FISIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA DO LINFEDEMA Fernando Barbosa Benvenuto Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo
Fisiologia Formação e transporte da linfa: (PHs) impulsiona o fluido através da
membrana (POs) tende a movimentar o fluido do interstício em direção ao capilar (PHi) tende a movimentar o fluido de volta para os capilares (POi) tende a “sugar” fluido dos capilares Vogelfang D.- Linfologia Básica; 1995.
Fisiologia Lei de Starling PF = (PHs + POi) – (PHi + POs) No extremo arterial:
PF = (30 + 6) – (0 + 28) = + 8 mmHg Produzindo a ultrafiltração No extremo venoso: PH = (15 + 6) – (0 +28) = - 7 mmHg Produzindo a reabsorção 90% reabsorvido e 10% sistema linfático Vogelfang D.- Linfologia Básica; 1995.
Fisiologia Fisiologia do sistema linfático
Perez M.C.J: Condutas em Cirurgia; Cap:52; 2001
Fisiopatologia LINFEDEMA É a tumefação dos tecidos moles pelo
acúmulo de fluido intersticial rico em proteínas, causado por uma deficiência na circulação do fluxo linfático, combinada com uma insuficiente proteólise extralinfática das proteínas plasmáticas. Vogelfang D.- Linfologia Básica; 1995.
Linfedema Acúmulo de líquido (água, sais, eletrólitos)
e proteínas de alto peso molecular no espaço intersticial, levando a um aumento de volume da extremidade, região corporal, com diminuição da sua capacidade funcional, aumento do peso e modificações estéticas, como conseqüência de uma alteração da circulação linfática, dinâmica e mecânica. 1º Consenso Latino Americano do Ttratamento do Linfedema, 2003
Fisiopatologia Funções linfáticas;
- produção de linfócitos nos linfonodos; - fagocitose; - absorção de gorduras e outras substâncias lipossolúveis; - absorção e recondução à corrente sanguínea de substâncias contidas nos espaços extravasais e extracelulares e que não são absorvidas pelos capilares venosos( proteínas, vírus, bactéiras, etc)
Fisiopatologia Mecanismos Compensadores: Vias colaterais; Dilatação de canais pré- linfáticos; Formação de neo-anastomoses: linfo-linfáticas /
linfo-venosas; Aumento da capacidade de transporte(CT); Metabolismo celular aumentado:pinocitose/
proteólise; Vogelfang D- Linfologia Básica; 1995.
Fisiopatologia O Linfedema ocorre quando a capacidade
de transporte do sistema linfático estiver reduzida por obstrução, alterações congênitas ou adquiridas dos vasos linfáticos. Perez M.C.J.; Tese de Dutorado- UNIFESP-1996.
Fisiopatologia Segundo Földi: a presença de qualquer edema pressupõe que tenha sido ultrapassada a capacidade máxima do sistema linfático. Vogelfang D.- Linfologia Básica; 1995.
Fisiopatologia Insuficiência dinâmica:
carga linfática e capacidade de transporte é normal
Insuficiência mecânica: carga linfática
normal e capacidade de transporte Insuficiência da válvula de segurança:
da carga linfática e transporte
capacidade de
Vogelfang D.- Linfologia Básica; 1995.
Fisiopatologia CT
CT CR
FL
CT
FL
FL
CT
FL
Vogelfang D- Linfologia Básica; 1995.
Fisiopatologia
Tipos de Edema Linfático: Carga linfática
Fluído Insuficiência Dinâmica
Insuficiência MecânicaLINFEDEMA VERDADEIRO
Insuficiência de Válvula de Segurança
EDEMA
Normal
Pobre em proteínas < 1g/dl
Proteína Nor mal
Nor mal
Capacidade De Transporte
Nor mal
Excesso de Proteínas >1g/dl Excesso de proteínas e necrose tissular
Fisiopatologia Classificação da Insuficiência Linfática
Mecânica:
1) Anomalias dos canais tissulares; 2) Anomalias dos linfáticos iniciais; 3) Lesão traumática direta de vasos Linfáticos; 4) Hipoplasia de vasos e linfonodos; 5) Hiperplasia; 6) Obstrução ou destruição de vias linfáticas; Andrade M. F. C. ; Doenças Vasculares Periféricas;3ª ed. vol.II-2002.
Fisiopatologia FISIOPATOLOGIA
BLOQUEIO DO CAPILAR LINFÁTICO
INFECÇÃO TRAUMA HIPO OU APLASIA
AUMENTO DO FLUIDO ESPAÇO INTERSTICIAL
ACÚMULO PROTEÍNAS INFECÇÃO REPETIÇÃO
ESTASE LINFÁTICA
FIBROSE TECIDUAL
AUMENTO PRESSÃO COLOIDOMÓTICA INTERSTICIAL
EDEMA INTERSTICIAL-------------- LINFEDEMA Perez M.C.J: Condutas em Cirurgia; Cap:52; 2001
Fisiopatologia Classificação Clínica do Linfedema: MOWLEM (1948):
Tipo I: Linfedema reversível com elevação do membro e repouso no leito, durante 24 a 48 horas; Tipo II: Linfedema irreversível mesmo com repouso prolongado; Tipo III: Linfedema irreversível, com fibrose acentuada no tecido subcutâneo e aspecto elefantiásico do membro. Perez M.C.J.; Tese deDutoradoUNIFESP-1996.