem dizer os votos, mas os nossos olhos estão dizendo e prometendo muito mais. Talon, tem que deslocar o braço de Storm para lembrá-lo de pegar o anel para colocar no meu dedo trêmulo, e o salão enche de riso novamente. Meus medos e inseguranças sobre não ter meus próprios parentes aqui nesse dia especial foram esmagados para meras partículas do passado. Estou em uma sala cheia de pessoas que gostam de nós, que me

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amam. Não estou apenas casando com Storm; estou ganhando irmãos, irmãs, tias, tios, primos e uma avó. Talvez meus pais fossem anjos da guarda cuidando de mim quando o meu carro saiu do controle, e eles de alguma forma enviaram Storm para me encontrar, sabendo que seriamos tudo um para o outro. Isso é o que meu coração crê. — Agora você pode beijar sua noiva! Saio do transe nos olhos de Storm e as mãos dele que vão para a minha cintura e seus lábios sorridentes cobre os meus. — Nós fizemos isso. — Ele sussurra, me puxando para mais perto. Nossos convidados começam a bater palmas quando ele me beija mais profundamente, me curvando para trás.

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Me agarro como um visgo em seus braços com lágrimas de felicidade formando em meus olhos. — Eu te amo. — Eu digo sem fôlego. Seus olhos verdes piscam como as luzes do Norte. — Eu também te amo, Evie. Nós descemos do altar e os pais de Storm vêm nos abraçar, vovó, e todos na nossa festa de casamento, antes de entrarmos para o corredor juntos com minúsculos flocos de neve caindo sobre nós. Tabi está esperando no corredor, com Vandal ao seu lado, tiramos as fotos.

— Vocês parecem felizes. — Diz ela, enquanto Vandal a ajuda a vestir um casaco. — Eu prometo que vamos fazer isso rápido para que você possa voltar para sua festa e se divertir. — Vocês irão congelar suas bundas. — Diz Vandal. — Silêncio. — Tabi responde, entregando suas duas bolsas de filmagem. — Eles não podem ter um casamento de inverno sem fotos. Antes de ir para fora, Storm para e me beija, em seguida, move os lábios até minha orelha. — Assim que acabar com as fotos, vou te beijar como nunca beijei antes. Só não quero estragar sua maquiagem para as fotos. — Eu não me importo se você destruir minha maquiagem. — Sussurro de volta. Ele se inclina para longe e sorri para mim. — Me importo, querida. Eu estou feliz. — Meu coração dispara. — Eu também. Mesmo que esteja frio lá fora, decidimos de antemão não usar casacos para as fotos para que as nossas roupas de casamento não sejam cobertas. Agora que é quase cinco horas, é mais frio do que era quando chegamos, e os flocos de neve estão caindo do céu. — Isso é perfeito! Está nevando! — Exclamo feliz quando nós, a pé, vamos do salão de banquetes em direção a um gazebo no gramado cercado por árvores de carvalho grande. Vandal vem atrás de nós carregando as bolsas de Tabi. O contraste entre eles é impressionante, com ele sendo tão alto, moreno e pensativo, com seu longo cabelo preto, e ela sendo pequena, sorridente e loira.

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— Não era possível que vocês se casassem em uma praia? Com o sol? — Ele faz uma carranca quando escova os flocos de neve fora de sua jaqueta de couro preta. Storm balança a cabeça para seu primo. — Não. Nós nos conhecemos em uma nevasca. A neve é simbólica. — Sobre o que? O fato de que nenhum de vocês pode dirigir na neve? Nós paramos no gazebo, cheio de pequenas luzes brancas e Tabi pega as sacolas da câmera de Vandal, atirando-lhe um olhar de advertência. — Seja legal. É romântico. Ele conecta seu dedo no circuito de prata anexado a um colar na garganta dela e puxa os lábios até os dele, segurando-a lá enquanto sussurra: — Vou te mostrar o romântico mais tarde, quando você estiver amarrada à minha cama. Storm e eu trocamos um olhar quando Tabi praticamente derrete sob o olhar duro, mas incrivelmente sensual de Vandal. Eles têm uma relação muito pouco convencional. — Ok, vocês dois podem ter todos os chicotes e as correntes mais tarde. — Storm diz, interrompendo seu momento — Vamos entrar antes de congelar aqui fora. Evie já está tremendo. — Ele esfrega as mãos para cima e para baixo nos meus braços para aquecer. — Você está com muito frio? — Ele pergunta — Nós podemos fazer as imagens lá dentro. Eu não quero que você congele no dia do nosso casamento.

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— Não... estou bem, querido. Eu realmente quero as fotos ao ar livre, e as rajadas serão tão bonitas. Acaricia meu queixo. — Ok, mas vamos fazer isso rápido. — Eu estou pronta. — Anuncia Tabi. — Vamos começar com algumas fotos no gazebo, então vamos fazer algumas por essa árvore e a cerca de madeira, e mais tarde vamos tirar algumas lá dentro. O terreno já está coberto com três centímetros de neve a partir da breve queda dessa manhã, e as árvores e montanhas ao fundo estão cobertas em branco, nos dando o cenário perfeito do inverno. Os flocos de neve caindo irão proporcionar um bônus adicional mágico para as fotos. Tabi e Vandal trabalham juntos tirando as fotos, nos orientam sobre como e onde ficar, movendo nosso cabelo para o lado certo, as luzes se movendo em torno de nós. Esse novo lado útil de Vandal me surpreende, e isso me faz feliz por eles depois de tudo o que passaram. Quando terminamos, Storm retira seu smoking e coloca em torno de meus ombros tremendo para caminharmos de volta ao salão do banquete. Felizmente, os arrepios que tive durante os últimos quarenta e cinco minutos não aparecem nas fotografias. Agradecemos Vandal e Tabi quando voltamos para a sala de recepção para cocktails, mas Storm me puxa para o meu quarto nupcial quando estamos passando por ele, trancando a porta atrás de nós. — O que foi? — Pergunto — Os nossos convidados estão esp...

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Ele pega meu rosto e me beija suavemente, sua língua varrendo meus lábios. Ele agarra o tecido do meu vestido, puxando-o para cima enquanto ele me beija mais profundo. — Como faço para tirá-la dessa coisa? — Ele geme. — Eu não estou esperando até à noite de núpcias para ter minhas mãos em você. Eu me afasto de seus lábios para responder. — Um... eu acho... — Eu o beijo com fome novamente, puxando a gravata, em seguida, me movendo para desabotoar sua camisa. Quero ele tanto quanto ele me quer agora. Talvez ainda mais. — Só puxar o zíper. — Respondo febrilmente. Ele chega nas minhas costas e gentilmente puxa para baixo o zíper do meu vestido. Ao mesmo tempo, solto o xale que cai no chão quando ele empurra o vestido para baixo em torno de meus pés. — Nós vamos ter cuidado. — Diz ele, desabotoando rapidamente suas calças. — Nós não vamos rasgar seu vestido. Mas mantenha os sapatos, eles são sexy para caralho. Suas mãos pegam minha cintura, e ele se inclina para beijar meus

lábios,

suave

e

lentamente

no

início, depois

mais

profundamente e com urgência. Eu empurro sua camisa aberta para o lado e corro minhas mãos de seu peito à volta do seu pescoço, puxando-o para mim. Sua mão se move lentamente ao longo do meu quadril e para baixo para acariciar minha coxa. Minha calcinha de renda branca é empurrada para o lado, e um pequeno gemido me escapa quando seus dedos escovam em meus lábios inferiores.

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— Será que minha esposa quer que eu transe com ela? — Ele provoca em sua voz rouca e sensual. Em resposta, uma onda de calor queima meu núcleo. — Sim...— eu passo minhas mãos para suas calças soltas no quadril e empurro para baixo. Ele agarra minhas pernas, me levanta e me apoia contra a parede floral. Nossos lábios colidem quando eu coloco minhas pernas ao redor de sua cintura e um braço em volta do pescoço, chegando entre nós, com a outra mão para empurrar a minha calcinha de lado para ele deslizar em mim. Gemo de prazer e enredo os dedos em seu cabelo, e ele geme em minha boca, empurrando para dentro de mim mais rápido, mais forte e mais profundo. Nós congelamos quando há uma batida na porta, e a voz de sua mãe deriva através da porta de madeira. — Storm? Evelyn? Vocês dois estão aí? Os convidados estão esperando para vê-los e o jantar será servido em breve. Nossos lábios se separam e Storm tenta recuperar o fôlego enquanto retoma mergulhando em mim. — Já vamos! — Eu sou uma escritora romântica e sei o que vocês dois estão fazendo aí dentro! — Ela chama de volta. — Se Apressem. Vocês podem foder um ao outro depois da festa. Rindo, nós ignoramos e voltamos para nos beijar como se estivéssemos morrendo de fome um pelo o outro. Seus quadris se movem mais devagar, acariciando meu interior com o seu comprimento, deixando-me selvagem, até que eu estou arqueando as costas, levando-o mais profundo, e movendo os lábios para seu

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pescoço, na esperança de abafar minha voz quando eu grito seu nome quando gozo. Se alguém está no quarto ao lado, eu tenho certeza que estão ouvindo a minha bunda batendo contra a parede, quando Storm explode dentro de mim. Gentilmente ele me põe de pé, cobrindo meu rosto enquanto se inclina para me beijar com ternura. Um grande sorriso se espalha por seu rosto quando abrimos nossos olhos. — Sexo casado é incrível. — Diz ele. — Todo o sexo com você é incrível. Nós lentamente nos separamos, e eu busco algo para me limpar. Recolho um tecido de uma caixa sobre a mesa onde toda a minha maquiagem ainda está espalhada. — Todo mundo vai estar se perguntando onde estamos. — Digo nervosamente enquanto nos vestimos e tentamos nos fazer parecer como se não apenas estivéssemos fodendo como coelhos selvagens. Ele me mostra seu sorriso de menino mau. — Todo mundo sabe exatamente onde estamos. — Ele fecha o meu vestido e planta um beijo na parte de trás da minha cabeça. — É seu dia, baby. Você pode fazer o que diabos quiser. Me dirijo a ele sorrindo. — É o nosso dia.

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Capítulo 10 Evelyn

Quando entramos na sala de recepção, todos aplaudem e eu tenho certeza que estou vermelha como uma lagosta, mas Storm apenas me puxa para seus braços e me beija, fazendo com que todos torçam por nós ainda mais. Embora tenhamos contratado uma banda para que os irmãos e primos de Storm pudessem desfrutar da noite com suas namoradas, Talon e Rayne irão cantar um dueto, uma canção de amor que escreveram para nós, com Lukas tocando violino. Enquanto nós nos beijamos, eles sobem ao palco juntos e Talon agarra o microfone. — Senhoras e senhores ... Storm e Evelyn Valentine! Storm me puxa para o centro da pista de dança quando o doce som de violino de Lukas enche a sala. Após alguns momentos, a banda se junta a eles e Talon começa a cantar, e sua voz é rouca e crua, cantando uma canção de amor só para nós. Quando Rayne atravessa o palco para ficar com Talon, ela canta sua parte tão lindamente, que lágrimas brotam em meus olhos. Storm me espreita enquanto nossos corpos se movem juntos. — Ei, não chore ou eu vou fazer eles pararem. Descanso minha cabeça em seu ombro. — É apenas uma bela canção. — Digo com lágrimas — Eles colocaram muito amor para nós. Eu amei. Amo vocês. — Eu te amo.

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Olho em seus olhos, sentindo como se meu coração fosse explodir de adoração por ele. — Eu também te amo. Esse é o dia mais feliz da minha vida. — Prepare-se, baby, porque ele vai ser o primeiro de muitos. —

E acredito que, com Storm, não há dúvida de que seja

verdade.

Após a nossa dança, caminhamos pela sala, de mãos dadas, para saudar todos os nossos convidados. Ao invés de um presente, pedimos aos nossos convidados para doar ao nosso abrigo favorito de animais. Finalmente, somos capazes de sentar para jantar, e então cortar o bolo, que, como vovó mencionou há algumas semanas, é muito bonito para cortar e comer, com cobertura de gelo que se parece com neve de verdade. Sentados na camada mais alta, estão uma noiva e um noivo com cabelos longos, ao lado de uma caminhonete, Storm pediu para a mesma garota fazer. A que tinha feito o globo de neve que ele me deu no Natal depois de nos conhecermos. Vovó leva cuidadosamente os ornamentos e a camada superior pequena do bolo e coloca-os em uma caixa de presente para levarmos para casa. A noite foi um turbilhão entre dançar, conversar com os convidados, tirar fotos, e beijar meu marido, que eu nem sequer percebi até depois de termos o bolo que eu não vi Amy faz um

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tempo. Eu faço a varredura da sala mais uma vez, mas não a vejo em qualquer lugar. Ela não está no bar flertando com o barman bonito. Ao meu lado, Storm está em uma conversa sobre a banda com seu irmão, Asher e seu amigo, Tor. Toco levemente seu braço. — Eu vou à procura de Amy. Volto já. Nós nos beijamos, e eu vou para o outro lado da sala onde eu vejo Ivy e Lukas em pé conversando na porta. Assim que eu chego, Ivy joga seus braços em volta de mim. — Evelyn! Estamos tão felizes por vocês dois. — Ela sorri — Você está linda, esse vestido é incrível. — Obrigada. Aria fez um trabalho incrível. — Você parece um anjo. O tema do inverno foi de chutar o traseiro. — Diz Lukas. — Seu solo de violino foi bonito. Muito obrigada por fazer isso por nós. Ele levanta a taça de champanhe em minha direção. — Qualquer coisa para vocês. — Ei, você viu Amy? — Pergunto — Não consigo encontrar ela. Eles abanam a cabeça. — Não, — diz Ivy — Desde logo após a cerimônia. — Minha testa vinca. — Ok... eu estou indo caçar ela. Deixo a sala de recepção e me dirijo para o banheiro das mulheres, todos os tipos de preocupações circulando pela minha mente. Talvez ela tenha ficado doente? Ou talvez algo aconteceu e

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ela teve que sair? Não é como se ela simplesmente fosse desaparecer. Eu tinha certeza de que ela estaria pairando sobre mim toda a noite, arrumando o meu cabelo e me dizendo para ficar em pé. Na metade do corredor, eu a vejo sair de uma porta à esquerda, com Mikah atrás dela com um cigarro apagado pendurado para fora de sua boca. Ele vai na direção oposta, em direção à porta de saída na outra extremidade do corredor. —

Amy...



Meus

passos

aceleram

enquanto

nos

aproximamos uma da outra. — Tava procurando por você. — Olho para cima, e percebo que minha melhor amiga, que sempre parece impecável, está uma confusão. Seu batom está borrado, seu delineador está manchado, e seu cabelo está levantado na parte de trás. — Onde você estava? — Pergunto. Ela afasta o cabelo com as mãos. — Eu estava dançando. E ficou muito quente lá, então fui tomar um pouco de ar. Eu não lembro de ter visto Amy dançar. — Dançar? — Repito, levantando uma sobrancelha — Com essa cara? O que aconteceu com a sua maquiagem? Ela retira os restos do delineador sob os olhos com as pontas dos dedos. — Eu disse a você, ficou quente. Estreitando os olhos para ela, eu lhe dou uma olhada. — O que está rolando? Você está toda esfarrapada. Se recusando a encontrar meus olhos, ela continua a caminhar em direção à sala de recepção e vou seguindo.

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— Você não tem um marido para dançar ou beijar ou bater nas paredes? — Oh meu Deus, você nos ouviu? — O lugar inteiro ouviu. Balanço

minha

cabeça.

Vou

me

preocupar

com

esse

embaraço mais tarde. Agora quero saber o que está escondendo. Agarrando seu braço, eu a puxo. Não tenho nenhuma ideia de como ela está andando tão rápido nos saltos quando eu mal posso andar nos meus. — Amy... Eu sei quando você não está me dizendo algo. O que você fez? — Não é o que...— Um sorriso malicioso atravessa os lábios, mostrando seus dentes brancos e perfeitos. — Mas quem. — Ah Merda. Quem? — Mikah. — Mikah! Você está brincando comigo? — Pergunto em um tom abafado. Se virando para a direita, ela abre a porta do banheiro feminino e eu sigo para dentro. — O que aconteceu? — Exijo depois que verifiquei se ninguém estava aqui. — Nós estamos ligados. — Ela diz simplesmente, lavando as mãos. — Ligados? O que isso significa? Ela olha para mim como se eu tivesse dez cabeças. — Isso significa que nós fizemos sexo, Ev. — O quê?! Onde? E por quê? Ela cruza os braços sobre o peito.

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— Relaxa. Foi em um armário. Ninguém nos viu. — Eu não posso acreditar nisso. Por que você faria isso? — Toda vez que eu vi a banda, eu sempre estive tão ocupada babando sobre o baixista que eu realmente nunca percebi o quão quente Mikah é. — Por favor, me diga que não teve relações sexuais com o irmão de meu marido. — Por que você está pirando? Somos adultos. Foi consensual. — Foi em um armário no corredor. Com meus cem convidados apenas ao virar da esquina! Incluindo sua mãe e sua avó. O que você tem? — Hum, Olá? Lembra quando você e Storm foram para um depósito em um clube com centenas de pessoas em torno? Lembro de estar guardando a porta para me certificar de Michael não aparecesse. Eu esfrego minha têmpora latejante. — Ok. Ponto feito. Mas Mikah? Ele é um idiota, Amy. Ele não é como Storm, Asher e Talon. Eu não acho que eu já o ouvi ter uma conversa de verdade. O que aconteceu com “cabelo novo, nova Amy, cara novo”? Ela atinge o decote de seu vestido e corrige o sutiã, ajustando seus peitos. — Não me importo se ele é um idiota. Ele é quente e selvagem. Nós vamos nos encontrar mais tarde, ele tem um quarto aqui no hotel para a noite. Deixei escapar um suspiro exasperado, não surpreendeu que Mikah tivesse um quarto aqui. Ele obviamente planejou ficar com alguém. Alguém.

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— Por favor, não, Amy. Nada de bom virá disso. — Eu não sou como você, Evelyn. Eu preciso ter um P regular ou eu vou ficar louca. — Um P? Afinal, o que isso quer dizer? Que língua você está falando? — Um pau. Pênis. Brinquedo de carne. Chame do que você quiser. Eu preciso disso. E Mikah definitivamente tem isso. Se Storm for como ele, droga... agora eu sei porque você não podia resistir. Minha boca aperta. — Por favor, não compare Storm a ele. Storm tem um coração de ouro. Eu não tenho certeza do mesmo com Mikah, ele é rude e desagradável. — Eu gosto dele. Vou ver ele de novo. Esta noite e talvez depois, vamos ver como vai. — Ele não namora, Amy. Ele apenas transa. — Eu estou cansada de namoro. Meus últimos dezesseis relacionamentos caíram e queimaram. Agora eu só quero me divertir. Sem apego. Sem dor de cabeça. Apenas sexo e a chance de estar com uma estrela do rock famoso, que muitos de nós não consegue fazer. Pare de agir como minha mãe. — Eu só não quero ver você se machucar. Novamente. Ela se vira para o espelho e puxa o batom de sua bolsa. — Eu não posso me machucar se não me importo, Ev. É por isso que ele é perfeito. Eu nunca vou me preocupar com alguém como ele. Meu estomago afunda, e dou um passo atrás dela quando ela passa o batom vermelho nos lábios. Não gosto dessa nova atitude

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dela. Ela acha que está protegendo a si mesma, mas sei melhor. Apesar de sua despreocupada e atrevida atitude, Amy esteve à procura de amor por um longo tempo. Ela se afasta de seu reflexo no espelho para me enfrentar. — Evelyn, você se casou com o amor de sua vida. Vá e desfrute de seu casamento e não se preocupe comigo. — Sua voz suaviza. — Você finalmente encontrou sua felicidade, e espero que um dia eu também vá. Até então, eu só quero me divertir, e eu quero que você se concentre em você. — Tudo bem. Basta ter cuidado. Mikah é um tipo totalmente diferente de homem que você está acostumada. Nós não dizemos nada enquanto voltávamos para a festa juntas, e ela faz um caminho mais curto para o bar assim que chega lá. Storm e eu bloqueamos os olhos através de toda a sala, e meu coração tamborila, quando a realidade vem dentro de mim. Ele é meu marido agora. O homem que eu vou passar o resto dos meus dias e noites e vai envelhecer comigo. É um sentimento, esmagador que rouba a minha respiração. Storm dá a Tor um tapa amigável nas costas e corre para mim. — Onde você foi? — Eu fui procurar Amy. — Ela está no bar. — Agora ela está, mas ela estava sumida por um tempo. — Ok... então onde ela estava? — Enroscada com seu irmão em um armário de revestimento. — Seus olhos se arregalaram e ele para de dançar. — Qual?

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— Qual? Você só tem um único irmão solteiro. Ele dá de ombros. — Hey, eu estou apenas me certificando. — Eu não sei o que deu nela. — Casamentos fazem as pessoas sentirem um tipo de amor louco. Endireito sua gravata, que está torta de nossa pressa em nos vestir. — Amy? Isso não tem nada a ver com amor. Estava com Mikah. Ele acena com a cabeça e sorri. — Bem, sim. Verdade. Tenho todos os genes impressionantes do amor. Mikah tem pedaços. — Você tem que falar com ele. — Sobre o quê? — Não quero que ele machuque a minha melhor amiga. Ele vai machucá-la. — Ela pode gostar disso. — Quero dizer seu coração, Storm. — O que você quer que eu faça, Evie? Eu não posso colocar o seu pau em um cofre. Ele faz o que quer. — Ele estende a mão e acaricia meu rosto. — Pare de se preocupar com todos os outros, baby. Eu sei o que você está fazendo e é melhor você parar. Eu viro meu rosto para beijar sua palma. — O que eu estou fazendo? — Você não tem nada com que se preocupar em sua própria vida agora, então você está se preocupando com todos os outros. — Eu não estou fazendo is...

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Ele me puxa para um beijo e sorri para mim. — Evie. Seja feliz. Você não tem que se preocupar o tempo todo. Não há problema em apenas relaxar, ser feliz, ser amada.

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Capítulo 11 Storm

Evie adormeceu, se aconchegou ao meu lado na parte de trás da limusine a caminho do Maine, onde vamos passar a nossa semana de lua de mel. Claro, poderíamos ter voado para Paris ou Havaí ou qualquer destino exótico, mas nós não somos assim. Foda-se todas aquelas horas de viagens de avião, jet lag, e alimentos ruins. Tudo o que preciso para uma lua de mel está bem perto de mim. Puxando o cobertor de lã em torno de nós, isso me lembra da primeira vez que nos aconchegamos sob o cobertor de Niko na parte de trás da minha caminhonete. No momento em que estava contra mim, seu corpo curvilíneo encaixando tão perfeitamente contra o meu, nossas mãos ligadas juntas, eu estava apaixonado. Capturado. Ela estava alheia ao fato de que me tinha, e na negação total que eu a tinha também. Sua ignorância e resistência só me fez amá-la ainda mais. São duas da manhã, quando a limusine para na calçada da pousada, e eu gentilmente acordo ela. — Evie, estamos aqui. — Digo baixinho. Seus olhos abrem e ela sorri sonolenta para mim, exausta do casamento. Estar em um relacionamento com alguém que tem ansiedade social tem sido revelador para o quão difícil é para ela estar perto de pessoas.

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Eu? Eu estou acostumado a ser cercado por pessoas que querem atenção porque eu cresci em um ambiente de celebridade. Pode ser irritante às vezes, mas ele não me assusta. Multidões de pessoas deixam Evie nervosa, e sua ansiedade é tão grande ao ponto de esgota-la mentalmente. Eu aceito que essa é uma parte de quem ela é, mas isso não significa que eu não vou continuar a descobrir maneiras divertidas e às vezes irritantes para ajudar a aliviar sua ansiedade. Estar em um relacionamento com alguém como eu e lidar com minha carreira é enorme para ela. — Me desculpe, adormeci em nossa lua de mel. — Diz ela, dobrando o cobertor — Eu sou péssima como esposa já. — A nossa noite de núpcias ainda nem começou, baby. Saímos da limusine, e o motorista descarrega nossas malas do porta-malas. Evie e eu, chegamos à pousada vitoriana. Katherine, a proprietária, abre a porta quando ela nos ouve e sai para nos abraçar. — Olá. — Parabéns pelo grande dia! — Obrigado por ter esperado chegarmos aqui. — Digo — Katherine, essa é Evelyn. Ev, essa é Katherine, irmã de Asher. Nós nos conhecemos desde a escola. — É bom conhecê-la. — Diz Evie — Ouvi muitas coisas boas sobre a sua pousada e sua cozinha. Nós a seguimos para o foyer. — Quero que vocês dois tenham um tempo maravilhoso. Vocês são nossos únicos convidados para toda a semana, então iremos mimá-los. Sorrio para ela.

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— Você provavelmente vai ouvir-nos muito mais do que quer. — Storm...— Evie fica vermelha ao meu lado. Katherine ri. — Confie em mim, estou acostumada a recém-casados. Saindo do quarto de vez em quando só para tomar ar e comer, então eu sinto que estou fazendo o meu trabalho. — Ela pega duas das malas. — Vamos, vou levá-los para a sua suíte. No caminho, a filha de Asher, Kenzi aparece no topo das escadas. Ela nos abraça assim que chegamos ao topo. — Tio Storm, me desculpe eu não pude estar em seu casamento. Eu queria, mas sabia que Tor estaria lá e meu pai não está pronto para nos ver juntos... ainda. Estamos tentando lhe dar tempo para se acostumar com tudo. Eu não quero causar qualquer tensão. — Está bem. Sabíamos que teríamos de ver você aqui desde que está trabalhando com Katherine. E eu falei com Tor no casamento... ele disse que está com saudades. Ela sorri, seu lábio inferior treme. — Eu também. — Ela diz suavemente. Quando eu descobri que o melhor amigo do meu irmão e minha sobrinha estavam apaixonados, eu fiquei chateado no início, também. Ela é quinze anos mais nova que ele. Mas eles estão firmes. Eles se amam. Enquanto eles estiverem felizes e ele a tratar bem, isso é tudo que importa para mim. — Eu vou fazer o café da manhã. — Diz ela — Basta chamar quando estiverem prontos.

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Uma vez que os cliques da porta se fecharam atrás de Katherine e Kenzi e eu finalmente tenho a minha esposa só para mim, a pego e levo até a cama king, coloco sobre o edredom cinza suave, e rastejo em cima dela. Apoiando-me em meu cotovelo, eu olho para seu rosto, sorrindo. — Eu te disse que você estava presa comigo para sempre. Não pode voltar atrás agora, baby. — Seus braços envolvem em torno de meu pescoço. — Eu nunca, nunca quero voltar. A beijo suavemente, saboreando os lábios e acariciando sua língua com a minha. Eu estico o braço por cima da cabeça, e minha mão desliza para cima de sua carne até que nossos dedos se encontram. Estamos cansados, mas a última coisa que estou querendo é dormir. A única coisa que eu quero é fazer com que essa noite dure para sempre. Vamos para o banheiro, onde lentamente removo as calças de yoga e camisa que ela trocou após a recepção. Eu me ajoelho na frente dela e passo meus lábios através de seu estômago e para baixo nas suas coxas, enquanto minhas mãos correm até a parte de trás de suas pernas. Nunca vou ter o suficiente da suavidade de sua pele e a dica de seu perfume. Ela olha para mim com aquele amor tonto em seus olhos, que porra, me deixa duro cada vez. De pé, eu mantenho meus olhos fixos nos dela enquanto eu arranco as minhas próprias roupas, chego ao chuveiro para abrir a água, e puxá-la comigo sob o jato quente. Nós lavamos um ao outro, e eu fico duro como uma rocha movendo minhas mãos sobre os seios escorregadios. Eu a beijo avidamente, deslizando

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minhas mãos em torno de suas costas, em seguida, para baixo a nas suas nádegas redondas, moendo meu pau contra ela. — Eu quero você tanto, Evie. — Gemo quando nos separamos. Sorrindo sedutoramente, ela se põe de joelhos na minha frente, com a água caindo abaixo em suas costas, e envolve os lábios ao redor da cabeça do meu pau. Eu seguro a parte de trás da cabeça dela, quando ela me leva em sua boca quente e úmida, a língua achatando contra o meu comprimento e lambendo a ponta antes que ela desça de boca no meu eixo de novo, levando mais profundo. — Porra, está tão bom. — Eu expiro, puxando sua cabeça para o impulso dos meus quadris. Suas mãos apertam nas minhas coxas, as vibrações de seus gemidos zumbem em torno do meu pau. Quando ela olha para mim com a água escorrendo pelo seu rosto, vapor subindo em nós, e sua boca inchada ao redor do meu pau, tomando mais e sugando em sua garganta. O movimento de sua garganta, me engolindo, desce uma onda de desejo enlouquecedor pelo meu corpo. A levanto e trago sua boca para a minha. Saio do chuveiro e pego duas toalhas do rack. — Venha aqui, Sra. Valentine. — Digo baixinho, e envolvo-a em uma toalha que é maior do que ela — Você estava tão linda vindo pelo corredor da igreja. — Digo a ela, fechando os braços em volta dela. — Eu juro que a porra meu do coração parou quando eu vi você. — Me senti da mesma forma quando te vi. — Murmura contra meu peito. — Eu ainda não posso acreditar que você é realmente meu marido.

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Pego a mão dela e nós voltamos para o quarto. Nós comemos os morangos, chantilly e champanhe até que a puxo para debaixo das cobertas e faço amor com ela até que o sol espreita para fora no horizonte; então finalmente nós adormecemos nos braços um do outro.

Nossa lua de mel foi sem dúvida a melhor semana da minha vida. Nós usamos roupas quentes e sentamos na varanda para beber chocolate quente todas as noites. Eu tocava guitarra na frente da lareira e pegava Evie olhando com admiração para a aliança de casamento, como se ela não acreditasse que estávamos realmente casados. Ficamos até tarde conversando, apoiados em nossos travesseiros na cama, e cada vez, eu a beijava acabando com a conversa fiada e a amava até que mal conseguia manter os olhos abertos. Finalmente consegui a mulher, e a mulher finalmente me pegou.

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Capítulo 12 Evelyn

Vovó estava certa. Já houve alguma dúvida? Quero dizer, é vovó. Ela e Asher tem loucas intuições. Tenho quatro testes de gravidez alinhados na pia do banheiro, dois com o sinal de mais azul e dois que realmente diz “grávida”. Pegando meu telefone procuro meu aplicativo, que tem um recurso de calendário onde eu também mantenho pequenas notas, como quando eu começo o meu período. Eu penso de volta sobre o mês, em seguida, mais um. Merda. A última vez que eu tive o meu período foi na terceira semana de novembro. E agora é janeiro. Eu poderia estar grávida de dois meses. Ou talvez menos ou talvez mais grávida, dependendo de quando realmente aconteceu. Que poderia ter sido qualquer dia, já que Storm e eu fazemos sexo quase todos os dias. Meu estômago dá uma guinada tão forte que eu espero que não vire meu bebezinho. Como é que eu não percebi que eu perdi o meu período? Da mesma forma que se esqueceu de tomar suas pílulas, Evelyn. Meu cérebro diz com pensamentos girando Eu verifico os testes novamente, mas nada mudou. Eu pego as instruções e leio, pelo menos, pela oitava vez, perguntando se talvez eu tenha pulado alguma etapa e agora tem quatro falsos

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positivos, mas não há muito para pular. Eu faço xixi nas varas e espero. Frio de medo surge através de todo o meu corpo. Eu sempre sonhei em ter um bebê um dia. Só não esperava um dia ser tão cedo. Não tenho nenhuma experiência com bebês. Não tenho sobrinhas ou sobrinhos ou irmãos pequenos. O único bebê que eu já levantei é Hal, e ele era um gatinho, não um bebê humano. E se eu não for uma boa mãe? E se eu tiver ataques de pânico por todos os nove meses, me preocupando com cada pequeno sintoma? Posso me ver vivendo em uma clínica durante todo o dia, convencida de que eu tenho três meses de vida. E se eu ficar gorda como uma vaca e Storm não me quiser? Lindas mulheres sexy ainda flertam com ele o tempo todo. E se a minha vagina ficar todo esticada e ele nunca sussurrar “Porra você está tão apertada”. — Evie! Salto ao ouvir o som de sua voz e derrubo as tiras de teste no chão. — Você está bem, baby? Você já está aí por meia hora. Me ajoelho no chão e corro para pegar os testes. — Estou bem... apenas me dê um segundo. A porta se abre e bate em minha cabeça. — Ow. — Esfregando minha cabeça, eu olho para ele quando ele olha para mim, seu cabelo caído em seu rosto. — Merda... eu sinto muito... o que está fazendo no chão? — Seus olhos mudam para os testes espalhados no chão, em seguida, para os que estavam no balcão.

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Ele pega uma e olha para ele com a boca aberta. Empurrando seu cabelo fora de seu rosto, ele olha para mim e pisca. — Evie esses são... Concordo com a cabeça rapidamente. — Eu acho que estou grávida. — Você acha? — Um sorriso enorme se espalha por seu rosto. — Eles são todos positivos, baby. É por isso que você esteve doente? — Eu pensei que fosse gripe. Ou ansiedade. — Nós vamos ter um bebê. — Seus olhos vidrados quando ele me ajuda a levantar, e sua expressão não mudou. Ele ainda está sorrindo aquele enorme sorriso, mas parece que ele pode estar em choque. Minhas mãos tremem quando eu reúno os testes. — Sinto muito, Storm. Esqueci de tomar minhas pílulas algumas vezes. Tudo foi tão louco com o casamento. É minha culpa. — Babe, por que você está se desculpando? Espio para ele com o coração disparado. — Não tenho certeza de que queria um bebê agora. Nós nunca realmente conversamos sobre quando... Ele segura meu rosto em suas mãos. — Quero o bebê, Evie. Eu quero o bebê agora. Um nó de emoção feliz forma em minha garganta. — Demora alguns meses. — Eu sei. Eu estou apenas animado. — Seus lábios descem no meu, com as mãos abertas sobre minhas bochechas. Quando ele se afasta, seus olhos estão brilhando com lágrimas felizes para

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coincidir com as minhas próprias. — Nós vamos ter uma menina que se parece com você, Evie. Um sorriso irrompe de mim. — Eu não acho que você saiba já. Um sorriso travesso cruza seus lábios. — Vamos, Evie. Sempre consigo o que quero. Nós teremos uma menina. Salto para cima e para baixo, com uma explosão de tontura, e jogo meus braços em torno dele. — Eu não posso nem discutir com isso. — Brinco. — Eu amo você. — Ele me abraça. — Temos que chamar a vovó. E meus pais. Minha ansiedade se eleva. — Você tem certeza? Talvez devêssemos esperar até uma consulta no médico para certificar que tudo está bem. Nós não queremos ter esperanças. Um tiro de medo brilha através de seus olhos, extinguindo a luz em êxtase que estava lá, e eu imediatamente tento levá-lo de volta. — Eu estou sendo boba. Vamos chamá-los agora. Vovó ficará tão animada. — Eu pego uma das tiras de teste. — Vamos mandar para ela uma foto. Seu belo sorriso e o brilho retornam em seus olhos, e eu me comprometo a nunca, nunca, deixá-lo se sentir ainda uma réstia de dúvida sobre mim ou o bebê novamente.

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Capítulo 13 Storm

Vejo ela da porta por alguns instantes, enquanto ela olha para seu telefone com uma careta de raiva, atravesso o quarto para sentar-me à beira de nossa cama ao lado dela. Ter gripe é uma porcaria, e eu odeio que ela está se sentindo doente quando está com seis meses de gravidez. Ela parece completamente miserável e desconfortável. Pego o telefone da mão dela e coloco na mesa de cabeceira. — O que foi? — Pergunto — Você está fazendo a cara de Evie chateada, e isso é proibido para a eternidade. — Mais estúpida fofoca de mídia social. Todas essas meninas loucas online estão dizendo que estão grávidas com seu bebê também. São pessoas realmente loucas? — Infelizmente sim. Cerro os dentes — Me deixa louca. É como se eles querem tirar tudo de mim e tentar torná-lo deles. — Ninguém pode tirar nada de você, Evie. Sou seu. Esse bebê é nosso. A nossa vida é nossa. Eles vivem em uma ilusão online. — Sinto muito, eu sei que não é culpa sua. Mas essa garota colou seu rosto em uma foto minha em uma de nossas fotos juntas, e ela está compartilhando tudo sobre ela no Facebook e Instagram e seus amigos estão realmente a felicitando. É louco e isso me faz sentir doente.

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Algumas das fãs tem suas fantasias a um nível épico de insanidade. Eu gostaria que houvesse alguma maneira de fazer as pessoas pararem de postar todos os tipos de merda e mentiras sobre mim, mas não há nada que eu possa fazer sobre isso, exceto não me envolver. Evie é geralmente boa sobre isso e apenas ri, mas os hormônios da gravidez estão deixando-a mais sensível. — Você tem que ignorá-los. Eles só querem atenção. Eu não quero que você fique chateada com essa porcaria. Você deveria estar descansando. Ela espirra, e eu entrego um lenço de papel da caixa ao lado dela. — Você quer um pouco de meu suco especial, baby? — Pergunto suavemente, empurrando seu cabelo fora do seu rosto e acariciando seu rosto e testa — Isso sempre faz você se sentir melhor. — Storm, não posso sequer pensar em sexo agora. Eu mal posso respirar. — Eu quis dizer o meu suco de laranja. — Oh. — Ela funga. — Isso seria incrível. Você é o melhor marido do mundo. Eu inclino e beijo sua bochecha. — Agora eu quero fazer amor com você. Ela sorri fracamente. — Eu estou toda suja, espirrando e gorda. E eu não posso respirar pelo meu nariz, então eu não posso nem te beijar. — Você é perfeita. — Eu acaricio meu rosto em seu pescoço e beijo atrás de sua orelha, a deixa louca. — Vou mostrar quão

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perfeita você é. — Passo meus lábios em sua garganta e mordo a sua pele macia. — Então eu vou fazer um suco de laranja, e nós iremos passar o dia na cama. Ela serpenteia os braços ao redor do meu pescoço e me puxa para baixo na cama com ela. — Como posso dizer não a isso? — Você não pode. — Levanto sua fina camiseta e acaricio sua barriga. — Tire uma soneca, pequeno feijão. — Sussurro — Papai tem que amar a mamãe por um tempo. Puxo a camisa e seguro seus seios inchados em minhas mãos, apertando suavemente quando eu círculo o mamilo com a minha língua, sugando-o entre meus lábios quando endurece contra a minha língua. Movo a boca para o outro seio, belisco levemente o esquerdo entre o polegar e o indicador. Em todo momento ela está se contorcendo sob o meu toque, segurando minha cabeça contra seus seios com as mãos enfiadas no meu cabelo. Ela fica excitada super-rápido desde que ficou grávida, e eu não posso dizer que não amo. Seu corpo está com mais curvas e seus gemidos implorando me deixa ainda mais louco por ela. Eu puxo seus shorts de algodão e calcinha e atiro ao final da cama antes de rapidamente me despir. Quando deito ao lado dela, escovo meus lábios suavemente através dela e pego seu peito na minha mão, apertando suavemente quando passo meus lábios abaixo no seu pescoço. — Mmm ...— ela geme quando eu deslizo minha mão para baixo sobre seu quadril ao ápice de suas coxas. Suas pernas abrem, convidando a minha mão para mergulhar entre elas, sentindo seus espasmos e vejo o quanto está molhada e

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escorregadia. Deslizando dois dedos em sua fenda, eu esfrego círculos lentos ao redor de seu clitóris latejante. Ela se vira para o lado, encaixando seu corpo contra o meu, sua bunda firme pressionando contra meu pau. Movo seu cabelo para o lado e beijo a nuca dela, gentilmente mordendo sua carne quente quando ela chega entre nós para agarrar meu pau. Ela bombeia a mão sobre ele antes de guiá-lo para sua entrada molhada. Agarrando sua bunda, eu lentamente empurro dentro e fora dela, saboreando cada curso aquecido. Ela aperta os dedos e puxa minha mão para descansar com a dela contra seus seios. Abraçando-a por trás, eu dirijo para dentro dela, enterrando meu rosto em seu cabelo castanho escuro, inalando seu perfume. — Eu te amo muito assim, baby. — Suspiro contra seu ouvido quando ela estremece e aperta em torno de mim. Ela vira a cabeça para me beijar, e eu olho para o “para sempre” em seus olhos enquanto ela goza.

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Capítulo 14 Storm

— Talvez eu devesse pular e não ir. — Diz ele, jogando uma outra camisa em sua mala, que está aberta sobre a cama ao lado de onde estou sentada. — Você tem que ir. A banda não pode tocar sem você. — Ele morde o interior de sua bochecha. — É apenas uma premiação. Finn pode me substituir. — Storm, é uma enorme premiação. Você merece estar lá no palco, e seus fãs querem vê-lo, não Finn. — Estou preocupado em te deixar. — Estou bem. Asia está ao virar da esquina, se eu precisar de alguma coisa. Ele não parece convencido. Eu amo quão protetor ele é, mas não vou permitir que deixe de tocar em uma premiação ao vivo apenas para se sentar em casa e assistir-me estar grávida. — São só quatro dias. — E se você entrar em trabalho de parto enquanto eu estiver fora? Eu vou enlouquecer se estiver preso na Califórnia enquanto você está tendo nosso bebê. — Eu não devo dar à luz por mais dois meses. Ela não vai nascer estando longe de seu papai. Eu prometo. Ele coloca a mão sobre minha barriga enorme. — É melhor mesmo. Optamos por não saber oficialmente o sexo do bebê, mas Storm tem certeza que estamos tendo uma menina. Espero que

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ele esteja certo, porque ele pintou o berçário de lavanda e pendurou flocos de neve do teto nas cordas claras. Cobrindo sua mão com a minha, eu sorrio para ele. — Você vai me dizer o nome que você escolheu para ela? Ele pisca para mim. — Não. Vou lhe dizer o nome dela quando ela chegar aqui. Depois de nosso primeiro ultrassom, Storm fez um estranho, mas incrível e doce, pedido. Ele perguntou se poderia escolher o nome do bebê, para que pudesse me surpreender com o nome quando nascer. Eu sei que a maioria das mulheres são loucas por escolher o nome de seu bebê — existem milhares de sites dedicados a nomes do bebê e significados e nunca deixariam seus maridos escolher o nome sem contar para elas. Mas eu amo que ele quer fazer algo tão especial, e eu confio que ele vai dar o nome perfeito. Isso não me impede de tentar convencê-lo a me dizer o que é de antemão, no entanto. — Posso ter uma dica? — Provoco. Ele me dá o seu bonito sorriso torto enquanto ele pensa que acabou. — Hmmm... é legal para caralho. — Claro, ela é uma Valentine. Você tem que me dar mais do que isso. — É uma das nossas coisas favoritas. — Mocha branco? Ele solta uma gargalhada. — Essa é uma das suas coisas favoritas. — Afagos?

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— Bonito, e verdadeiro, mas não. — Jacuzzi? — Também é verdade e também não. — Estrela? Lua? Neve? Carne? Recito, rindo de suas expressões faciais. Ele estala sua mala fechada. — Ela tem sorte que serei eu a escolher seu nome. Na verdade, depois dessas suposições terríveis, eu vou nomear todos os nossos filhos. Ele se inclina para me beijar. — Todos? — Repito. — Pensei que estávamos pensando em dois? — Dois seria ambos, não todos. — Estamos... mas eu continuo a ouvir três nomes na minha cabeça. Eu escovo minha mão em seu rosto mal barbeado. — Então vamos planejar para três.

Estou em pé na fila do café de Lukas e Talon, conversando com Storm enquanto espero a minha vez. STORM: Eu estarei em casa amanhã cerca das 21h. Eu mal posso esperar para vê-la e sentir o bebê chutar.

Sorrindo, respondo. EU: Sinto muito sua falta. Ela é uma lutadora de kung-fu. Me manteve acordada desde às seis. STORM: Tire uma soneca. Eu não quero você exausta quando chegar em casa amanhã. Esse é meu trabalho;) ~

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EU: Eu acabei de fazer meu cabelo e unhas. Estou pegando um chá no café, em seguida, talvez vá tirar um cochilo. STORM: Me mande uma selfie impertinente :-) Eu preciso ver minha doce esposa. Vou ligar para você hoje à noite.

— Hey, Evie. O de sempre? — Feather pede de trás do balcão. Aceno, com saudade da época em que meu habitual era um grande mocha branco com leite desnatado e chantilly. Agora é um chá descafeinado com mel. — Sim por favor. Porque Lukas e Talon dirigem o café, eu nunca paguei pelos meus pedidos, então coloquei vinte dólares no pote de gorjetas quando Feather traz meu copo para viagem. — Eu vou ver você em breve. — Digo, me virando para sair. E ali, bem atrás de mim, estão Michael e Juggsy. Seu verdadeiro nome é Jill, mas ela sempre será Juggsy para mim. — Evelyn. — Michael diz com surpresa em seus olhos. Juggsy me olha e congela — Fiquei surpresa em vê-la aqui, Evelyn. Eu pensei que você estaria no show com o seu marido. Sua insinuação desagradável aumenta o meu ódio por ela. Amy tem me treinado bem em lidar com Juggsy, no entanto. — E eu estou surpresa de vê-la em pé e não de joelhos. Como você pode ver, estamos esperando um bebê em breve, e eu não quis viajar. — Que caseira. Eu desviei deles, mas Michael agarra meu braço. — Podemos falar um minuto? — Por quê?

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— Porque eu não te vi em muito tempo. Você não pode levar dez minutos para falar comigo depois de passar quase metade de sua vida comigo? Com o canto do meu olho, eu posso ver Feather nos observando, e a última coisa que eu quero é algum tipo de cena aqui, cercado pela equipe de uma empresa familiar Valentine. — Ok. Mas eu só tenho alguns minutos. — Vou encontrá-la lá fora. — Michael diz a Jill, e o olhar de rejeição em seu rosto é impagável. Nos afastamos alguns metros, perto da lareira elétrica cercada por uma namoradeira de couro e duas poltronas. — Uau. — Ele estende a mão e toca no meu estômago. — Eu nunca pensei que veria você grávida. Me afastei de seu toque. — Nem eu, mas muita coisa mudou. — Eu vejo isso. Você está ótima. — Seus olhos rolam sobre mim, verificando meu novo penteado, roupas e o diamante de casamento. — Obrigada. — Digo educadamente. — Eu ouvi que você se casou com ele. Eu vi as imagens online. Você está feliz? Será que ele te trata bem? Eu olho-o bem nos olhos. — Estou mais feliz do que jamais poderia imaginar, para ser honesta. E ele me trata como uma princesa. Ele balança a cabeça com tristeza em seus olhos. — Eu realmente fodi as coisas. — Michael, o que está feito está feito. Eu não vou ficar aqui e discutir de quem é a culpa.

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— Sinto sua falta. Gostaria que você tivesse me dado uma chance. Eu quase derrubei meu chá. — Uma chance? Você estava me traindo há anos. Eu sei que o que eu fiz foi terrível também, mas eu nunca teria deixado se arrastar por anos, te enganando. — Você está certa, e eu sinto muito que fiz isso. Fui um idiota. — Desculpas aceitas. Eu também sinto muito. Mas nós dois seguimos em frente, e eu espero que você encontre tudo o que precisa. — Olho pela janela para Juggsy, em pé na calçada pairando sobre nós como uma trepadeira. Por que ela sempre tem que se pendurar em torno de tudo o que os caras estão envolvidos? Ela é como um parasita. Ele passa a mão pelo cabelo curto. — Eu agradeço. — O que você está fazendo com ela? Como é que vocês dois ainda se encontram? — Eu não confio em Jill e eu sei que ela sair com o meu ex não é apenas alguma coincidência. — Sue e eu terminamos. Jill me enviou um pedido de amizade no Facebook, e nós nos aproximamos. — Sério, Michael, você realmente acha que isso foi apenas um pedido de amizade aleatório? Ele dá de ombros. — Ela me disse que tem uma história com a banda. — Eu segurei uma risada. — Uma história? É disso que chamam agora? — Ela é engraçada.

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— Tenho certeza que ela é. Ela é um problema, Michael. Não tenho dúvidas de que ela foi atrás de você para tentar me irritar ou para cavar informações sobre mim de você. Por favor me diga que você não disse a ela nada sobre mim. — Não... quero dizer que ela sabe que estivemos juntos quando você começou a ver Storm, mas eu realmente não disse mais nada. Ugh. — Apenas tenha cuidado. E manter a mim e Storm fora de qualquer conversa com ela. — Verifico meu relógio, fingindo que tenho um lugar para ir — Foi bom te ver, mas eu realmente tenho que ir. Ele balança a cabeça. — Ok. Tome cuidado, Ev. — Você também. Não posso sair de lá e chegar ao meu carro rápido o suficiente. Que encontro estranho. E sei que a cadela orquestrou para conhecê-lo como parte de sua agenda para cimentar seu caminho através de qualquer um e todos, mesmo remotamente ligado à banda. Ela é doente. Quando Storm ligar mais tarde eu vou dizer a ele sobre isso. Ele vai ficar radiante sobre Michael admitir que ele fodeu tudo.

Acordo com pássaros, piscando em confusão por alguns segundos antes de perceber que é o toque do meu celular e não

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pássaros reais. Meus olhos se concentram no relógio digital ao lado da cama, os números azuis brilhantes indicando que são sete horas. Não posso acreditar que dormi por quase quatro horas. Eu tateei para o telefone e o segurei no meu ouvido. — Oi querido. É uma coisa boa que você ligou, ou eu poderia ter dormido a noite toda. — Evie, o que diabos está acontecendo? — A raiva em sua voz instantaneamente me deixa alerta. — Hã? Você ligou antes? Eu estava dormindo... — Não, essa merda publicada em toda a mídia social com você e Michael. Eu pergunto. — O que? — Eu vou te mandar um print. Olhe para as suas mensagens de telefone. Coloquei Storm no viva a voz e abro minhas mensagens, observando como as imagens dos perfis online de Jill passam, mostrando uma foto de Michael tocando o meu estômago com as palavras Evie Valentine carinhosa com seu ex enquanto Storm viaja. Será realmente o bebê de Storm? #paidobebêdrama #garotanevasca — Oh, caralho! — Grito. — Essa puta! — Você quer me dizer como ela conseguiu isso, Evie? Por que diabos seu ex está tocando em minha esposa? E o meu bebê? — Posso ouvi-lo sugando e exalando fumaça. — Vou matá-lo. — Ele bufa. Ele está fumando um cigarro.

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Ele não tocou em um depois que nos conhecemos. Ele está chateado. Meu coração e estômago doem e o bebê me dá um pontapé afiado. — Storm, me deixe explicar. Ele exala novamente, mas não diz nada. — Eu estava no café quando você me mandou uma mensagem. Eu te falei isso. Quando eu estava saindo, Michael e Jill entraram. Fiquei surpresa ao vê-los juntos. Ele perguntou se podia falar comigo sozinho por um minuto. Eu não queria, mas estava com medo que poderia causar uma cena e era o café do seu irmão. Eu estava com medo de que algo exatamente como isso acontecesse. — Continue. — Ele só queria perguntar como eu estava, acho. Ele disse que sentiu minha falta e que ele fodeu as coisas. Eu lhe disse que estava feliz, e disse para ele tomar cuidado com Jill porque ela não iria escolhê-lo aleatoriamente. Ela queria começar essa merda. Deus sabe que tipo de informação que ele está fornecendo a ela sobre mim. — E como sua mão foi ficar em você? — Ele estendeu a mão e me tocou. Eu me afastei, mas ela deve ter tirado a foto assim que ele fez isso. Eu nunca iria deixálo me tocar, Storm. Pelo amor de Deus, todos no café me conhecem. Se alguma coisa estivesse acontecendo eu não estaria ali, de todos os lugares. E eu nunca faria nada parecido com qualquer pessoa, de qualquer maneira. Eu te amo.

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— Evie, eu sei que você não iria me trair. Isso nunca passou pela minha cabeça. Mas não quero as mãos dele em você, e não quero ele fodendo com a sua cabeça. — Ele não fez. — Dizer que ele sente falta de você e admitir que ele fodeu as coisas era para te fazer pensar duas vezes em deixá-lo e duvidar de mim. — Eu nunca repensei sobre deixá-lo ou estar com você. Você é o único cara para mim e nós dois sabemos disso. — Eu sei, mas ele está esperando você mudar de ideia. Eu vou matar esses dois idiotas. Todo o maldito mundo está vendo essas fotos. — Pensei que você disse que devemos ignorar essas coisas. — Digo. Isso é horrível... todos os fãs vendo isso... fazendo com que pareça que eu estou mentindo e o bebê pode não ser do Storm. É nauseante, e muito pior do que fãs dizendo coisas malucas para conseguir atenção. Jill fez isso para machucar intencionalmente e humilhar-nos, e nenhum de nós merece. — Isso cruza uma linha, Evie. Essa cadela arrastou o nosso filho para isso. Estou farto de seus jogos. — Ela está com ciúmes. Ela pensou que tivesse uma chance com você uma vez. — Não, — diz ele rapidamente. — Ela nunca teve uma oportunidade. Ela virou a nossa amizade em algo que não era. Ela fabricou em sua cabeça um relacionamento entre a gente. E é aí que amigos-com-benefícios vai horrivelmente errado. Mas não vou dizer isso e jogar sal na ferida.

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— Baby, eu sinto muito por ter gritado com você. Isso realmente me pegou de surpresa. Meu aperto no telefone relaxa. — Está bem. Quantas vezes eu explodi sobre uma foto sem saber a história toda? — Muitas vezes. — Seu tom de provocação está de volta. Graças a Deus. — Asher fez o advogado entrar em contato com ela para que deletasse todas as mensagens. — Devemos postar algo de nós mesmos para neutralizar o que ela disse? Sobre mim e o bebê? — Não. Isso só vai alimentar o que ela quer, fazendo com que minha esposa tenha que validar a paternidade para os nossos fãs. Porra. — Storm, eu sinto muito por isso. É óbvio que ela foi atrás de Michael por isso, e me encontrar por acidente foi apenas a cereja no topo para ela. — Ela está acabada. Acabei de receber uma mensagem de Asher. Todos os membros da banda e nossas mulheres estão entrando com ordens de restrição contra ela. Os papéis estarão em casa na segunda-feira. — Nós podemos fazer isso? — Aparentemente, sim. Deixei escapar um enorme suspiro de alívio. — Eu realmente odeio essas coisas. — Eu sei, querida. Eu também. Eu normalmente não deixaria essa merda chegar até mim. Eu só sinto falta de você, e eu me descontrolei um pouco. Dizer coisas sobre você e nosso bebê é fora dos limites. Eu não vou deixar ela foder com a minha família.

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O bebê me chuta de novo, como se sabendo o que está acontecendo e está irritada também. — Posso te dizer uma coisa? — Pergunto a ele antes que tenha que ir. — Qualquer coisa. — Só quero que você saiba o quanto eu te amo, e mal posso esperar para te ver com o nosso bebê. Você vai ser um pai incrível... ela vai te amar tanto quanto eu. Embora não tenhamos falado sobre isso desde que ele compartilhou a nota comigo, eu sei que as palavras de Britney ainda o assombram, especialmente sobre ele não merecendo o bebê. Ele está em silêncio por alguns momentos antes de responder. — Eu preciso ouvir isso às vezes. Eu te amo tanto, e não estou mais viajando até que o bebê tenha pelo menos um ano de idade. Ou talvez até mesmo quando ela estiver dirigindo. Eu tenho que pensar sobre isso. Eu ri. — Eu seria totalmente a favor disso. Talvez devêssemos chamá-la de Bean3. — Não. O nome dela é perfeito, e é melhor do que Bean. Você verá.

3 A tradução seria feijão/grão. Acredito que seja pelo fato de terem tanto cuidado com ela, que ela seria como um grão de feijão, algo pequeno e delicado.

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Capítulo 15 Evelyn

Me encosto no batente da porta e tiro uma foto de Storm sentado no chão do quarto cercado por pedaços de madeira, parafusos e várias ferramentas. O manual de montagem do berço está espalhado na frente dele, e ele está resmungando consigo mesmo. Halo anda pela sala e se estatela na borda do papel. — Eu pensei que essa seria a maneira mais fácil. — Diz ele enquanto amarra seu longo cabelo para trás com uma faixa de borracha. — Me deixe te ajudar. — Não. Isso é uma coisa de pai. E você poderia entrar em trabalho de parto a qualquer minuto. — Eu só devo entrar na próxima semana. Ele se levanta e espreguiça. — Nós estamos sem alguns parafusos. Eu tenho que correr para a loja de ferragens bem rápido. — Ok. Vou ficar aqui e fazer o almoço enquanto você estiver fora. Ele puxa meu corpo enorme em seus braços e me beija com ternura, esfregando minha parte inferior das costas. Mal posso esperar para ter esse bebê e o meu corpo de volta. Storm tem sido ótimo, me abraçando o tempo todo e sempre me fazendo sentir tão bonita e sexy como fazia antes, mas eu estou além de desconfortável e dolorida.

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Depois que ele sai, eu levo Niko para o quintal para passear por alguns minutos. Então começo a cortar os legumes para uma salada. Nem cinco minutos depois, a campainha toca. Enxugando as mãos em uma toalha, eu ando à frente no foyer e abro a porta para encontrar Asher ali de pé, seu cabelo longo pendurado em torno de seu rosto barbudo debaixo de um gorro preto. Ele está usando o que eu chamo roupas de negócio grunge, um blazer preto sobre uma camiseta branca, calça jeans desbotada e botas de motoqueiro. Atrás dele, o seu Porsche vermelho está estacionado na nossa garagem. — Ei, linda. Eu parei para ver como vocês estão. — Ele beija cada uma das minhas bochechas conforme entra. Asher me assustou na primeira vez que eu o conheci. Seu olhar intenso e aura

solene

e

sua

semelhança

com

Storm

me

deixou

desconfortável. Mas agora que eu conheço, eu o amo como se fosse meu próprio irmão. — Storm foi buscar mais parafusos; ele está tentando montar o berço. Volta em breve. — Tentando. — Ele repete com uma risada enquanto me segue para a cozinha. Se senta em um banquinho no outro lado da ilha de granito. Estou trabalhando e ele agarra um pêssego no cesto de frutas. Sorrio para ele. — Tô um pouco nervosa que ele precisa de mais parafusos.

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— Eu também estaria. Basta ficar feliz por ele não estar usando supercola e fita adesiva. Eu rio e, de repente, o líquido escorre por minhas coxas. Meu Deus. Acabei de fazer xixi? Eu olho para os meus pés, a pequena poça de líquido claro no chão. — Evie? Fico olhando para ele e coloco a faca para baixo. — Eu acho que a minha bolsa estourou. Seus olhos se iluminam. — Agora? — Ele salta para cima e se aproxima para olhar — Ela estourou. — Diz ele. — Vamos, eu vou levá-la ao hospital. — Ele gentilmente pega meu braço, mas eu puxo fora de seu aperto. — Não... eu não posso ir sem Storm. — Evie, o hospital é mais de meia hora de distância. Nós não podemos sentar aqui e esperar. Vou ligar para ele no caminho, e ele pode nos encontrar lá. Eu começo a hiperventilar e entrar em pânico. E se ele não chegar a tempo? Eu não posso fazer isso sem Storm, ele é a minha rocha e esse é o evento mais assustador da minha vida. Fomos a todas as aulas juntos. Eu preciso dele para me ajudar a respirar e empurrar e gritar. Asher acaricia minhas costas enquanto eu tremo. — Está tudo bem, eu prometo. Eu vou ficar com você até que ele chegue lá. Ember teve Kenzi em menos de duas horas. Eu não iria esperar a menos que você queira correr o risco de ter o bebê aqui. — Duas horas? — Não tinha ideia que um bebê poderia vir tão rapidamente. Isso é quase tempo nenhum.

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Ele balança a cabeça. — O bebê veio muito rápido. — Eu deixei ele me levar para fora da cozinha. — Espere, me deixe ir mudar de roupa bem rápido. Eu tenho algumas roupas no corredor na lavanderia. Tento chamar Storm da lavanderia quando coloco um vestido florido, mas ele não responde. A recepção entra e sai nas estradas até aqui, então não estou surpresa. Respirando fundo, digo a mim mesma que eu tenho que me acalmar para o bebê. Eu não posso sentar aqui, chorar e perder tempo. — Tudo pronto? —

Asher pergunta quando volto para o

corredor. — Espere... eu preciso da minha bolsa de hospital. Acabei de me lembrar. — Onde está? Apontei para o armário no foyer. — Está no armário. Ele pega minha bolsa enquanto eu tento chamar Storm novamente, mas só toca e vai para o correio de voz. — Eu não consigo falar com ele. — Digo, com lágrimas brotando dos meus olhos. Asher sorri calmamente para mim. — Vamos chamá-lo quando chegar ao final da colina, e ele pode nos encontrar no hospital. Eu olho para ele com ceticismo. Quero esperar aqui por Storm. É assim que eu sempre imaginei isso na minha cabeça nos dirigindo para o hospital juntos, de mãos dadas no carro. — Meu irmão vai me matar se eu não chegar ao hospital, Evie.

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— Ok. Acho que você está certo. Segurando minha mão, ele me conduz ao seu carro e abre a porta do passageiro para mim. Eu nunca vi um carro tão pequeno na minha vida. Eu não sei como pode ser tão caro quando é dificilmente um carro em tudo. — Ash ... Eu não posso chegar lá. — É pequeno, mas você vai se encaixar. Confie em mim. — Ele move o banco do passageiro, o máximo que vai, que não é muito. Eu levanto o meu vestido algumas polegadas de meus tornozelos, e ele me ajuda em sua lata de sardinha sobre rodas. — Isso é um pesadelo. Minha bunda é maior do que todo esse carro. Ele ri enquanto eu lentamente me abaixo para o banco. — Está vendo? — Diz ele. — Você se encaixa. — Mal. Meu estômago está quase tocando o painel. Ele fecha a porta e coloca minha mala no porta-malas; em seguida, ele salta atrás do volante, gira o carro em um círculo apertado em nossa garagem, e vai para a rua. Estou com medo. O bebê está chegando, e Storm não está comigo. Ele vai estar inconsolável quando descobrir que estou no caminho para o hospital sem ele. Minha mão voa para o meu estômago quando uma dor súbita agita através de mim. — Você está bem? — Asher pergunta, olhando para mim. — Isso foi uma contração? Foi isso? Já? — Acho que sim. Não tenho certeza. — Não se preocupe. Vou nos levar até lá.

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— Você estava lá quando Kenzi nasceu? — Pergunto. Eu preciso continuar a falar para me distrair de ter o maior de todos os ataques de pânico, porque eu estou com medo de que pode fazer o bebê vir mais rápido. Oh Deus, eu não posso ter o meu bebê na estrada. — Eu estava lá o tempo todo. — Foi horrível? — Não. Foi lindo, olhando ela vir ao mundo. — Você estava com medo? Ele acena conforme habilmente nos navega através do tráfego e para a estrada. — Eu estava petrificado. Ambos estávamos. Mas às vezes as coisas mais assustadoras são as coisas mais especiais. — Você acha que Storm vai ficar com medo? — Sim. Eu acho. — Asher aperta minha mão. — Ele não vai deixar você ver, no entanto. — Eu sorri e pisco as lágrimas. — Você está certo sobre isso. — Tente ligar para ele agora que estamos fora dessa montanha. Cavo meu telefone da minha bolsa e chamo o telefone celular de Storm. Finalmente, ele responde. — Hey, baby. Acabei de ligar para a casa para ver se você queria um sorvete. — Minha bolsa estourou! Estou no caminho para o hospital com Asher agora. — O quê? Agora?

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— Sim, estamos a meio caminho de lá. Eu queria esperar por você, mas ele disse que não deveríamos esperar. Apenas no caso. Eu estava preocupada... — Não, você não deve esperar. Merda, eu estou quase em casa, eu vou virar e ir para o hospital. Você está bem? — Urgência e preocupação tingem sua voz. — Estou bem, apenas muito nervosa, eu queria que você estivesse aqui. — Eu vou estar lá baby, eu prometo. Que diabos é esse barulho? — O motor do carro de Asher. — Você está no Porsche? — Sim, ele me encaixou dentro. — Eu vou matá-lo. Por que ele não pegou o seu SUV? Boa pergunta. — Eu não sei. Nós não estávamos pensando. — Isso é mais rápido e mais frio. — Asher diz em voz alta o suficiente para Storm ouvir, piscando para mim. — Como você encontrou Asher? — Ele simplesmente parou lá em casa depois que você saiu. — Como sempre com o seu timing estranho. — Storm, não dirija como um louco tentando chegar lá. O bebê não vem imediatamente. — Digo, ignorando o olhar de Asher como outra dor rasga através de mim. — Ok. Eu te vejo lá. Eu te amo, querida. — Eu também te amo. — Eu esqueci que você tinha um carro. — Asher diz quando eu termino a chamada.

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— Eu também. — Essa é uma história melhor para contar à todos, seu cunhado correndo com você para o hospital em um Porsche. Deus. Espero que ninguém nos veja. As mídias sociais terão um dia de campo com Asher Valentine tomando sua cunhada grávida para o hospital com Storm sumido. Estremeço e sorrio para ele. Sei que está tentando me fazer rir, mas estou muito preocupada para ter um senso de humor agora.

Quando chegamos ao hospital, Asher puxa para a direita na entrada de emergência e salta para agarrar uma cadeira de rodas e corre com ela à minha porta para me ajudar a sair do carro e sentar na cadeira. Envio uma mensagem a Storm para que ele saiba que estamos aqui quando Asher me leva para dentro, gritando por uma enfermeira. — É melhor eu ser o tio favorito do garoto. — Diz ele. — Eu tenho certeza que você vai ser. — Oh meu Deus, é o cantor de Ashes&Embers? — Ouço uma enfermeira dizer. Outra concorda. — Eu acho que é! Ele é quente como o inferno. Talvez essa seja sua namorada! — Ele é casado. — A enfermeira atira de volta. — Ele pode ser casado e ainda ter uma namorada grávida! Esfrego minha testa, esperando que isso não se transforme em um circo de rumores, meu telefone toca com um texto:

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STORM: Eu estou quase lá. Eu te amo e o bebê. Xoxo

As enfermeiras me levam para uma sala privada, ainda sussurrando sobre quem Asher é, enquanto ele espera apenas fora da porta, chamando a família para que eles saibam onde estamos. Enquanto isso, eu sou colocada em um roupão e ligada a todos os tipos de monitores. — É o seu marido lá fora? — Uma das enfermeiras pergunta. — Não... é o irmão dele. Meu marido está a caminho. — Você está realmente casada com um Valentine? Da banda de rock? — A enfermeira mais jovem sussurra para mim. — Apenas um deles. — Respondo — Será que podemos apenas focar no bebê? E só para saber, Asher é casado e ele não tem uma namorada. — Balancei minha cabeça para elas. 122

As contrações se tornam mais frequentes, e Storm ainda não chegou. Asher puxa uma cadeira e segura minha mão, me deixando apertar através da dor. — Onde ele está? — Pergunto — Ele não deveria estar aqui agora? — Ele provavelmente está preso no trânsito. Não se preocupe. Eu vou ficar aqui com você. Nós viemos da mesma direção que Storm está e não vimos qualquer tráfego. Visões horríveis piscam na minha mente. Isso é como os filmes em que o marido nunca aparece porque ou ele fugiu da cidade ou sofreu um acidente horrível.

— Ele está realmente bem? — Pergunto, procurando os olhos de Asher para todos os indícios reveladores. Ele sorri de maneira tranquilizadora, seus olhos nos meus. — Ele está bem. Apenas relaxe e pense sobre sua menina. — Será que ele mandou uma mensagem desde que chegamos aqui? — Meu próprio telefone tem estado em silêncio. Não há chamadas ou textos. Sua expressão se mantém calma e ele balança a cabeça. — Não. Mas não se preocupe. — Me pedindo para não se preocupar é como me pedir para criar asas e voar para a lua. Isso nunca vai acontecer. É simplesmente impossível. Eu limpo as lágrimas do meu rosto. — Ok. Estou tentando. Você não tem que segurar minha mão. — Eu quero. — Diz ele em voz baixa. — É bom sentir que você aperta a minha de volta. Concordo com a cabeça em compreensão silenciosa. Não posso sequer imaginar o quanto ele sente falta de Ember e tudo o que tinham juntos. É devastador sequer pensar. Se alguma coisa acontecesse com Storm, eu não sei como poderia viver sem ele. E onde ele está? Olho para o relógio na parede e percebo que um monte de tempo passou, mais de uma hora, pelo menos. De repente, minha porta do quarto se abre, e Storm corre com o maior sorriso no rosto, sem fôlego. — Eu corri do estacionamento. — Ele joga seu casaco sobre a outra cadeira e senta na borda da cama, pegando a minha outra mão e se inclinando para me beijar. — Eu nunca deveria ter

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ido a essa loja atrás da porra do parafuso. Eu tinha uma sensação de que ela estava vindo hoje. Me agarrei a ele com alívio, não querendo deixá-lo ir. — Eu estava tão preocupada. — Sussurro. — Eu fiquei sem gasolina e a merda da bateria do meu telefone morreu. Eu tive que começar a andar. — Oh meu Deus. — Posso imaginá-lo andando pelo lado da estrada, carros voando por ele, seus longos cabelos ao vento. — Você está falando sério? — Asher pergunta, soltando minha mão e se levantando da cadeira para Storm tomar o seu lugar. — Mortalmente sério. Um cara me pegou e me reconheceu. Ele estava agindo todo louco, tirando fotos minhas e me pedindo para ir a um bar com ele e cantar num karaokê ou algo assim. Eu lhe disse que apenas parecia como o cara da banda e era realmente apenas um trabalhador da construção. Eu pensei que aquele maluco ia sequestrar minha bunda. — Você é um imã de pessoas loucas. Estou tão feliz que você está aqui. — Enlaço meus dedos nos dele. — Eu chegaria aqui não importa o que, querida. Teria andado todo o caminho se eu tivesse que fazer. — Onde está seu carro? — Pergunta Asher. — Vou fazerem pegar e trazerem ele aqui. — Está na estrada cerca de vinte quilômetros, por esse novo hotel. Assim que Asher sai, Storm me beija novamente. — Eu não tive a intenção de fazer com que você se preocupe. Você está bem? O bebê está bem?

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— Eu estou bem agora que você está aqui. Ela está adiantada, mas o médico disse que está tudo bem. — Digo a ele. Ele deixa escapar um suspiro e sorri profundamente, todo o seu rosto se iluminando. — É isso. — Diz ele. — Nosso bebê está chegando. É isso — nós estamos tendo um bebê. Nossa vida nunca mais será a mesma.

Meu parto tem a duração de três horas, com Storm ao meu lado, respirando comigo, chorando comigo, e fazendo todos os outros no quarto rirem. Depois de muito empurrar e de um pouco de dor, o nosso pequeno bebê chega – gritando, com uma cabeça cheia de cabelos escuros – pesando 3Kg e 200g. Storm corta orgulhosamente o cordão, as enfermeiras a limpam, e ele a pega com cuidado, como se ela fosse feita do mais fino cristal. Ao vê-lo trazer o nosso pequeno bebê para mim é uma visão que vai estar para sempre gravada na minha mente. Ele beija a testa enrugada, antes de colocá-la em meus braços. — Ela parece um anjinho. — Sussurro verificando seus dedinhos das mãos e pés e orelhas pequenas, perfeitas e aliso o cabelo que insiste em despentear. Ela tem grandes olhos com alma, e eu espero que sejam verdes como os de Storm.

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— Essa é Raven Winter Valentine. — Diz ele em voz baixa, segurando em sua mãozinha. Oh, seu nome é tão bonito, eu não consigo pensar em qualquer outro nome que serviria para ela. — É perfeito. — Murmuro — Assim como ela. E você. Levantando o queixo, ele suavemente beija meus lábios. — E você. Nós te amamos.

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Epílogo 17 anos depois

Storm

Seus olhos azuis estão implorando, seguindo com avidez enquanto vai de um lado para o outro em frente ao seu rosto, abaixando o olhar até seu nariz. Ela abre a boca, sua língua rosa pende para fora. — Não...— Eu adverti. — Não toque. Uma pequena gota de baba forma no canto de sua boca. — Você quer o osso, não é? Ela geme e fica mais perto de mim. — Não, não, não... você tem que esperar. A expectativa é a melhor parte. Evie aparece na porta e me olha, deitado no chão da sala. — Storm, pare de provocar esse filhote de cachorro. O jantar está pronto, você pode colocá-la em sua caixa? — Não estou brincando com ela, estou treinando. — Estendo a minha mão para o cachorro, com o osso nela. — Ok, pegue. O filhote de Malamute cautelosamente pega o osso da minha mão. Esfrego sua cabeça confusa enquanto ela mastiga; então a levo para sua caixa no canto da sala de estar para que possamos jantar sem um cachorro de doze semanas correndo em volta. Me junto a Evie na cozinha, abraçando ela por trás enquanto serve frango e bolinhos em dois pratos. — Isso cheira quase tão bom quanto você. — Eu sussurro contra sua orelha. — Onde estão as crianças?

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Ela se vira e me entrega um prato. — Winter está com um amigo e Hale está jogando na casa de Jimmy. — Então nós temos a casa para nós essa noite? O sorriso dela é doce e sensual. — Nós temos. É só a droga de uma questão de tempo. Agora que as crianças são adolescentes, eles estão dentro e fora da casa como se fosse uma porta giratória. Sento à mesa da cozinha, e Evie toma seu lugar habitual na minha frente. Nossos olhos se encontram, e sorrimos ao mesmo tempo. — Ofurô? — Sugiro, lambendo meus lábios. — Eu estava esperando que você dissesse isso. Uma noite com Evie na banheira de hidromassagem sob as estrelas é exatamente o que eu preciso, depois de passar uma semana no estúdio com a banda, elaborando novas canções. A porta da frente abre e fecha, e trocamos um olhar surpreso quando Winter entra na sala, de mãos dadas com um cara com cabelo escuro quase tão longo como o meu, tatuagens nos braços e piercings em seus lábios. Eu lentamente abaixo meu garfo e olho para minha filha de dezessete anos que é a réplica de Evie com seu cabelo negro, sorriso doce e olhos claros, usando tênis rosa, uma das minhas velhas jaquetas de couro preta e uma camiseta branca que diz “Eu amo meninos maus” na frente. Ah, porra nenhuma.

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— Mamãe, papai... esse é Kody. — Seu rosto se ilumina com orgulho como se estivesse apresentando um prêmio de prestígio. — E ele é...? — Pergunto. Evie me chuta debaixo da mesa. — É bom finalmente conhecê-lo, Kody. — Diz Evie. — Winter me contou tudo sobre você. Vocês dois estão com fome? — Não vamos jantar, mãe. — Não, obrigado, Sra. Valentine. Winter só queria que eu os conhecesse agora que estamos namorando. — Namorando? — Eu repito. — Papai… Kody caminha em direção a mim e estende a mão para me cumprimentar. — Sr. Valentine, é uma honra conhecê-lo. Eu sou um grande fã. Ashes&Embers foi a primeira banda que eu já vi em um show. Você é o motivo que eu comecei a tocar guitarra. Esse garoto deve saber que me fazendo sentir velho não é exatamente uma grande primeira impressão. Eu aperto a mão dele, mas estreito meus olhos. — É por isso que você está namorando a minha filha? — Não senhor. Eu nem sabia quem ela era quando eu a conheci. Recosto em minha cadeira e verifico esse garoto. Eu sabia que um dia a minha menina ia aparecer com um cara assim. Ela cresceu com uma família de estrelas do rock; fazia sentido ela ser atraída para um pouco de metal. Eu só não quero ela sendo usada porque ela está relacionada com músicos famosos. Eu vou chutar o traseiro do garoto se ele ferir minha primogênita.

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Mastigando o interior do meu lábio, inclino a minha cabeça para o lado, não tenho certeza que ele está me dizendo a verdade. — Como vocês dois se encontram, então? — Hm... — Ele olha nervosamente para Winter — Ela bateu em minha moto com seu carro em um estacionamento. Winter salta. — Eu estava mal me movendo, papai. Não vi ele. — Ela se inclina mais perto de Kody — Ele nem sequer se machucou, juro. — Tive uma contusão na minha perna, mas não é grande coisa. Ela estava pirando, porém, preocupada que ela tivesse quebrado minha perna ou destruído seu carro. — Ele fala mais rapidamente sob o meu olhar. — Foi apenas um pouco amassado em seu para-choque. Fiquei com ela até ela se acalmar, e me ofereci para consertar o amassado para ela, e nós só meio que passamos a nos ver. Evie e eu olhamos um para o outro sorrimos, balançando nossas cabeças com a ironia. Nós já sabemos como essa história termina. — Que tipo de moto? — Pergunto a ele. — É uma Harley, senhor. — Será que ela destruiu quando bateu em você? — Pai! Kody ri. — Apenas alguns arranhões. — Então... vamos agora. Ok? — Winter pede ansiosamente. — Divirta-se. — diz Evie. — Tente estar em casa à meia-noite. — Não antes disso. — Acrescento. Quero o meu tempo sozinho com a minha esposa.

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— Vou trazer ela em casa à meia-noite. — Kody diz quando se voltam para sair. — Ei, Kody? — Chamo — Da próxima vez que você estiver aqui, vamos tocar um pouco. — Uau, sério? — Pergunta ele. — Sério. Winter abaixa sua mão, corre para mim, e me abraça. — Obrigada, papai. Eu realmente gosto dele. — Ela sussurra. — Eu sei, querida. Eu sei. Depois que saem, Evie sorri para mim, lendo minha mente. Minha esposa sempre sabe o que está passando pela minha cabeça. Ela se levanta e vem para me abraçar. — Está tudo bem ela crescer, Storm. Ela sempre será sua garotinha. — Eu sei... só está acontecendo muito rápido. — Eu sinto que foi ontem que eu estava empurrando-a em um carrinho de bebê; agora ela vai a um encontro com um cara em um carro com cabelo comprido, tatuagens e piercings, porra. — Eles me lembram de nós. — Diz ela. — Ela me disse tudo sobre ele. Ele é muito parecido com você. Sopro um longo suspiro. — Eu acho que nós conhecemos o nosso futuro genro.

Mais

tarde

naquela

noite,

estamos

na

banheira

de

hidromassagem com nossas pernas e braços em volta um do

131

outro, os primeiros flocos de neve da temporada começam a cair nesse jeito lento, quase suspenso no tempo. Nós olhamos para o céu juntos, assistindo os flocos descer e desaparecer no meio do ar no vapor saindo da banheira. — A neve sempre me lembra de me apaixonar por você. — Evie diz suavemente. — Eu gostaria de poder pegar um e mantêlo para sempre. — Hmmm... — Escovo meus lábios nos dela e os deixo lá — Você precisa de algo para lembrá-la? — Não... como eu poderia esquecer meu amor com você? — Suas mãos vagam para cima e para baixo nas minhas costas, suas unhas arrastando ao longo da minha pele. Meus olhos se fecham, saboreando a sensação de seu toque, amando-o tanto como a primeira vez que ela me tocou. — Apenas checando. — Movo minhas mãos de suas coxas até a cintura. — Vamos lá em cima comigo quero te dar o seu presente de aniversário. Sua cabeça se inclina, e ela se parece com o cachorro quando eu faço um barulho estranho. — Agora? Nosso aniversário está a dois meses de distância. — Eu sei, mas hoje parece ser o momento certo. — Sua testa franze e suas mãos param nas minhas costas. — Não fique toda eriçada com preocupação, baby. É tudo de bom. Eu prometo. O cachorrinho nos segue até o andar de cima, suas patas grandes ressoando no tapete atrás de nós. Paro no patamar para olhar por uma das janelas com vista para a entrada e o cachorrinho para e olha para mim com expectativa. Eu ainda estou esperando que ela me diga o nome dela.

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Evie puxa minha mão. — Storm... não é meia-noite ainda. Eles têm mais de duas horas. — Ela beija meu ombro — O que significa que nós temos mais de duas horas. — Ela sugere. Olho para ela com o canto do meu olho, ainda digitalizando a rua para me certificar de que garoto não está estacionado lá fora, fazendo com minha filha. — Boa. Isso é apenas o tempo suficiente para lambê-la até que entre em um coma orgástico. Mas primeiro você terá o seu presente. — Você foi fazer compras no início desse ano. Estou impressionada. — Ela sobe na cama enquanto o cachorro pega um de seus ossos e leva-o para sua cama sob a janela. Eu desapareço no meu armário para pegar o presente de Evie do seu esconderijo. — Na verdade, — sento na cama ao lado dela — Não estava procurando por isso. Encontrei por acidente quando tocamos em Nova York há alguns meses e disse “Porra, isso é perfeito para Evie”. Ela parece adorável e sexy sentada de pernas cruzadas, vestindo nada além de uma de minhas camisas de flanela macia, desabotoada até o meio do peito, me provocando com um vislumbre de seu decote. — Encontrou? Tipo na rua? — Não. Em uma loja de antiguidades. — O que você estava fazendo em uma loja de antiguidades? — Asher e eu estávamos pegando um almoço rápido, e foi ao lado da deli. Ele está sempre em busca de chaves de esqueleto.

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Ela balança a cabeça. — Ah. Mal posso esperar para ver o que é. — Feche os olhos. Não posso deixar de rir quando ela fecha os olhos com força e morde o lábio inferior, esperando, lutando para não espreitar. Cara, eu amo essa mulher. Pego sua mão direita e lentamente deslizo o anel em seu dedo. Sua boca forma um O surpreendido. Me inclino mais perto dela e beijo seus lábios. — Agora você pode olhar. Seus olhos se abrem, e ela olha para os dois quilates de diamantes em seu dedo, cortados e dispostos na forma de um floco de neve perfeito. — Oh meu Deus... é meu floco de neve eterno! — Ela levanta os olhos cheios de lágrimas para mim. — Não posso acreditar que você encontrou um floco de neve de diamantes. Por acidente! — Quando você disse antes que queria um, eu simplesmente não podia esperar para dar a você. — Eu amei. — Sua voz é suave e séria. — Sei que te digo que eu te amo o tempo todo... — Ela olha para o anel por um segundo, em seguida, levanta a cabeça para encontrar meus olhos. — Mas não é o suficiente. Você realmente é o marido mais incrível, e o melhor pai. Você se coloca com todos os meus caprichos, e sempre me faz sentir segura e amada. Toda noite eu deito na cama e assisto você dormir e não posso acreditar como tenho sorte de partilhar a minha vida com você. Eu me apaixono mais e mais por você todos os dias. Aperto a mão dela.

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— Ok... já que estamos confessando... cada vez que você diz que me ama, é como ouvir pela primeira vez novamente. Você é uma mãe fodona. Você é a mais doce e quente esposa do planeta. Quando você está me olhando dormir? Eu estou sonhando com você e quanta sorte que eu tenho. Eu não parei de me apaixonar por você, e você sabe o quê? Eu nunca vou parar. Ela espreita para mim nervosamente por trás de seu cabelo. — Mesmo se eu estiver grávida? Meu coração dispara com choque e excitação. — Puta merda, baby! Você está falando sério? — Eu estou. Fiz oito testes nesta manhã. Estou tão surpresa quanto você está. A empurrei de costas e a beijo suave e profundamente, gentilmente

colocando

minha

mão

em

seu

estômago,



apaixonado pela terceira vida lá dentro. — Obrigado. — Sussurro contra seus lábios. — Esse é o melhor presente adiantado de aniversário que você poderia ter me dado. Antes de falecer, vovó me disse que meu filho não nascido voltaria para mim um dia, e eu saberia imediatamente. E eu sei. Minha vida, minha família, e meu coração estão completos.

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GOSTOU DESSA ESPIADINHA NA VIDA DE EVIE E STORM, E AGORA QUER MAIS DE OUTROS PERSONAGENS? SE DEPENDER DA CARIAN COLE, VOCÊ TERÁ! Vamos começar esclarecendo alguns pontos: Lembra que no final do Talon (livro 04), falamos que Loving Storm seria o livro 1,5? Como podem ver, a autora decidiu mudar e lançar como o 05. Outra coisa que prometida foi o Asher em 2017, – e esse livro está sendo preparado para você no meio de dezembro – então não teremos o Asher ainda, porém ela deu a entender que será o próximo livro a ser lançado, além de outros personagens que ela gostaria de contar a história. Segue a lista de personagens que ela irá contar a história, que não serão lançados necessariamente nessa ordem, aguarde pelas histórias ou mais um gostinho nas histórias em:

Asher Vandalized VANDAL & TALITHA

Mikah Rayne A ORDEM CRONOLOGICA DESSES LIVROS, ASSIM COMO CAPAS E SINOPSES NÃO FORAM DIVULGADAS oficialmente ATÉ A DISTRIBUIÇÃO DESsa história.

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