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  • July 2020
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  • Words: 12,253
  • Pages: 58
A energia de dois pontos se atrai Ano de 2013, irei contar uma História que vivenciei, esta história conta minhas aventuras desde que encontrei um colar com as iniciais ANE Então irei começar em 1900 na guerra. 13/05/1900 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - ---Nesta época o mundo estava em guerra, os homens estavam divididos entre o bem o mal, Graças a essa guerra o planeta Terra estava se tornando um lugar não próprio para se viver, seus recursos estavam diminuindo constantemente, a guerra estava mais do que difícil de se impedir, ela estava além do planeta Terra!! O que levou o mundo a esta guerra foi: Falta de Dinheiro, Recursos sendo utilizados de má maneira, Assaltos, Corrupção, Analfabetismo, Índice de Desenvolvimento Humano muito alto, Pobreza, Armas, Capitalismo e Socialismo. Os países estavam disputando entre si o poder. Essa guerra não só estava prejudicando a Terra, mas estava prejudicando um planeta chamado Yume No Sekai (Mundo De Sonho (Sekai=Mundo, Yume=Sonho,

No=Tem mais significados, mas pode ser considerado como De)). Só existia uma forma de chegar nesse planeta, que era dizer Yume No Sekai Da (Para o mundo de sonho) e carregar um colar com as iniciais ANE, Em todo Yume No Sekai existiam apenas 12 colares que eram guardados pelos guardiões sagrados, no entanto nesse dia 2 colares foram roubados e caíram nas mãos de um homem chamado “Treze”, Treze deixou um bilhete antes de partir, neste estava escrito: Eu, Treze, Roubei esses colares para iniciar um jogo, um dos colares deixarei nas mãos do “Bem” e o outro nas mãos de Barbara o “mal”. No ano de 2013 o bem e o mal triunfarão aquele que vencer terá o poder dos dois colares e se transformará no Rei ou Rainha deste planeta. Depois desse dia nada mais se ouviu sobre Treze apenas que ele voltaria em 1913 para acabar com a guerra e deixar os colares na Terra com o “Mal” e o “Bem”. 13/12/1913 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - ---Exatamente como os comentários diziam, Treze voltou e parou a guerra, ninguém sabia como até as pessoas que

estavam na guerra não sabiam como, ou melhor, não se lembravam de exatamente nada desde 1887,que foi quando a guerra começou. Treze antes de ir disse que deixou os colares separados, cada um em um lugar diferente, o colar do “mal” foi deixado em uma caixinha que só podia ser aberta em 1997 e só Barbara que podia abri-la, o outro colar também foi deixado em uma caixinha, mas só podia ser aberta em 2013, 1 mês antes da guerra. 13/12/1997 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - ---Nesse dia eu nasci, mas foi também neste dia que Barbara achou o colar. Não vou falar muito sobre esse dia porque os únicos acontecimentos importantes foram esses. 13/08/2013 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - ---Estava chovendo fortemente, olhava pela janela do meu quarto o tempo chuvoso e frio, solidão, era algo que sentia naquele momento, meus pais e meus irmãos tinham ido ao enterro de meu tio, por minha escolha preferi não ir, não gostava de ambientes tensos e além do mais não queria chorar na frente de ninguém, em um momento como este minha família precisava de apoio e não de mais alguém para lagrimas. Oh como de vez em

quando eu parecia uma pessoa sem sentimentos, não conseguir chorar por uma pessoa importante que morreu era algo realmente desprezível, eu dificilmente chorava na frente de alguém então por isso pensavam que eu não chorava pelo meu tio, Oh engano amargo. O que faria pelo resto do dia? Decidi por mim mesma que ficar em casa chorando não era a solução para nada, resolvi sair. Pela rua cheia de lama eu andava sem rumo, apenas andava, a chuva era tão boa, eu gostava da chuva, depois da chuva sempre vinha o arco-íris, mas naquele dia o arco-íris não ia chegar tão cedo. Eu andava e andava até que comecei a ouvir uma voz, uma voz gentil e acolhedora, ela parecia cantar as palavras, uma voz masculina com um tom doce, ela dizia: - Vem, entenderei se chorares neste momento, mas diz-me porque choras? Tu sabias que a morte estava a chegar a qualquer momento e sabias também que poderias ser com qualquer um, então o porquê de chorares? – Oh doce voz você estaria falando comigo? Sigo a voz, ela vinha de onde eu partira, minha casa, eu a seguia quase chorando, piso no primeiro degrau de minha casa e me viro, como era lindo o orvalho nas árvores, a chuva enfraquecia e o sol vinha, chuva e sol casamento de espanhol, com este pensamento sorri debilmente enquanto olhava a frente de

minha casa, ou para ser mais exata, K5 o apartamento, não podia negar que morava em um lugar bonito. Viro-me novamente e continuo a subir, em frente a porta de minha casa havia uma caixa de madeira com um bilhete, peguei a caixa e entrei dentro de minha casa. Minha casa era de um tamanho bom, a sala era grande, as paredes de um salmon (que em minha opinião era rosa alaranjado) que brincava com a cor branca do sofá e a mesa de madeira escura. Os azulejos de um preto que combinava com o rack onde ficava a TV de 42 polegadas. Sento-me no sofá e pego o bilhete:

For you, Be careful. Não era difícil entender inglês afinal eu fizera curso, estava escrito Para você, tenha Cuidado. Mais o que queria dizer cuidado? Alguém estava aprontando comigo? Antes de abrir a caixa começo a sacudi-la e tento escutar algo, o barulho era metálico, pra mim isto era bom, porque significava que não possuía nenhum bicho, meus amigos gostavam de brincar comigo, já fui vitima de aranhas, misturas nojentas, comidas não comestíveis entre vários outros, por isso sempre tinha um certo cuidado antes de abrir os “presentes”. A caixa estava em cima da mesa, encarava ela como se ela fosse me

morder, depois de meia-hora resolvo abrila, eram umas três horas da tarde. Abri a caixa e dela começa a sair uma fumaça, minha visão estava totalmente embaçada. - Ai, mais que desgraça, meu pé e minhas costas tão doendo, Treze seu maldito você vai... – Escuto uma voz e então dou um grito, a fumaça estava desaparecendo, mas minha visão continuava embaçada. - Ei menina fica quieta, eu não vou te matar não. – Era a voz de um garoto de aproximadamente 16 anos. Uma voz que o timbre subia e abaixava. - Quem é você?O que está fazendo aqui? Porque está aqui?Que história de matar é essa?Ei você é louco?Quantos anos você tem? – Eu não conseguia conter minhas palavras em minha boca que uma vez aberta jamais se fecharia. - Cala a boca! Assim vou ter um troço! Meu nome é Mihalk... - Ele começou. A fumaça desaparecia e finalmente consegui ver o menino, Um garoto de 16 anos exatamente como eu pensara, um garoto moreno, de cabelos que pareciam a madeira de uma árvore, olhos castanhos- escuros, alto, um menino comum a não ser pela sua estranha estrutura forte e exagerada. Suas roupas eram apenas uma calça esburacada velha com dois bolsos. - Ei ei posso te chamar de leite? É porque Mihalk se tirar o HA fica Milk e Milk em

inglês é leite..- eu comecei a brincar com o menino. - Mais que droga, não coloque um apelido tão infantil em mim! Me chame de o Fortão!- Ele dizia - Eu não quero chamar um fraco como você disso!- Eu disse claramente a este imbecil - Quer saber guria agora você me irritou!- Ele disse pegando uma moeda em seu bolso que quando a jogou pra cima se transformou em uma bainha de espada. - Ótimo agora estou tendo alucinações!Eu vou virar uma louca, não quero parar no hospício! Mais que isso é legal é verdade! Já que isso é uma alucinação vou aproveitá-la...- Eu falava ironicamente. - Guria você vai ver a alucinação quando minha espada atravessar seu crânio!Agora ele estava totalmente ferrado, Guria a palavra que me deixava mais irritada em todo o mundo sem duvida era essa. - Agora quem vai ver a alucinação é você!- Eu disse partindo pra cima daquilo que eu jurava ser uma alucinação. Quando me aproximo perto do garoto leite e vou chutá-lo, ele estranhamente se desvia, o que era difícil pois eu tinha aulas de judô. - Haha acha que vai vencer de mim desse jeito? Está muito enganada garota, quer saber vou lhe fazer um favor, irei poupála da vergonha e sairei daqui para

encontrar o maldito do Treze, Então me dê...- Ele estava terminando seu texto inútil quando dei um chute bem forte em sua perna. - Ai! Isso dói!13 noites de treino pra esse lixo de defesa, ora se o treze vai se ferrar comigo! E você guria pode ter certeza que vou decepar seu pescoço!- Ele disse em um tom extremamente nervoso. - Ei garoto leite fica quieto, foi você que começou e eu duvido que você saiba o que é decepar, então cale sua boca de jacaré e me escute!- Eu gritei para ele. - Er.. Eu não sei o que é decepar mais é algo muito ruim e isso é o que importa, e ta eu me calo já que estou em sua propriedade e você tem esta força.- Ele disse calmo e envergonhado. -Oh meu Deus, estou tendo alucinações! A morte afeta de todos os ângulos mesmo. Garoto leite de onde você veio?Perguntei preocupada com meu estado mental - Eu vim do Vilarejo Mudança e...- Ele ia continuar quando o interrompo - O que? Vilarejo Mudança? Quer saber me explica sua história e todo o resto deste lixo!- Eu disse com certeza de que estava piorando o meu estado mental. - Antes me responda, em que ano estamos?- Ele perguntou preocupado - 2013 porque? - 100 anos, Treze seu filho da p¢#$, Eu sou Mihalk um garoto de 16 anos que foi aprisionado dentro de uma caixa de

madeira. Porque? Eu estava fugindo da guerra pois os alemães me perseguiam, quando encontrei um homem chamado Treze. Ele disse que eu ia ser útil para ele, então me treinou durante 13 dias e 13 noites seguidas até que eu estava pronto, mas não para Treze. Então na noite seguinte não agüentando mais o treinamento eu fugi e encontrei uma espada sagrada e a usei para o mal até que 13 me achou e me trancou nesta maldita caixa de madeira, e hoje completa 100 anos que estou preso nesta porcaria!- Ele disse furioso. Agora tinha mais do que certeza, meu estado mental estava totalmente em perigo! - Então você tem 116 anos?- Eu perguntei incrédula - Sim.- Ele respondeu seriamente - Oh, eu tenha 200, prazer em conhecêlo- Eu disse brincando - Sério? O treze fez o que com você? Ele também te prendeu?- Claro que não ô retardado!- Quer saber pare de me xingar, agora estou nervoso! Tchau, agora vou embora daqui!- Sua expressão estava totalmente incompreensiva - Já vai tarde Garoto Leite!-Eu Disse rindo histericamente - Oh vocês não sabem ficar quietos nenhum segundo.- Disse a mesma voz que me chamara para voltar, a voz vinha

da varanda que estava com a porta fechada. Corri para a varanda para abri-la, eu realmente queria ver a alucinação compreensiva com voz bela e doce. - Treze!Desgraçado!Retardado!- Garoto Leite disse enquanto corria para perto da porta da varanda. Então consigo abrir a porta, mais nada tinha nela, além da paisagem da frente de meu condomínio. - Você acha que esse feitiço imbecil me engana?- O Garoto Leite atravessou a porta e desaparecera no ar. Já que eu estava mentalmente afetada qual seria o problema em atravessar aquela simples porta de vidro e metal? Atravesso-a e...

Treze e o Garoto Leite Atravessei a porta e nada me aconteceu, minhas alucinações desapareceram, sem dúvida aquele fora o momento mais louco da minha vida, agora minhas alucinações estavam apenas “mortas”, Eram quatro horas da tarde, eu não conseguia parar de pensar naquela doce voz, quanto tempo mais iria esperar para ter aquelas alucinações, eu as queria de volta, O Garoto Leite que era estranhamente fácil de irritar, E o Treze com voz doce. Era melhor ser uma louca do que ficar sozinha chorando,

meus pais chegariam tarde, tinham que aconselhar minha avó e dar apoio a ela, e eu? O que faria pelo resto do dia? Eu resolvi ir fazer o dever de casa o que é muito raro, pois sinceramente eu detestava fazê-lo, eu só me safava pelas minhas notas altas, porque quanto aos deveres de casa e trabalho eu não fazia nenhum. Depois de ficar uma hora fazendo o dever de trigonometria a matéria maldita, fui tomar banho para ir dormir, não agüentaria ficar nem mais um pouco acordada pensando em morte e alucinações se não ai que eu pirava mesmo. - Filha acorda. – Minha mãe me acordava - Ah que horas são? Que foi mãe? – Eu perguntava com voz sonolenta - São dez horas da noite, mamãe só está te acordando para perguntar de quem é isto? – Ela segurava a caixa de madeira - Ah é meu. Ganhei de um amigo. – Eu disse, e então pensei “Se a caixa existe significa que o Milk e o Treze existem, ou seja, eu não estou louca!” Mais desisti deste pensamento, pois quem saiba apenas a parte do Milk e do Treze fosse alucinação e a caixa verdadeira? - Ah tudo bem então. Pode voltar a dormir, vou colocar ela aqui em cima tá? Boa noite.- Ela disse deixando a caixa em cima de minha escrivaninha de madeira clara, quase bege. Meu quarto era grande, a cor da parede era laranja claro, quase salmon, o chão

possuía o mesmo azulejo preto da sala, Tinha uma escrivaninha bege que brincava com a cor do meu guarda-roupa branco e laranja. Minha cama era uma bicama de madeira escura. Levantei-me de minha cama e sentei em cima da cadeira laranja e branca, peguei a caixa e a abri novamente, nela tinha, um colar com as iniciais ANE e uma chave e um bilhete. Peguei o bilhete e o abri:

As vezes algumas palavras podem fazer uma incrível magia. Assim como desculpa faz mágica. Yume No Sekai Da também faz a mágica. Acredite no poder das palavras. O que significava aquele bilhete, eu compreendia muito bem Yume No Sekai Da que supostamente era japonês significava Para o Mundo De sonho, mais qual era o significado daquele bilhete?E porque ele sempre estava em idiomas diferentes? Li várias vezes o bilhete até pegar no sono. Passei minha noite dormindo na escrivaninha até que senti um forte vento em meu rosto e acordei, a janela estava aberta, me aproximei para fechá-la até que meu celular tocou. Olho em meu celular o dia era uma quarta-feira de manhã, eu não podia faltar aula, pois a coordenadora Lucimara disse que eu podia ser reprovada devido as minhas faltas. O sol ainda estava nascendo, eram

ainda umas 06:00 horas da manhã. Assim que terminei de me arrumar, fui ler o bilhete novamente e colocar o colar e a chave no bolso do meu casaco. Desci as escadas de minha casa devagar, A chuva veio de noite, dava pra ver isso pelo Orvalho. O caminho para minha escola não era longo. Eu caminhava para minha escola até que quando chego vejo o Mihalk “Milk”, Esfreguei os olhos e então ele desapareceu. Ainda confusa fiquei parada olhando o lugar onde ele apareceu. - Ninna!Que foi menina? – Aleska disse, dando-me um forte abraço. - Ah. Nada não. – Eu disse surpresa ainda fitando o vazio. - Vamos, a aula vai começar! – Ela disse segurando minha mão e me puxando fazendo com que eu quase caísse. A aparência de Aleska era boa, seus cabelos curtos e cacheados com um tom castanho-escuro e mechas da cor do mel, seus olhos tinham uma cor esverdeada para os quase “Daltônicos”, Alta, Magra e Ombros Largos. Uma pessoa que tinha uma aparência que se encaixava no perfil estético da sociedade. Suas roupas eram o suposto uniforme do colégio, blusa branca, calça jeans e um casaco. Quando chegamos a sala de aula que tinha o total de 32 alunos, a professora disse: - Bom dia meninas, sentem-se por favor, Hoje teremos três alunos novos.

- Bom dia professora Uliana.- Eu disse educadamente. Muitas pessoas gostavam de fazer piada com os nomes, a professora Uliana era um dos principais alvos. A História que rolava pelo colégio era a seguinte: A mãe da professora Uliana era fanha e por isso quando foi registrar o nome da filha no cartório não conseguiu falar Juliana e então entenderam como Uliana, por isso este é o nome da professora. - Bom dia gente, Hoje teremos três alunos novos, eles são estrangeiros, sejam bonzinhos com eles ok? - A Professora disse alto e claramente - Sim, professora! – A maioria dos alunos gritou, enquanto a outra metade se focalizou em fazer bolinhas de papel o suficiente para jogar nos estrangeiros. - Que legal! Alunos estrangeiros, um é meu. – Bruna disse, A Propósito os comentários da Bruna pra mim eram totalmente inúteis, seria bom se ela fizesse comentários melhores. A professora abriu a porta para os estrangeiros, então eles entraram, Dois meninos e uma menina. A menina tinha o cabelo preto não muito escuro, excessivamente ondulado, sua altura era mediana, ela usava o uniforme do colégio. - Bom dia pessoal, prazer em conhecêlos, meu nome é Guilherme, espero me encaixar neste colégio. – O menino que se apresentou como Guilherme disse, sua

voz era exatamente como a doce voz que Treze tinha, talvez fosse apenas coincidência, mas mesmo assim aquela voz me encantava. Sua aparência chamava muita atenção, seus cabelos eram pretos como a noite escura, seus olhos eram como o céu do dia, sua estrutura era perfeita. Ele olhava pra mim fazendo com que eu ficasse ainda mais envergonhada e assustada. - Buenos Dias, Mi nombre es Mihalk. Hahaha sacanagem, oi gente, meu nome é Mihalk...- Ele se exibia de forma estúpida - Leite!- Eu disse sem conseguir manter minhas palavras quietas. - Olá CANINNA!- Ele disse com raiva. - Gente, pare com isso. – A professora Uliana disse. - Ela que começou. – Milk me acusava. - Não vou dizer nada. – Me mantive quieta. Depois disso fiquei quieta, os “estrangeiros” estavam sentados perto de mim, Mihalk atrás de mim, A menina que não se apresentou direito, Aya estava a minha esquerda, e o Guilherme a minha direita. Será que eu estava ficando realmente maluca? Eu estava assemelhando os novos alunos com minhas alucinações, tirando a Aya a menina tímida, As aulas passavam lentamente, eu estava ansiosa pelo intervalo, a atmosfera daquela sala estava me matando aos poucos. Quando

o sinal do intervalo toca, todo mundo se levanta e sai naquela correria pra comprar o lanche do colégio, na sala só restava eu, Aleska, Adolfo e os estrangeiros. Adolfo era o namorado da Aleska, ele era um comum, alto, cabelos escuros, olhos escuros, o que fazia ele incrível até pra mim era sua personalidade forte e sua grande sabedoria, Adolfo era o menino mais inteligente que eu conhecia. Ia me retirando da sala quando Milk segura meu pulso e diz: - Queremos conversar com você...- Ele deu um olhar pra Aleska e Adolfo – A sós. - Ninna você conhece eles? – Aleska perguntou seriamente. - Mais ou menos, depois nos falamos. Disse a ela. Ela estava se retirando da sala junto com os estrangeiros que me puxavam, Todo mundo olhava atentamente para mim e os estrangeiros, eu estava constrangida, Mihalk apertava meu pulso mais ainda conforme eu diminuía a velocidade. Eles me levaram até a porta do colégio onde não tinha ninguém e eu com raiva comecei. - O Que vocês querem? Vocês são minhas alucinações? Eu estou doida? Vocês não são estrangeiros, certo?- Eu perguntava velozmente. - E você é o tal de Treze, certo? Porque estão aqui? O que querem de mim?- Eles me deixavameu perguntar e não me

respondiam nada. – Porque você se chama Treze?- Cessei minhas perguntas. - Primeiramente, somos reais, nós queremos você para uma guerra que está prestes a acontecer, Eu sou o Treze... -“Guilherme! Começava a me responder. - Agora é minha vez novamente, Não estou perguntado o número de seja lá o que for, estou perguntando quem é você? - Meu nome é Treze como eu disse a você. – - Atá, então seu nome tem treze letras?Eu amava ironizar tudo, irritar a todos, meu passatempo favorito sem dúvidas era esse. - Não, Treze é o meu nome. – Ele tinha uma paciência incrível, o que eu detestava. - No dia em que você nasceu sua mãe estava com dor de barriga? – Disse pra tentar irritá-lo - Vamos parar com esse papo furado e ir direto ao assunto? – Ótimo, ele estava começando a perder a paciência. - Ok.- Eu disse com controle. - Vou precisar do seu nome ou de um apelido seu.- Ele era Idiota!? A Aleska repetiu meu nome várias vezes e esse idiota ainda não sabia, que falta de ética. - Pra que vou dizer meu nome ou meu apelido se você não diz o seu? – Como era engraçado irritar as pessoas. - Meu apelido é Treze, Pronto Feliz?Agora diz! - Ele estava enfurecido.

- Isso foi uma ordem ou um pedido?- Eu perguntei para meu divertimento. - Uma ordem! – Ele disse com sua voz ainda doce e enfurecida. - Ah então ok, Meu nome é Ninna Wang. – Eu disse tentando fazer eu parecer uma idiota bem obediente. - Achou a caixa? – Ele perguntou com calma. - Que caixa? – Era obvio que eu sabia que caixa, mais mesmo assim era muito divertido irritá-lo. - A caixa com o colar das iniciais ANE. – Ele especificou. - Ah sim, espera aí, foi você o engraçadinho que me aprontou essa palhaçada de bilhete? – Eu perguntei para comprovar meu pensamento. - Não, foi o destino. – Ele disse com certeza e um tom de paixão na parte do destino, como se ele idolatrasse o destino. - O destino não está escrito, mesmo se estivesse eu poderia apagá-lo. – Eu disse. Se ele gostava tanto do destino ia ser realmente divertido irritá-lo usando esta palavra. - Ok, então foram as fadas e a chapeuzinho vermelho. – Agora ele ironizava tudo. - Aaaa entendi. – Eu disse brincando. - Você é idiota mesmo, fadas não existem. – Parecia que ele ia enlouquecer.

- Você que é idiota, agora por sua culpa uma fada em algum lugar morreu. – Eu disse rindo histericamente por dentro. - Ai é? – Ele tentou continuar com a ironia. - Sim seu chato, e pra sua informação eu nunca seria idiota de cair em uma brincadeira como essa. – - Duvido de você não ser idiota, mas tudo bem só isso que queria saber mesmo. - Mais que merda, agora vocês que estão me irritando, calem a boca, e bom quanto as fadas, você errou Treze elas existem sim. E quanto a caNINNA ser idiota eu também concordo. - Humph, vocês dois são dois imbecis, principalmente você, Leite Estragado que passou da data de validade. – Brincava com o nome dele enquanto o chutava. - Ai, você me machucou de novo! – Ele disse. - Ninna, desculpe pela indelicadeza destes idiotas. – Aya finalmente abriu a boca e pronunciou suas “primeiras palavras”. - Vamos provar a ela a existência do Yume No Sekai. – Mihalk disse feliz. - Ninna, o colar está com você? – Treze perguntou gentilmente, se não fosse por sua voz gentil eu já o teria chutado. - Sim, aqui. – Tentei retribuir a gentileza, e peguei o colar no bolso esperando ele pegar de minha mão.

- Oh sim. – Treze disse pegando o colar de minha mão. Como era típico de mim fiquei envergonhada. - Ai meu Deus, parem com esse namorico! Vamos logo maldito! – Mihalk gritava com entusiasmo. - Está com ciúmes? – Aya perguntou com um sorriso lindo. - Cala a boca, sua maquina tagarela. – Mihalk disse com raiva. - Vamos. – Treze disse enquanto me abraçava fortemente, Mihalk segurava o braço de Treze e Aya segurava o de Mihalk. - Yume No Sekai Da. – Eles disseram com ênfase. O ambiente em minha volta desaparecia, Cada objeto desaparecendo um por um, até que o que restou foi apenas um lugar preto que foi tomando forma e se transformou em um lugar bonito, parecia que eu estava em um daqueles ambientes do amazonas que só se vê em filme. Era lindo, as árvores predominavam no ambiente junto com uma chuva fraca, quase uma garoa. - Ai que bom, finalmente em casa depois de 100 anos. – Mihalk gritou muito feliz enquanto se separava de nós. - Que felicidade! – Aya também gritava. Eu apenas tentava compreender aquilo, eu estava em um lugar onde tudo era possível, Treze ainda me abraçava, até ouvirmos um grito muito alto vindo da imensidão da floresta.

- Treze, posso? – Aya perguntou com um grande sorriso no rosto. - Não, apenas ignore. – Treze parecia estar feliz também. - Pode o que? – Quando perguntei Treze me soltou gentilmente, parecia que ele ainda não havia se tocado que estava me abraçando. - Ir brincar. – Aya disse. - Na verdade, Aya está querendo ir à direção de onde veio o grito, para enfrentar um dos Argual. – Treze disse. Fiz uma cara de Incompreensão. - Árvores Guardiãs do Mal. – Mihalk explicou-me, talvez fosse o único que compreendeu minha expressão. - Ah. – Agora pra mim não tinha diferença, Eu acreditava em qualquer coisa que eles dissessem. – O Que os Água faz? - Haha Argual, eles atacam inocentes e absorvem a energia vital deles. – Treze me respondeu com um sorriso, seu sorriso era lindo. - Vamos para a casa da Kisa! – Mihalk berrou. - Sim, podemos? – Aya perguntou olhando para o Treze. - Claro. – Ele parou e depois continuou. – Ninna... é melhor... – Treze tentava dizer algo enquanto seu rosto corava. - Quer saber para de enrolar, eu faço! – Mihalk disse enquanto me pegava com seu braços e me colocava em seus ombros.

- Ei ei para com isso, eu vou beliscar sua bunda. – Eu disse com vergonha. - Então quer ficar aqui na floresta com os Argual? – Mihalk disse sarcástico. - Er... não, mais também não quero que você me carregue. – Eu disse enquanto batia em suas costas. - Para com isso, quer que o Treze te carregue é? Que nojo você me dá. O amor é tão bonitinho. Puá. – Ele cuspiu no chão. - Eca seu porco. Vamos logo então, não quero ficar pendurada aqui que nem enfeite. – Eu disse com nojo. - Então vamos. – Aya falou com um sorriso.

Pesadelos e Ilusões - Corrida? – Mihalk perguntou antes de partimos. - Legal. – Aya disse. - Pode ser. – Treze disse. - Fecha os olhos. – Mihalk disse a mim. - Não estou afim. – Eu fiz careta. Mihalk começou a correr velozmente, da paisagem nada mais eu via, apenas vultos e borrões, fechei os olhos, pois eles começaram a arder por culpa do vento forte. Mihalk gritava como um louco. Quando vamos diminuindo velocidade e Mihalk grita bem alto: - Chegamos! – Mihalk não parava de gritar. - Ai, meu olho! – Eu reclamava.

- Sua imbecil eu disse pra fechar o olho, bem feito! – Mihalk riu enquanto falava. Uma pedra acertou a cabeça de Mihalk. - Ai, Suou seu imbecil. – Mihalk gritou. - Você continua o mesmo mal-educado de sempre não é Mihalk? – Uma voz feminina disse. - E você a mesma chata. – Mihalk estava histérico enquanto segurava o lugar onde a pedra o acertara. - Olá Kisa, há quanto tempo. – Treze disse com seu sorriso perfeito. Da paisagem de repente sai uma menina de aproximadamente 12 anos, seus cabelos eram de um tom castanho-claro, seus olhos eram quase amarelos, suas vestes eram uma blusa que parecia a pele de um tigre e uma saia branca. - Oi pessoal, quem é a nova menina? – Ela disse me olhando com seus olhos gentis. - É a namorada do Treze. – Mihalk disse rindo. - A escolhida para representar o bem. – Treze disse seriamente. - Não sei o porquê você fez esse jogo. – Kisa disse incompreensiva. - Kisa, deixa ele fazer o que ele quer, você sabe a força dele. – O menino que se denominava Suou disse, seus olhos eram de um preto inigualável, seus cabelos de um tom preto azulado, ele era alto, tinha uns 12 anos, sua estrutura era forte e diferente. - Exclusão... – Eu murmurei.

- Cala a boca CANINNA! – Mihalk disse. - Vem me fazer calar se é homem! – Eu disse claramente. - Ok. – Ele pegou sua “moeda”, e jogou para cima novamente, fazendo com que ela se transformasse na espada. - Que peninha, precisa da espada pra me vencer. – Eu irritei ele. - Não preciso não. – Ele jogou a espada no chão e vinha pra cima de mim. - Parem com isso crianças. – Aya repetiu. - Não sou criança! – Gritei ao mesmo tempo que Mihalk. - Para de me imitar! – Mihalk disse me dando língua. - Você que está me imitando. – Eu disse. - Quando vocês irão parar de brigar e começar a se dar bem? – Treze perguntou com voz impaciente. - Nunca! – De novo ao mesmo tempo que Mihalk eu falei. - Humph! – Eu disse me virando e indo pra floresta adentro. - Aonde você pensa que vai? – Treze perguntou - Em qualquer lugar que seja longe desse idiota! – Disse com raiva. - Não vai não. – Treze me contrariou. - Porque não? – Perguntei furiosamente. - Você é minha enquanto estiver aqui em Yume No Sekai. – Treze disse com certeza e tom de ordem. - Haha vamos ver. – Eu disse enquanto corria pra floresta.

Ninguém me seguia, quando me distanciei o suficiente pra mim, parei de correr. - Comida! – Esta voz vinha de uma árvore que se mexia!? Então olhei atentamente para a árvore que tomava uma forma quase humana, a não ser pela sua “pele” de madeira e cabelos de folhas. - Comida! – A árvore repetia. Eu me senti fraca neste momento e fui perdendo a consciência quando vi Treze e o pessoal chegando. - Dame (Pare)! – Ouvi Kisa dizer e a árvore congelar. - Tire ela daqui. – Treze gritou. - Eu tiro. – Aya gritou enquanto me segurava e me levava pra longe. - Boba, Porque fez isso? – Aya me perguntou preocupada. – Você poderia ter morrido se Treze não tivesse te ajudado. - Afinal, o que está acontecendo? – Eu perguntei com voz fraca. - Aquilo era um Argual, ele estava sugando sua energia vital, que bom que agora está melhor, você nos deu um baita de um susto. – Aya disse aliviada. - Ah entendi! – Eu disse despreocupada. - Não fale despreocupada desse jeito. – Aya disse nervosa. - Que legal, eu pensava que você não falava mais de uma frase por hora. – Eu disse sem pensar.

- E eu pensava que você era menos idiota. – Ela disse amargamente. – Mais pelo visto estava enganada. - Entendi, desculpa! – Disse no mesmo tom de voz amargo que ela. - Então eu te desculpo, mas saiba que fiquei preocupada. – Ela disse envergonhada. Ela me colocou em cima de uma árvore e sentou do meu lado, a paisagem era linda lá de cima, simplesmente a mais bela que já vi em toda minha vida, mas aquele verde estava me cansando, será que Yume No Sekai era só planta e verde? Eu queria conhecer mais sobre aquele lugar incrível onde tudo era possível. - Aqui estão vocês! – Suou disse enquanto se aproximava. – Ei menina da próxima que for bancar a imbecil tente ser menos idiota. - Ai mais que droga, todo mundo vai ficar me xingando agora, desculpa pronto! – Eu disse nervosa e envergonhada por minha burrice. - Tudo bem, não se preocupe. – Kisa estava do meu lado, e me olhava com seus olhos gentis. Então sem me conter dei um abraço forte nela. - Ai você é tão fofa! – Eu disse enquanto a abraçava. - Claro que ela é fofa! – Suou disse com certeza.

- Você também é muito fofo! – Kisa disse pra Suou enquanto retribuía meu abraço de urso. - Eca, parem com essa nojeira. Que coisa nojenta! Argh ficamos com o pior trabalho lá atrás! Eu e o Treze tivemos que agüentar o fedor daquele Argual nojento enquanto vocês ficavam aqui de nojeira. – Mihalk Reclamava, como se ele reclamar fosse alguma novidade. - Ei leite estragado você parece um cachorro não é? Só se for pra conseguir sentir o cheiro daquele Argual. Pra mim ele não cheirava a nada. E para de reclamar seu imbecil. – Eu disse enquanto soltava Kisa do meu forte abraço. - Pelo menos cachorros prestam, não são que nem você que não presta pra nada! – Mihalk elogiava os cachorros. - Então vou te chamar de Milkinu porque Inu é japonês e em português significa cachorro. – Eu disse pensando em como seria uma boa maneira de irritá-lo mais do que o normal. - Não me chame de Leite de Cachorro. – Ele reclamou - Sinceramente vocês deviam parar com isso, isso vai afetar muito o nosso grupo. – Treze apareceu na outra árvore em pé e disse nervoso. - Bla e bla cala a boca Treze. – Mihalk estava tão nervoso quanto Treze. - Eu já estou nervoso o suficiente, tem certeza que quer me deixar mais? – Treze

estava ameaçando Mihalk de forma assustadora. - Eita porque está tão nervoso assim? – Aya perguntou - Não é obvio? – Mihalk começou com ironia e depois terminou com medo. – Por causa da namorada dele – Ele olhava pra mim como se sentisse ódio supremo - Ei agora vão me culpar por tudo? – Perguntei com raiva. - O ato que você teve foi mais infantil que os do Mihalk, espero que você reflita sobre isto. – Treze continuava enfurecido, todos olhavam atentamente para minha reação e para a dele. - Você se acha o tal... – Eu ia continuar a falar, mas me senti extremamente fraca e cai da árvore. O vento assoprava em meu rosto fortemente enquanto eu caia, era uma sensação boa. Mais minha sensação acaba quando alguém me pega antes que eu me machucasse gravemente com a queda. Eu estava sozinha no colégio, um colégio quieto e vazio, não havia ninguém lá, gritos ecoavam da sala ao lado, os gritos continham palavras que me assustavam: Agora vai ser a vez da sua morte, se prepare. Era assustador, por mais que eu tentasse me mover do lugar, eu não me movia, eu estava parada como uma estatua. As paredes estavam aos poucos se colorindo de um vermelho sangue junto com minhas roupas e minha mão,

os gritos aumentavam à medida que o sangue se espalhava. Acordei de meu pesadelo, eu estava em um quarto grande e confortável, eu apenas observava o ambiente em volta de mim, as paredes eram rosa- claro, a cama tinha os lençóis rosa choque era um quarto totalmente rosa o que me enojava, eu não gostava daquela cor pra tudo, o chão rosa, aquilo estava me enjoando, me levantei devagar, havia um espelho do lado da cama, fui me olhar nele, não que eu gostasse de espelhos como toda adolescente, eu apenas queria ver como estava minha aparência, me aproximei do espelho e me assustei, meu cabelo havia adquirido um tom estranho, na ponta dele predominava um azul escuro, era realmente estranho, minha pele tinha a mesma cor morena, eu continuava a mesma pessoa alta e magra, a não ser pelo meu cabelo. Ouço a porta abrir e me viro, era Mihalk e Kisa, Mihalk tinha agora seu cabelo vermelho com mechas verdes, estava parecendo um personagem estranho de um filme exagerado. Kisa estava a mesma. - Ei porque meu cabelo ta assim? – Eu perguntei despreocupada. - Porque já se passaram 12 horas desde que você chegou aqui. Aqui em Yume No Sekai o nosso cabelo fica diferente da cor que temos na terra. – Ele tentou me explicar.

- Ah e quando eu for pra terra? – Eu perguntei preocupada com a bronca que levaria por “pintar” o cabelo - Você vai voltar com a mesma aparência de quando saiu de lá. – Kisa explicou. - Atá. – Eu disse com alivio. – E se eu voltar? Minha mãe já deve ter chamado o FBI! – Eu disse pensando na grande preocupação exagerada da minha mãe. - Quando algum ser vivo sai da Terra e vem para o Yume No Sekai, o tempo na Terra congela. – Kisa me explicou rapidamente. - De qualquer forma, tome um banho. Argh você está fedendo a Argual. – Mihalk reclamou. – Ali tem um banheiro. – Ele disse apontando para uma porta branca que ficava no quarto. - Pode usar as roupas que tem no guarda-roupa. – Kisa disse com um sorriso. - Ok e onde está o resto do pessoal. – Eu perguntei curiosa. - Aya foi fazer compras, Suou foi a cidade fazer sei lá o que e nem me interessa, Treze deve estar procurando o livro de Magia para iniciantes. – Mihalk disse com um grande entusiasmo. - Vamos indo, estamos te esperando no andar de baixo. – Kisa disse enquanto puxava Mihalk para fora do quarto. Direcionei-me ao banheiro, era um banheiro enorme, com uma banheira branca, espelhos por toda parte do teto e

das paredes, um lugar que lembrava um filme de terror, o chão tinha a cor preta. Tomei meu banho de forma lenta, pois queria que o “fedor” de Argual que Mihalk tanto reclamava saísse. Assim que sai do banheiro coloquei a toalha em volta de mim e me olhei no espelho, não porque queria e sim porque era inevitável. No espelho tinha uma pessoa atrás de mim, uma menina de minha idade, pele branca, muito branca, seus olhos tinham uma cor verde que ressaltava sua pele, sua roupa era um vestido preto, a maquiagem que havia nos olhos dela era algo que lembrava muito os góticos. Ela era uma menina bonita, mas ainda sim assustadora. Contive meu grito e me virei lentamente para trás, nada havia naquela sala além de mim. Eu ignorei, estava se tornando comum eu ver coisas daquele tipo. Troquei rapidamente de roupa. Coloquei um vestido azul claro. Desci velozmente fazendo com que eu tropeçasse no penúltimo degrau. - Haha você vai me matar de rir Haha essa foi boa demais! Que pessoa mais desajeitada!Hahahahaha. – Mihalk ria histericamente. - Haha quer ajuda? – Kisa tentava conter os risos. - Não precisa. – Eu disse amargamente enquanto me levantava para andar na direção de Mihalk.

- AI! Quando você vai parar com isso? Isso dói! – Ele reclamava de dor do chute que eu havia dado nele. - Hahahahaha agora é minha vez de rir! – Eu disse enquanto fingia uma risada histérica. - Mais sua queda foi realmente engraçada. – Treze estava sentado no sofá rindo como um bobo. - Haha quero ver quando você for o próximo que eu vou chutar. – Eu disse tentando rir. - Você não conseguiria nem mesmo se tentasse. – Ele disse ainda com seu sorriso. O que se passava na cabeça dele? - Tem certeza? – Eu perguntei com certeza de que ele nunca conseguiria se desviar de meu chute. - Tenho mais do que certeza, afinal é obvio. – Ele estava do meu lado. - Se você acha que me assusta porque é mais rápido que eu, está enganado. – Eu estava sorrindo. Queria não mostrar medo. - Porque vocês não fazem uma aposta? – Kisa disse, ela estava pensando em algo de certa forma assustador. - Pra mim sem problemas. – Eu respondi antes dele, eu era competitiva, altamente competitiva. - NÃO, NINGUÉM VAI APOSTAR MERDA ALGUMA! – Mihalk gritava, ele estava furioso. – Kisa e Treze vocês poderiam parar com a droga desses pensamentos

ridículos ou se esqueceram que quando meu cabelo volta ao normal meus poderes também voltam? Que merda! Odeio ler mentes nesses momentos. – Ele estava histérico. - Eita calma, aqui em Yume No Sekai os homens tem TPM? Ei espera aí. Você lê minha mente? – Eu perguntei com raiva e vergonha. - Er... Não, O Treze bloqueou sua mente. – Ele disse olhando atentamente para o Treze. - Que divertido! Agora tem umas mil pessoas mexendo com meu psicológico, ei Treze você poderia deixar minha mente normal? – Eu perguntei sarcástica. - Faça você. O livro de magias para iniciantes está em cima da mesa. É só ler. – Treze estava um pouco nervoso. – E eu ainda não reclamei do que você fez na floresta não é? Então vou começar agora. – Ele estava totalmente furioso. - Atá, beijos, vou ler e não estou nem aí pra você. – Eu disse pegando o livro que estava em cima da mesa e saindo pela primeira porta que eu vi. – E Leite estragado espero que sua TPM acabe bem rápido. Eu tinha acertado em cheio na porta, era aquela que me levava a saída. O ambiente não era mais um verde total, a casa provavelmente de Kisa, era branca por fora. A casa estava perto de uma cidade, porque eu conseguia ver algumas casas se eu forçasse minha vista.

Sentei-me em frente a casa de Kisa, e olhei para o livro, um livro de capa escura, nele estava escrito, Bruxaria para crianças. O treze quer que eu aprenda macumba para crianças pensei. Folheei o livro e vi uma palavra que me chamou atenção: Ilusão. Então comecei a ler o tópico de maneira rápida e curiosa.

Um garoto ou uma criança? Era meio-dia, eu passei minha manhã inteira lendo aquele livro complicado, meu estômago estava doendo, eu estava morrendo de fome, normalmente eu não tomava café da manhã por pressa e por isso sentia muita fome na hora do almoço, este era um dos meus piores hábitos, resolvi entrar na casa e procurar comida, a casa era bonita, o chão de madeira escura, inúmeras portas, no corredor em que eu estava tinha a escada para o segundo andar, a parede de cor amarela clara mais uma cor que não me agradava, fui andando em frente. - Treze é verdade? – A voz de Aya estava eufórica - Sim, Aya, eu gosto de você. Sabe, desde quando nos conhecemos eu sentia algo por você. – Treze disse com uma voz envergonhada. Quando eles pronunciaram aquelas palavras que vinham da porta a minha

esquerda eu parei automaticamente e fiquei escutando. - Mas, eu, nós todos, achávamos que você gostava da Ninna. – Aya disse com a voz apagada. - O Mihalk que começou inventando essa história. Apenas não acredite. – Treze disse com uma voz incomodada. Depois de ouvir aquilo, preferi não continuar parada lá e me movi para frente vendo Mihalk descer as escadas. - Eu estou com fome e você? – Mihalk com o cabelo chamativo molhado, talvez tivesse saído do banho, ele estava com uma calça um pouco larga de cor verde escura. - Tanto faz. – Eu estava incomodada com a conversa de Treze e Aya para falar sobre comida. - Vou preparar algo. – Mihalk disse. – O que foi? Sua voz está trêmula e você não me xingou até agora. – Mihalk observou - Nada demais. – Eu disse tentando evitar explicações. - Então ok. – Ele disse indo para a segunda porta a esquerda. Eu apenas o segui. - Você realmente está estranha. – Mihalk disse enquanto olhava pra mim. - E você é um curioso. – Eu disse por fim. A cozinha tinha a parede branca e era cheia de moveis por todos os lados, a mesa era preta com cadeiras brancas, Mihalk pegava alimentos na geladeira e

fazia a comida enquanto eu apenas observava quieta. Depois de meia hora Mihalk terminou a comida que mais parecia um troço grudento não comestível. Ele pegou dois pratos e alguns talheres e colocou na mesa. - Se sirva. – Ele disse enquanto pegava seu prato e enchia daquela gororoba. - Er... isso é comestível? – Eu perguntei enquanto o observava se sentar na cadeira. - Se não fosse eu não estaria comendo. – Ele finalizou dando sua primeira colherada. Peguei meu prato e direcionei-me a panela, aquela comida me lembrava vômito de tão nojenta e grudenta. Peguei um pouco daquilo e me sentei em frente ao Mihalk. Eu encarava aquela nojeira pensando se ia me fazer mal mais tarde. Então resolvi experimentar peguei menos do que uma colher e coloquei na boca, o gosto era diferente e realmente saboroso. - É bom. – Eu disse. - Claro que é. Fui eu que fiz. – Mihalk disse se exibindo. - Cala a boca, não pode nem elogiar que você começa não é Leite? – Eu disse rindo cinicamente. - Agora sim você voltou a ser a chata e imbecil que era. – Mihalk disse com um sorriso de satisfação.

Mihalk estava em seu terceiro prato enquanto eu estava no meu segundo. Riamos como bobos enquanto fazíamos nossa refeição, era realmente uma cena idiota. - Tenho que ir. – Mihalk disse se levantando. - Aonde você vai? – Perguntei curiosa. - Eu vou caminhar por aí, depois eu que sou o curioso não é? – Ele disse. - Ah então ok. Boa caminhada. – Eu disse enquanto terminava de comer. - Até mais. – Ele disse saindo pela porta e a fechando. Eu ainda terminava de comer quando Treze entra na cozinha de mãos dadas com Aya. - Oi Ninna. – Aya disse gentilmente. Levantei-me coloquei o prato em cima da pia enquanto Aya esperava minha resposta. - Oi. – Treze disse feliz. - Tchau Aya, Tchau Treze. Sejam felizes. – Eu disse amargamente e com raiva enquanto abria a porta. - O que houve com você? – Treze perguntou. - É da sua conta? – Perguntei batendo a porta fortemente o que fez um barulho alto. Sai daquela casa e comecei a caminhar, estava andando em direção a cidade, quando vi uma placa: Bem-Vindo a Ichi. Continuei caminhando quando avistei várias crianças brincando.

- Moça, você é nova por aqui? – Uma das crianças me perguntava. - Sim, estou aqui para conhecer um pouquinho a cidade. – Eu disse dando um sorriso. - Ei, essa moça lembra aquele demônio daquela história em quadrinhos não é? – As crianças se aproximavam de mim. - Cuidado com o que vocês dizem pirralhos. – Eu disse com raiva. - Me dá um autogafo monsto? – Uma menininha de 5 anos me perguntou. - Dou sim. – Eu disse forçando um sorriso para aquela menininha. - Ei demônio eu também quero! – Crianças de 10 anos me pediram. - Eu só vou dar um autografo pra essa menininha e parem de me chamar de demônio bando de pirralhos. – Eu disse me contendo para não puxar a orelha deles. A menininha me deu um caderno verde claro bem sujinho e uma caneta azul com um ursinho na ponta. - Qual o seu nome menininha? – Eu perguntei. - Kalol. – A menininha disse. - Ok. – Eu disse escrevendo no caderno: Do “demônio” para Karol, Beijos. - Bigado monsto. – Ela disse correndo para a cidade. - Ei porque você não deu um autografo pra gente? – Os meninos de 10 anos me perguntaram.

- Porque eu não quero. – Eu disse me virando e continuando a andar para a cidade. Quando cheguei a cidade, várias pessoas olhavam para mim e se afastavam. Eu estava achando engraçada a situação mais estava me sentindo incomodada. - Filha não se aproxime dessa garota. – Várias mães diziam para suas filhas e filhos. - Ei menina. – Senti alguém cutucando minhas costas e me virei. Era um garoto de cabelo castanho-claro, olhos azuis escuros, realmente escuros diferente dos olhos de Treze, ele era talvez 8 ou 9 cm maior que eu, ele era muito mais bonito que Treze, tinha feições sérias. Suas roupas eram uma calça preta, uma blusa vermelha e um casaco preto por cima da blusa. - O que foi? – Eu perguntei. - Me dá um autografo? – As feições dele haviam mudado de sérias para infantis, ele parecia um daqueles garotos de 10 anos só que lindo e alto. - Sabe eu leio todo dia a sua história em quadrinhos, tenho todos os capítulos até os extras, inclusive aquele que não foi lançado que você matou o Shotaro. O meu favorito é o que você briga com a Simone. – Ele disse com um brilho no olhar. - Eu não sou um demônio! – Eu disse pra ele.

- Claro que não, no capitulo extra revela que você é um dos anjos do planeta Sourou. – Ele disse com um sorriso e extremamente feliz. - Eu não faço parte de nenhuma história em quadrinhos. – Eu disse um pouco nervosa. - Vem cá. – Ele disse me puxando. - Ei pra onde vamos? – Eu perguntei para ele. - Vou te mostrar a história. – Corremos por 2 ou 3 minutos e então chegamos ao que parecia uma banca. - Oi Uichi, não chegou o capitulo novo. – Uma voz vinda de trás de um balcão disse. - Sem problemas só quero mostrar a ela a história em quadrinhos Shi no Sekai. – O garoto disse com um sorriso enorme. - Nossa! Ela se parece com o demônio. – Um homem velho que me lembrava o mordomo do batmam saiu de trás do balcão segurando várias revistas. - Não é! – O Garoto estava entusiasmado. - Aqui estão as últimas que saíram. – O Velho as entregou na mão do Garoto. - Olhe só. – O Garoto me entregou uma das revistas na minha mão. Folheei as paginas da tão famosa revista, e então vi o que parecia ser eu falando com uma cobra. - Está vendo! – O Garoto disse pegando um caderninho e uma caneta em seu

bolso. – Me dá um autografo? – O garoto pediu novamente. - Olha eu já disse que essa não sou eu, talvez seja apenas uma coincidência. – Eu disse ao garoto. – Qual é o seu nome? - O meu é Ryuichi Asakura, já que você não é a Yoni qual o seu nome? – Ele perguntou ainda alegre. - O meu é Ninna Wang. – Eu disse com um sorriso, finalmente ele entendeu que eu não era aquela personagem de quadrinhos. - Sabe você se parece muito com a Yoni posso tirar uma foto sua? Me dá um autografo também? – Ele disse novamente empolgado. - Ai meu Deus, isso já ta ficando chato. Não e não. – Eu disse tentando ser agradável. - Então posso te abraçar? – Ryuichi me perguntou. - Ryuichi, eu te dou um autografo se você parar com essa coisa de Yoni ok? – Eu disse impaciente. - Tudo bem! – Ele disse feliz como uma criança boba. Peguei o caderno da mão dele, o caderno tinha uma cor preta com vários enfeites de coelhinho, parecia o caderno de uma criança do primário, Escrevi no caderno: Beijos e abraços para Ryuichi de NW, estava com preguiça de escrever Ninna Wang. - Que legal! Obrigado. – Ele estava muito empolgado.

- Que horas são agora? – Eu perguntei a ele. Ele saiu da banca e eu o segui. - São 2 horas da tarde. – Ele disse com sua expressão séria novamente, aquela expressão era encantadora, ele me fascinava. - Como você sabe? – Eu perguntei já que ele não tinha nenhum relógio e não havia nenhum por perto. - Pela posição do sol. – Sua expressão infantil voltou assim que ele terminou de dizer essas palavras. - Ah! Obrigado. – Eu agradeci com um sorriso. - De nada. Ni quer vir na fonte? – Ele diminuiu meu nome para Ni enquanto esperava pela minha resposta. - Bom eu não tenho nada pra fazer, então pode ser. – Eu disse rindo daquele diminutivo para meu nome. Ele pegou na minha mão, isso me lembrou a cena de Treze e Aya entrando na cozinha, então eu fiquei imóvel apenas lembrando aquela cena. - O que foi? – Ryuichi perguntou com uma voz de quem se sentia culpado por algo enquanto soltava minha mão. – Eu fiz algo? Você me odeia? – Ele parecia uma criança prestes a chorar. - Não. – Eu apenas consegui dizer não. Ele ficou me observando, talvez esperando pelas minhas próximas palavras. Seu rosto agora estava com aquela expressão séria.

- Está se sentindo mal. – Sua voz estava mais grossa, era uma voz bonita que me arrepiava. - Er... Não, foi só um momento de pensamentos. – Eu disse forçando um sorriso. - Pensamentos tristes ou bons? – Ele perguntou. - Pensamentos inúteis seria mais exato. – Eu respondi. - Hmmm... Ainda quer ir para a fonte? – Sua expressão infantil voltou assim como sua voz. - Sim. – Tentei parecer animada mas, aquele pensamento de Aya e Treze ainda me causava grande embrulho no estômago. Ryuichi pegou minha mão novamente. Enquanto andávamos as pessoas continuavam com os olhares só que agora nesse olhar estava a curiosidade. - Porque olham tanto? – Perguntei a Ryuichi. - Shi no Sekai é a história em quadrinhos mais famosa daqui de Ichi, E como você se parece com a Yoni todos estão achando que você é ela. – Ele disse sorrindo. - A partir de hoje eu odeio história em quadrinhos. – Eu disse. Ryuichi me olhou como se fosse chorar novamente. - Que foi? – Eu perguntei - Eu amo história em quadrinhos. – Ryuichi disse.

- Eu só estava sendo sarcástica Ryu. – Eu disse rindo - Você me chamou de Ryu? – Ele perguntou empolgado. - Sim, tem algum problema? – Perguntei - Não, ninguém nunca me chamou de Ryu, normalmente me chamam de Uichi, mais a Ni me chamou de Ryu. – Ele estava rindo como uma criança que ganhou um brinquedo novo. - Chegamos! – Ryu disse alto. Estávamos em frente a uma fonte, aquela fonte parecia uma que vemos normalmente em São Paulo, a não ser pela sua água cristalina e pelo seu tamanho grande. - Sabe dizem que quem entra nessa fonte tem seus desejos realizados. – Ryu disse sorrindo alegremente enquanto entrava na Fonte. – Vem! Eu entrei e Ryuichi começou a jogar água em mim e logo eu também entrei na brincadeira que parecia ser divertida. - Que cheiro estranho tem essa água. – Eu disse. - Mãe, essa não é a fonte que eu acabei de urinar? – Um menino sentado em um banco com sua mãe disse. - Sim filho, mais existe retardado pra tudo. – Assim que ouvi aquele pequeno dialogo puxei a orelha de Ryu e sai da fonte com ele. - Não acredito que você me trouxe pra essa coisa. – Eu disse reclamando e com raiva.

- Você me odeia? Desculpa, foi sem querer, eu não sabia. – Ryu se desculpou. - Você parece uma criança de 6 anos. – Eu disse rindo das palavras que ele havia dito. – Sem problemas. Já estou acostumada a coisas nojentas mesmo, tudo bem Ryu? – Eu disse tentando parecer gentil. - Você me desculpa mesmo? – Ryu perguntou alegre e saltitante parecendo um coelho. - Sim. – Eu disse sorrindo. - Então você estava aí não é? Procuramos-te por toda parte. – Me virei e vi Kisa e outra menina ao lado dela, aquela menina tinha o cabelo liso escuro como o de Treze e bem longo, seus olhos eram amarelos ela lembrava aquelas personagens frescas de filme, ela era um pouco menor que eu, uns 3 cm menor, ela era magra, só de olhar para ela algo me incomodava. - Quem é ela? – Eu disse olhando pra menina fresca. - Você as conhece? – Ryu perguntou com sua expressão séria. - Eu sou Akemi Parfait, prazer em conhecê-la Ninna. – Ela disse com um sorriso. - Sim, agora conheço as duas. – Eu disse olhando com um mal olhar para a Akemi. - São amigas da Ni? – Ryu perguntou se aproximando de Kisa e de Akemi. - Não sei de mais nada. – Eu disse me lembrando que amigas jamais te trairiam,

eu considerava Aya uma amiga mas, depois daquela cena, ela pra mim era apenas uma intrusa que me atrapalhava. - O que foi? Está nervosa? – Kisa perguntou a mim gentilmente. - Não, nenhum um pouco. – Tentei fazer com que minha ironia parecesse verdade mas, era um pouco difícil. - Quem é esse menino? – Kisa perguntou olhando para Ryu. - Esse é o Ryuichi Asakura. – Eu disse sorrindo sem perceber. - E essa Akemi aí? Porque ela está com você? Sua amiguinha? – Eu perguntei sem paciência e com desprezo. - É sua parceira. – Kisa disse sorrindo, eu não entendia porque ela continuava sorrindo mesmo com eu a tratando tão mal. - Como assim parceira? – Perguntei preocupada com o que aquilo significava. - Cada um aqui tem um parceiro, como por exemplo, o meu parceiro é o Suou, o parceiro da Aya é o Treze, o Mihalk não tem parceiro, você sabe como ele é não é? – Kisa me explicou com um sorriso. - Ei espera aí, porque precisamos de parceiros? – Eu perguntei sem entender o do porque de parceiros. - Um protege ao outro. – Kisa resumiu - Eu não preciso de proteção. – Eu disse - Por isso que você quase morreu lá na floresta... – Ela disse um pouco incomodada com esse pensamento. – Pela sua teimosia.

- Er... Não tem como eu ser parceira de outra pessoa? Eu nem conheço essa menina direito. – Eu disse olhando pra Akemi. - Tem, se você achar um parceiro até amanhã. – Kisa me deu uma opção. - Então como vai ser, Kisa? – Akemi perguntou. - Vamos resolver amanhã, até lá você fica com a gente. – Kisa disse sorrindo. – Ah, Ninna o Treze está com raiva de você então cuidado com o que fala perto dele, é verdade que você bateu a porta na cara dele? – Kisa me perguntou um pouco alegre, talvez ela tivesse algo contra o Treze. - Sim, e eu não estou nem aí pro Treze. – Eu disse, “Se o Treze acha que só porque está com raiva de mim vou parar de tratá-lo da maneira que eu quero, ele deve estar muito enganado” eu pensei. - Que bom. – Kisa disse alegremente. - Quantos anos vocês tem? Akemi? Kisa? Ryu? – Eu perguntei a todos, se Mihalk tinha 116, cada um deveria ter 100 ou mais. - Eu tenho 14. – Akemi respondeu com seu sorriso, o sorriso de Akemi era caloroso. - Eu tenho 12. – Kisa respondeu. - Eu tenho isso. – Ryuichi disse mostrando primeiramente dez dedos e depois sete.

- Você tem 17 anos? – Eu perguntei, pois ele havia feito os movimentos muito rápidos. - Sim! E você Ni? – Ryu me perguntou. - Eu tenho 16. – Eu disse sorrindo. - É melhor irmos para casa, antes que o Treze tenha um ataque. – Kisa finalizou com um suspiro. - Deixa ele ter um ataque, normalmente quem tem ataque demais pode morrer mais cedo. – Eu disse pensando em como seria divertida a morte dele. - Ni isso é maldade. – Ryu disse. - Ai meu Deus, vamos logo então, Ryu quer vir conosco? – Eu perguntei a Ryu. - Antes tenho que pegar umas coisas em casa. – Ryu disse contando algo nos dedos. - Meninas podem ir indo em frente, digam ao Treze que eu vou daqui um tempo. – Eu disse as meninas. - Então vamos indo, foi um prazer lhe conhecer. – Akemi disse olhando pra mim novamente com seu sorriso caloroso. - Vamos Ni! – Ryu disse pegando minha mão novamente, eu estava me acostumando aquilo. Caminhamos por 15 minutos em silêncio, algo preocupava Ryu, sua expressão parecia de dor. - Ryu o que foi? – Eu perguntei preocupada. - É só que eu estou preocupado com a Ni, e se o Treze brigar com você? –

Ryuichi me perguntou esperando ansiosamente pela minha resposta. - Não se preocupe com isso, Afinal o Treze não se preocupa com nada a não ser a Aya e a guerrinha dele. – Eu disse angustiada. - Espere aqui. – Ryu disse mostrando um banco para mim. – Eu já volto. - Ok. – Enquanto Ryu caminhava para algum lugar, eu observava a paisagem, o verde que tanto me incomodava me fazia um pouco de falta, pois agora eram pedras que cobriam toda a paisagem, inclusive algumas casas eram feitas de pedra, a maioria das casas eram feitas de madeira, mas ainda sim tinha as de pedra, algumas casas me lembravam um reino imaginário de bruxas. Ryuichi se aproximava com uma mochila nas costas e uma menina o perseguindo, eles estavam falando sobre algo que parecia ser triste, pois a menina chorava. Quando eles se aproximaram o suficiente para eu escutar eu me levantei. - Uichi! Não! Por favor! Diga que é mentira! – A Menina berrava chorando. Ryu estava com sua expressão séria. - Não é mentira. – Ryu disse com sua voz séria. - Apenas me diga o do por que! – Ela disse com sua voz em um tom suave. Quando a menina se aproximou perto o suficiente eu resolvi me intrometer. - Quem é você? – Eu perguntei a menina.

- A namorada do Uichi. – Ela disse com a voz levemente trêmula.

Choque de Realidade - E você o que é dele? – Ela perguntou desconfiada. – Você é a culpada não é? Ele está fugindo com você não é? – Ela perguntou chorando novamente. - Uma conhecida. – Eu pensei se uma planta alienígena poderia ser resposta, mas resolvi não brincar naquele momento. - Emi nós terminamos já faz 10 dias, eu falei com você o do porque, não espere que eu te perdoe. – Ryu disse em um tom amargo. - Mais, por favor, me perdoa! – Emi implorava por perdão de algo, Emi era ruiva com o cabelo levemente ondulado, ela tinha uma franja que poderia ser considerada a de uma emo, seus olhos tinham o tom verde, ela tinha um corpo quase escultural, ela era muito bonita. – Eu faço o que você quiser! Eu juro. – Ela estava se tornando patética. - Sério? Ótimo, pare de me seguir e viva sua vida. – Ryu disse tentando não ser amargo, mas tais palavras fizeram um grande estrago em Emi, isso era facilmente visto pela sua feição de dor, ela parecia ser do tipo que exagera em qualquer coisa que os outros digam.

- Uichi, eu nunca disse aquilo! – Emi disse, mas parecia que ela estava mentindo, talvez pela sua voz, não me intrometi apenas porque não entendia a situação, então apenas me virei e comecei a gargalhar de nervosismo. – Guria, do que você está rindo? – Ela disse as palavras mágicas de provocação. - Não me chama de guria não, deixa de ficar implorando perdão, você está totalmente patética! – Eu disse sem pensar, a palavra guria me irritou tanto que eu não pensei nas consequências do que eu diria. - Você nem me conhece para estar falando isso. – Ela disse, de novo dramatizando as coisas. – E além do mais nem sabe o motivo da nossa briga. – Ela finalizou com seu drama. - Emi, eu não vou falar novamente. – Ryu disse grosseiramente. - Mas... – Ela ia começar novamente até eu interrompe-la. - Mas nada. Acabou sua novela! E você ouviu o que o Ryu disse, ele não vai te perdoar. – Eu disse rindo. - Não o chame de Ryu, chame-o de Ryuichi, esse é o nome dele, guria deixa de ser pirralha. – Ela reclamou comigo. - Eu chamo quem eu quiser do que eu quiser, e se você repetir essa palavra de novo é melhor sair correndo porque você vai ficar com hemorragias e fraturas graves. – Eu disse nervosa.

- Vamos? – Ryu perguntou olhando para mim, ele parecia incomodado. - Uichi aonde você vai com essa garota? – Emi perguntou aflita, parecia que ela estava prestes a morrer. - Nós vamos pra minha casa. – Eu disse segurando a mão de Ryu, ou eu estava com ciúmes de Ryu ou aquela menina me deixou tão nervosa com a palavra guria que eu queria tornar da vida dela um inferno. - Uichi, você vai fugir com ela? Você vai me deixar por ela? Eu não posso acreditar! – Ela dramatizava tudo, realmente aquela discussão lembrava uma novela mexicana exagerada. - Sim, nós vamos fugir pra sempre. – Eu disse provocando-a. - Adeus Uichi! Nunca mais fale comigo! – Emi disse saindo correndo chorando, ela parecia uma personagem chorona idiota de alguma novela. - Ryu, o que houve? – Eu perguntei curiosa sobre aquela situação. - Ela era minha ex-namorada, eu terminei com ela a 10 dias porque... Isso realmente importa? – Ele perguntou, Sua expressão séria esteve presente em todo o tempo que Emi estava por perto, aquela expressão ainda continuava ali em seu rosto. - Nem tanto, é só que eu realmente me irritei, sabe ela me chamou de guria! Da próxima vez que ela me chamar disso eu

vou matar ela. – Eu disse reclamando do modo dela falar com as pessoas. - Ni, não precisava ficar irritada. – Ryu disse e suas feições voltaram a ser infantis. - Melhor irmos antes que o Treze comece a nos procurar. – Eu disse. - Sim! – Ryu disse animadamente enquanto segurava minha mão e me acompanhava. - Falando em ir, você foi pegar o que? – Perguntei novamente curiosa. - O meu cachorrinho de pelúcia e mais algumas coisas. – Ryu disse sorrindo. Caminhamos por algum tempo até avistarmos a placa que dizia Bem-Vindo a Ichi. Quando chegamos nesse ponto Ryu ficou ansioso. Quando entramos na casa a sala estava cheia, Kisa, Akemi a menina fresca, Mihalk, Treze, Aya e Suou estavam sentados no sofá, provavelmente esperando por mim, segurei na mão de Ryu e o puxei e então entramos na sala. - Ninna, que comportamento foi aquele na cozinha? Porque você fugiu? – Treze foi o primeiro a olhar para mim e Ryu. - Foi o comportamento que eu queria ter, e não te interessa porque eu sai daqui ou fugi. – Eu disse nervosa e irritada. – E que reunião é essa? – Eu perguntei olhando novamente as pessoas. Kisa tentou conter uma risada, ela realmente possuía algo contra Treze, isso explicava a sua felicidade quando ele se dava mal.

- Treze, eu acho que você reclamando não vai conseguir nada, parte logo pra tortura! – Mihalk disse eufórico. - Isso não é legal. – Ryu disse com seu rosto chorão infantil. - Quem é você? – Aya perguntou sorrindo. - Ele é meu namorado. – Eu disse, não queria que Aya ficasse muito perto de Ryu, talvez eu realmente estivesse gostando dele e não percebesse. - Ninna, você arranjou um namorado em um dia? Você acha mesmo que eu acredito? Você sabia que antes de você encontrar o Mihalk eu te observava todo dia? – Treze disse rindo sarcasticamente. - Hahaha agora está legal! Que clima tenso! – Mihalk continuava eufórico. - Treze primeiramente você não tem nenhum direito sobre mim e sabe se você realmente me observava tanto, como ainda não sabe o que penso? – Eu disse lembrando do meu ciúmes do casal que Treze e Aya formavam, me lembrando também de que eu era uma pessoa que escondia o que pensava. - Então, me prove que você está namorando. – Treze disse rindo cinicamente, ele era esperto o suficiente. - Er... – Primeiro pensei no que fazer, minha mente estava funcionando a mil, pensei primeiramente em beijar o Ryu, mas isso seria muito atirado da minha parte e principalmente porque eu e Ryu não tínhamos nada além de amizade. –

Eu não tenho que te provar nada! – Eu disse segura, totalmente o contrario do que eu estava. - E quer saber de mais uma coisa Treze? Que você vá se ferrar, afinal você não me importa nenhum pouco. – Eu disse tentando parecer sarcástica. - Treze, com licença, por favor. – Akemi disse se levantando e se dirigindo a mim. Quando Akemi chegou perto de mim ela pegou meu braço e me puxou para o corredor. - Ei, o que foi? – Eu perguntei com raiva. - Nada demais, só achei que você ficaria melhor longe do Treze. – Akemi disse sorrindo. - Ah, obrigado então. – Retribui o sorriso apesar de meu nervosismo, Ryuichi saia da sala junto com Kisa. - Ninna! Eu amei o que você fez com o Treze ele ficou tão irritado! Eu sou sua fã! – Kisa disse alegremente. - Aquilo não foi nada. – Eu disse sem graça olhando para o rosto de Ryuichi, o rosto de Ryuichi estava sério, aquela expressão realmente me deixava envergonhada e nervosa. – Foi apenas o que ele mereceu! - Bom, de qualquer maneira, venha Kisa, os dois precisam conversar eu acho. – Akemi disse olhando para Kisa e depois para mim. – Estamos lá em cima ok? – Akemi disse.

- Tudo bem. – Eu disse com um sorriso, eu realmente estava grata pela ajuda que Akemi me deu. - Ryu... – As palavras pareciam congelar, eu ainda pensava no que falar. – Você está com raiva? – Eu perguntei o que mais me preocupava afinal eu deveria me desculpar de qualquer maneira. - Não, devo admitir que me surpreendi, mas não estou com raiva, já que isso começou... – Ryu provavelmente estava pensando no que falar, suas feições eram realmente lindas. - De qualquer jeito quero te pedir desculpas. O que posso fazer para me desculpar? – Eu perguntei preocupada. - Você não precisa fazer nada. Sabe quando você disse que éramos namorados, eu imaginei... – Ryu procurava palavras. – Quer ser minha namorada? – Ryu perguntou sorrindo para mim. - Pixim... – Eu estava tão nervosa e sem graça que falei uma palavra sem sentido, eu não sabia o que dizer, eu estava muito feliz com aquela pergunta, isso talvez fosse claro, pois eu sorria. – Er... isso é inesperado. – Eu disse recuperando fôlego. - Não precisa me responder agora. – Ryu ainda sorria. - Não, vou responder agora, só me deixa pensar um pouco. – Eu disse pensando rapidamente, se eu dissesse sim eu pareceria atirada? Se eu dissesse não ia

magoar os sentimentos dele? Eu estava com várias perguntas na minha cabeça naquele segundo. – Quero ser sim. – Eu disse por fim. - Ótimo. – Ele disse sorrindo, Ryu me abraçou, eu estava realmente envergonhada com o fato de sermos namorados. – Ninna, posso te beijar? – Ryu me perguntou. - Er... Hum... – Eu não sabia o que dizer, a vergonha parecia me consumir, aquilo tudo estava sendo tão repentino. Ryu colocou a mão em minha bochecha e aproximou o rosto para perto do meu, eu achava que ia desmaiar, eu estava com vergonha demais, Ryu colocou seus lábios nos meus e os moveu lentamente. - Isso é por enquanto. – Ryu disse sorrindo enquanto afastava seu rosto do meu, Parecia que meu coração ia explodir. - Er... – Eu queria dizer algo mas a vergonha me impedia. - Ninna! – Kisa gritava enquanto descia as escadas correndo. - Fala. – Eu disse com vergonha, Ryu ainda me abraçava. - Você poderia me fazer um favor? – Kisa perguntou. - Depende. – Eu respondi a ela enquanto Ryu me soltava. - O Treze quer que a Akemi fique aqui por uns tempos, você poderia sair com ela? Sabe é uma boa oportunidade pra

vocês se conhecerem melhor. – Kisa disse eufórica. - Ah, pode ser. – Eu disse sorrindo, Akemi me ajudou quando eu estava brigando com o Treze então ela deveria ser uma boa pessoa. - Vou chamar ela. – Kisa disse subindo as escadas. - Ryu, vai vir conosco? – Eu perguntei. - Não, é melhor você ir sozinha. – Ryu disse sorrindo. – Espero que a Ni se divirta. – Ryu estava com suas feições infantis dele. - Ah, ok, até lá fique com a Kisa ok? – Eu disse - Tá, tá, eu cuido dele. – Kisa disse descendo as escadas com a Akemi.

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