Libertacao Pelo Amor Ivone Ghiggino

  • Uploaded by: Sir William Crookes
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  • June 2020
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  • Words: 650
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LIBERTAÇÃO PELO AMOR – Ivone Molinaro Ghiggino No livro “Ação e reação”, ditado a Chico Xavier pelo espírito André Luiz, há numerosos relatos sobre as dificuldades reencarnatórias necessárias enfrentadas por vários espíritos infelizes ou enfermos, que escolheram esforçar-se e trabalhar pela própria regeneração, todos eles assistidos pela cidade espiritual Mansão Paz – pouso acolhedor nas regiões inferiores, atuando sob a jurisdição de Nosso Lar. Como nos diz André Luiz, trata-se de notável escola de reajuste, dirigida pelo irmão Druso, oferecendo acolhimento, assistência e instrução àqueles que desejam renovar-se pela resignação e pela prática do bem. André ali estava em mais tarefas de aprendizado, sob a orientação do assistente Silas. No capítulo 16 (“Débito aliviado”), encontramos o relato sobre Adelino Correia, encarnado no Estado do Rio de Janeiro, espírita praticante, que apresenta a pele toda gretada, com terrível afecção cutânea crônica vulgarmente chamada de fogo selvagem, apresentando “placas vermelhas com diminutas vesículas de sangue que ardem terrivelmente”. André se impressiona não só com a serenidade de Adelino cumprindo suas tarefas, atendendo a todos com carinho, como também pelo interesse que muitos desencarnados demonstram por ele, ao se dirigirem a Silas rogando melhoras para Adelino, pois são seus devedores pelo bem dele recebido. Silas esclarece André sobre o passado de Adelino: filho natural de um rico fazendeiro com uma escrava, foi criado pelo pai (que o perfilha), sem se importar com a mãe. Quando, mais tarde, o pai se casa com uma jovem, ele se apaixona por ela, que lhe corresponde; e os dois tramam a morte do fazendeiro com a ajuda de dois capatazes, ateando-lhe fogo ao leito durante o sono. Ninguém desconfiou deles; casam-se posteriormente, mas o remorso não abandona Adelino, que revê incessantemente a cena das chamas descontroladas; termina sendo internado num manicômio, e desencarna sob a pecha de louco. Agora, reencarnara com o firme propósito de corrigir os erros do passado, enfrentando galhardamente a dor da doença que lhe abrasa o corpo como as chamas de outrora mataram seu pai. Pobre, trabalhara sempre, e sempre fazendo o bem. Casara-se, e após o nascimento de uma menina (a ex-madrasta, que ele conduzirá para o caminho correto), a esposa o abandonara (ele não soubera valorizar o lar de outrora); mesmo assim, adotou dois meninos abandonados pelos pais (os dois capatazes, a quem lhe cabe também direcionar para os valores morais). Sendo um homem de bem, foi, por sua atitude correta, minorando o próprio sofrimento físico, além de regenerar, pelo exemplo, vários antigos obsessores. E agora, acolhendo em seu lar mais uma criança, um bebê enjeitado largado em sua porta (o antigo pai, que muito o perseguiu por vingança, e que vem pedir ajuda ao filho ora regenerado!), Silas afirma que ele obterá a cura completa da afecção na pele. O que isso nos ensina? Como escreveu o apóstolo Pedro (1Pedro 4:8) - e o caso de Adelino nos demonstra - “Sobretudo, mantende entre vós uma ardente caridade, porque o amor cobre a multidão de pecados.” É através do Mandamento Maior trazido por Jesus (“Amar a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo como a si mesmo”), que iremos nos desfazendo de nossas mazelas, expiando erros do passado e construindo um futuro de felicidade e luz, onde os homens entrelaçarão mãos e corações, fazendo da Terra um mundo de alegria, respeito, trabalho e fraternidade. Amar e servir, pois quem ama serve! Este é o problema da humanidade atual: ainda não amamos o suficiente... Madre Teresa de Calcutá sempre dizia que a pior enfermidade nos miseráveis que ela atendia não era a desnutrição, ou o frio: era a falta de amor! Portanto, conhecendo os ensinos de Jesus, relembrados e explicitados pela Doutrina Espírita, cultivemos em nós a semente do Bem nesta bendita nova existência, a fim de nos livramos das peias sombrias do passado... E sejamos livres, descartando as algemas tenebrosas do remorso, do orgulho e do egoísmo, libertos pelo Amor!...

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