Iluminismo O século XVIII é, por excelência, na Europa, o «século das Luzes». Como movimento cultural, o iluminismo expressava uma nova forma de conceber o ser humano, conferindo um inegável valor às faculdades intelectuais do homem. Mais do que uma filosofia, o iluminismo constituía uma mentalidade, uma concepção unitária do mundo e da vida, cujo aspecto fundamental se traduzia numa fé extraordinária nas forças da razão, que seria capaz de resolver definitivamente os problemas da vida, da ciência e do homem. Políticos, diplomatas, homens de letras e cientistas deixaram-se, então, dominar por uma filosofia que exaltava a razão subjectiva e crítica como expressão de um novo humanismo. Dá-se, assim, aquilo que alguns autores designam como «crise de consciência europeia». Deveria, pois, cultivar-se tudo o que esclarecesse o homem e lhe desse consciência do seu mundo. A razão crítica seria a principal responsável pela condução do espírito em direcção às grandes verdades, que fariam do homem um ser autónomo, pensante e actuante