Vermes Parasitas1 Os vermes são nojentos e geralmente estão associados a doenças comumente vistas em áreas onde o saneamento básico não é muito presente. Inicialmente eles começam se alimentando do seu hospedeiro e ao mesmo tempo causando as mais variadas enfermidades. Abaixo você confere cinco dos mais terríveis vermes e suas conseqüências. Ancilostomose
Ancylostoma duodenale e o Necator americanus (conhecidos popularmente como Amarelão) são espécies aparentadas de vermes parasitas nemateomintos, com corpos filiformes e fêmeas (até um centímetro) maiores que machos. As suas extremidades anteriores têm a forma de um gancho, especialmente nos Necator, e possuem boca armada com placas ou espinhos duros. Você pode constatar pela bela imagem acima.
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Eles consomem tanto sangue dos seus hospedeiros que podem causar anemia pela deficiência de ferro. Assim que penetram na pele do hospedeiro, as larvas podem provocar, no local da penetração, lesões traumáticas, seguidas por fenômenos vasculares, como visto na foto abaixo.
Quando as larvas atravessam os alvéolos podem provocar uma reação inflamatória (alveolite). Estes vermes podem formar úlceras intestinais, anemia e hipoproteinemia. Para evitar o amarelão basta andar calçado, mas também é necessário tomar cuidado com o local onde crianças brincam, pois assim não terão contato com o solo contaminado. Acredita-se que cerca de 740 milhões de pessoas estejam infectadas. Áscaris
Popularmente conhecido como lombriga este é o mais popular da lista, causando a ascaridíase. O verme Ascaris lumbricóides tem uma reprodução sexuada, sendo a fêmea (com até 40cm de comprimento) bastante maior que o macho, e com o diâmetro de um lápis. Os ovos têm 50 micrômeros e são absolutamente invisíveis a olho nu.
O ser humano infectado libera, junto às fezes, ovos do parasita. Assim a larva se desenvolve em ambientes quentes e úmidos (por exemplo, o solo nos países tropicais) no qual permanece dentro do ovo. A infecção ocorre por meio da ingestão dos ovos infectantes em água ou alimentos, principalmente verduras. As larvas podem ser liberadas no intestino delgado e alcançar a corrente sanguínea através da parede do intestino. Infectam o fígado, onde crescem durante menos de uma semana e entram nos vasos sanguíneos novamente, passando pelo coração e seguem para os pulmões. Nos pulmões invadem os alvéolos, e crescem mais com os nutrientes e oxigênio abundantes nesse órgão bem irrigado. Quando crescem demasiadamente para os alvéolos, as larvas saem dos pulmões e sobem pelos brônquios chegando à faringe onde são majoritariamente deglutidas pelo tubo digestivo, passando pelo estômago, atingem o intestino delgado onde completam o desenvolvimento, tornando-se adultos.
Existem em todo o mundo sendo maior a prevalência em países tropicais, sendo muito frequente no Brasil. Há no mundo 1,38 bilhões de pessoas infectadas pela parasitose segundo a OMS, ou seja, um quinto da humanidade. O ser humano é seu único hospedeiro. A transmissão se dá pela ingestão de água ou alimentos contaminados com ovos infectantes. Quando estão em grande número podem causar irritação pulmonar com hemorragias e tosse com sangue. Outros sintomas são falta de ar e febre baixa. Após chegada ao intestino e maturação nas formas adultas, os parasitos nutrem-se com o bolo alimentar e não são invasivos. Sintomas possíveis numa maioria incluem náuseas, vômitos, diarréia e dor abdominal.
Para evitar a lombriga lave os alimentos (principalmente verduras) antes de consumir e tome cuidado com sua higiene pessoal. Os governos precisam tratar a água e dar saneamento básico. Verme da Guiné
Quando o hospedeiro bebe água parada contaminada pelos ovos deste verme, ele dá início a uma infecção. A fêmea se desenvolve e constrói um caminho pelos braços ou pernas até as extremidades do hospedeiro. Lá ela fica por baixo da pele causando muita dor e a sensação de que se está queimando. Isso leva a pessoa a colocar a área infectada na água. Este é o momento que a fêmea libera centenas de milhares de larvas, contaminando e iniciando o ciclo novamente. Outros sintomas conhecidos são pruridos, náusea, vômitos, diarréia ou ataques de asma.
Para se livrar do verme é necessário arrancá-lo através de um
buraco na pele. O procedimento é lento e muito doloroso (pode levar semanas), pois caso o verme se parta é possível que a infecção seja fatal.
Solitária
A Taenia solium adulta vive no intestino delgado do homem e tem como uma das características a presença de uma dupla coroa de ganchos, armada sobre o rostelo, que auxilia na fixação do helminto à mucosa intestinal. O homem que possui teníase ou solitária, como também é chamada a doença causada pela presença desse animal no intestino, libera cerca de 40.000 ovos fecundados por anel eliminado nas fezes. Esses ovos contêm embriões denominados oncosferas.
O homem se torna hospedeiro definitivo do animal quando ingere carne de porco crua ou malcozida contendo cisticercos (larvas da Tênia). Ao ingerir ovos da tênia em vez de cisticercos, o homem passa a ser hospedeiro intermediário. Quando os ovos sofrem maturação e se tornam cisticercos no organismo humano, podem causar deficiência visual, fraqueza muscular e/ou epilepsia, dependendo do local onde se alojam. Essa doença é chamada cisticercose e é mais grave que a teníase. Há também a Taenia saginata, cujos hospedeiros intermediários são os bovinos, que se infectam através da ingestão dos ovos desse parasita, eliminados nas fezes do homem. Neste caso o homem pode ser apenas o hospedeiro definitivo. As tênias existem em todo o mundo e são os parasitas mais comuns, sendo estas, das poucas espécies que continuam a ser freqüentes nos países da Europa. A Solitária pode chegar a medir 3 a 5 metros de comprimento, sendo que já houveram casos registrados onde ele chegou a 12 metros. Para evitar coma sempre sua carne bem passada. Filária
A Filária é um verme que causa a doença popularmente conhecida como elefantíase. As larvas são transmitidas pela picada dos mosquitos. Da corrente sangüínea, elas dirigem-se para os vasos linfáticos, onde se maturam nas formas adultas sexuais. Após cerca de oito meses da infecção inicial (período pré-patente), começam a produzir microfilárias que surgem no sangue, assim
como em muitos orgãos. O mosquito é infectado quando pica um ser humano doente. Dentro do mosquito as microfilárias modificam-se ao fim de alguns dias em formas infectantes, que migram principalmente para a cabeça do mosquito. Segundo a OMS existem 120 milhões de pessoas infectadas pela Filária. O parasita só se desenvolve em condições úmidas com temperaturas altas, portanto todos os casos na Europa e EUA são importados de indivíduos provenientes de regiões tropicais.
A longo prazo, a presença de vários pares de adultos nos vasos linfáticos, com fibrosação e obstrução dos vasos (formando nódulos palpáveis) pode levar a acumulações de linfa a montante das obstruções, com dilatação de vasos linfáticos alternativos e espessamento da pele. Esta condição, dez a quinze anos depois, manifesta-se como aumento de volume grotesco das regiões afectadas, principalmente pernas e escroto, devido à retenção de linfa. Os vasos linfáticos alargados pela linfa retida, por vezes rebentam, complicando a drenagem da linfa ainda mais. O antiparasítico usado é dietilcarbamazina (DEC) que elimina as microfilárias e o verme adulto. Pode-se recorrer a cirurgia reparadora em caso