PORTUGUÊS – Curso profissional de Técnicos de Apoio à Infância Contrato de Leitura - 10ºano – módulo 4 - 2008/09 Nome: Fábio Machuqueiro nº 8 Data: 23/04/09 prof. Josete Perdigão
Classificação: ___________ A
Um dos objectivos da actividade de leitura contratual é motivar à escolha de obras que conduza a uma leitura recreativa, a partir da escolha dos alunos, de entre um conjunto de sugestões, a fim de proporcionar um tempo lúdico e de prazer, alargando a imaginação. Hoje, DIA MUNDIAL do LIVRO, reflecte sobre a importância da leitura e, num texto bem estruturado, de cento e cinquenta a duzentas palavras, explica em que medida a obra que leste permitiu atingir esse objectivo A obra que escolhi ler foi As Aventuras de João Sem Medo, de José Gomes Ferreira. Contudo a escolha não foi fácil. Pesquisei algum tempo sobre o livro que gostaria de ler, tendo em conta os meus gostos, as sugestões da professora e do programa. O livro escolhido chamou-me a atenção pelo título, pela critica positiva, mas sobretudo por ter muita imaginação, magia e uma presença do fantástico, quase constante. Li o livro em cerca de 3 dias, porque às vezes o tempo não é muito, mas acho que é um livro que se lê muito bem e que nos envolve na acção. Agora que o terminei, fiquei com as minhas proprias impressões. Em primeiro lugar o livro é uma interminavel fonte de imaginação. De facto, acho que só se consegue tirar todo o partido deste livro, se o lermos com vontade. É de uma coragem exemplar, o caminho seguido pelo narrador, criando um mundo de autêntica magia, onde a nossa imaginação é alargada a cada capítulo. Como se não bastasse, a forma como a história é contada pelo autor é algo de extraordinario. A constante luta que existe entre a curiosidade e o medo que temos, é retratada de forma exemplar. Através de uma leitura cativante, o narrador explica-nos que o medo tem de ser vencido, seja pela nossa força, pela nossa curiosidade ou, simplesmente, usando a cabeça, de modo a sobrevivermos a um mundo que sem imaginação, nada tem para contar. Graças a este facto, é possivel retirar uma moral em cada capítulo do livro. No princípe das orelhas de Burro, por exemplo, é evidente que o maior cego é aquele que não quer ver, sendo fácil apontar o dedo aos outros, sem sequer olhar para si próprio. Gosto da forma como a história se inicia, dando a ideia de que não existem caminhos predefinidos na vida, onde a capacidade de reagir aos obstáculos, utilizando as nossa próprias ideias é fundamental. De facto, João Sem Medo, sempre pensou por ele próprio, seguindo vários caminhos onde a liberdade era o objectivo. É isto que todos nós, por vezes, queremos também. Ser livres. Contudo a liberdade falada no livro é, na minha opinião, uma liberdade muito imaginativa, porque na vida real tudo se rege por determinados limites. Ainda assim, o tema liberdade tinha de estar presente para um autor como José Gomes Ferreira, que tantas vezes esteve presente na luta contra o fascismo. José Gomes Ferreira, consegue ter tanta imaginação e um sentido de liberdade tão amplo que, a certa altura, torna-se o próprio salvador da personagem principal, entrando ele próprio no seu mundo imaginário. Que maior prazer para um autor do que sentir-se capaz de entrar no próprio mundo fictício criado? Este mundo, onde nada é o que parece, com gentes repetitivas ou que fazem tudo ao contrário, de gramofones voadores e gigantes cegos, de homens sem cabeça e paredes falantes, de meninas comestíveis e princesas desaparecidas, de fadas, magos e nomes tão simples se tão óbvios que são, é o que fascina o leitor. É possivel criar obras em Portugal, onde o imaginário marca presença,
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transportando isso para a realidade, através de ensinamentos. O que me ensinou? Ensinou-me que posso ler, imaginar e divertir-me com um bom livro, escrito por um bom autor. Basta pesquisar um pouco, porque a leitura está acessível aos mais variados gostos. É importante ler porque estimula a imaginação. Faz-nos pensar e voar! A pouco e pouco vou ganhando o gosto pela leitura. Embora seja algo que se ganha com o tempo. Cada um tem o seu estilo de leitura. E aprendi que a mesma não deve ser forçada. Se não se gosta de um livro, deve-se partir para outra obra. Foi o que fiz, até encontrar João Sem Medo. É cada vez mais importante ler e se não for um livro, que seja um jornal, revista ou banda desenhada até, como refere a professora tantas vezes. É importante é que o nosso imaginário seja estimulado, porque sempre que lemos, ele entra em acção.
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