Formar as Vozes que Contam
Amílcar Martins
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Contém 37 páginas
AMÍLCAR MARTINS, Ph.D. Ciências de Educação, Artes, Montreal Professor no Departamento de Ciências de Educação Coordenador do Mestrado em Arte e Educação Investigador no CEMRI – Centro de Estudos das Migrações e das Relações Interculturais Universidade Aberta Rua da Escola Politécnica, nº 147 1269-001 Lisboa Portugal www.univ-ab.pt
[email protected] _________________________________________________________________________________________________________________
BECRE da Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos Serra da Gardunha Fundão, 21 de Novembro de 2008 LER, CRESCER E CONVIVER
Formar as Vozes que Contam Sinopse da Oficina A sessão reveste-se de um dispositivo oficinal, privilegiando a experimentação e a prática, articulando-as com breves explanações fundadas em algumas das técnicas e abordagens artísticocomunicacionais contemporâneas centradas no corpo, na voz e na linguagem oral. A experiência deverá conduzir à revitalização da consciência dos participantes sobre o papel vital dos instrumentos e estratégias de protecção e utilização do aparelho fonador e da voz, bem como à compreensão sobre a adequação da performance oral a diversos contextos de comunicação, designadamente os rituais ficcionais de contar histórias.
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Objectivos gerais da Oficina Experimentar, vivenciar e consciencializar algumas das vias e heranças multiculturais oriundas do património natural e construído centradas na oralidade e na voz; Identificar e reportoriar algumas das técnicas de produção e expressão vocal; Conhecer e identificar alguns dos elementos determinantes para uma produção e expressão vocal de qualidade; Produzir colectivamente um ritual de comunicação baseado no acto de contar. Conteúdos Programáticos SER Amigo do Corpo (estar no corpo) Amigo da Paisagem Sonora (estar à escuta) Amigo da Palavra (estar por dentro da palavra dita) Amigo do Livro (estar em viagem pelo imaginário do livro) Amigo da Comunicação (estar em relação com o outro) ESTAR Em busca da boa forma (a energia - o CHI) Com o Corpo Com o Mental Com o Espiritual TER Cuidados (cuidar de si) Com o Corpo Com a Voz Com a Saúde EXERCITAR Técnicas de expressão e de comunicação Corporal e vocal Postura e atitude Respiração Máscara facial Caixas de ressonância Articulação e dicção Volume e projecção vocal LER Em voz alta DIZER (dire) REPRESENTAR E TEATRALIZAR PARTILHAR HISTÓRIAS PARA CONTAR Criar ambientes ritualísticos ficcionais Mandala dos contadores Contos Contador Audiência COMUNICAR A ARTE DE CONTAR
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Actividades de expansão da Oficina (Págs. 4-9) Actividade 1
ESTUDO SOBRE AUDITIVO
OS
APARELHOS
VOCAL
E
• Objectivo: Identificar e conhecer algumas das características básicas dos aparelhos vocal e auditivo. (Págs. 10-32) Actividade 2
ACTIVIDADES DE AUDIÇÃO, DE EXPRESSÃO CORPORAL E DE EXPRESSÃO VOCAL
• Objectivo: “Ouver”, explorar e analisar o cdáudio voz na perspectiva do desenvolvimento da audição, da expressão corporal e motora, bem como da expressão vocal. (Pág. 33) Actividade 3
ACTIVIDADE DE SONOPLÁSTICA
APRECIAÇÃO
ESTÉTICA
E
• Objectivo: Apreciar e comentar a comunicação estética e publicitária da(s) voz(es) e do(s) corpo(s) como instrumento(s) de invocação de paisagens sonoplásticas. Bibliografia (Pág. 34)
Ficha de auto-aprendizagem (Pág. 37)
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Actividade 1
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ESTUDO SOBRE OS APARELHOS VOCAL E AUDITIVO
OBJECTIVO: IDENTIFICAR E CONHECER ALGUMAS DAS CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DOS APARELHOS VOCAL E AUDITIVO.
MATERIAIS DE APOIO: ! Sobre o aparelho auditivo: Analise o conteúdo do site http://audiodata.no.sapo.pt/fisio01.htm ! Sobre o aparelho vocal: Analise as imagens (em anexo) retiradas do artigo: PARENT, François. (1992). “L’appareil vocal”, in Jacques VERMETTE et Richard CLOUTIER (dir.). La parole en public, pp 1-14. Québec: Les Presses de l’Université Laval.
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in PARENT, François. (1992: 2).
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in PARENT, François. (1992: 3).
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in PARENT, François. (1992: 5).
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in PARENT, François. (1992: 6).
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in PARENT, François. (1992: 7). ! SOBRE O APARELHO AUDITIVO: Veja o site http://audiodata.no.sapo.pt/fisio01.htm
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ACTIVIDADE 2 ACTIVIDADES DE AUDIÇÃO, EXPRESSÃO CORPORAL E EXPRESSÃO VOCAL
DE DE
OBJECTIVO PRINCIPAL: “OUVER”, EXPLORAR E ANALISAR O CD ÁUDIO VOZ NA PERSPECTIVA DO DESENVOLVIMENTO DA AUDIÇÃO, DA EXPRESSÃO CORPORAL E MOTORA, BEM COMO DA EXPRESSÃO VOCAL.
MATERIAIS DE APOIO: Actividades sugeridas em anexo e que acompanham o CD ÁUDIO VOZ: MARTINS, Amílcar (Voz) e FIRMINO, Joaquim (Sonoplastia). (2004). Voz. Lisboa: Universidade Aberta. 54’ 16’’.
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ACTIVIDADES A REALIZAR COM O CD ÁUDIO VOZ * PISTA 01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
MIN./ SEG.
AUDIÇÃO
EXPRESSÃO CORPORAL
EXP. VOCAL E LEITURA EM VOZ ALTA
13’28’’
SIM
—
—
04’18’’
SIM
SIM
SIM
09’09’’
SIM
SIM
SIM
07’28’’
SIM
SIM
SIM
DICÇÃO... por Amílcar Martins
04’31’’
SIM
SIM
SIM
PROCISSÃO por João Villaret
02’50’’
SIM
SIM
SIM
A RÃ por Gangan Bambu
00’43’’
SIM
—
—
LADAÍNHA por Maria Bethânia
02’04’’
SIM
—
—
N’GOLA por Amílcar Martins
02’57’’
SIM
—
SIM
IRACEMA por Amílcar Martins
06’30’’
SIM
—
SIM
TÍTULO LONG LONG DESCOBRE... por Amílcar Martins DIABO NO CORPO por Pedro Abrunhosa CORPO E RESPIRAÇÃO por Amílcar Martins DICÇÃO MÁ MÉ MI MÓ... por Amílcar Martins
* “OUVER” E EXPLORAR O CD ÁUDIO VOZ: MARTINS, Amílcar e FIRMINO, Joaquim. (2004). Voz. Lisboa: Universidade Aberta. 54’ 16’’.
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ACTIVIDADES A REALIZAR COM O CD ÁUDIO VOZ PISTA
TÍTULO LONG LONG DESCOBRE... por Amílcar Martins
01
!
MIN./ SEG.
AUDIÇÃO
EXPRESSÃO CORPORAL
EXP. VOCAL E LEITURA EM VOZ ALTA
13’28’’
SIM
—
—
A audição da história LONG LONG DESCOBRE OS SONS DE MACAU deverá ser feita em condições espácio-temporais e ambientais que proporcionem relaxamento, concentração e atenção receptiva.
! Procure identificar as especificidades expressivas geradas pelos três níveis do(s) discurso(s) que estão presentes: i)
a narrativa literária, o estilo e a(s) mensagem(s) do TEXTO;
ii)
a INTERPRETAÇÃO dada pela VOZ E PELA LEITURA;
iii)
as opções SONOPLÁSTICAS E MUSICAIS.
! Finalmente, elabore uma síntese e partilhe-a com os colegas, sobre a sua própria representação crítica e visão pessoal da paisagem sonora da narrativa da história de LONG LONG DESCOBRE OS SONS DE MACAU.
NOTA: o texto LONG LONG DESCOBRE OS SONS DE MACAU está publicado em MARTINS, Amílcar. (Coord.). (2002). Didáctica das Expressões. Lisboa: Universidade Aberta. (pp 154-157).
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LONG LONG DESCOBRE OS SONS DE MACAU
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Texto: Amílcar Martins LONG LONG é um belo dragãozinho que vive lá no Norte, muito próximo de Pequim, perto das célebres muralhas da China. LONG LONG é também um viajante, gosta de descobrir, de conhecer. Quando chegou o início do mês de Junho, LONG LONG resolveu ir conhecer um outro lugar situado no Sul da China. Esse lugar chama-se Macau. Ou Mun, em chinês, e também Cidade do Nome de Deus, um nome que foi colocado pelos portugueses.
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A história de LONG LONG DESCOBRE OS SONS DE MACAU encontra-se: • Publicada em MARTINS, Amílcar. (Coord.). (2002). Didáctica das Expressões. Lisboa: Universidade Aberta. (págs. 154157). Os desenhos das crianças chinesas Mei Teng, Mak Sio Fai e Man Wai estão disponíveis na edição deste documento; • Gravada no CDáudio MARTINS, Amílcar e FIRMINO, Joaquim. (2004). Voz. Lisboa: Universidade Aberta, Pós-Graduação em Comunicacional Multimédia. (Pista 1: LONG LONG DESCOBRE OS SONS DE MACAU, 13’28’’. Narração da história por Amílcar Martins; Sonoplastia de Joaquim Firmino, baseada em excertos do CDáudio musical “Junção”, 1999, de Rao Kyao acompanhado pela Orquestra Sinfónica de Macau).
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Para partir à descoberta de Macau, LONG LONG decidiu fazer uma experiência única: viajar de avião e desembarcar em Taipa, no Aeroporto Internacional de Macau. LONG LONG já tinha ouvido falar que Macau era um lugar muito bonito e valioso. Um lugar único onde viviam em harmonia muitas pessoas de culturas diferentes: chineses, portugueses, filipinos, tailandeses, ingleses, franceses, etc... —
Oh, que bonito! Aqui falam-se muitas línguas escrevem-se também de forma muito diferente!
e
Mas LONG LONG tinha para aquela viagem um objectivo muito importante: descobrir a paisagem sonora de Macau. Ele sabia que os sons se renovam todos os dias. Por isso, os seus ouvidos estavam muito mais abertos e atentos. — Como seriam os sons do ambiente acústico de Macau? Sons de vozes humanas a falarem, a cantarem, a gritarem, a sussurrarem. Sons de pássaros e de outros animais. Sons de carros em movimento e de máquinas a trabalharem. Sons de perigo, sons de aviso. Sons fortes, sons fracos. Sons agudos, sons graves. Sons bonitos, sons feios. Sons agradáveis, sons desagradáveis. Sons modernos, sons antigos. Sons de lembranças quase a desaparecerem. Sons pequeninos e de quase nada... Lá dentro da sua barriga um pequeno ruído lembrou-lhe que precisava de alimento. — Ah! Como havia coisas tão agradáveis para comer! Naquele tempo de inícios de Junho, havia o Chong, um arroz embrulhado em folhas de bambú com feijão, gema de ovo e carne. E LONG LONG provava todos aqueles sabores. Uma barrigada arredondava ainda mais as formas de LONG LONG. — Tinha que parar de experimentar mais sabores, dizia-
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lhe alguém. De repente, sons fortes de aviso e de perigo chamavam a atenção dos transeuntes e dos automobilistas. Eram sons intermitentes de buzinas de automóveis, e também um som contínuo de uma ambulância que passava muito rapidamente. Mais à frente, LONG LONG reparava que edifícios muito altos estavam ainda em construção. Como ele se sentia tão pequeno. Olhava para cima e sentia-se quase como uma pulga. O catrapila batia e batia e provocava um som de metal muito ruidoso. Era a poluição sonora a desequilibrar o ambiente. — Oh! Não! Que barulho! Que ruído! É preciso tanto barulho para fazer todos estes arranha-céus? Ao virar de uma esquina, LONG LONG ouviu alguns sons que lhe eram familiares. Aproximou-se daquele lugar onde se produziam sons estridentes e barulhentos, mas, por vezes, ritmados e melódicos. Eram os sons musicais das danças do leão e do dragão que anunciavam uma festa... Aqueles sons conduziam LONG LONG ao belo espaço de recepção da cidade. Ali, no Largo do Senado, muitas pessoas se juntavam. À volta, os edifícios europeus e o chão de pedrinhas pequeninas, em preto e branco, embelezavam o espaço. Um palco apresentava grupos de cantores, de músicos e de bailarinos que participavam numa festa dedicada ao Ambiente. Crianças, jovens e adultos davam-lhe as boas vindas com uma bela canção em português e em chinês. Era a «Canção do Ambiente». Macau do ambiente Queremos um dia Limpo para sempre É a nossa via Oriente e Ocidente Na construção de Macau Unidos pelo ambiente A população de Macau
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som e poesia abraço e amor canta e dança festa e flor
LONG LONG sentiu-se contagiado pela «Canção do Ambiente». As crianças ensinaram-no a cantar e a dançar e LONG LONG estava encantado e feliz. Os panchões rebentavam forte, muito forte, e LONG LONG ficava cada vez mais excitado e contente. Aquela festa que celebrava o Ambiente estava no ar de Macau. Agora LONG LONG queria conhecer outros lugares onde escutasse mais claramente os sons de vozes, e também os sons de animais e até de silêncio. Um jovem macaense procurava conduzi-lo por esses lugares tão especiais: os jardins, o Monte da Guia, e outras zonas verdes de Macau, da Taipa e de Coloane. — Ah! Qu e bom estes sons de regato, o tombar da água sons da respiração das caiem, do vento qu e as quase silêncio!
pá ssaros, o mu rmúri o do da cascata! Que bom estes árvores, das folhas que empu rra... Qu e bom este
LONG LONG recuperava novas forças com estes sons da natureza. Ele precisava deste constraste entre os sons. Dos sons de animação e de festa e, também, dos sons de repouso e de meditação. — Ah! Que bom os sons da água, do vento, e também os sons do nada e do vazio. Ali, algumas pessoas faziam o Tai Chi, o Dayan Qicong ou o Mou Kek, ginásticas muito antigas que se praticavam em Macau de manhã cedo ou no fim de cada dia. E LONG LONG experimentava também reproduzir aqueles movimentos e os sons de silêncio e de concentração que os acompanhavam. Um sino de uma igreja batia as horas do dia. Era um som muito
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antigo que quase não se dava por ele, uma espécie de som sagrado que lembrava o tempo da chegada dos portugueses a Macau. Aquele dia tão luminoso chegava quase ao fim. Os sons de Macau começavam, lentamente, a querer adormecer. Aqui e ali, um ruído excessivo na rua ou num ou noutro apartamento, como um falar alto, um batuque ou um martelar nas paredes, impedia que o sossego da noite se instalasse. Então, LONG LONG com o seu sorriso de dragãozinho sedutor, dizia: — Amigo, o silêncio da noite é de oiro e também de jade... A noite precisa do silêncio para dormir! As pessoas olhavam admiradas para LONG LONG, acolhiam aquelas palavras e iam sonhar a festa dos sons. Então, os sons da cidade, agora quase ausentes, entrelaçavam-se numa sinfonia de amor e onde o sono e o sonho faziam cócegas à noite. Macau era bem um museu vivo de sons. De tal forma alguns daqueles sons eram raros e belos que LONG LONG desejava também que fizessem parte do seu sonho.
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ACTIVIDADES A REALIZAR COM O CD ÁUDIO VOZ PISTA 02
TÍTULO DIABO NO CORPO por Pedro Abrunhosa
MIN./ SEG.
AUDIÇÃO
EXPRESSÃO CORPORAL
EXP. VOCAL E LEITURA EM VOZ ALTA
04’18’’
SIM
SIM
SIM
• Acompanhe a audição desta música — DIABO NO CORPO — apropriando-se da sua mensagem sonora no seu conjunto, bem como do texto, da interpretação vocal e dramática do cantor, da sua pulsação rítmica, melódica e harmónica. Siga o ritmo da música e parta para uma exploração da cartografia do seu corpo como um mapa sagrado... • (Re)visite e exercite, concentradamente, cada “porto-enseada do seu pedaço-corpo”. • Ocupe o espaço do local onde se encontra e desenhe nele trajectórias de “andares”: para a frente, para trás, para um lado, para o outro, em labirintos geográficos... e formas variadas. Procure movimentar-se pelo espaço inteiro fora com movimentos ora locomotores, ora não locomotores... • Respire fundo. Solte a sua energia. Liberte-a. • Siga depois para uma concentração de movimentos mobilizando, progressivamente, todos os seus músculos e todas as articulações do seu corpo: pescoço, ombros, cotovelos, pulsos, mãos, dedos, coluna, ilíacos, coxas, joelhos, tornozelos, pés... Percorra a trajectória da viagem de (re)visitação e reconhecimento corporal no sentido inverso e em todas as direcções. • Surpreenda-se consigo e (re)invente-se na descoberta do DIABO que existe NO seu CORPO... Uhuuu!!!
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DIABO NO CORPO (Música e letra de Pedro Abrunhosa) Corpo, Como um mapa sagrado, Em ti desenho o pecado. Escrevo o mundo no meu Corpo, Com um toque divino, Faço da pele o destino. Sente nas mãos este meu Corpo, Uma estátua ardente, E a cada toque teu, Até a passarelle devagar Se vai abrir por ti, E toda a música que ouvires Irá ser por existires Sempre que digo: Uhuuu, tenho o Diabo no Corpo, Uhuuu, tenho o Diabo no Corpo. Leva o meu Corpo, Por um momento eterno, Fazes-me a vida um inferno. Escondo um louco no meu Corpo, Um infinito prazer, Por isso: “Qu’est-ce qu’on va faire?”. Só tenho tempo para o meu Corpo, Como uma sombra inquieta, E nessa voz discreta, Até a passarelle devagar Se vai abrir por ti, E toda a música que ouvires Irá ser por existires Sempre que digo: Uhuuu, tenho o Diabo no Corpo, Uhuuu, tenho o Diabo no Corpo. in ABRUNHOSA, Pedro e BANDEMÓNIO. (2002). Momento. Lisboa: Universal Music Portugal, SA. (Pista 04 – 4’18’’).
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ACTIVIDADES A REALIZAR COM O CD ÁUDIO VOZ PISTA 03
TÍTULO CORPO E RESPIRAÇÃO por Amílcar Martins
MIN./ SEG.
AUDIÇÃO
EXPRESSÃO CORPORAL
EXP. VOCAL E LEITURA EM VOZ ALTA
09’09’’
SIM
SIM
SIM
• Siga as indicações da voz (pista 03) no CD áudio VOZ.
ACTIVIDADES A REALIZAR COM O CD ÁUDIO VOZ PISTA
04
TÍTULO DICÇÃO MÁ MÉ MI MÓ... por Amílcar Martins
MIN./ SEG.
AUDIÇÃO
EXPRESSÃO CORPORAL
EXP. VOCAL E LEITURA EM VOZ ALTA
07’28’’
SIM
SIM
SIM
• Siga as indicações da voz (pista 04) no CD Áudio VOZ.
ACTIVIDADES A REALIZAR COM O CD ÁUDIO VOZ PISTA
TÍTULO
05
DICÇÃO... por Amílcar Martins
MIN./ SEG.
AUDIÇÃO
EXPRESSÃO CORPORAL
EXP. VOCAL E LEITURA EM VOZ ALTA
04’31’’
SIM
SIM
SIM
• Siga as indicações da voz (pista 05) no CD Áudio VOZ.
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ACTIVIDADES A REALIZAR COM O CD ÁUDIO VOZ PISTA
TÍTULO
06
PROCISSÃO por João Villaret
MIN./ SEG.
AUDIÇÃO
EXPRESSÃO CORPORAL
EXP. VOCAL E LEITURA EM VOZ ALTA
02’50’’
SIM
SIM
SIM
— Vou-lhes dizer PROCISSÃO, FESTA NA ALDEIA! (Interpretação de João Villaret) Tocam os sinos na torre da igreja Há rosmaninho e alecrim pelo chão Na nossa aldeia que Deus a proteja Vai passar a procissão Mesmo na frente marchando a compasso De fardas novas vem o sol e dó Quando o regente lhe acena com o braço Logo o trombone faz pó pó pó – pó pó pó pó Olha os bombeiros tão bem alinhados Que se houver fogo vai tudo num fole Trazem ao ombro brilhantes machados E os capacetes rebrilham ao sol Tocam os sinos na torre da igreja Há rosmaninho e alecrim pelo chão Na nossa aldeia que Deus a proteja Vai passando a procissão Olha os irmãos da nossa confraria Muito solenes nas opas vermelhas Ninguém supôs que nesta aldeia havia Tantos bigodes e tais sobrancelhas Ai que bonitos que vão os anjinhos Com que cuidado os vestiram em casa Um deles leva a coroa d’espinhos E o mais pequeno perdeu uma asa
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Tocam os sinos na torre da igreja Há rosmaninho e alecrim pelo chão Na nossa aldeia que Deus a proteja Vai passando a procissão Pelas janelas as mães e as filhas As colchas ricas formando troféu E os lindos rostos por trás das mantilhas Parecem de anjos que vieram do céu Com o calor o prior vai aflito E o povo ajoelha ao passar o andor Não há na aldeia nada mais bonito Que estes passeios de Nosso Senhor Tocam os sinos na torre da igreja Há rosmaninho e alecrim pelo chão Na nossa aldeia que Deus a proteja Já passou a procissão
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ACTIVIDADES A REALIZAR COM O CD ÁUDIO VOZ PISTA
TÍTULO
07
A RÃ por Gangan Bambu
MIN./ SEG.
AUDIÇÃO
EXPRESSÃO CORPORAL
EXP. VOCAL E LEITURA EM VOZ ALTA
00’43’’
SIM
—
—
• Procure identificar as especificidades complementares que estão presentes:
do(s)
discurso(s)
i)
o CONTO;
ii)
a interpretação dada pela VOZ DA INTÉRPRETE;
iii)
as opções SONOPLÁSTICAS E MUSICAIS.
! Elabore uma síntese sobre a sua visão pessoal crítica desta PAISAGEM SONORA.
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ACTIVIDADES A REALIZAR COM O CD ÁUDIO VOZ PISTA
TÍTULO
08
LADAÍNHA por Maria Bethânia
MIN./ SEG.
AUDIÇÃO
EXPRESSÃO CORPORAL
EXP. VOCAL E LEITURA EM VOZ ALTA
02’04’’
SIM
—
—
• Procure identificar as especificidades complementares que estão presentes:
do(s)
discurso(s)
i)
a LADAÍNHA;
ii)
a interpretação dada pela VOZ DA INTÉRPRETE;
iii)
as opções SONOPLÁSTICAS E MUSICAIS.
! Elabore uma síntese sobre a sua visão pessoal crítica desta PAISAGEM SONORA.
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ACTIVIDADES A REALIZAR COM O CD ÁUDIO VOZ PISTA
TÍTULO
09
N’GOLA, de Xanana Gusmão (leitura por A. Martins)
MIN./ SEG.
AUDIÇÃO
EXPRESSÃO CORPORAL
EXP. VOCAL E LEITURA EM VOZ ALTA
02’57’’
SIM
—
SIM
TEXTO EM ANEXO • Procure identificar as especificidades do(s) discurso(s) que estão presentes: i)
a INTRODUÇÃO (De Xanana Gusmão...);
ii)
a INTERPRETAÇÃO do poema (Mulher negra, Mulher...).
! Elabore uma síntese sobre a sua visão pessoal crítica desta PAISAGEM SONORA.
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ACTIVIDADES A REALIZAR COM O CD ÁUDIO VOZ PISTA
TÍTULO
10
IRACEMA de José de Alencar (leitura por A. Martins)
MIN./ SEG.
AUDIÇÃO
EXPRESSÃO CORPORAL
EXP. VOCAL E LEITURA EM VOZ ALTA
06’30’’
SIM
—
SIM
TEXTO EM ANEXO • Procure identificar as especificidades do(s) discurso(s) que estão presentes: i)
a INTRODUÇÃO (Texto extraído do romance Iracema, de José de Alencar...);
ii)
a INTERPRETAÇÃO do texto (Além, muito além daquela serra, que ainda azula no horizonte, nasceu Iracema...).
! Elabore uma síntese sobre a sua visão pessoal crítica desta PAISAGEM SONORA.
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Actividade 3
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ACTIVIDADE DE APRECIAÇÃO ESTÉTICA E SONOPLÁSTICA
OBJECTIVO: APRECIAR E COMENTAR A COMUNICAÇÃO ESTÉTICA E PUBLICITÁRIA DA(S) VOZ(ES) E DO(S) CORPO(S) COMO INSTRUMENTO(S) DE INVOCAÇÃO DE PAISAGENS SONOPLÁSTICAS.
MATERIAIS DE APOIO: Veja os sites: http://br.youtube.com/results?search_query=honda+civic+choir &search_type=&aq=-1&oq= http://www.honda.co.uk/civic/ http://br.youtube.com/profile?user=amilcarmartins1&view=videos
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BIBIOGRAFIA AGUILAR, Luís. (2001). Expressão e Educação Dramática (Guia pedagógico para o 1º ciclo do ensino básico). Lisboa: Instituto de Inovação Educacional. Ilust. 134 p. BEHLAU, Mara e PONTES, Paulo. (2001). Higiene Vocal - Cuidando da Voz. Rio de Janeiro: Livraria e Editora Revinter Lda. Ilust. 62 p. CARNEGIE, Dale. (1990). Comment parler en public. Paris: Hachette. 256 p. Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira. (Vários autores). (2000). Atlas da Literatura. Lisboa: Última Página. Ver os seguintes artigos no capítulo «LITERATURAS DA VOZ», p. 68-121: • «Literatura oral», por Paul ZUMTHOR, p. 70-71; • «A expressão vocal – Voz e expressão», por Corrado BOLAGNA, p. 72-74; • «A expressão vocal – Os simbolismos da palavra», por Corrado BOLAGNA, p. 74-77; • «A expressão vocal – A voz e o sagrado», por Charles MALAMOUD, p. 78-79; • «A expressão vocal – Os intérpretes», por Corrado BOLAGNA, p. 80-83; • «A expressão vocal – Literatura oral e teatralidade», por Corrado BOLAGNA, p. 84-85; • «As tradições orais – Oralidade e memória colectiva», por Jacques DOURNES, p. 86-89; • «As tradições orais – A África – Zonas culturais e grandes tradições orais», por Pierre ALEXANDRE, p. 90-94; • «As tradições orais – A África – Formas técnicas», por Pierre ALEXANDRE, p. 94-95; • «As tradições orais – A Índia», por Charles MALAMOUD, p. 9697; • «As tradições orais – O Sudeste Asiático», por Jacques DOURNES e Nicole REVEL, p. 98-103; • «A voz no mundo contemporâneo – O folclore – A invenção de uma palavra», por Jean CUISENIER, p. 104-106; • «A voz no mundo contemporâneo – O folclore – Formas e funcionamento», por Jean CUISENIER, p. 106-107;
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• «A voz no mundo contemporâneo - Literatura oral e criação literária», por Jean CUISENIER, p. 108-109; • «A voz no mundo contemporâneo - Declamações e leituras públicas», por Jacques VASSAL, p. 110-111; • «A voz no mundo contemporâneo - A literatura na era dos meios de informação», por Jacques VASSAL, p. 112-113; • «A voz no mundo contemporâneo - A poesia sonora», por Henri CHOPIN, p. 114-115; • «O teatro: uma arte da representação – A teatralidade», por Robert ABIRACHED, p. 116-117; • «O teatro: uma arte da representação – A tradição europeia», por Robert ABIRACHED, p. 118-119; • «O teatro: uma arte da representação – A tradição oriental», por Robert ABIRACHED, p. 120-121. JACOBI, Henry. N. (1982). Building Your Best Voice. (A Leading Voice Teacher Shows You How To Develop Your Speaking Or Singing Voice To Its Fullest Potencial). New Jersey: Prentice-Hall, Inc. 272 p. JEAN, Georges. (2000). A Leitura em Voz Alta. Lisboa: Instituto Piaget. 204 p. MAGALHÃES VIEIRA, Margarida. (1996). Voz e Relação Educativa. Porto: Edições Afrontamento. 202 p. MARTINS, Amílcar (Coordenação). (2002). Didáctica das Expressões. Lisboa: Universidade Aberta. Ilust. 276 p. ORMEZZANO, Yves. (2000). Le guide de la voix. Paris: Éditions Odile Jacob. Ilust. 432 p. www.odilejacob.fr PINHO, Sílvia M. Rebelo. (2002). Manual de Higiene Vocal para Profissionais da Voz. Carapicuica, São Paulo: Pró-Fono Departamento Editorial. Ilust. 34 p. www.profono.com.br POLITO, Reinaldo. (2000). Gestos e postura para falar melhor. 22ª edição. S. Paulo: Saraiva. Ilust. 200 p. www.polito.com.br POLITO, Reinaldo. (2001). Como se tornar bom orador e se relacionar bem com a imprensa. 7ª edição. S. Paulo: Saraiva. Ilust. 160 p. www.polito.com.br
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POLITO, Reinaldo. (2001). A influência da emoção do orador no processo de conquista dos ouvintes. 2ª edição. S. Paulo: Saraiva. Ilust. 160 p. www.polito.com.br POLITO, Reinaldo. (2001). Um jeito bom de falar bem – Como vencer na comunicação. 2ª edição. S. Paulo: Saraiva. Ilust. 216 p. www.polito.com.br
PRÉFONTAINE, Clémence, LEBRUN, Monique e NACHBAUER, Martine. (1998). Pour une expression orale de qualité. Montréal: Les Éditions Logiques. 256 p. QUINTEIRO, Eudosia Acuña. (1989). Estética da Voz – Uma Voz para o Actor. São Paulo: Summus Editorial. Ilust. 120 p. www.summus.com.br
VERMETTE, J. e CLOUTIER, R. (Ed.). 1992). La parole en public: savoir être et savoir faire. Sainte-Foy, Québec: Les Presses de l'Université Laval. 208 p. CDrom áudio: MARTINS, Amílcar e FIRMINO, Joaquim. (2004). Voz. Lisboa: Universidade Aberta. 54’ 16’’. Vídeo: QUINTEIRO, Eudosia Acuña. (1989). Estética da Voz – Para o Teatro e para a Vida. São Paulo: Pró-Fono. Departamento de Educação. www.profono.com.br
Internet: http://br.youtube.com/results?search_query=honda+civic+choir &search_type=&aq=-1&oq= http://www.honda.co.uk/civic/ http://br.youtube.com/profile?user=amilcarmartins1&view=videos
Formar as Vozes que Contam
Amílcar Martins
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Formar as Vozes que Contam
Ficha de auto-aprendizagem ASSINALE COM UM
COMPETÊNCIAS A ADQUIRIR
ACTIVIDADES
CONSCIENCIALIZAR -SE SOBRE OS INSTRUMENTOS VITAIS DE PROTECÇÃO E UTILIZAÇÃO DO APARELHO FONADOR E
1
DA VOZ, BEM COMO DA CAPACIDADE DE ADEQUAÇÃO DA PERFORMANCE ORAL AOS DIVERSOS CONTEXTOS DE CO-
2
MUNICAÇÃO.
3
Actividade informativa e de estudo sobre os aparelhos vocal e auditivo.
OBJECTIVOS DE APRENDIZAGEM
! O SEU GRAU DE IMPLICAÇÃO PESSOAL
Identificar e conhecer algumas das características básicas dos aparelhos vocal e auditivo.
! Actividade de audição, de expressão corporal e de expressão vocal.
“Ouver”, explorar e analisar o CD áudio VOZ
! Actividade de apreciação estética e sonoplástica.
Apreciar e comentar a comunicação estética centrada na voz, no aparelho fonador e no corpo como instrumento de percussão.
Legenda: GRAU DE IMPLICAÇÃO PESSOAL Fortemente implicado(a) Moderadamente implicado(a)
!
Fracamente implicado(a) Ausente
!