Hidraulica Trabalho Pratico Lab Oratorio

  • Uploaded by: Gilberto Laranja
  • 0
  • 0
  • December 2019
  • PDF

This document was uploaded by user and they confirmed that they have the permission to share it. If you are author or own the copyright of this book, please report to us by using this DMCA report form. Report DMCA


Overview

Download & View Hidraulica Trabalho Pratico Lab Oratorio as PDF for free.

More details

  • Words: 3,322
  • Pages: 12
Hidrologia Recursos Hídricos e Hidráulica Engenharia Civil – 3º Ano Licenciatura Bolonha Ano lectivo 208/2009

Trabalhos Práticos Laboratoriais

TRABALHO ELABORADO POR:

Gilberto José Silva Laranja _ 2010004 João Emanuel Freitas silva _ 2007301 João Miguel Xavier Andrade _2065205 João Pedro Santos Perneta _ 2063604 Ricardo Dário Filipe Fernandes _ 2030605 Roberto Côrte _ 2030401

Funchal, 13 de Janeiro de 2009

Hidráulica - Trabalho Prático Laboratoriais

2008/2009

Índice: 1.Determinação do coeficiente de rugosidade………………………………………….…….3 2.Escoamento numa comporta……………………………………………………………………….4 3. Medição de caudal utilizando um canal Venturi………………………………….………7 4.Descarregador de coroamento…………………………………………………………………….8 5.Ressalto hidráulico………………………………………………………………………….………….10 Bibliografia…………………………………………………………………………………….……………..12

Página 2 de 12

Hidráulica - Trabalho Prático Laboratoriais

2008/2009

1.Determinação do coeficiente de rugosidade. Objectivo: Na determinação do coeficiente de rugosidade de Strickler temos como objectivo achar os valores de Ks e analisa-los e compara-los entre valores já tabelados e entre si. Introdução formulário: No estudo de escoamentos de regime uniforme em superfícies livres utiliza-se a formula Manning-Strickler (1). 2 3

Q = K s . A.R . i (1) Q- caudal(m3/s) A- área(m) R- raio hidráulico(m) i- declive(%) Ks- coeficiente de rugosidade

b.h = P b + 2.h P- perímetro molhado da secção(m) b- largura da secção rectangular(m) h- altura da superfície livre relativamente a soleira do canal(m) R=A

Esquema do canal:

Procedimento experimental: 1) Regulou-se a inclinação do canal 2%; 2) Colocar as soleiras de relva artificial no canal; 3) Efectuou-se o arranque da bomba e deixou-se estabilizar o regime de escoamento para o caudal pretendido, anotou-se o seu valor; 4) Mediu-se a altura da superfície livre relativamente à soleira do canal numa secção onde o regime uniforme se tenha estabelecido, (a partir de 1/3 do comprimento do canal, aproximadamente); 5) Calculou-se a área e o perímetro molhado, a fim de determinar o raio hidráulico, Rh; 6) Calculou-se o coeficiente de rugosidade, KS, através da equação de ManningStrickler; 7) Alterou-se o caudal, efectuou-se o registo do novo valor e repetiu-se os passos 2 a 6 com o mesmo valor da inclinação, calculou-se o novo valor de Ks, efectuando ao final o cálculo da média; 8) Comparou-se o valor do Ks para aço/acrílico com o valor obtido, objectivando verificar a influência da rugosidade no escoamento;

Figura 1: Dados e Cálculos e Apresentação de Resultados: Quadro 1: valores experimentais e tratamento de dados, cálculo de Rh, Ks do Acrílico/relva artificial.

1 2 3 4 5 Media

h h b [m] [m] [m] 0,074 0,069 0,091 0,073 0,07 0,073 0,069 0,073 0,069 0,073 0,069 0,0732 0,0692

i % 0,5

Q real [m3/s] [m3/s] 0,00278 0,00250

Rh [m] 0,0281

Rh [m] 0,0275

Ks Ks Ks Media [m1/3/s] [m1/3/s] [m1/3/s] 34,0575 32,8613 33,4594

Página 3 de 12

Hidráulica - Trabalho Prático Laboratoriais

2008/2009

Quadro 2: valores de Ks, coeficiente de rugosidade para Acrílico/Aço. Acrílico/Aço Ks Ks [m1/3/s] [m1/3/s] 74,294 73,87 74,082 1,353 1,249 74,08 ± 1,35

Discussão Conclusões: No cálculo do coeficiente de rugosidade de Strickler (Ks) para o Acrílico/relva obtivemos valores de 34,0575 [m1/3/s], 32,8613 [m1/3/s] com média 33,4594 [m1/3/s], comparando estes valores com coeficiente de rugosidade de Strickler para Acrílico/Aço verificou-se que para Acrílico/Aço o valor do coeficiente é maior logo será um material menos rugoso e mais liso permitindo um melhor escoamento sem perturbações e perdas de carga (quanto maior Ks maior é o caudal). Naturalmente o coeficiente de rugosidade de Strickler para Acrílico/relva é menor o que significa uma rugosidade maior por parte do material e consequentemente uma maior perda de carga caudais conforme a finalidade e emprego de um canal de escoamento.

levando a diminuição do caudal (quanto menor Ks menor é o caudal). Comparando coeficiente de rugosidade Acrílico/relva com valores tabelados verificamos que este é situa-se entre os valores de Terra irregular com vegetação, cursos de água regulares e leitos rochosos e Terra em más condições, rios sobre calhaus com os valores de 35[m1/3/s] e 30[m1/3/s] respectivamente. Podemos observar que a simulação com Acrílico/relva é uma boa aproximação aos valores já tabelados e os valores obtidos estarão dentro do real, visto que poderíamos com a acumulação de erros ter discrepâncias nos valores obtidos. Então podemos usar esta característica do material, Ks, para manipular

2.Escoamento numa comporta. Objectivo: A partir de dados experimentais calcular caudal teórico e comprar com os respectivos caudais reais anotados na experiencia. Introdução formulário: Em escoamentos de comportas podemos ter vários tipos de situações possíveis para o comportamento da água conforme alguns factores. Neste caso temos escoamento livre e escoamento afogado o factor que vai decidir a situação será a boa hi- altura no ponto i referente a soleira do canal (m)

vazão do caudal sem acumulação de caudal junto a comporta. Aplicando teorema de Bernoulli (2) que descreve o comportamento de um fluido que se move ao longo de um tubo ou canal, este para um fluxo incompressível sob um campo gravitacional uniforme, (sem perdas de carga): 2

h1 +

2

U1 U = h2 + 2 2g 2g

(2)

Ui- velocidade do escoamento no ponto i g- aceleração da gravidade (m/s2) Página 4 de 12

Hidráulica - Trabalho Prático Laboratoriais

Assumindo a regra que para reservatório a velocidade é nula, U1=0, e também é muito pequena comparado com U2 e pela equação U=Q/A podemos deduzir a seguinte formula por substituição para o escoamento livre:

Q = h2 .b 2.g.(h1 − h2 )

2008/2009

Esta formula pode ser reescrita tomando em conta U1 e U2 desprezáveis simplificando a equação.

(3)

3

Q- caudal(m /s) b- base do canal(m)

Figura 3: esquema do escoamento afogado (vista corte longitudinal)

Se expressarmos h2 (m) como sendo h2 = a.c, sendo a (m) a abertura da comporta e c o coeficiente de contracção, aproximadamente igual a 0,63. Obteremos:

Q = 0,63.a.b 2.g.(h1 − 0,63.a)

(4)

Figura 2: esquema do escoamento livre (vista corte longitudinal)

No caso do escoamento afogado o caudal Q é dado pela expressão (5) sendo o m coeficiente de descarga (WeyrauchStrobel), 0,6:

[

]

Q = m.a.b U 2 + 2.g .h + (U 12 − U 22 ) (5)

Procedimento experimental: 1) Quando a instalação não estive em funcionamento desceu-se a comporta até a obter a abertura desejada de a, fixou-se a comporta e mediu-se a abertura a (m), anotou-se o valor; 2) Ajustou-se a inclinação do canal para 0,5%; 3) Iniciou-se a bombagem e regulou-se o caudal e variou-se para 5 caudais diferentes; 4) Esperou-se que o escoamento estabiliza-se e efectuou-se as medições, h1 e h2; 5) Calculou-se para a situação escoamento livre o caudal teórico pela equação (3) e (4); 6) Repetiu-se os passos 1, 2, 3, 4, mas com a instalação de uma barragem para subir nível de agua para obter um escoamento afogado; 7) Calculou-se o caudal teórico para a situação de escoamento afogado, utilizando a equação (5). 8) Comparou-se os resultados obtidos dos caudais teóricos e os caudais reais;

Página 5 de 12

Hidráulica - Trabalho Prático Laboratoriais

2008/2009

Dados e Cálculos e Apresentação de Resultados: Quadro 3: Valores do escoamento livre. Registos da experiencia e calculo dos caudais teóricos. h1 1 2 3 4 5

[m] 0,042 0,052 0,065 0,076 0,09

h2

Q real

[m] [m3/h] 0,028 4 0,027 4,5 0,025 5 0,024 5,5 0,023 6

[m3/s] 0,0011 0,0013 0,0014 0,0015 0,0017

i

c

%

[m2/s] 0,4361 0,63 0,025 0,091 0,5088 0,6105 0,6995 0,7963

0,5

a -

[m]

b

Q teóricoi

U2

[m]

[m3/h] 4,8050 6,1916 7,2517 7,9375 8,6345

[m3/s] 0,0013 0,0017 0,0020 0,0022 0,0024

Q teóricoii [m3/h] 3,7010 4,3492 5,0694 5,6070 6,2244

[m3/s] 0,00103 0,00121 0,00141 0,00156 0,00173

i- caudal calculado pela formula (3) ii- caudal calculado pela formula (4)

Quadro 4: Valores do escoamento afogado. Registos da experiencia e calculo dos caudais teóricos. h1 1 2 3 4 5

[m] 0,099 0,103 0,11 0,12 0,13

h2

Q real

[m] [m3/h] 0,068 4 0,07 4,5 0,071 5 0,073 5,5 0,065 6

[m3/s] 0,001111 0,00125 0,001389 0,001528 0,001667

h

i

m

a

b

U1

U2

m % [m] [m] [m2/s] [m2/s] 0,031 0,1233 0,1796 0,033 0,1334 0,1962 0,039 0,5 0,6 0,025 0,091 0,1388 0,2150 0,047 0,1399 0,2300 0,065 0,1409 0,2818

Q teóricoiii [m3/h] 4,6587 4,8525 5,2762 5,7605 6,8000

[m3/s] 0,00129 0,00135 0,00147 0,00160 0,00187

iii- caudal calculado pela formula (5)

Observações: Esta experiencia foi efectuada com uma inclinação de 0,5% contrariamente ao indicado no protocolo inicial de inclinação ligeiramente inferior a 2%, por consequência das limitações do equipamento, tivemos que optar por uma inclinação menor para obtermos um escoamento livre e um escoamento afogado estável. Uma grande inclinação não acumulava-se água a montante da comporta.

Discussão Conclusões: Na situação de escoamento livre obtivemos os valores experimentais e resultados dos caudais teóricos, apresentados no Quadro 3, comparando os resultados obtidos com as formulas (3) e (4), com os valores dos caudais reais registados, observamos uma maior aproximação dos valores obtidos pela fórmula (4) que com a fórmula (3) isto resultado da substituição da

medida h2 por coeficiente de contracção vezes abertura da comporta, a medida h2 devido a pequenas instabilidades do escoamento seria difícil de medir com considerável precisão. Finalmente comparando os valores do caudal teórico (4) com os valores experimentais do caudal real observa-mos uma boa proximidade, esta proximidade pode ser explicada pelos erros experimentais durante medições e montagem do equipamento tais como medição de alturas com régua pelo lado exterior do canal por fugas de água pelas laterais da comporta que irá alterar a área de escoamento e perímetro hidráulico e raio hidráulico consecutivamente. No escoamento afogado obtivemos os valores experimentais e resultados dos caudais teóricos, apresentados no Quadro 4, também comparou-se os valores dos caudais obtidos experimentalmente e os calculados Página 6 de 12

Hidráulica - Trabalho Prático Laboratoriais

teoricamente observamos alguma diferença entre os valores reais e teóricos. Nesta situação de escoamento ainda mais difícil foi medir a altura h2 devido a turbulência provocada pelo afogamento provocado pela colocação da pequena barragem a jusante da comporta este afogamento instável por causa da criação de um pequeno vórtice imediatamente a seguir a comporta, este

2008/2009

fenómeno juntamente com pequenas fugas pelas laterais da comporta como já referido anteriormente originou as discrepâncias dos valores obtidos teoricamente. Com as causas referidas anteriormente o calculo do erro absoluto ou relativo não seria suficiente para justificar as discrepâncias por isso optou-se por não calcular.

3. Medição de caudal utilizando um canal Venturi. Objectivo: Medição do caudal a partir de altura da superfície livre do escoamento e comparar com valor real obtido experimentalmente. Introdução formulário: O canal Venturi ou medidor de Venturi pode ser utilizado como um descarregador para estimar o caudal de um canal, por medição da altura do escoamento a montante do seu inicio. Pela utilização do canal de Venturi calculamos o caudal utilizando a fórmula (6):

Q = 0,98.C.b.h. 2.g.h

(6)

Q- caudal (m3/s) b- largura da base do canal (m) h- altura a montante do canal de Venturi(m) C- é o coeficiente teórico de descarga, dependente da grandeza D, que é característica do canal Venturi e é definida como sendo D=bc/b, bc é a largura contraída do canal

Figura 4: esquema do canal de Venturi em planta e em vista lateral Procedimento experimental: 1) Instalou-se o canal Venturi numa secção do canal, sensivelmente a meio; 2) Regulou-se a inclinação do canal para 1,5%; 3) Iniciou-se a bombagem, e atingiu-se um regime permanente; 4) Mediou-se a altura da superfície livre relativamente ao fundo do canal imediatamente a montante do canal Venturi, mediou-se o valor do caudal no rotâmetro e registou-se os valores; 5) Calculou-se D = bc / b relativo ao canal Venturi e utilizar o gráfico da fig. 5 determinou-se o valor do coeficiente C; 6) Sendo conhecidos b, h e C, é possível calcular Q utilizando a fórmula (6); 7) Como verificação, comparou-se o valor do caudal teórico com o valor experimental;

Página 7 de 12

Hidráulica - Trabalho Prático Laboratoriais

2008/2009

Dados e Cálculos e Apresentação de Resultados:

. Figura 5: gráfico da relação de D e C Quadro 5: Valores do canal de Venturi. Registos experimentais e cálculo do caudal teórico.

1

b

bc

D

C

h

i

[m] 0,087

[m] 0,041

0,471264

0,412

[m] 0,055

% 1,5

Q teóricoiv

Q real [m3/h] 5

[m3/s] [m3/h] [m3/s] 0,001389 7,221328 0,002005

iv- caudal calculado pela formula (6)

Observações: Na leitura visual do valor de C no gráfico da figura 5 achou-se um valor aproximado podendo conter erro. Discussão Conclusões: Comparando o valor obtido pela equação (6) do canal de Venturi 7,221328[m3/h] com o valor do caudal real registado no rotâmetro 5[m3/h] observou-se distinção de valores este

4.Descarregador de coroamento. Objectivo: Determinar coeficiente C da perda de carga para o descarregador de coroamento. Introdução formulário: Os descarregadores de superfície são utilizados quando pretendemos obter um caudal constante. Este descarregador consiste numa pequena barragem, que faz com que a cota de superfície de água aumente a montante.

caso devesse ao erro na leitura de C, a aproximação da perda de carga representada na formula não corresponderá a realidade perda de carga havendo mais perda de carga na realidade que na representada na formula. Este erro poderá ser resolvido calculando a perda de carga do acrílico e do afunilamento imperfeito devido ao não isolamento do canal de Venturi com o canal pré-existente. Prevendo o caudal máximo que ira passar na secção da linha de água onde este e construído, podemos dimensionar o respectivo descarregador. Estes descarregadores são muitas vezes utilizados em linhas de água, a montante dos pilhares das pontes. Conhecendo a carga h o caudal do descarregador pode ser expressado pela formula (7).

Q = C. A 2.g.h (7)

Página 8 de 12

Hidráulica - Trabalho Prático Laboratoriais

por manipulação de (7) obtêm-se: Q C= (8) A 2.g.h

2008/2009

Procedimento experimental: 1) Instalou-se o descarregador de coroamento do tipo como indica na figura 5; 2) Regulou-se a inclinação do canal para 0,7%; 3) Iniciou-se a bombagem e regulou-se a válvula de controlo por forma a conseguir um valor de caudal compatível com boas condições de exploração; 4) Em condições de regime permanente (escoamento estabilizado) mediu-se a altura h, (carga h), a montante do descarregador; 5) Registou-se os valores Qreal e h; 6) Repetiu-se os passos 3, 4 e 5 até obter 13 pares de valores; 7) Calculou-se o coeficiente C pela fórmula (8) para cada par de valor registado; 8) Esboçou-se o gráfico de C em função de h;

Q- caudal A- área, A=b.h (m2) h- altura da agua a montante do descarregador (m) b- largura do canal (m)

Figura 5: esquema do descarregador de coroamento utilizado na experiencia.

Dados e Cálculos e Apresentação de Resultados: Quadro 6: Valores do descarregador de coroamento. Registos experimentais e calculo de C.

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

Q real

Q real

b

p

i

ho

h

A

Cv

[m3/h] 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5 5 5,5 6 6,5 7 7,5

[m3/s] 0,000417 0,000556 0,000694 0,000833 0,000972 0,001111 0,00125 0,001389 0,001528 0,001667 0,001806 0,001944 0,002083

[m] 0,087

[m] 0,18

% 0,7

[m] 0,204 0,206 0,208 0,21 0,212 0,214 0,216 0,218 0,22 0,222 0,224 0,226 0,228

[m] 0,024 0,026 0,028 0,03 0,032 0,034 0,036 0,038 0,04 0,042 0,044 0,046 0,048

[m2] 0,002088 0,002262 0,002436 0,00261 0,002784 0,002958 0,003132 0,003306 0,00348 0,003654 0,003828 0,004002 0,004176

0,290954 0,344049 0,384816 0,41638 0,440954 0,460142 0,475126 0,486794 0,495819 0,502722 0,507907 0,511695 0,514339

v- coeficiente calculado com a formula (8)

Página 9 de 12

Hidráulica - Trabalho Prático Laboratoriais

2008/2009

Figura 6: Representação gráfica dos pares de valores h (montante do coroamento) e coeficiente C. Discussão Conclusões: Na determinação do coeficiente C a partir da fórmula (8) conhecendo os valores h e Q obtidos experimentalmente chegou-se ao gráfico da figura 6 onde podemos observar que C não será constante para h diferentes como o pretendido. O coeficiente C representa a perda de carga do descarregador, e podemos concluir que este coeficiente dependerá da carga h, era esperado um alinhamento horizontal para os pares de valores. Com uma observação mais profunda do gráfico é detectado uma tendência para o

alinhamento horizontal, o alinhamento não horizontal como o esperado pode ser explicado pelo baixo caudal inicialmente utilizado sendo este influenciado por factores das propriedades da água, também pode ser explicado pelos erros práticos como a dificuldade de medição de uma linha com pequenas perturbações, por outro lado o equipamento nos limitou no caudal não podendo registar pares de valores para caudais grandes em que pequenos erros de medição não influenciariam grandiosamente o resultado final.

5.Ressalto hidráulico. Objectivo: Calcular velocidades em pontos diferentes do ressalto números de Froude e energia dissipada. Introdução formulário: O ressalto hidráulico num escoamento com superfície livre e feito através da transição entre o regime rápido de montante e um regime lento a jusante. E caracterizado pelo numero de Froude, com particular interesse o valor calculado na secção a montante e também caracterizado por ter uma forte acção de dissipação de energia. Número de Froude: ௎ ொ ‫ܨ‬௥௜ = ೔ = ௕௛ ඥ௚௛೔

೔ ඥ௚௛೔



ܷ௜ = ௛ .௕ ೔

(10)

U- Velocidade média (m/s); h- Altura do escoamento relativamente ao fundo do canal (m); b- Largura do canal (m); Q- Caudal (m3/s). A energia em cada ponto pode ser calculada a partir de: ܷ௜ଶ ‫ܧ‬௜ = ℎ௜ + 2݃ ∆‫ܧ = ܧ‬ଵ − ‫ܧ‬ଶ (11)

(9)

Página 10 de 12

Hidráulica - Trabalho Prático Laboratoriais

2008/2009

2) Instalou-se a comporta sensivelmente a meio da distância longitudinal do canal; 3) Iniciou-se a bombagem e regulou-se a válvula de descarga por forma a atingir o caudal necessário, 3,7[m3/h]; 4) Ajustou-se a comporta por forma a obter um ressalto livre (fig. 7); 5) Mediu-se a altura da superfície livre h1 e h2 respectivamente a montante e a jusante do ressalto. Anotou-se os respectivos valores. 6) Calculou-se as velocidades médias U1 e U2, respectivamente a montante e a jusante do ressalto utilizando a expressão (10); 7) Calculou-se a diferença de energias pela expressão (11);

Figura 7: esquema da comporta com ressalto hidráulico Procedimento experimental: 1) Regulou-se a inclinação do canal para o valor de 0,5%;

Dados e Cálculos e Apresentação de Resultados: Quadro 7: Valores do ressalto hidráulico. Registos experimentais e cálculos. h1

h2

Q real 3

i

a

b

3

U1vi

U2vi

2

2

Fr1vii

Fr2 vii

E1viii

E2 viii

ΔE

[m] [m] [m /h] [m /s] % [m] [m] [m /s] [m /s] J J J 1 0,016 0,04 3,7 0,001028 0,5 0,025 0,087 0,7383 0,2953 1,8646 0,4717 2,6872 0,4674 2,2198 vi- calculo da velocidade pela formula (10) nos pontos 1 e 2 (fig. 7) vii- calculo do nº de Froude pela formula (9) nos pontos 1 e 2 (fig. 7) viii- calculo da energia pela formula (11) nos pontos 1 e 2 (fig. 7)

Observações: Utilizou-se nesta experiencia uma inclinação de 0,5%, era indicado no protocolo inclinação ligeiramente inferior a 2%, como já referido noutra experiencia. Discussão Conclusões: Nesta experiencia utilizando a fórmula de Froude que nos indica o tipo de escoamento segundo a velocidade do mesmo, foi possível verificar a condição já enunciada para a formação de um ressalto hidráulico que seria Fr1 ≥ 1,7 e Fr2 ≤0,6 quando estes diferentes tipos de escoamentos se encontram há uma necessidade de dispensar energia da elevada velocidade adquirida pelo escoamento, esta

energia será dissipada pelo choque da água acumulada, devido a um escoamento mais lento a jusante. Por esta razão tivemos que optar por um declive menor, um declive acentuado garantiria um rápido escoamento a jusante da comporta e não conseguiríamos atingir o número de Froude necessário de 0,6. Calculou-se a energia dissipada na transição de escoamento através da fórmula (11) chegando ao valor de 2,2198 J (Joule unidade S.I.). Este cálculo nos indica a grande variação da energia sabendo que E1 é 2,6872 J e E1 é 0,4674 J, com isto podemos tirar utilizações práticas para dissipação de energia, em escoamentos rápidos, em canais, quedas de agua etc.

Página 11 de 12

Hidráulica - Trabalho Prático Laboratoriais

2008/2009

Bibliografia:

Instituto Superior de Engenharia de Lisboa, Departamento de Engenharia Civil, Secção de Hidráulica e Obras Hidráulicas: Hidráulica Geral II, Trabalhos Práticos Laboratoriais; Outubro 2002

Página 12 de 12

Related Documents

Lab Oratorio
May 2020 16
Lab Oratorio
June 2020 17
Lab Oratorio
November 2019 32
Lab Oratorio
April 2020 10
Lab Oratorio
April 2020 10

More Documents from "Grace Katherine"

May 2020 2
May 2020 4
April 2020 4
Rvt1 Grupo[9]
April 2020 5