Infecciosas T

  • October 2019
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  • Pages: 67
VIROLOGIA Estrutura viral • Genoma – fundamentalmente constituído por uma molécula de ácido nucleico DNA ou RNA, mas nunca ambas • Cápside – formada por diversas subunidades polipeptídicas – capsómeros – que conjuntamente com o genoma se designa de nucleocápside ou core • Invólucro - camada lipoproteica que pode apresentar espículas que ajudam à fixação à célula susceptível de ser infectada

VIROLOGIA Vírus desprovido de invólucro

VIROLOGIA Vírus com invólucro

VIROLOGIA Replicação viral Os vírus são parasitas intracelulares estritos que são só por si incapazes de produzir energia e sintetizar os seus componentes A entrada na célula a infectar passa por um processo de: 1. Adsorção à sua superfície 2. Penetração no seu interior 3. Descapsidação

A maioria dos vírus ADN multiplicam-se no núcleo da célula e dependem das polimerases ARN celulares, à excepção dos poxvírus que, possuindo polimerases ARN próprias, se multiplicam no citoplasma Com muito poucas excepções, os vírus ARN multiplicam-se no citoplasma celular

VIROLOGIA Replicação viral •Pode não ser bem sucedida se: –As células atingidas forem incapazes de determinar a replicação viral –As células forem precocemente destruídas

•Pode ficar em pausa, quando o vírus se mantém latente no interior da célula •Pode levar à transformação da célula A saída do vírus para a circulação pode ocorrer por: –Libertação directa por lise celular (vírus sem invólucro) –Exocitose

VIROLOGIA Epidemiologia As infecções a vírus podem ser: •Sintomáticas ou assintomáticas •Localizadas ou sistémicas •Incubação curta ou extremamente longa •Infecção aguda ou crónica, por vezes com recorrências •Agudas autolimitadas ou fatais •Capazes de produzir tumores

VIROLOGIA Diagnóstico • Métodos Directos – – – – –

Microscopia electrónica Colorações histológicas Detecção de Ags virais Inoculações Detecção de genomas virais por métodos de hibridação de ácidos nucleicos – Amplificação de genomas virais por PCR

VIROLOGIA •

Métodos Indirectos

Demonstram a presença de Acs circulantes, em que o aparecimento de IgM é indicativo de infecção recente Obriga a uma segunda colheita com intervalo de 10-15 dias para perceber de uma viragem ou de um aumento de título (4X)

– – – – – – –

Fixação do Complemento Inibição de hemaglutinação (IH) Hemaglutinação passiva Imunofluorescência indirecta (IFI) ELISA RIA Western-Blot

VIROLOGIA Classificação •

Famílias de vírus ADN: –Herpesviridae •Alfaherpesviridae •Betaherpesviridae •Gamaherpesviridae

–Hepadnaviridae –Papovaviridae –Poxviridae –Parvoviridae

-Herpes simples 1 e 2 -Herpes varicela-zóster -Citomegalovírus -Epstein Barr

-Hepatite B -Papiloma -Varíola -associados a adenovírus

VIROLOGIA Família Herpesviridae • Herpes simples 1 e 2 (VHS) Penetra no organismo através da pele ou mucosa oral (VHS1) e/ou genital (VHS2) Multiplica-se nas células epiteliais produzindo lesões vesiculares Atinge os gânglios linfáticos regionais onde se volta a multiplicar para dar uma virémia Em simultâneo, atinge os gânglios nervosos sensoriais e persiste nos neurónios A cada estímulo, reactiva-se e por migração centrífuga, através dos neurónios axonais, atinge as superfícies cutâneas e mucosas que por eles sejam enervadas

VIROLOGIA • Herpes simples 1 (VHS) O diagnóstico diferencial faz-se com a herpangina e outras afecções mucosas causadas por enterovírus, que habitualmente se confinam mais à parte posterior da boca enquanto as do VHS afectam toda a mucosa bucal, lábios, gengivas e língua, exibindo úlceras superficiais cheias de um exsudado branco com um halo eritematoso à periferia Cura em 1 a 2 semanas A forma clínica de recorrência é o herpes labial Nos imunodeprimidos torna-se mais exuberante (mucosite) e com associação a Candida

VIROLOGIA Família Herpesviridae • Herpes varicela-zóster Admite-se que atinja o organismo a partir da mucosa do aparelho respiratório onde se multiplica Após a virémia, alcança a pele para produzir a lesão vesicular, indo acantonar-se no gânglio nervoso sensorial depois de percorrer os axónios Atinge as mucosas da faringe e da boca onde produz uma estomatite muito dolorosa

VIROLOGIA Família Herpesviridae • Citomegalovírus (CMV) Infecção relacionada com o nível socioeconómico Transmite-se por contacto directo através da saliva, urina, transfusão, transplantes e através da placenta Assintomática ou revestindo o aspecto de síndrome mononucleósico, na fase de disseminação por via hematogénea O vírus persiste indefinidamente nos tecidos do hospedeiro como sejam, os linfócitos e células das glândulas salivares Em casos de imunodeficiência pode dar pneumonia, hepatite e até infecção disseminada Os Acs específicos de classe IgM surgem uma semana após a infecção e podem persistir por períodos de mais de 6 meses

VIROLOGIA Família Herpesviridae • Vírus de Epstein-Barr (EBV) A orofaringe é a porta de entrada onde se multiplica e chega aos linfócitos B A resposta imunitária pode ser assintomática nas crianças, mas nos adolescentes e adultos depois de 3-5 dias de edema palpebral e meningismo, especialmente pela noite, surgem sintomas clínicos típicos de amigdalite, adenomegálias retraoauriculares e esplenomegália Em 10% dos casos há exantema maculopapular A doença atinge mais de 95% da população e à medida que melhorem as condições socioeconómicas ela surgirá mais tardiamente

VIROLOGIA • Vírus de Epstein-Barr (EBV)

VIROLOGIA Família Hepadnaviridae • Hepatite por vírus B O homem é o principal reservatório Conhecem-se 6 genótipos, de A a F, com diferente distribuição geográfica (Europa: A) PI: 30-180 dias (10 semanas em média) Nos infectados, o vírus, encontra-se em: • Sangue • Sémen e fluidos vaginais • Saliva

Vias de transmissão: • Parentérica • Sexual • Vertical

Epidemiologia da HVB

VIROLOGIA • Hepatite por vírus B Principais antigénios: – Ag HBs (superfície) – presente no invólucro – Ag HBc (core) – presente na nucleocápside – Ag HBe (precoce) – forma alterada do Ag HBc, excretada pela célula infectada

VIROLOGIA • Hepatite por vírus B • Hepatite aguda

– Assintomática – Ictérica – Fulminante (0,1%)

A sintomatologia depende da resposta imunológica e da idade do hospedeiro

• Hepatite crónica Suspeita-se quando os sinais clínicos, bioquímicos e virológicos perduram para lá de 6 meses Pode revestir os aspectos de:

– Portador crónico – fígado normal – Hepatite crónica persistente – lesões limitadas e estáveis – Hepatite crónica activa – lesões graves com risco de cirrose

A longo prazo pode conduzir a cirrose e a carcinoma hepatocelular

VIROLOGIA • Hepatite por vírus B • Cirrose Corresponde à destruição dos hepatócitos com fibrose extensa e alteração da arquitectura normal do órgão Desenvolve-se 10-40 anos após a infecção inicial e, regularmente, na sequência da hepatite crónica activa • Carcinoma hepatocelular 80-90% em homens com mais de 40-50 anos Devido a mecanismos: – Directos – integração do genoma viral no genoma do hepatócito – Indirectos – necrose e inflamação que se associa

VIROLOGIA Aspectos Clínicos da HVB Sintomática 10.000 100.000 Infectados

Hepatite fulminante 100

Hepatite crónica 10.000 Assintomática 90.000

Portadores Assintomáticos Cirrose Hepatite crónica activa 3.000 3.000 Hepatite crónica Carcinoma HC persistente 500 4.000

VIROLOGIA • Hepatite por vírus B Diagnóstico laboratorial • Provas de função hepática • Demonstração de existência de: • Antigénios: – Ag HBs – Ag HBe

• Anticorpos: – Ac antiHBs – Ac antiHBe – Ac antiHBc (IgM e total) • Detecção do ADN viral • Detecção da ADN-polimerase

VIROLOGIA • Hepatite por vírus B • Ag HBs A sua presença indica infecção Positiva em 5-6 semanas após o contágio Em 90% dos infectados desaparece ao fim de 3 meses Mantém-se positivo se houver evolução para a cronicidade

• Ag HBe Precoce nas infecções agudas, surgindo após o Ag HBs Desaparece se houver cura e mantém-se se a evolução for para a cronicidade Há grande correlação entre a positividade deste Ag e a presença de ADN no soro, o que é sinónimo de replicação viral e consequente infecciosidade Se negativo não exclui replicação viral pois corresponde a uma forma mutante (pré-core), que é hoje a forma mais frequente constituindo 70-80% das formas HVB crónicas mediterrânicas

VIROLOGIA • Hepatite por vírus B • Ac antiHBc IgM Aparece precocemente após o Ag HBs Se os níveis de Ag HBs não forem detectáveis, este pode ser o único marcador presente na infecção aguda e pode persistir por cerca de 6-8 meses Desaparece quando surge o ac antiHBs

• Ac antiHBe - Surge depois do Ag desaparecer • Ac antiHBs É o último marcador a aparecer e indica a resolução do processo e imunidade, embora possa não ser detectado O tempo que vai desde o aparecimento do Ag HBs ao seu Ac é variável (semanas a meses) O aparecimento simultâneo é possível e temporário, do mesmo modo que também pode não se detectar qualquer um deles

VIROLOGIA • Hepatite por vírus B Marcadores de replicação viral • ADN-VHB

HVB Replicacrónica tiva

Proporciona a medida directa da quantidade de partículas virais em circulação, e portanto da replicação viral independentemente da existência de AgHBe / AcHBe

AgHBs

• ADN polimerase

“ “ IgM

Correlaciona-se bem com a presença de AgHBe, replicação e com a capacidade infectante Útil para controlo de tratamento antiviral

Não Replicativa

+

+

+

+

AcHBs AcHBc

AgHBe

+

AcHBe ADN

+ +

VIROLOGIA • Hepatite por vírus B A infecção pelo VHB não é directamente citopática para o hepatócito, pelo que a lesão hepática é devida a uma agressão do sistema imunitário contra as células alteradas pelo vírus

Se a resposta imunitária for deficiente (SIDA) a doença assume formas clínicas sub-aparentes e a persistência da infecção é mais frequente Vacina disponível com aplicação aos 0, 1 e 6 meses Parece não haver necessidade de reforço antes de 5 anos

VIROLOGIA Evolução dos marcadores HVB num quadro fulminante

VIROLOGIA Evolução dos marcadores HVB num QC agudo

VIROLOGIA Evolução dos marcadores HVB num quadro crónico com seroconversão

VIROLOGIA Evolução dos marcadores HVB num quadro crónico sem seroconversão

VIROLOGIA Família Papovaviridae

• Papillomavirus ou vírus das verrugas Está muito difundido e produz lesões na pele e mucosas sob a forma de tumores epiteliais mediante uma transmissão por contacto directo, incluindo a transmissão sexual e a autoinoculação As formas laríngeas da criança resultam de contaminação no parto Menos frequentemente podem ocorrer papilomatoses do tracto respiratório mais ou menos invasivas (pulmões e cordas vocais)

VIROLOGIA Classificação •

Famílias de vírus ARN:

Picornaviridae Flavaviridae Caliciviridae Retroviridae Orthomyxoviridae

-

hepatite A, poliomielite hepatite C hepatite E imunodeficiência humana gripe

Rhabdoviridae Arenaviridae Filoviridae

- raiva - Lassa - Marburg e Ébola

VIROLOGIA Família Picornaviridae Existem 5 géneros: 1. Enterovirus, divididos 4 espécies: – – – –

Coxsackievirus A Coxsackievirus B Echovirus Poliovirus

2. Rhinovirus 3. Hepatovirus 4. Aphtovirus 5. Cardiovirus

VIROLOGIA • Enterovirus Têm como porta de entrada a orofaringe e o trato respiratório, replicam-se no epitélio e no tecido linfático de onde passam para a linfa, sangue e intestino Como os Coxsackievirus e os Echovirus reconhecem receptores expressos em muitos tecidos, os quadros clínicos são diversos, desde um quadro de febrícula a uma paralisia grave, abortos e anomalias congénitas O homem é o único reservatório de enterovirus e a fonte de contacto mais comum, além da directa (via aérea), é a feco-oral a partir de águas contaminadas Pode ser fonte de contágio para os profissionais

VIROLOGIA • Coxsackievirus São ricos em serotipos e em expressões clínicas de que se evidenciam: • Herpangina – lesões vesiculares e ulceradas da zona da úvula e palato, sendo raras a nível dos lábios e gengivas É um processo autolimitado, da criança de <7 anos que se acompanha de febre, mal estar, dor de garganta e vómitos São os Coxsackievirus A 1 a 6, 10 e 22 os que mais a ocasionam • Doença da mão, pé e boca – semelhante na expressão, mas com envolvimento das plantas das mãos e dos pés É produzida preferencialmente pelo A16

VIROLOGIA Família Picornaviridae • Género Hepatovirus • Hepatite por vírus A É a hepatite infecciosa mais frequente Própria das crianças e adultos jovens Vias de transmissão: • Feco-oral • Sexual (contactos anais) • Parentérica - desprezível dada a curta virémia PI - 28 dias Resistindo ao pH ácido do estômago é a partir do intestino que o vírus chega ao fígado onde se multiplica A virémia é concomitante com a excreção nas fezes (às 2 semanas) e é máxima durante a icterícia. Dura de 1 a 2 semanas

VIROLOGIA • Hepatite por vírus A Normalmente tem curso benigno, evoluindo para a cura Não apresenta recidivas nem cronicidade Pode ter uma forma fulminante, muito rara (0,2 a 0,4 %) Expressão clínica variável: • Assintomática (em 95% das crianças < 5 anos) • Sintomática anictérica • Sintomática ictérica O homem é o hospedeiro natural

Epidemiologia da HVA

VIROLOGIA • Hepatite por vírus A Diagnóstico laboratorial: • Provas de função hepática • Detecção do AgHVA nas fezes • Demonstração da existência dos Acs: – Acs IgM muito precoces que podem persistir por 3 a 6 meses e até 1 ano – Acs IgG que começam a produzir-se aos 8-10 dias após o início dos sintomas e duram toda a vida • Detecção do ARN do VHA Vacina disponível com aplicação aos 0, 1 e 6 meses – Promove imunidade válida por 10 anos, no mínimo – Importa para adultos com deslocações internacionais frequentes, especialmente para África

VIROLOGIA Evolução dos marcadores da HVA

VIROLOGIA Família Flaviviridae

• Hepatite por vírus C

Genoma ARN Seis genótipos (Europa: 1a e 1b) Elevada taxa de mutações Hospedeiros naturais: homo sapiens e chimpanzés Vias de transmissão: – Parentérica – Sexual – Vertical

PI - 6 a 7 semanas Formas clínicas:

– Assintomática – Sintomática - em cerca de 30 – 60% dos casos – Crónica – em 70% dos infectados

VIROLOGIA • Hepatite por vírus C Cirrose em 10-20% dos infectados Carcinoma hepatocelular em 1-5%, depois de 20-30 anos após a infecção A maior severidade da infecção e a tendência para a cronicidade parecem estar relacionadas com: – – – – –

Genótipo vírico (1b) Co-infecção com HIV, HVB Consumo exagerado de álcool Idade >50 anos Sexo masculino

Epidemiologia da HVC

VIROLOGIA • Hepatite por vírus C Diagnóstico laboratorial: • Provas de função hepática • Detecção de ACs IgG anti-VHC

– Indica a infecção, mas não diferencia entre aguda, crónica ou antiga – 80% de positividade após o início da hepatite

• Detecção de ARN do VHC

– Pode ser intermitente ao longo do tempo

• Quantificação do ARN viral • Determinação do genótipo Não há vacina disponível

VIROLOGIA Evolução de marcadores HVC

VIROLOGIA • Hepatite por vírus Delta Vírus defectivo que necessita do VHB para completar o seu ciclo Tem invólucro e genoma ARN Presente em alguns doentes infectados com o VHB (coinfecção ou sobre-infecção) Cerca de 10% dos doentes crónicos infectados pelo VHB estão co-infectados com o VHD Baixa prevalência (1,4 – 8%) conforme o local Vias de transmissão idênticas às do HVB Aumenta os efeitos patogénicos do HVB porque provoca lesão celular não só pela resposta imunonológica, mas também por citotoxicidade directa

VIROLOGIA Marcadores serológicos da infecção HVD Co-infecção Sobre-infecção HVB AgHBs

+

+

Ac antiHBc

+

+

Ac antiHBc IgM

+

-

AgDelta

+

+

Ac antiDelta IgM

+

+

HVD

VIROLOGIA Família Caliciviridae • Hepatite por vírus E Genoma ARN Hospedeiros naturais – porco, ratos e primatas Vias de transmissão: – Feco-oral (águas e alimentos contaminados) – Parentérica (zonas endémicas)

PI – 2 a 6 semanas Transmissão inter-humana rara A gravidade da doença aumenta com a idade Co-infecções VHE-VHA podem ocasionar formas fulminantes Parece não haver formas crónicas

Epidemiologia da HVE

VIROLOGIA Evolução de marcadores HVE

VIROLOGIA • Hepatite por vírus E Diagnóstico laboratorial: • Provas de função hepática • O aumento das transaminases começa ao fim de 1 mês de contágio e persiste até 3 meses • Detecção de AgVHE nas fezes Surge da 3ª-4ª semana e persiste por mais 1 mês

• Detecção de Acs IgM e IgG anti-VHE É o principal agente etiológico das hepatites não-A, não-B

VIROLOGIA Família Paramyxoviridae Géneros: 1. Paramyxovirus – – – – –

Vírus Vírus Vírus Vírus Vírus

parainfluenza parainfluenza parainfluenza parainfluenza da parotidite

1 2 3 4

2. Mobillivirus

– Vírus do sarampo

3. Pneumovirus

– Vírus respiratório sincicial

VIROLOGIA Família Paramyxoviridae • Vírus da parotidite

Afecta crianças e adultos jovens PI – 16 a 18 dias Surge na saliva 7 dias antes da inflamação da glândula e persiste até 9 dias depois Em 75% dos casos a manifestação é bilateral Acompanha-se de edema do local de saída do canal de Stenon 10% apresentam envolvimento das submaxilares e sublinguais Complicações: – – – –

Meningite asséptica benigna (10%) Orquite e anexite (15%) Mastite (15%) Pancreatite (15%)

Vacina disponível

VIROLOGIA Patogenia da infecção do vírus da parotidite

VIROLOGIA • Vírus do sarampo Doença da criança Exantema agudo, maculo-papuloso de carácter centrífugo Manchas de Koplik – lesões de cor cinza-azulada sobre uma base vermelha (patognomónicas) Complicações: • Imediatas

– Encefalite – Pneumonia

• Tardias

– Panencefalite esclerosante subaguda

VIROLOGIA Família Retroviridae

• Vírus da Imunodeficiência humana (VIH) Apareceram, em 1981, nos EUA os primeiros casos de SIDA, produzidos por retrovírus humanos: – VIH-1 – VIH-2

A sua principal característica é a de poderem estabelecer um modelo de replicação viral inverso à maioria dos vírus, de forma a que o genoma viral composto por uma molécula de ARN, se transcreva para uma molécula de ADN de cadeia dupla, graças à enzima transcriptase reversa que possui Com isto adquire a característica de provírus e uma vez inserido no ADN cromossómico da célula infectada, pode activar-se a qualquer momento

VIROLOGIA • Vírus da Imunodeficiência humana (VIH) PI – 2 meses a 10 anos (média de 7-8 anos para adultos) e desconhece-se o mecanismo que faz cessar essa latência O Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (SIDA) é o estadio clínico mais avançado da infecção pelo VIH 10-20% de infectados evoluem para SIDA nos 5 anos após a seroconversão e 50% entre os 7 e os 10 anos • Vias de transmissão: – Parentérica – Sexual – Vertical

VIROLOGIA • Vírus da Imunodeficiência humana (VIH) Morfoestrutura do VIH-1

VIROLOGIA • Vírus da Imunodeficiência humana (VIH) Susceptibilidade para a infecção: – – – –

Via de transmissão Tipo de vírus Quantidade de vírus presente Condição e saúde da pessoa infectada

A infecção por VIH deve interpretar-se como um processo imunosupressor progressivo e crónico, consequência da imunodisfunção e imunodesregulação observada na interacção VIH-célula

VIROLOGIA • Vírus da Imunodeficiência humana (VIH) Mecanismo de entrada O vírus infecta com preferência os: – – – – – –

Linfócitos CD4 Outros linfócitos T Células do sistema mononuclear fagocítico Linfócitos B Células endoteliais Células gliais do SNC

VIROLOGIA • Vírus da Imunodeficiência humana (VIH)

VIROLOGIA Vírus da Imunodeficiência humana (VIH) Marcadores biológicos: – – – – – – – –

Linfopénia, especialmente de linfócitos CD4 Activação, de forma policlonal, dos linfócitos B Acs específicos anti-VIH Ag p24 ↑ Níveis de β 2-microglobulina ↑ Níveis séricos de IgA ↑ de ICC Neoptrina

VIROLOGIA • Vírus da Imunodeficiência humana (VIH) Complicações – 10% apresentam demência, mielopatia ou neuropatia periférica – 30% desenvolvem sarcoma de Kaposi – Linfoma primário do SNC e linfomas não Hodgkin – Infecções secundárias: Tuberculose pulmonar Candidíase oral Herpes zóster Bacteriémias recurrentes a Salmonella não typhi

VIROLOGIA • Vírus da Imunodeficiência humana (VIH) Infecções que definem a SIDA – Pneumonia a Pneumocystis carinii – Infecções oportunistas a: Cryptosporidium Toxoplasma gondii Strongyloides Isospora Cryptococcus Histoplasma Mycobacterium avium

VIROLOGIA • Vírus da Imunodeficiência humana (VIH)

VIROLOGIA • Vírus da Imunodeficiência humana (VIH) Diagnóstico laboratorial: • • • • •

Pesquisa de Acs Testes confirmatórios Determinação de Ags virais Cultura de vírus Identificação do ADN viral por técnicas de biologia molecular • Citometria de fluxo para estudo das populações linfocitárias

VIROLOGIA • Vírus da Imunodeficiência humana (VIH)

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