Teatro Na Escola

  • November 2019
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Teatro na escola Por Chico de Assis* Prefácio aos mestres professores Na minha vida no teatro eu tenho visto de como crianças e adolescentes encontram na prática das artes cênicas nas escolas, um caminho interessante , do ponto de vista pedagógico , na prática das artes cênicas na escola . Está claro que isso tudo faz muito bem ao mestre professor , que encontra um recurso a mais no seu mister. O teatro como auxiliar pedagógico é pratica mundial. Penso que , na ação cênica , o aluno se torna sujeito da aula e vive de maneira integral o vínculo social de seu grupo de maneira integral . Quanto ao aprendizado, o aluno na prática de artes cênicas , o aluno tem um campo aberto p a ra suas emoções e a sua intuição. Isso quer dizer desenvolvimento da criatividade. Neste Nesse estado criativo o conhecimento se torna mais imediatamente conectado relacionado a à vida cotidiana. Tenho visto crianças se desenvolverem rapidamente , na sua convivência com o grupo , fazendo teatro. Às vezes pode ser um caminho que se abre para os tímidos. Outras vezes , um caminho fácil para a liberação dos extrovertidos no sentido de desenvolverem sua introspecção. O caminho ético surge de forma natural e instantânea na cena em ação. É claro que tudo o que eu digo sobre o teatro , serve para todas as idades, mas serve principalmente aos jovens e às crianças porque , além de tudo , estão em formação acelerada e devem ter o conhecimento de si mesmo s e de começar a ter o sentimento do mundo. O teatro desde logo abre as perspectivas de um entendimento do mundo como um todo e das pessoas como iguais. O teatro caminha sempre contra os preconceitos. Tudo o que é feito no teatro tem sempre um objetivo humano. O fenômeno humano, com suas adequações e inadequações ao meio social, prevalece nas artes cênicas. É o homem que se torna intermediário do homem em todos os termos. A cena estabelece um elo vital entre aqueles que a fazem e os que o a assistem , um elo vital .

O que é o teatro? Teatro é qualquer tipo de expressão humana posta num palco para uma platéia. O conceito de palco tem mudado pelos tempos: o palco pode estar no lugar clássico, à frente da platéia, ou a platéia pode rodear o palco, como no teatro de arena. Às vezes, a platéia é ocupada pelos atores que se misturam ao público. Tudo é possível na experiência teatral. O teatro é o lugar de reunião de todas as artes. A poesia, a literatura, a pintura, a escultura, a dança, o canto, a arquitetura, a arte da moda, a arte da luz e tantas outras mais artes podem estar no palco. Há também a s multimídia s , que traz em o vídeo e o cinema para o palco em harmonia com a representação ao vivo. O ator em cena, ao vivo, em ação, é a essência do teatro. Mas os atores podem estar atrás de bonecos ou qualquer outro meio de intermediação da cena. O teatro ocidental nasceu na Grécia, por volta do século 5 antes de Cristo. A tragédia e a comédia gregas foram o início de tudo a que assistimos hoje em dia na nossa tradição. Um espetáculo de teatro normal tem um texto dramatúrgico como base. Um diretor ensaia e prepara os atores para viverem seus personagens. Um cenógrafo estabelece o especo espaço cênico. Um figurinista desenha as roupas. Um iluminador cria o ambiente de luz. Um contra-regra se encarrega dos objetos de cena. Uma pessoa muito importante no teatro é o produtor. A ele cabe estabelecer a organização e calcular os custos. Começando uma montagem Montando uma peça Para começar, o grupo precisa encontrar uma peça. Pode ser uma peça já pronta, de algum autor que seja da preferência do grupo. Se o grupo tem dramaturgos, eles podem escrever uma a peça, de acordo com os atores do grupo, considerando as idades, tipos físicos, sexo, etc. A escolha da peça deve bater com o nível do grupo. Grupos novos devem fazer peças simples. Uma peça simples é aquela que todos do grupo entendem perfeitamente.

Havendo a necessidade de explicações, o grupo pode convidar professores para falar sobre o autor, a época, a história e até mesmo sobre a dinâmica psicológica dos personagens. O diretor da peça deverá escolher o elenco. Isso pode ser feito por testes, dando chance a todos de se provarem nos papéis. Escolhido o elenco, o grupo deve ler a peça em conjunto e discutir seu conteúdo. Toda peça tem uma idéia central, que é aquela que revela a opinião do autor sobre o mundo. Essa idéia deve ser procurada no princípio. O protagonista de uma peça, ou seja, aquele que faz o papel principal, pode ser achado com facilidade. O protagonista é o personagem que muda mais de qualidade. O antagonista é o personagem que representa a força de obstáculo ao protagonista. O elenco de uma peça é dividido entre dois times, o time dos escudeiros do protagonista e o time dos escudeiros do antagonista. Além desses, temos personagens que representam o valor que é buscado pelo protagonista ou pelo personagem que faz o julgamento dos valores. Drama é conflito. Drama é uma vontade que encontra um obstáculo. Portanto , essa ação deve ser buscada intensamente no teatro dito dramático, aristotélico. Existe o épico dramático e o épico de Bertolt Brecht, que tem outro dimensionamento. Em Brecht, a narrativa fabular substituiu o drama. Sobre fábulas, é importante encená-las como exercício para Brecht. Os ensaios Os ensaios de amadores têm sempre duas finalidades que devem ser procuradas. Uma delas é a preparação do ator. Essa prática não é necessariamente ligada à peça que esteja sendo montada. Um ator deve se preparar para qualquer tipo de atuação. Nessa preparação temos os seguintes trabalhos: a) Trabalho de corpo Exercícios de relaxamento, aquecimento, dança, ginástica para cena, alongamento s , etc. b) Trabalho de voz

Exercícios de impostação, dicção, articulação, projeção vocal, etc. c) Trabalho cultural História do teatro, leitura de textos, etc. Quanto ao trabalho nos ensaios de uma peça determinada, um fluxograma pode mostrar uma linha fácil de seguir: a) Leitura do texto pelos atores. Neste modo o importante é buscar a lógica do texto. O que cada palavra significa, a coerência do sintagma. Nesta leitura não é bom que se busque uma interpretação dramática. É apenas entendimento do texto. b) Laboratórios de busca do personagem feitos a partir da situação das cenas. Este trabalho pode ser orientado pelo método de Stanislavski, que trataremos adiante em separado. O importante é colocar os atores com seus personagens em situações não previstas no texto mais ligadas à peça. c) Picadeiro. Ou seja, repetição de uma mesma cena muitas vezes em seqüência de trabalho. O trabalho de picadeiro é a base de qualquer preparação de uma peça. É preciso repetir muito. Quando os atores começam a se cansar, este é o melhor momento, porque aí suas resistências ao personagem se desfazem. d) Troca de papéis. Isso faz com que um ator entenda melhor o que o outro está fazendo. Essas trocas devem ser feitas sempre para estabelecer uma consciência maior do ator diante do outro personagem com o qual contracena. e) Fazer a cena sem texto. Não é para fazer em expressão mímica, mas sentir a cena sem falar o texto. f) Ensaios gerais com a peça feita de começo a fim. Dois tipos de ensaio geral podem ser feitos. Um deles é o ensaio dos atores em todas as cenas, do princípio ao fim, porém sem ainda terem as roupas, a luz, etc. O ensaio geral mais importante é o que trabalha com tudo o que a peça vai ter no dia da estréia. g) Peça pronta. Estréia. A estréia de uma peça é sempre um momento de grande emoção. É bom fazer um exercício de relaxamento antes. Mas, dez minutos antes da peça ir a cena, o bom é um exercício de aquecimento. h) Reunião do grupo para comentar e criticar o espetáculo de estréia em acordo com a reação do público. Este momento

é o mais precioso de uma montagem. O espetáculo foi provado e o grupo deve conversar sobre a experiência. i) Ensaio de correção em acordo com o resultado da reunião. Um espetáculo não deixa de ser reparado ao correr de sua carreira. Sempre há o que corrigir. j) Quebrando o automatismo do espetáculo. Depois de um tempo de apresentações, o espetáculo tem a tendência de se automatizar. Para controlar isso, o melhor é fazer um ensaio com uma variante básica. Por exemplo, fazer a peça normalmente, mas com todos os atores usando narizes de palhaço. Isso faz com que sintam a peça novamente e os enrijecimentos se desfaçam. Adenda A fábula Preparação para o entendimento do teatro de Bertolt Brecht Além do teatro-drama, nós temos o teatro dialético de Bertolt Brecht, o autor alemão do século passado que mudou a história do teatro. As peças de Brecht não são dramáticas. Brecht achava que o teatro dramático envolve o público com ilusões e que o objetivo do teatro de sua época era divertir o público mostrando a ele em que mundo está. O teatro de Brecht é essencialmente ético e dá ao espectador uma abertura para refletir e se posicionar diante da realidade. A base do teatro de Brecht é a estrutura da fábula . Os personagens são como a cigarra e a formiga da fábula de La Fontaine. Existem para mostrar alguma coisa que se quer dizer e portanto são personagens redutivos. Reduzem forças sociais, disposições de ânimo, profissões e coisas assim. Brecht conta suas fábulas usando a narrativa literária. Isso quer dizer que seus personagens vivem uma situação real de sua época. Brecht não quer que a emoção se acumule em suas peças. No drama, a emoção de uma cena é carreada para outra e se acumula para a cena de crise no final. Em Brecht, as emoções não devem ser empilhadas pois isso não deixaria o público consciente para a sua reflexão. Brecht não coloca em cena nada que seja supérfluo ao entendimento da fábula. Então, cada vez que usa coisas comuns, deve fazer com que as pessoas estranhem aquela coisa e a vejam como se fosse a primeira vez na vida.

Brecht não quer que seu público esqueça que está num teatro. Ao que assiste é apenas uma encenação. Portanto , ele mantém o público afastado do que está acontecendo em cena. No drama, a linha do palco deve ser vencida e a platéia se une ao espetáculo com emoção. Em Brecht, o espetáculo fica no palco e a platéia na platéia. No espetáculo de Brecht tudo deve ser feitos às claras. Ele mandava que a platéia não ficasse na escuridão total para que os espectadores pudessem se ver uns aos outros durante o espetáculo. O método de Stanislavski Constantin Stanislavski, diretor do Teatro de Arte de Moscou no século passado, deu ao mundo teatral um método de interpretação de personagens que é usado universalmente ainda hoje e sem dúvida o será amanhã. A base do método de Stanislavski é a emoção específica do personagem. O ator deve buscar, por todos os meios, sentir as ações como o personagem sente. Para isso, o importante é saber tudo sobre o personagem. Isso inclui como o autor vê o mundo. Inclui o comportamento íntimo do personagem. Aquilo que não se vê na cena, mas faz parte do que o personagem representa. O ator usa sua própria emoção na busca da emoção do personagem. Há um momento em que o ator sente alguma coisa que nunca sentiu e que não faz parte do seu arcabouço emocional. É a emoção específica do personagem que aparece. Aí, como seguindo se seguisse um fio de Ariadne, o ator vai chegando cada vez mais perto do personagem Stanislavski usava vários exercícios para chegar ao que queria. Para fazer a peça Ralé , de Máximo Gorky, ele levou seu elenco para os aos baixos das pontes para conviver com os miseráveis e observar seu comportamento. No final de sua vida, Constantin chegou a um método mais rápido de ensaio. Chamou esse método de ação direta. Era o contrário do anterior. Em primeiro lugar, colocava o ator diretamente agindo a crise de seu personagem. E fazia com que a emoção do momento fosse conduzida para a emoção específica do personagem. Esse método foi revelado a Stella Adler, uma americana que fazia parte do Group Theater de NovaYork. O desenvolvimento desse método gerou o Actor's Studio, de onde saíram, além de Marlon Brando, os maiores atores da história recente das artes cênicas nos Estados Unidos.

Sobre a arte de observar Gente que faz teatro está e deve estar sempre observando as pessoas em ação. É daí que vem a carga que usará depois nos ensaios. Mas a arte de observar não é tão simples quanto parece à primeira vista. Isso mesmo. Porque a primeira vista sempre nos engana um pouco sobre a realidade das coisas. A observação repetida de um mesmo fato é que nos dá seu entendimento mais profundo. Um observador não pode se deixar levar pela ilusão das imagens que se apresentam a à sua visão; nem os dos sons que se fazem ouvir. É preciso fazer com que sua visão seja perfurante. Que ela penetre na realidade numa verificação profunda. Uma pessoa comum entra em um lugar qualquer, uma sala de aula, por exemplo, e observa, constata. É uma sala de aula e fica esperando que mais alguma coisa aconteça para ela continuar sua observação. Um observador ator, dramaturgo ou diretor, ou cenógrafo, ou músico, não. Um de nós olha as paredes e sua visão perfurante vê: operários trabalhando, caminhões entregando tijolos, cimento e aço. Vê: arquitetos e engenheiros planejando as paredes, a humanidade em suas cavernas antes de saber fazer paredes, vê a escola, de como um dia o aprendizado se tornou um caminho civilizado para levar as pessoas à sua utilidade maior. Vê centenas e centenas de pessoas que passaram por aquelas salas de aula. Vê as crianças, os jovens, os mestres professores e os livros. Vê as alegrias e as tristezas que, ali, um dia aconteceram. E , ainda mais, vê o futuro daquele lugar, vê como tanta gente que nem ainda nasceu irá estudar naqueles bancos. A visão perfurante pode ser mais precisa, tanto mais o observador tenha conhecimento da vida, do mundo, da história. Gente de teatro não pode parar de estudar. A cada coisa nova aprendida, uma profundidade maior na visão perfurante. O conhecimento não tem fim. É nossa meta enquanto vivemos. Escrevendo peças A prática O ato de escrever peças tem um caminho suave e muito prático. Que Esse caminho consta de: observação, memória, composição de texto. As peças podem ter texto falado ou não. Quando tem têm diálogos , o importante é que os diálogos eles nasçam de

uma ação. Uma situação é proposta e um dialogo diálogo deve surgir diretamente desta dessa situação. Exemplo: O filho quer ficar acordado para ver TV. O pai acha que ele deve ir dormir para acordar cedo e ir para a escola. Uma situação assim está pronta para gerar diálogo. Em princípio , as cenas não precisam ter um final. Mas pouco a pouco deve ser estimulado o encontro de um fecho , para a cena. Depois de escrita , a cena deve ser montada para uma platéia. Os alunos serão os atores. Alguém terá que ser o diretor, outro , o cenógrafo , e assim por diante. Cenas históricas O professor propõe um momento da história História do Brasil ou do mundo em geral e os alunos devem escrever uma cena sobre aquilo esse tema . É importante que os alunos criem personagens históricos e imaginem como eles agiam e de que forma falavam e sentiam os momentos. Funções sociais O professor pede aos alunos que improvisem várias situações onde um homem é pai, filho, marido, namorado, noivo, empregado, patrão, amigo, etc. Isso é feito com um personagem básico que vai agindo conforme sua função muda. A mesma coisa para mulher, noiva, filha, mãe, sogra, aluna, professora, etc. A mesma coisa. Brincadeiras e representação O teatro que existe está sempre baseado em duas vertentes principais : fingir e imitar. Fingir é mostrar um sentimento que na verdade não se tem, naquele momento. O nosso repertório de sentimentos nos permite enganar as pessoas sobre nossa verdade momentânea. Crianças muito pequenas, antes de saberem falar , sabem fingir muito bem para atrair a mãe. É preciso desligar o fingimento dos preceitos morais que o ligam a à mentira. Fingir no teatro está acima do bem e do mal. Quanto a imitar, parece que quando as crianças chegam ao mundo , sua forma de aprendizado para a vida e é, em

primeiro lugar , mimética. É claro que , como diz Jung , muita coisa vem , de dentro do mais fundo de nós, mas a prática dos dias , a exterioridade de seu comportamento vem da imitação (tentativa) das figuras mais próximas. Com essas duas vertentes – fingimento e imitação – a gente pode construir o teatro. Não há necessidade de grandes esforços teóricos para começar a fazer as crianças entrarem neste nesse mundo. O mais difícil seria fazer com que elas saíssem deste desse mundo. As crianças estão imersas no fingimento e na imitação, dentro do caldo fértil de sua imaginação ainda não automatizada. O que podemos fazer é dar um sentido a estas essas pulsões das crianças. É preciso aceitar seus impulsos instintivos de corpo e espírito. As brincadeiras competitivas ou dramáticas e competitivas , ou apenas reveladoras do que cada um é ou pode ser, são bem-vindas. Brincando em cena Macacos e seus rabos Material – Fitas Tiras de jornal recortadas cortadas de jornais e presas por fita colante para fazer os rabos. Preparação – Amarrar os rabos na cintura , deixando cair no chão um pedaço de trinta centímetros. Ação – Com os pés, As as crianças tentam com os pés tirar os rabos dos macacos, pisando neles. Objetivo – O último a ficar com o rabo inteiro se submete a à grande experiência de colocar um rabo mais comprido ainda, para que todo o grupo tente pisar no seu rabo. Utilização cênica – Terminado o jogo , pegar dois macacos e estabelecer entre eles um conflito que começa por um deles perguntando por que o outro quer pisar no rabo dele. Todos os integrantes do grupo devem passar pela cena. Mas não todos de uma vez. É preciso que sempre haja uma platéia que assista. Esta Essa platéia pode ser crítica se pedirem que ela diga do que gostaram da cena feita. Ou d o que não gostaram. O telefone maluco Ação – As crianças sentam-se ou ficam em pé lado a lado guardando alguma distância. Uma criança é escolhida como

geradora de uma mensagem que deve ser escrita e colocada em uma caixinha onde não se possa ler seu conteúdo. A primeira criança diz a frase no ouvido da segunda , que passa para a terceira , e assim por diante. Tudo deve ser cochichado sem que as outras crianças possam ouvir o que se diz. A última criança diz a frase e depois revela o papel guardado onde está com a frase original. O diálogo dos surdos Ação cênica – As crianças imitam velhos surdos que dialogam e não conseguem entender o que se dizem. Pessoas proibidas de falar tentam se comunicar por gestos. Como sempre , deve haver platéia. E crítica. Quem sou eu? Uma criança do grupo é escolhida para se passar por outra do grupo e todos devem adivinhar quem é. A primeira parte do jogo é sem palavras e a segunda parte é falada. A criança vai dando dicas sobre o personagem que ela oculta . O importante nesta brincadeira é o revezamento. Os espelhos Ação – Uma criança fica na frente do grupo em linha. Todos devem imitar seus gestos. Seja falar, seja gesticular, seja mostrar o mesmo sentimento. Depois de um tempo , a criança que foi espelhada deve escolher a criança que ela acha que melhor a imitou melhor . Esta vai para a frente e assim por diante. Neste exercício não há necessidade de uma platéia. Fingindo de adulto As crianças devem seguir modelos adultos e fingir como eles agem. Imitar homens e mulheres mais velhos. Necessariamente É bom que meninos imitem mulheres e meninas imitem homens , e também o comum, imitando adultos do mesmo sexo que eles. Para isso é bom propor cenas cotidianas a que as crianças assistem todos os dias na sua casa, na escola e que vêem na TV, no cinema , etc. Fingindo e imitando bichos

Cada um escolhe um bicho e se movimenta e se comunica com os outros bichos. Pode ser o mesmo bicho. Aritmética animada As crianças recém recebem funções de números e sinais. Os sinais de menos, de mais e de igual são vêm em primeiro lugar os de menos de mais e igual . Então , as crianças vão se colocando a à esquerda e a à direita dos sinais para dar formarem o resultado certo. A criança 6 e a criança 2 se colocam posicionam , respectivamente, antes e depois do sinal de mais , e ambas antes do sinal de igual e , do outro lado , a criança 8 deve se colocar. Assim por diante , cada vez mais rápido. Num segundo momento , os sinais de multiplicação e divisão devem entrar no jogo. Os conjuntos Material – Símbolos variados, com estrelas , corações, círculos , quadrados , etc . , feitos em de várias cores e inseridos em molduras de formas diversas. Ao comando , as pessoas devem se grupar de acordo com o detalhe requerido. Junt am-se os as marcas de cor vermelha, depois os as de forma de coração , etc. Equações Sinal de igual, os números e um X que soma ou diminui para um resultado que se apresenta. Classificações Falar por ordem : bichos com inicial a , planta s com inicial b , ou veículos com inicial c e assim por diante. Esgotado o repertório, começa-se outro. Pode ser feito com a observação do local da própria aula. Coisas que estão na classe com a letra a ou b ou c . O que disse Cabral? Quando Cabral desembarcou no Brasil, Cabral disse alguma coisa. O que disse Cabral? O professor conta sobre a descoberta do Brasil. Fala de Pedro Álvares Cabral.

Os A a lunos fazem um , pequeno discurso de improviso imitando e fingindo ser o almirante português. Pode ser com sotaque português e nada impede que seja engraçado. Uma banca crítica de alunos pode ser mostrada montada para dizer quem foi o melhor Cabral. Este exercício serve para qualquer personagem histórico. Diga cantando Ação de coisas que as crianças falam naturalmente todos os dias , . expressas com canto improvisado. Desde frases como: “ Professora , posso ir lá fora ? ” Até até uma pergunta sobre qualquer coisa explicada anteriormente, ou mesmo coisas que dizem ao pai e a à mãe e aos amigos. Observação e estranhamento Colocar um objeto, foto ou criança na frente do grupo e pedir que o grupo a observe atentamente por um tempo. Depois , se pede pedir aos componentes do grupo que digam o resultado de sua observação. No Num segundo momento, fingir de índio e ver o um objeto como se fosse o fizesse pela primeira vez. A olhada Pedir a dois ou três alunos para irem até outra sala da escola e olhar rapidamente o que está acontecendo lá. Fazer com que eles contem o que viram e ouviram. Cena – Montar a cena do que viram em outra sala ou outro local qualquer , . chorar e rir. Uma criança é isolada e os outros dizem coisas como : “ Você tirou teve uma letra avaliação péssima em português ” . Daí ela ou ri ou chora. E assim, com tais coisas ditas , a criança ri ou chora conforme seu critério. Criança no avesso Em situações escolhidas, a criança tem situações dadas o de modo contrário do acham que ela é. Se ela é calada , tem se é papagaia tagarela , tem que falar diante. Má notícia

que agir em ao que as pessoas que falar muito : , pouco ; e assim por

Um aluno é escolhido para dar a notícia de que o outro não foi aprovado nos exames, por exemplo. Mas não pode dizer diretamente porque o outro vai sofrer muito. Então, tem que ir com tato , até se achar pronto para dizer transmitir a triste verdade. A notícia pode variar, pode ser sobre namor o adas ou futebol, ou o que seja. Tentando ser palhaço Um aluno é colocado em oposição ao grupo e deve , por todos os meios ao seu alcance , fazer o grupo rir. O grupo deve fazer cara de pedra enquanto agüentar. Quando o primeiro abrir o riso , fazer a substituição , e vai indo outro para o lugar do palhaço. Pode -se ter usar um relógio para marcar o tempo. Tentando ser palhaço 2 Material – Pano , e papel (jornal) , e plásticos , etc. Ação – Os alunos pegam o mesmo material, um por vez , e se aplicam como indumentária de palhaço. Uma banca diz do melhor palhaço . Tentando ser palhaço 3 Um aluno tenta fazer graça para o riso da classe. Mas isso sem falar. Depois vale falar. Jogos mímicos Tradicional jogo mímico onde em que uma criança tenta passar para o grupo uma palavra qualquer , ou de um objeto ou o que seja. Sem falar , só fazendo gestos . Heureca! Heureca é o momento da descoberta. A primeira brincadeira pode ser do próprio Arquimedes, quando descobre o célebre princípio de que um corpo mergulhado num líquido , sofre um impulso igual e contrário a o deslocamento de líquido. O grito de Eureka heureca deve vir depois da descoberta. Primeiro movimento – O problema, o que acontece com um corpo mergulhado na água ? Conclusões banais, como “ fica molhado ”, por exemplo. Segundo movimento , o acaso se torna experiência. Arquimedes na sua banheira....

Terceiro movimento – A observação do fato e o encontro da solução : Eureka heureca! . Heureca pode ser feito com qualquer descoberta científica. Estou passeando em Ação – Uma criança deve imaginar que está passeando por um lugar que já conhece e vai reconhecendo d os edifícios às praças do local. Segundo movimento – , Uma criança passeia sobre um lugar que não conhece senão por livros , filmes ou fotos. Reconhece e narra. Terceiro movimento – . Uma criança passeia por um lugar fantástico, que não existe e que ela inventa. Pode ter uma banca crítica de alunos para dizer do melhor passeio. Papo dadá Crianças conversam numa linguagem não existente , que elas inventam na hora. Isso pode também ser feito na tradicional língua do P. A descoberta do fogo Os alunos encenam a descoberta do fogo com a tribo. Depois se agrupam em torno do fogo e o alimentam para que não se apague. O professor fala sobre a descoberta do fogo. Os alunos encenam o homem primitivo descobrindo o fogo. A chuva O grupo finge que chove e imita as pessoas na chuva. O vento O grupo finge que venta muito forte e imita o povo na ventania. * Chico de Assis é teatrólogo e dramaturgo. Foi professor coordenador do SEMDA – Seminário da Dramaturgia do Arena

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