EDUCAÇÃO AMBIENTAL CRÍTICA: UMA EXPERIÊNCIA NA ESCOLA PÚBLICA Autores: Laura Caroline Gomes Branco Sebastião Jacinto dos Santos Orientador: Magnus José Barros Gonzaga
INTRODUÇÃO
Ao observar a superfície terrestre, seja olhando de avião ou por imagens de satélite, nos deparamos com uma variedade de contrastes coloridos oriundos das mais diversas formações do relevo. A visão da “totalidade”, vista de cima, nos permite enxergar as curvas da arquitetura humana deixadas pelo cinza do concreto, expresso pelas construções, rodovias, edifícios, como também a exuberância do azul dos lagos, rios, mares e o verde das florestas e campos de vegetação. Mas, esse mesmo nível de percepção nos impede enxergar as circunstâncias dos contrastes sociais. As imagens podem nos ajudar a traçar os mapas cartográficos, mas são insuficientes para traçar os mapas da realidade social. Só vislumbramos a realidade quando adentramos no tecido da vida social. Referenciais METODOLOGIA empíricos existentes A partir de uma permitem tornar visão que não permite a incontestável o fato de dicotomia entre natureza que existe degradação e sociedade, elaborou-se ambiental, bem como um projeto de construção implicações sociais de de uma maquete de suas conseqüências. Em relevo da comunidade função de seu alcance e onde está situada a sua intensidade, a crise Escola Municipal Maria socioambiental atual Madalena, situada em adquiriu proporções em Natal - RN, considerando grandes escalas locais e a possibilidade do globais ao mesmo diálogo entre as tempo em que se diferentes áreas de transformou numa das conhecimento. Assim, o maiores preocupações projeto integra as áreas h u m a n a s d a de Artes, Geografia, contemporaneidade. Matemática, Ciências, Línguas dentre outras.
RESULTADOS Quanto aos resultados obtidos, além da concretização da maquete, promoveu-se discussões de temas relevantes quanto às dimensões do meio ambiente e da sociedade, levando os alunos a refletirem criticamente, principalmente, em aspectos mais urgentes de atenção do poder público junto à comunidade e a cidade. No decorrer da construção da maquete, ao passo que os alunos iam fazendo as observações da comunidade, ao mesmo tempo trabalhavam a percepção, identificando os problemas que antes passavam despercebidos em suas percepções. Trabalhou-se a partir de uma visão de mundo que não permite a separação entre a natureza e a sociedade. Ao contrario, considera a interdependência entre as questões sociais com as questões ambientais.
CONCLUSÕES Acredita-se que nesse contexto, considerando o papel social da escola, urge a necessidade de desenvolver trabalhos efetivos e sistemáticos abordando atividades pedagógicas que contribuam para elevação do nível de consciência, do exercício de criticidade e da ação coletiva quanto ao trato das questões socioambientais. Um mundo de criança!
REFERÊNCIAS ANDRADE, Manuel C de. Espaço, polarização de desenvolvimento. 2 ed. São Paulo: Brasiliense, 1970. CARVALHO, I. C. Moura: Educação ambiental: a formação do sujeito ecológico. 2 ed. São Paulo: Cortez, 2006. DIAS, Genebaldo Freire. Educação Ambiental: princípios e práticas 9. ed. São Paulo: Gaia, 2004. CASTRO, R. S. (org). Educação Ambiental: repensando o espaço da cidadania. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2002. LOUREIRO, C. F. B. Trajetória e fundamentos da educação ambiental. São Paulo: Cortez, 2004.