Fundamentos Da Igreja E Presbiterianismo

  • June 2020
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O Fundamento da Igreja A sua origem Basta ler o Novo Testamento para perceber claramente a origem da Igreja. Ela estava no coração de Jesus. Quando Jesus perguntou aos discípulos – “Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?”, Mt 16:13, as respostas foram as mais variadas, mas quando perguntou diretamente a eles, Pedro respondeu: “Tu és Cristo, o Filho do Deus vivo”, Mt 16:16. E no verso 18, Jesus manifestou que tinha alguma coisa nova para revelar – a Fundação da Igreja. E de fato, no dia de Pentecostes, inaugurou a Igreja, derramando do seu Espírito e tornando-a poderosa para a sua missão evangelizadora: “Portando ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado...”, Mt 28:19-20. E criou-a para distribuir com os pecadores o tesouro da salvação. Incumbiu os apóstolos dessa tarefa, conforme o que acima ficou dito. A base da Igreja A Igreja Católica Apostólica Romana ensina que Pedro é o fundador da Igreja, mas, por mais que se indague, não há comprovação Bíblica. Se a Igreja tivesse como fundamento qualquer ser humano, estaria fadada ao fracasso. Em resposta a afirmação de Pedro – “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” – é que Jesus revelou do coração do Pai, a existência da Igreja. Jesus disse – “A MINHA IGREJA” E Paulo referendou – “A IGREJA DE DEUS”, Mt 16:18 e At 20:28. Os componentes da Igreja A palavra IGREJA é traduzida por reunião, assembléia, o que indica ajuntamento para o culto – “Porque onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles”, “Que fareis pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem...”, Mt 18:20 e I Co 14:26. Então a Igreja é composta de pessoas regeneradas que, unindo-se a Cristo pela fé, e aos irmãos, lutam pelo crescimento de sua vida moral e espiritual. Os cristãos,

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membros da Igreja, são chamados de irmãos (Gl 4:12); crentes (I Tm 5:16); santos (Fp 4:21); eleitos (Cl 3:12); discípulos (Jo 6:66); cristãos (At 11:26); e os do caminho (Mt 22:16 e At 9:2). A Igreja é ilustrada como o CORPO VIVO DE CRISTO (I Co 12:13, 27); TEMPLO DE DEUS (I Co 3:16, 17) e NOIVA DE CRISTO (Ap. 19:7 e 22:17). O serviço da Igreja 1. A Igreja está comissionada para explicar o plano da salvação e trazer almas a Jesus (Mt 28:19-20 e MC 16:15; 2. Está incumbida de proclamar os sinais (Mc 16:17 a 20); e a promessa da presença permanente de Jesus (Mt 28:20); 3. É de seu dever convocar o mundo para cultuar a Deus, com adoração, oração e testemunho (Is. 56:7 e At 2:46, 47); 4. Ela tem o dever de ensinar os homens como viver bem e a maneira de se preparar para a vida futura; 5. Proclamar que um dia Jesus virá buscar os salvos (I Ts. 4:13-18). As ordenanças da Igreja São duas as ordenanças instituídas por Jesus: o Batismo e a Ceia do Senhor. Essas ordenanças representam Cristo e os seus benefícios e, também, estabelecem a diferença entre os que pertencem à Igreja e o resto do mundo. O Batismo nas águas é o rito de iniciação da igreja cristã, simbolizando o começo da vida espiritual. Não existe outro meio de ingressar na Igreja de Jesus a não ser pelo Batismo (Mt 28:19; Mc 16:16; At 2:38; 8:12, 38). A Ceia do Senhor, instituída na véspera de sua morte expiatória, consiste na distribuição do pão e do vinho. O pão é a comemoração de modo especial da morte de Cristo que nos libertou do pecado, entregando o seu corpo (Lc 22:19) e o vinho é a representação de seu sangue derramado na cruz por nós (Lc 22:20): “Isto é o meu corpo, que por vós é dado; ...” e “Este cálice é o Novo Testamento no meu sangue, que é derramado por vós”. Igreja terrena e divina A Igreja é uma Instituição Divina, diferente de qualquer instituição humana. Ela é temporal porque realiza a sua obra na terra e é perpétua porque um dia será levada para o céu. Portanto, é indestrutível. Jesus mesmo, disse que “...as portas do inferno não prevalecerão contra ela”, Mt 16:18. Embora se manifeste como local, contudo, engloba todos os crentes do presente, passado e do futuro, pois são os salvos da Igreja visível e invisível,

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militante e triunfante. Ela está no mundo, mas não é do mundo; não obstante, ela pode ser vista com uma estrutura, como no caso da Igreja Presbiteriana Renovada, como segue: Governo A Igreja Presbiteriana Renovada do Brasil, adota, como Instituição Eclesiástica, o mesmo sistema adotado pelas Igrejas Presbiterianas, isto é, o Sistema representativo de Governo. O que na realidade é um meio termo entre a forma de governo episcopal, onde o governo é exercido pelo bispo, ou pelo Papa, como nas Igrejas Católica Romana, Anglicana, Luterana e Metodista; e a forma de governo congregacional, onde as decisões são tomadas em assembléias ou sessões, com a participação de todos os membros, como nas Igrejas Batistas, Congregacionais e a maioria das Pentecostais, inclusive Assembléia de Deus. No sistema episcopal uma só pessoa decide por todos, e no sistema congregacional, as decisões são tomadas por todos. O sistema de Governo Presbiteriano ou Representativo entende que os outros são defeituosos pelas seguintes razões: no governo episcopal uma só pessoa decide, tendo uma compreenção limitada, portanto, os erros são mais freqüentes; no governo congregacional, pela razão de que nem todos estão preparados para tomar decisões, portanto, os erros também são freqüentes. No sistema presbiteriano, os membros da igreja local, reunidos em assembléia, elegem os seus representantes, de acordo com as exigências Bíblicas e as habilidades naturais observadas por todos; que, no entendimento geral, são os mais qualificados. E estes então, após consagração e posse, cuidarão do governo da Igreja. Estes são chamados de Presbíteros. O governo da Igreja local Os membros da Igreja elegem os Oficiais da Igreja – Presbíteros e Diáconos para um mandato de dois (2) anos. Os Presbíteros, que são os Oficiais Maiores, juntamente com o Pastor, forma o conselho da Igreja, que cuida do governo, da administração e da disciplina local. Os Diáconos formam a Junta Diaconal, que cuida da ordem da igreja e seus arredores, bem como da beneficência e ação social. A Junta Diaconal funciona sob orientação do Conselho da Igreja Local. Expirado o prazo do mandato, se o Oficial, maior ou não, não for reeleito, ficará em disponibilidade. Alguns atos do Conselho, em sua administração temporal, dependem da aprovação dos membros da igreja, reunidos em assembléia, para tal fim. Por exemplo, aquisição ou alienação de imóveis de propriedade da igreja só poderá

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ser feita mediante aprovação da assembléia. Além desses existem os líderes da Igreja – Departamentos, Sociedades Internas e outros, que são eleitos pelos membros de cada segmento, no caso das Sociedades Internas. Os Diretores de Departamentos, são designados pelo Conselho, sempre em um número de dois (2) para cada Departamento, e exercem o governo daquele subordinados aos conselhos e Oficiais. O governo regional ou presbiterial As igrejas de uma determinada região são supervisionadas pelo Presbitério, que é constituído pelos Pastores, Obreiros Licenciados, Obreiros Provisionados e pelos Presbíteros representantes das igrejas daquela região; incluindo os Evangelistas que tem assento no Presbitério para discussões das matérias, entretanto sem direito a voto. Os pastores são membros do Presbitério. Os Presbíteros são nomeados pelos Conselhos, para representa-los, bem como as igrejas, em cada reunião. O governo nacional O Governo da Igreja Presbiteriana Renovada, a nível nacional, é exercido pela Assembléia Geral, e nos intervalos de suas reuniões ordinárias, que são de três em três anos, é administrada pela Diretoria Executiva Nacional e pela Diretoria Administrativa. A Diretoria Executiva Nacional é composta de Presidente, Vice-Presidente, Secretário Executivo, Primeiro Secretário, Segundo Secretário, Primeiro Tesoureiro e Segundo Tesoureiro, eleitos a cada três anos, no início da reunião ordinária. A Diretoria Administrativa é composta pela Diretoria Executiva Nacional, pelos Presidentes Presbiteriais e pelos Presidente das Instituições Internas da Igreja, tais como Missão Priscila e Áquila-MISPA, associação Evangélica Educacional Beneficente – AEEB, Gráfica ALELUIA, etc. Tendo a responsabilidade de assuntos doutrinários e de competência no âmbito nacional. Sistema doutrinário A Igreja Presbiteriana Renovada do Brasil adota como exposição das doutrinas Bíblicas, a Confissão de Fé de Westminster, do batismo com o Espírito Santo e a atuação dos dons espirituais para os nossos dias, e daqueles constantes no Manual de Normas da IPRB. Tendo como única regra de fé e

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prática a Bíblia Sagrada. A Confissão de Fé e os Catecismos são conhecidos, historicamente, como Símbolos de Westminster. Eles foram preparados por uma assembléia de clérigos anglicanos, congregacionais, independentes, batistas e presbiterianos. Essa assembléia foi convocada pelo Parlamento Inglês para elaborar os princípios de governo, doutrina e culto que deveriam reger as atividades religiosas na Inglaterra, Escócia e Irlanda. A assembléia foi instalada no dia 01 de julho de 1643, com a presença de 151 membros. Realizou 1.163 sessões, sem contar as reuniões de comissões e subcomissões. A participação média variava entre 60 e 80 membros. A maior presença consta de 96 membros. O local da reunião foi a Abadia de Westminster e, por isso, ficou conhecida como Assembléia de Westminster. A confissão de fé e os Catecismos foram aprovados pelo Parlamento Inglês em 1648. A Igreja Presbiteriana da Escócia, a da Inglaterra e a dos Estados Unidos da América adotaram a Confissão de Fé e os Catecismos como padrão doutrinário. Por ter sido estabelecida pela Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos da América, a Igreja Presbiteriana do Brasil também fez o mesmo.

Camargo, Abel A. – Manual de Lições Bíblicas p/ Preparação de Batismo – ALELUIA, 1.988.

A Igreja Presbiteriana A reforma protestante A partir do ano de 1300, o mundo ocidental experimentou um sentimento crescente de nacionalismo. Os povos não queriam sujeitar-se a Roma. Aspiravam ver surgir uma igreja nacional. Esse clima favoreceu o surgimento dos Precursores da Reforma. Eram homens cultos, de vida exemplar, que tinham prazer na leitura e na exposição da Bíblia Sagrada. São chamados precursores porque antecederam aos reformadores e, principalmente, porque não conseguiram superar o legalismo religioso – não descobriram a graça salvadora. Queriam fazer alguma coisa para alcançar a salvação, quando a Bíblia afirma: “Pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie”, Ef 2:8,9. Os principais precursores da Reforma foram: João Wyclif (1328?-1384), Professor na Universidade de Oxford, na Inglaterra; João Huss (1373?-1415), Professor da Universidade de Praga, (hoje República Techa), que foi queimado

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por causa da sua fé; e Girolando Savonarola (1452-1498), monge dominicano, que foi enforcado e queimado por ordem do Papa Alexandre VI, em Florença, na Itália. Além dos movimentos liderados pelos precursores da Reforma, ocorreram outras tentativas de reformar a igreja, mas sem êxito. No século XVI a situação era bastante propícia a uma refoma da igreja. A Europa estava no limiar de uma nova era política e social. Gutemberg revolucionara o processo de impressão de livro; Colombo descobrira a América... E o descontentamento com a igreja persistia. Tudo isso preparava o terreno para a reforma. E Lutero foi o homem que Deus levantou para desencadear o movimento que resultou na Reforma Religiosa do Século XVI. Martinho Lutero nasceu no dia 10 de novembro de 1483. Sua família era pobre e ele lutou com muita dificuldade para estudar. Preparava-se para ingressar no curso de Direito, quando resolveu tornar-se monge. Entrou para o mosteiro agostiniano de Erfurt, em 1505, antes de completar 22 anos de idade. Dois anos depois foi ordenado sacerdote. No ano seguinte foi para Wittenberg preparar-se para ser professor na recém criada universidade daquela cidade. Foi lá que Lutero dedicou-se ao estudo das Escrituras. E ao estudar a Epístola aos Romanos descobriu que “o justo viverá por fé”, Rm 1:17. Ele já havia feito tudo que a igreja indicava para alcançar a paz com Deus. Mas sua situação interior só piorava. Ao descobrir a graça redentora, entregou-se a Jesus Cristo, pela fé, e encontrou a paz e a segurança da salvação. No dia 31 de outubro de 1517, Martinho Lutero afixou, na porta da capela da Wittenberg, as suas 95 teses. Era o início da Reforma Protestante. Lutero tentou reformar a igreja, mas Roma não quis se reformar. Antes o perseguiu violentamente. Em 1521 ele foi excomungado. Neste mesmo ano teve que se esconder durante 10 meses no castelo de Wartburgo, perto de Eisenach, para não ser morto. Depois voltou para Wittenberg, de onde comandou a expansão do movimento de reforma. O Presbiterianismo Paralelo à Reforma de Lutero, surgiu na Suíça um reformador chamado Úlrico Zwínglio. Era mais novo do que Lutero apenas 50 dias, mas tinha formação e idéias diferentes do reformador alemão. Contudo, não pode ir muito longe em seu movimento de reforma, pois morreu prematuramente no campo de batalha, no dia 11 de outubro de 1531. Mesmo assim é considerado o “pai do protestantismo reformado” (Presbiterianismo). Mas o homem responsável pela sistematização doutrinária e pela expansão

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do protestantismo reformado foi João Calvino. Ele nasceu em Noyon, província da Picardia, na França, no dia 10 de julho de 1509. Seu pai era advogado e se chamava Gerar Calvino. Sua mãe, Jeanne lê Franc Calvino, morreu quando ele tinha apenas 3 anos de idade. Aos 14 anos, Calvino entrou para a Universidade de Paris. Com 20 anos formou-se em Direito na Universidade de Orléans. Não se sabe com precisão o ano em que o jovem Calvino converteu-se a Jesus Cristo. Alguns historiadores julgam que foi em 1533. Neste ano um amigo de Calvino, chama Nicolas Cop, tomou posse como Reitor da Universidade de Paris. E o seu discurso de posse falava em reforma, numa linguagem que refletia idéias luteranas. E o comentário geral era que o discurso tinha sido escrito por Calvino. O rei Francisco I resolveu agir contra os “luteranos”. Calvino e Nicolas Cop foram obrigados a fugir de Paris. Em julho de 1536, Calvino passava por Genebra. A cidade havia se declarado oficialmente protestante no dia 21 de maio daquele ano. E Guilherme Farel liderava o movimento protestante na cidade. Sabendo da presença de Calvino, Farel foi ao seu encontro e o persuadiu a ficar na cidade para ajuda-lo. E Calvino fez de Genebra uma cidade modelo. Mas Calvino foi, acima de tudo, um grande teólogo. Escreveu dezenas de livros. Sua principal obra é a INSTITUIÇÃO DA RELIGIÃO CRISTÃ, conhecida como Institutas, concluída em 1559. O sistema doutrinário elaborado por Calvino é essencialmente Bíblico, e se tornou conhecido como Calvinismo. Os seguidores do movimento iniciado por Zwínglio e estruturado por Calvino se espalharam imediatamente por toda a Europa. Na França eles eram chamados de Huguenotes; na Inglaterra, Puritanos; na Suíça e Países Baixos (Holanda), Reformados; na Escócia, Presbiterianos. O Protestantismo Reformado foi levado para Escócia por George Wishart, que estudara na Suiça e foi morto na fogueira da inquisição em 1546. As primeiras igrejas reformadas surgiram no final da decada seguinte. Estas foram as primeiras Igrejas Presbiterianas. Os eventos se precipitaram com o retorno do líder John Knox ( 1514 à 1572 ), que passou alguns anos em Genebra estudando aos pés de Calvino, e retornou ao seu país em 1559. No ano seguinte o parlamento aboliu o catolicismo e adotou a fé reformada ( Confissão Escocesa ).Em dezembro de 1560 reuniu-se a primeira Assembléia Geral da Igreja Presbiteriana Escocesa que elaborou o Livro de Disciplina. A Inglaterra passou a dominar a Escócia e a rainha Elizabete I ( 1558 à 1603 ) não apreciava os aspectos populares do sistema presbiteriano de governo, preferindo uma estrutura episcopal que deixava o controle ultimo da igreja nas mãos das autoridades civis. O rei Carlos I ( 1625 à 1649 ) queria impor o anglicanismo aos puritanos ingleses e aos presbiterianos escoceses.

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Porém estes ultimos se rebelaram e enfrentaram com êxito os exercitos reais. Precisando de mais tropas, Carlos se viu forçado a promover a eleição de um Parlamento. Para frustração do rei, os ingleses elegeram um parlamento puritano, que foi prontamente dissolvido. Feita nova eleição, a maioria puritana tornou-se ainda mais expressiva. Diante da recusa do Parlamento em ser novamente dissolvido, e o resultado foi uma guerra civil. A consequência desta foi a execução do rei. Esse Parlamento convocou a ”Assembléia de Westminster”( 1643 à 1649 ), composta de 121 dos mais capazes pastores da Inglaterra, 20 membros da Casa dos Comuns e 10 membros da Casa dos Lordes, que produziu os padrões presbiterianos de culto, governo e doutrina ( Confissão de Fé e Catecismos ). Tão logo a Assembléia iniciou os seus trabalhos, as forças parlamentares começaram a sofrer reveses na guerra. O Parlamento buscou o auxílio da Escócia, que concordou em ajudar sob uma condição: que todos os membros da Assembléia de Westminster e do Parlamento assinassem um pacto solene comprometendo-se a manter e defender a Igreja Presbiteriana da Escócia e a reforma da igreja na Inglaterra e na Irlanda em sua doutrina, governo, culto e disciplina, de acordo com a Palavra de Deus.Isso foi aceito. Os presbiterianos escoceses também puderam enviar representantes à Assembléia de Westminster; 4 pastores e 2 presbíteros, mas sem poder de voto. Eles exerceram uma influência desproporcional ao seu número. Logo que chegaram e foi assinado o pacto solene ( 1643 ), houve uma mudança radical no trabalho da Assembléia. Até então a idéia era de revisar os Trinta e Nove Artigos da Igreja Anglicana. Agora passou-se a fazer uma reforma completa da igreja. Os documentos da Assembléia de Westminster caracterizaram-se não somente pela erudição teológica, mas por uma profunda espiritualidade. Gastava-se muito tempo em oração e tudo era feito em um espírito de reverência. Cada documento produzido era encaminhado ao Parlamento para aprovação, o que só acontecia após muita discução e estudo. Desta forma tais documentos receberam a aprovação de teólogos de renome e pelos representantes do povo que compunham o Parlamento da Inglaterra. As igrejas escocesa ( Presbiterianas ), inglesa ( Puritana ) e irlandesa, adotaram os padrões de Westminster, com fundamento na teologia de Calvino, e até hoje estes permanecem a base da maioria das igrejas protestantes. A partir de 1715, muitos escoceses presbiterianos que habitavam no norte da Irlanda, começaram a sofrer restrições religiosas impostas pelo governo inglês, além de calamidades naturais como a seca. Com isto, começaram a imigrar para os Estados Unidos. Até 1775, pelo menos 250 mil destes cruzaram o Atlântico. Eles se erradicaram principalmente em Nova Jersey, Pensilvânia, Maryland, Virgínia e nas Carolinas. No oeste da Pensilvânia eles

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fundaram Pittsburgh, a cidade mais presbiteriana dos Estados Unidos. O Rev. Ashbel G. Simonton era descendente destes escoceses-irlandeses da Pensilvânia. O Presbiterianismo no Brasil No dia 12 de agosto de 1859, chegou ao nosso país o primeiro missionário presbiteriano: Ashbel Green Simonton. Tinha apenas 26 anos de idade. Era formado pelo Seminário de Princeton e ordenado Pastor pelo Presbitério de Carlisle. Embora tivesse estudado Português em Nova Iorque, Simonton não tinha domínio de nossa língua suficiente para pregar aos brasileiros. Por isso, enquanto aprendia melhor o português, ele se dedicava ao trabalho de evangelização dos estrangeiros que ali residiam ou que por ali passavam. No dia 22 de abril de 1860, Simonton dirigiu o primeiro trabalho em português. Era uma Escola Dominical. A assistência total somava cinco pessoas: três crianças e duas moças. Dois anos depois, Simonton recebeu os dois primeiros membros: um norte americano e um português. O primeiro brasileiro a se tornar membro da Igreja Presbiteriana se Chamava Serafim Pinto Ribeiro. Ele foi recebido por profissão de fé e batismo, no dia 22 de junho de 1862. O segundo missionário presbiteriano a chegar ao Brasil foi Alexander Blackford, que era casado com uma irmã de Simonton. Ele e a esposa chegaram ao Rio de Janeiro no dia 25 de julho de 1860. O terceiro missionário era um alemão, naturalizado norte-americano, chamado Francis Schneider. Ele chegou no dia 7 de dezembro de 1861. A missão estabeleceu sua sede no Rio de Janeiro, mas os missionários viajavam pelo Brasil todo, procurando conhecer o país e, ao mesmo tempo, divulgar o evangelho. A primeira Igreja Presbiteriana organizada no Brasil foi no Rio de Janeiro em 12 de janeiro de 1862; a segunda foi no Estado de São Paulo, a 5 de março de 1865. As subsequentes foram: Igreja Presbiteriana de Brotas, no interior paulista, fundada no dia 13 de novembro de 1865; a Igreja Presbiteriana de Lorena, estado de São Paulo, fundada no dia 17 de maio de 1868; e a Igreja Presbiteriana de Borda da Mara, interior de Minas Gerais, fundada em 23 de maio de 1869. O primeiro pastor ordenado foi o ex-padre José Manoel da Conceição, pelo Presbitério do Rio de Janeiro. E o primeiro Seminário Presbiteriano a funcionar em solo brasileiro, iniciou suas atividades em 14 de janeiro de 1867, no Estado do Rio de Janeiro; fundado com o objetivo de preparar e treinar nacionais, isto é, pastores brasileiros. O Reverendo Ashbel Green Simonton, faleceu em solo brasileiro, no estado

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de São Paulo, no dia 8 de dezembro de 1867. A Igreja Presbiteriana do Brasil O Primeiro Presbitério a se organizar foi o do Rio de Janeiro, em 1865. O segundo a se organizar foi o Presbitério de São Paulo, em 13 de janeiro de 1872. Em setembro de 1888 foi organizado o primeiro Sínodo da Igreja Presbiteriana do Brasil, que assim tornou-se autônoma, desligando-se assim das igrejas-mães norte-americanas. O Sínodo compunha-se de três presbitérios ( Rio de Janeiro, Campinas-Oeste de Minas e Pernambuco ), tinha vinte e três missionários, doze pastores nacionais e cerca de sessenta igrejas. O Sínodo criou o Seminário Presbiteriano, elegeu seus dois primeiros professores e dividiu o presbitério Campinas-Oeste de Minas em dois; São Paulo e Minas. Nesse periodo a denominação expandiu grandemente, com muitos novos missionários, pastores brasileiros e igrejas locais. O seminário começou a funcionar em Nova Friburgo-RJ, no ano de 1892 e no início de 1895 transferiuse para São Paulo tendo à frente o Rev. John Rockwell Smith. O Instituto Presbiteriano Mackenzie foi criado em 1891, sendo seu primeiro diretor o Dr. Horace Manley Lane. Igreja Presbiteriana Independente Infelizmente o progresso deste periodo foi ofuscado em parte pela grave crise que se abateu sobre a vida da igreja. Surgiu uma diferença sobre prioridades em relação ao Instituto Mackenzie em detrimento do evangelismo e estruturação do seminário. Paralelamente surgiram outras divergências doutrinárias entre pastores e os líderes do Mackenzie, até que em 31 de julho de 1903, na reunião do Sínodo, o Rev. Eduardo Carlos Pereira e seus colegas desligaram-se deste e formaram a Igreja Presbiteriana Independente. No início de agosto de 1903, os independentes organizaram o seu presbitério, com quinze presbíteros e sete pastores. Seguiu-se um triste periodo de divisões de comunidades, luta pela posse de propriedades e litígios judiciais. O periodo mais conflitivo estendeu-se até 1906. Nesta época a Igreja Presbiteriana do Brasil contava com 77 igrejas e cerca de 6.500 membros; e os independentes tinham 56 igrejas e cerca de 4.200 membros. Nas decadas posteriores, a IPB e a IPI cresceram muito, até que em 1957 a IPB contava com 6 sínodos, 41 Presbitérios, 489 igrejas, 883 congregações, 389 ministros, 127 candidatos ao ministério, 89.741 membros comungantes e 71.650 congregados; e a IPI contava com 3 sínodos, 10 presbitérios, 189

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igrejas, 105 pastores e cerca de 30.000 membros comungantes. O centenário no Brasil A campanha do centenário da Igreja Preasbiteriana em solo brasileiro foi lançada em 1946 tendo como objetivos; avivamento espiritual, expansão numérica, consolidação das instituições da igreja, afirmação da fé reformada e homenagem aos pioneiros. A Comissão Unida do Centenário composta pela IPB, IPI e Igreja Reformada Húngara, planejou uma grande campanha evangelística e estendeu-se por todo o país em 1952. A 18ªAssembléia da Aliança Presbiteriana Mundial, reuniu-se em São Paulo entre os dias 27 de julho e 06 de agosto de 1959. O lema do centenário foi;”Um ano de gratidão por um século de bençãos”. Avivamento espiritual na IPB Por volta de 1962, Deus começou a despertar pessoas dentro da IPB, no Brasil Central, notadamente em Goiânia, levando-as a buscar o batismo com o Espírito Santo e os dons espirituais. Nesse período surgiram lutas e o grupo dissidente organizou a Igreja Bom Pastor. Nessa igreja surge a ”Equipe Jovens Livres”, ocorrendo a realização de vários encontros de avivamento. Muitos tomaram conhecimento da obra e estes dois fatos ( a Equipe e os Encontros ), foram a fonte para expansão do avivamento na região. O Distrito Federal foi alcançado em 1970. Muitos se desligaram da IPB e formaram a Igreja Cristã Presbiteriana. O movimento cresceu. Em 1974, o presbitério Brasil Central arrolava 15 igrejas, 8 pastores e 8 evangelistas. Seus líderes eram os pastores Paulo de Oliveira Brasil, Drumond de Oliveira Caixeta, Nagep Morais Amim, Abel Pereira Cortes e Sebastião Rodrigues dos Santos. A IPB de Cianorte foi fundada em 1955. O então pastor desta igreja, Jonathan Ferreira dos Santos, após participar de um Encontro de Avivamento Espiritual em Belo Horizonte, em 1963, juntamente com alguns presbíteros, tornou-se aberto às práticas pentecostais. Sua igreja começou a prosperar e havia ardente desejo de vida espiritual mais profunda. Desde 1966, Cianorte era conhecida pelos grandes encontros de avivamento que promovia e que chamaram muito a atenção dos crentes que desejavam uma vida cristã mais abundante. Logo o movimento passou a preocupar a direção da IPB, que tomou medidas para evitar que o avivamento proliferasse. O Pr. Jonathan foi

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transferido. O sínodo dissolveu vários presbitérios, inclusive o de Cianorte. Mais tarde Cianorte ganhou novamente a projeção e isto gerou novos conflitos. O Pr. Jonathan, vendo que não havia condições de trabalho, deixou a IPB. Outros fizeram o mesmo. E, dessa forma, o grupo dissidente se estruturou e surgiu o presbitério de Cianorte da Igreja Cristã Presbiteriana, em agosto de 1968. Em 1974, o presbitério de Cianorte arrolava 16 pastores, 14 missionários de tempo integral, 28 igrejas, 40 congregações e cerca de 4.000 membros. Possuia também um Instituto Bíblico. Entre seus líderes estavam o Pr. Celsino Marques de Azevedo, Pr.Jonathan Ferreira dos Santos, Pr. Dário José Caetano, Pb. João Ceolin, Pb. João Alves Veloso e Pb. Francisco Lamônica Crespo.

Avivamento espiritual na IPI No final da decada de 60, pastores e membros da IPI, assim como na IPB, começaram a buscar avivamento para suas igrejas. Os primeiros grandes despertamentos ocorreram nas igrejas do estado de São Paulo, Paraná, Minas e Pernambuco. O Norte do Paraná começou a ser alcançado por este derramar do Espírito quando se realizou um Encontro de Avivamento, em Maringá, numa tenda armada ao lado da 1ª IPI e principalmente na reunião do Sínodo Meridional, realizada em Londrina-PR, em 1968, quando muitos pastores tiveram uma experiência carismática, inclusive o pastor Ner de Moura e o pastor Palmiro Francisco de Andrade, este mais tarde um dos líderes da IPRB. Em 1969, o Supremo Concílio abre a IPI para o avivamento, orientando e pedindo moderação. O movimento toma impulso. Desta data até o próximo Concílio, que se realizaria em 1972, configurou-se um nítido quadro; de um lado crentes abertos à renovação, alguns já cheios do Espírito Santo, pregando cura divina, os dons espirituais para os dias atuais, a santificação das vidas, irmãos e irmãs com dons de profecia, cultos movimentados, mocidade formando conjuntos e cantando com liberdade, havendo como resultado muitas conversões, alegria, mudança de vida e crescimento espiritual. Do outro lado, a resistência a essa situação inovadora no meio presbiteriano, a que chamavam de ”fanatismo”, ”pentecostalismo”,etc. Pela imprensa oficial da igreja, o grupo pentecostal vinha sendo hostilizado sem oportunidade de defesa. Finalmente chega a época do Supremo Concílio; janeiro de 1972. Havia esperança de que uma posição conciliadora fosse alcançada. Mas, reunido em Brasilia, contrariamente às expectativas, um documento foi aprovado extirpando da igreja o avivamento. Os pastores avivados presentes sentiram

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que um debate seria inútil àquela altura. O Concílio proibiu a continuidade do movimento de renovação em seus limites. Estava aberta a porta de exclusão dos grupos avivados, que seria executada pelos presbitérios. Um ”tempo difícil”para os avivados seguiu-se ao Concílio de 1972, na definição do Pr. Abel Amaral de Camargo. ”Os que não entenderam, não aceitaram ou não entraram nesta entusiástica arrancada de fé, posicionaramse contrariamente a ela. Movimentaram-se as lideranças. Ativaram-se os presbitérios. E muitos foram punidos, excluidos ou renunciaram a jurisdição”. Sem voz, e tendo seus processos arquivados, um a um, os grupos avivados, diáconos, presbíteros e pastores foram submetidos a julgamento pelos presbitérios. Eram pessoas religiosas e companheiros de valor. Por solidariedade à estes, realizou-se em Arapongas-PR, a reunião de 21 de abril de 1972, que encaminhou documento ao presidente da IPI, tentando sensibiliza-lo quanto à situação de constrangimento a que estavam sendo submetidos pastores e presbíteros, ao mesmo tempo reafirmando a posição dos avivados de não acatar as decisões do Supremo Concílio que limitavam a liberdade na igreja. Mas a reunião não surtiu os efeitos esperados, antes provocou novos processos e exclusões. Nasce a Igreja Presbiteriana Independente Renovada O povo foi se colocando solidariamente ao lado de seus presbíteros e pastores, muitos deles abatidos e entristecidos com o desfecho que esse processo provocou, pois buscavam o avivamento sem pensar em criar uma denominação. Mas, de repente, viram-se sem direitos, sem rebanho. Após 78 dias, contando-se a partir da ”Reunião de Arapongas”, numa convenção realizada em Assis-SP, em 1972, com a presença de 11 ministros e 40 presbíteros, foi organizada a IPIR ( Igreja Presbiteriana Independente Renovada ). O Pr. Palmiro Francisco de Andrade foi eleito o presidente; o Aleluia declarado seu órgão oficial; o hino ”Obra Santa”também oficial e a sede fixada em Arapongas-PR. Outros pastores e grupos avivados se filiariam mais tarde e a obra foi crescendo. A união; nasce a Igreja Presbiteriana Renovada do Brasil O Pr. Jonathan acompanhava atentamente a evolução dos acontecimentos na IPI e orientou os que foram sendo desligados dessa igreja a que não formassem uma nova denominação mas que se unissem à ICP. Isto entretanto,não aconteceu, e a IPIR foi organizada em julho de 1972. Mas as duas igrejas continuaram a manter estreitos laços à nível de liderança,

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procurando com interesse uma união futura, pois tinham muita coisa em comum. Depois de vários encontros, à nível de diretoria, em 1974, na cidade de Assis-SP, houve uma importante reunião entre a liderança da IPIR e ICP para discutir a viabilidade da união. Doze pontos favoraveis foram listados, destacando-se, entre eles, a identidade de convicções doutrinárias. Acertadas as ultimas providências e decidiu-se a favor da união. No mesmo ano, julho de 1974, em Arapongas-PR, numa calorosa alocução, o Pr. Abel Amaral de Camargo, presidente da IPRI, após nova reunião com os dois grupos, comunicou oficialmente a cerca de mil pessoas que particpavam de um Encontro de Avivamento que “a igreja estava unida”. Houve um regozijo geral e o povo cantou “Obra Santa”. Uma Assembléia Geral extraordinária, realizada em Maringá, oficializou a união das duas igrejas em 10 de janeiro de 1975. A primeira diretoria da IPRB ficou assim constituida: Pr. Abel Amaral de Camargo ( presidente ), Pr. Celsino Marques de Azevedo ( vice-presidente ), Dr. Jamil Josepetti ( secretário executivo ), Prof. Joel Ribeiro de Camargo ( 1ºsecretário ), Pr. Jonathan Ferreira dos Santos ( 2ºsecretário ) e Ir. José F. Pedrosa ( tesoureiro ). A IPRB nasceu com 84 igrejas, 94 congregações, 59 pastores, 89 evangelistas, 257 presbíteros, 278 diáconos, 8 presbitérios, 7 campos missionários, 8.335 membros, 12.497 alunos na Escola Bíblica Dominical, 97 templos e salões, 26 casas pastorais, 34 terrenos e 60 alunos no Instituto Bíblico de Cianorte. O desenvolvimento da IPRB Após a união, a IPRB dedicou-se ardentemente à proclamação da Palavra. Atenta aos problemas espirituais que envolvem o homem urbano, as crises familiares, a pressão das drogas e vícios em geral sobre os jovens, o espiritismo ritualístico e o ocultismo, a igreja encontrou espaço para trabalhar; solidificou-se na fé e cresceu em todos os sentidos. Seus cultos deram lugar a uma liturgia participativa. A alegria, a liberdade e o sentimento de comunhão com o Espírito Santo de Deus eram demonstrados pelo comparecimento constante aos cultos, às reuniões de oração, aos encontros de estudos bíblicos e na atividade evangelística. Sentindo a necessidade de criar um órgão que se encarregasse de superintender toda atividade missionária no Brasil e no exterior, a igreja ampliou, para nível nacional, a MISPA ( Missão Priscila e Áquila ), criada em 1976 pelo presbitério de Governador Valadares. Seu primeiro presidente foi o Pr. Altair Batista Linhares. A MISPA tem sua sede em Assis-SP.

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Grandes são os benefícios que esta agência vem prestando à denominação, notadamente nas regiões carentes do Norte-Nordeste, interior do Mato Grosso e de São Paulo, havendo inúmeras igrejas e três presbitérios formados como resultado do seu trabalho. Em 1986 foi enviado para Portugal o Pr. Leopoldo Pereira da Mota, que abriu o trabalho de Almada. Em 1989 este trabalho se tornou independente. A partir de então outros campos no exterior começaram a ser abertos. Seu atual presidente é o Pr. Daniel Silveira. Em 1987 foi criada a Gráfica Aleluia Ltda, para cumprir a função da até então Junta de Publicações, criada para superintender toda produção literária da igreja. Esta, atualmente, funciona em prédio próprio, inaugurado em 1993. A IPRB possui dois seminários; um em Cianorte-PR e outro em AnápolisGO. A estatística de fevereiro de 2006 da IPRB aponta; 358 igrejas, 631 congregações, 442 grupos familiares, 638 pontos de pregação, 10 programas de TV, 106 programas de rádio, 98.395 membros, 52.825 alunos da Escola Bíblica Dominical, 41 presbitérios, 20 campos missionários no Brasil, 16 campos missionários no exterior, 463 pastores, 178 pastores auxiliares, 1718 presbíteros, 2073 diáconos, 60 missionárias, 842 templos, 321 casas pastorais, 244 terrenos vagos e 425 imóveis alugados. A atual diretoria executiva da IPRB está assim constituida: Pr. Advanir Alves Ferreira ( presidente ), Pr. Roberto Bráz do Nacimento ( vice-presidente ), Pr. José Maurício Pereira ( secretário executivo ), Pr. Altair do Carmo Mateus Nunes ( 1ºsecretário ), Pr. Marcos Pereira de Andrade ( 2ºsecretário ), Pr. José Fernandes Pedrosa ( 1ºtesoureiro ) e Pr. Elzi Gomes Fialho ( 2ºtesoureiro ). Estes dados pretendem trazer a memória da igreja e ao conhecimento dos novos membros e líderes, as razões que moveram seus pioneiros, desde o movimento da Reforma Protestante até o movimento de renovação espiritual destes ultimos dias, seus passos, progressos, revezes e tudo o que foi conquistado a favor do Reino de Deus nestes séculos. A Igreja Presbiteriana tem uma grande história,tradição, grandes líderes e um sólido fundamento teológico. Acrescido a tudo isto desfrutamos hoje da renovação espiritual e da plenitude do Espírito Santo de Deus constatada pela atuação viva dos dons espirituais. Esta igreja não está sozinha mas se insere no grande movimento pentecostal das ultimas decadas em nosso país e em todo mundo.

Yasumura, Luís Kendji G.- Manual de Discipulado IPRJ de Anjo-2006.

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