Livros Exigidos - Vestibular 2009 Uem

  • November 2019
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  • Words: 2,034
  • Pages: 7
LIVROS EXIGIDOS U EM 2009 Este material foi compilado através da rede mundial de computadores e serve apenas para simples conferência. PORTANTO: NÃO SUBSTITUI A LEITURA DAS OBRAS!

1 Dom Casmurro Autor: Machado de Assis (1839-1908) Ano: 1899 Gênero: Romance Período: Realismo Sinopse: Bento Santiago, um advogado de meia idade, vive sozinho numa boa casa, distante do centro do Rio de Janeiro, conhecido como Dom Casmurro. Para preencher a vida pacata de viúvo sem filhos, Casmurro resolve contar suas lembranças. Adolescente, Bentinho descobre-se apaixonado pela menina da casa ao lado, a Capitu. Inteligente, com idéias atrevidas, Capitu o convence a não concordar com o projeto de sua mãe, Dona Glória, uma viúva rica que queria fazêlo padre. Bentinho tanto se encanta pela firmeza de Capitu quanto fica fascinado por seus cabelos, pelos olhos de ressaca e começa a conhecer as regras do amar. A vida toma o rumo que desejam os apaixonados: depois do seminário, do curso de Direito em São Paulo, casam-se. A vida corre feliz até o dia em que brota o ciúme, de tudo e de todos. A história de amor transforma-se numa história de suspeita de traição. O ciúme faz de Bento Santiago um homem cruel e perverso. Mordido pela dúvida de que o pequeno Ezequiel seja não seu filho, mas de seu amigo Escobar, com que aparenta visível semelhança, impõe a separação à Capitu. Para todos os efeitos, o acharel rico enviava o filho, acompanhado da mãe para estudar na Suíça. Nunca mais Bentinho encontrou Capitu, que morre na Europa. Só revê o filho uma vez, antes de o rapaz morrer de tifo, numa viagem científica a Jerusalém. Observação: A grande pergunta do romance não é se Capitu traiu Bento, mas porque ele narra a sua história deste modo.

2 Os melhores contos de Lima Barreto Autor: Lima Barreto (1881-1922) Ano: 1986 * publicação desta seleção. Gênero : Contos Período: Pré-modernismo Sinopse: “Um especialista” - O conto é centralizado na história de promiscuidade do Comendador, que adorava as mulatas a ponto de colecionar uma porção em seu vasto currículo de amantes, apesar de ser casado e de ter filhas. No princípio de suas aventuras no Brasil, pois assim como seu amigo, o Coronel Carvalho, era português, o Comendador, ainda como caixeiro-viajante no Recife, desencaminhou uma jovem e lhe deixou uma filha nos braços, sumindo com uma pequena herança que ela havia recebido quando da morte dos pais. Vindo para o Rio, conseguiu evoluir à posição de Comendador que ora ostentava. No momento, o Comendador estava envolvido com uma bela mulata, que ao final do conto descobre ser a filha que ele abandonara anos antes. O

conto vai se arrastando nas tramas das festas, dos bailes e dos espetáculos que animavam as noites da burguesia carioca, e da conversa franca e aberta que os amigos têm com a amante do Comendador, que somente no final, quando a mulata começa a falar sobre seu passado, descobre ser sua filha. Observação: A pobreza e a situação social suburbana de Lima Barreto aguçaram sua visão e senso crítico. Sua obra é uma crônica autêntica dos subúrbios cariocas e de sua população, retratando, de um lado, a população pobre e oprimida desse subúrbio e, de outro, o mundo vazio de uma burguesia medíocre; de políticos poderosos e incompetentes e de militares opressores. A seleção é composta de treze contos. A sinopse refere-se ao conto homônimo, que abre a coletânea.

3 Os ratos Autor: Dyonélio Machado (1895-1985) Ano: 1935 Gênero: Romance Período: Modernismo (2ª geração) Sinopse: A história começa com o leiteiro ameaçando cortar o fornecimento caso Naziazeno, um modesto funcionário público, não lhe pague os $53000. Naziazeno passa então o dia atormentado, tentando conseguir o dinheiro: pede emprestado ao chefe (que lhe nega), joga (não consegue na roleta ou no bicho) e acaba conseguindo um empréstimo com o amigo Alcides. À noite, não consegue dormir preocupado com o dinheiro e com a idéia (quase certeza) de que os ratos roem o dinheiro para o leite de seu filho. Só dorme quando ouve o leiteiro despejar o leite. Numa prosa urbana, regionalista e intimista, Os Ratos passa-se apenas em um dia de muito drama para seu protagonista. Observação: Cada um dos 28 capítulos tem sua própria célula de suspense, que será resolvida no máximo no seguinte, em que obrigatoriamente surgirá outra.

4 Negrinha Autor: Monteiro Lobato (1882-1948) Ano: 1920 Gênero : Contos Período: Pré-modernismo Sinopse: D. Inácia era viúva sem filhos e não suportava choro de crianças. Se Negrinha, bebezinho, chorava nos braços da mãe, a mulher gritava. A mãe, desesperada, abafava o choro do bebê, e afastandose com ela para os fundos da casa, torcia-lhe belicões desesperados. O choro não era sem razão: era fome e frio. Assim cresceu Negrinha, orfã aos quatro anos, por ali ficou feito gato

sem dono, levada a pontapés. Aprendeu a andar, mas quase não andava. Ensinaram Negrinha a fazer crochê e lá ficava ela espichando trancinhas sem fim. Nunca tivera uma palavra sequer de carinho e lhe davam apelidos perversos. Em um certo dezembro, vieram passar as férias na fazenda duas sobrinhas de D. Inácia e negrinha viu-as saltitantes e felizes, viu também Inácia sorrir quando as via brincar. Nunca tinha visto uma boneca e ao tê-la na mão sentiu medo de D. Inácia, mas a patroa deixou-a brincar e ela tomou consciência do mundo e da alegria. Mas se foram as meninas, a boneca também se foi e a casa caiu na mesmice de sempre. Sabedora do que tinha sido a vida, a alma desabrochada, Negrinha caiu em tristeza profunda e morreu. No final da narrativa, o narrador nos alerta: "E de Negrinha ficaram no mundo apenas duas impressões. Uma cômica, na memória das meninas ricas. – “Lembras-te daquela bobinha da titia, que nunca vira boneca?" Outra de saudade, no nó dos dedos de dona Inácia: - "Como era boa para um cocre!...” Observação: Os contos deste volume constituem parte da literatura adulta de Lobato.

5 Antes do baile verde Autor: Lygia Fagundes Telles (1923-) Ano: 1970 Gênero: Contos Período: Geração de 45 (modernismo) Sinopse: “Antes do baile verde” - Uma jovem se prepara animada para o grande baile à fantasia de sua cidade, em que todos devem comparecer vestidos com roupas verdes. No quarto ao lado, seu pai doente agoniza em seus últimos minutos de vida. A jovem movida pela vontade egoísta de se divertir num simples baile, ao invés de assumir a responsabilidade inconveniente de cuidar do pai, inventa a todo o momento as maiores desculpas para si mesma. A protagonista se divide entre o dever e a culpa para com ao pai moribundo e o desejo de se divertir livremente, até sua fuga desabalada rumo ao sonhado baile de carnaval. Observação: O livro é composto de dezoito contos. A sinopse refere-se ao conto homônimo.

6 O cobrador Autor: Rubem Fonseca (1925-) Ano: 1979 Gênero: Conto Período: Pós-modernismo Sinopse: Em dez contos Rubens Fonseca prova sua maestria em escrever curtas narrativas. São histórias sobre amor, pedofilia, guerras, advogados, revoltas conta a sociedade. Em O Cobrador,

Rubem Fonseca descreve os pensamentos de um assassino em série que pratica seus atos por sentir que a sociedade lhe deve algo. Sua cobrança é destinada a qualquer infeliz que porventura cruze seu caminho. Sua forma de aumentar e não esquecer o ódio que sente é assistir pela TV o apelo incessante de uma sociedade cada vez mais consumista. No desfecho da história, o Cobrador encontra um sentido político para sua "missão". Ele percebe que seu ódio estava sendo desperdiçado e vaticina: "o meu exemplo deve ser seguido por outros, muitos outros, só assim mudaremos o mundo". Observação: O escritor usa uma narrativa agressiva, com forte realismo, para retratar o submundo do crime e da violência urbana no Rio de Janeiro da década de 70.

7 O calor das coisas Autor: Nélida Piñon (1937-) Ano: 1980 Gênero: Contos Período: Pós-modernismo Sinopse: Treze contos nos quais é fácil perceber as mesmas preocupações da autora: a importância da palavra e a manipulação política da linguagem. Desta vez, porém, há uma grande carga de humor. De fina ironia e construção complexa para desvendar os mais recônditos cantões da alma de seus personagens. Nélida utiliza imagens belas e delicadas para tratar das paixões humanas. Seus enredos, sempre originais, muitas vezes confundem-se com o discurso. Nélida alterna poesia e crítica, racionalidade e erotismo em páginas de leitura voraz e provocadora. Observação: Nélida Piñon é a primeira mulher presidente da Academia Brasileira de Letras.

8. Poesias completas Autor: Álvares de Azevedo (1831-1852) Ano: 1943 * publicação desta seleção. Gênero: Poesia Período: Romantismo (byronismo) Sinopse: Álvares de Azevedo, representante brasileiro mais legítimo do mal-do-século, foi fortemente influenciado por Lord Byron e Musset. Sua poesia é marcada pelo subjetivismo, melancolia e um forte sarcasmo. Os temas mais comuns são o desejo de amor e a busca pela morte. O amor é sempre idealizado, povoado por virgens misteriosas, que nunca se transformam em realidade, causando assim a dor e a frustração que são acalmadas pela presença da mãe e da

irmã. Já a busca pela morte tem o significado de fuga, o eu-lírico sente-se impotente frente ao mundo que lhe é apresentado e vê na morte a única maneira de libertação. Observação: De sua obra, toda ela publicada postumamente, destacam-se os contos do livro Noite na Taverna (1855), a peça de teatro Macário (1855) e o livro de poesias Lira dos Vinte Anos (1853).

9 Melhores poemas Autor: Manuel Bandeira Ano: 1984 * publicação desta seleção. Gênero: Poesia Período: Modernismo - 1ª geração. Sinopse: Manuel Bandeira nasceu em Recife, PE, em 1886. Tuberculoso, foi tratar-se na Suíça, regressando ao Brasil em 1917. Neste mesmo ano publica A Cinza das Horas, seguido de Carnaval (1919), livros renovadores e modernos, antecessores do modernismo. Nestes livros, como em toda a obra posterior, o poeta se mostra simples, coloquial, irônico. E irreverente, em poemas como Os Sapos, nos quais satiriza os parnasianos. Ou em versos como "Quero beber! Cantar asneiras", levando um crítico da época a dizer que já realizara seu desejo. Outra constante: a nota autobiográfica e confessional, presente em seus versos mesmo quando o tom é impessoal. E a simpatia pelos seres e aspectos humildes da vida, para os quais a maioria dos poetas não tem olhos para ver. O verso livre passa a predominar a partir de O Ritmo Dissoluto (1924). O poeta alcança a plenitude em Libertinagem (1930), obra madura, equilibrada, um tanto pessimista, na qual se aguça o ceticismo e a descrença em relação aos valores humanos. Os livros seguintes, repletos de poemas admiráveis, mostram que o poeta não conheceu a decadência. Pelo contrário, teve forças para se renovar aos 50 anos e se interessar pelo concretismo, já na velhice. Faleceu em 1968, aos 82 anos. Observação: Foi convidado a participar da Semana de arte moderna de 1922, embora não tenha comparecido, deixou um poema seu (Os Sapos) para ser lido no evento.

10 Melhores poemas Autor: João Cabral de Melo Neto (1920-) Ano: 1985 * publicação desta seleção. Gênero: Poesia Período: Geração de 45 (modernismo) Sinopse: A poesia de João Cabral, como sugere o próprio poeta, divide-se em duas águas. Na primeira linha predomina a pesquisa da criação poética, o rigor formal, o repúdio a qualquer nota

sentimental ou interferência do irracional, que se desenvolve a partir de O Engenheiro (1945), até A Escola das Facas (1980), incluindo Uma Faca só Lâmina (1955) e Museu de Tudo (1975). A outra grande vertente é a crítica social, ácida, mas sem qualquer nota panfletária ou demagógica, na qual persistem todas as constantes da primeira linha, mas com uma contundência de faca, uma faca só lâmina. O processo, iniciado com O Cão Sem Plumas (1950), se acentua em O Rio (1954) e Morte e Vida Severina (1955), reaparece em Dois Parlamentos (1960) e Agrestes (1984), e como que se depura no Auto do Frade (1984). Convém ainda salientar a presença obsessiva da Espanha, ao longo de toda a sua obra, desde Paisagens com Figuras (1955), Quaderna (1959), Serial (1961) até Crime na Calle Relator (1987) e Sevilha Andando (1990). Observação: A crítica aponta-o como o ponto máximo da poesia brasileira do século XX, ao lado de Carlos Drummond de Andrade.

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