área De Integração - Cultura Militar

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ESCOLA SECUNDÁRIA DE BOCAGE CURSO DE TÉCNICOS DE APOIO À INFÂNCIA

TÍTULO “PATRIMÓNIO MILITAR: FORTE DE SÃO FILIPE E CASTELO DE PALMELA”

Fábio Machuqueiro Turma I do 10º ano Disciplina: Área de Integração Professor/a: 14 De Novembro de 2008 Ano lectivo 2008/2009

Indíce INTRODUÇÃO............................................................................................................... ..............2 1.O patrimonio militar......................................................................................... .......................3 2.Fortaleza de São Filipe........................................................................................................... .4 2.1A história........................................................................................4 3.Características militares............................................................................................ .............6 4.Castelo de Palmela............................................................................................................. .....8 4.1A história........................................................................................8 5.O Património militar do Castelo de Palmela............................................. ..........................11 5.1Características militares................................................................11 6.O espaço de Transmissões militares.................................................................................. .13 6.2A sinalização óptica.......................................................................14 6.3O material telegráfico....................................................................15 6.4Os Héliografos...............................................................................15 6.5O material telefónico.....................................................................16 Conclusão.................................................................................................................... .............17 Bibliografia e Netgrafia.......................................................................................... ..................18 Anexos............................................................................................................... .......................19 Fotografias........................................................................................19 A minha opinião.................................................................................20 Ficha Modelo de Apresentação do Pré-Projecto....................................22 Ano _10 º Turma I...............................................................................22

Escola Secundária de Bocage – A. Integração 10º Ano

Profª Margarida Costa 2008/ 2009

INTRODUÇÃO O tema “Património militar: Forte de São Filipe e Castelo de Palmela” representado neste trabalho, insere-se no âmbito do estudo do módulo 1 denominado “Pessoa e Cultura”, abordado na disciplina de Área de Integração. A escolha deste tema deveu-se ao facto do património militar ser considerado um factor histórico bastante importante no desenvolvimento da região pela maneira como cada uma das estruturas apresentavam aspectos estratégicos e de natureza militar de modo a preservar a região. Neste trabalho pretendo identificar as origens do património acima referidos, a sua história e a forma como pretendiam então defender a região, recorrendo para tal à consulta de documentos, textos informativos, pesquisa na Internet e algum trabalho de campo onde possa fotografar e filmar de perto estas estruturas, de modo a conhecer de perto as mesmas.

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Profª Margarida Costa 2008/ 2009

1.O PATRIMONIO MILITAR A cidade de Setúbal contém a nível militar uma grande história que data de há muitos anos atrás. Desde influencias

árabes,

passando

pelas

romanas a quantidade de aspectos deste género que imortalizaram algumas estruturas

da

região

são

bastante

importantes para compreendermos a evolução da cidade e a importância Fig1-Os castelos fazem parte da cultura militar

histórica que apresentam. Entre os séculos XV e XVIII, Setúbal conta-nos uma história cultural e militar sem igual.

As lutas liberais que o pais presenciou ou mesmo o domínio Filipino evidenciado em Portugal durante estas décadas, deixaram um rasto marcante directamente

observável

através

de

estruturas militares sem igual. Das muitas construídas, destacam

existem pela

duas

que

importância,

se pela

construção e pela missão que cada uma delas tinha. O forte de São Filipe e o

Fig2-Forte São Filipe

Castelo de Palmela são duas estruturas completamente diferentes, mas com um objectivo em comum. A protecção da cidade e da região. Assim podemos

Fig3-Castelo de Palmela

afirmar, que o património militar de Setúbal

são

todas

as

edificações

construídas estrategicamente com o objectivo de defender e preservar um território, uma cidade que hoje em dia chamamos nossa. A cidade de Setúbal.

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2.FORTALEZA DE SÃO FILIPE

2.1A história Setúbal, cidade ligada directamente à indústria principalmente do peixe, viu no reinado de D. Afonso V e de D. Pedro I, ser construída a primeira muralha com o Fig4-Porto de Setúbal

objectivo de proteger a cidade. Ora como centro

urbano

e

industrial

muito

importante na época, a região de Setúbal sofria constantes ataques piratas vindos do Norte de Africa. Estes piratas atacavam os pescadores, facto que contribuiu para o aparecimento da fortaleza de Santiago de Outão. Os anos passaram. Decorria o ano de 1580 quando o reinado português se viu frente a frente com uma crise politica. Depois da partida de D. Afonso V rumo aos descobrimentos e da morte de D. Henrique, começaram as disputas pela posse do trono de Portugal. De um lado D. António Prior do Crato que recebia o apoio do povo, do outro D. Filipe II de Espanha, tio do rei D. Sebastião.

Fig5-D. Filipe II

O governo elegido pelo cardeal antes de falecer, tinha a difícil tarefa de decidir a sucessão do trono. Mudam-se então para Setúbal, fugindo à confusão politica que abanava por completo a capital do país. Na chegada a Setúbal, o povo realça o seu apoio a D. António. Quem não gostou muito deste facto foi D. Filipe II de Espanha que ao ver a demora da junta governativa em nomeá-lo rei manda invadir a cidade de Setúbal. A frota Espanhola entra por Badajoz, e dáse uma terrível batalha às portas da cidade. Apesar da forte resistência, cai a fortaleza de Santiago de Outão. Fig6-Construção Inicial do Forte São Filipe 4

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Com esta muralha derrubada e temendo pelo pouco apoio dos setubalenses, D Filipe II visita Setúbal em 1572 e manda construir uma autentica fortaleza que substituísse e ao mesmo tempo complementasse a antiga muralha. Assim nasceu a Fortaleza de São Filipe. Para trás ficaram os castelos medievais que até então bastavam para manter a cidade em segurança perante o ataque inimigo.

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3.CARACTERÍSTICAS MILITARES A fortaleza de São Filipe vista pelo pátio exterior que a circunda, apresenta-se como um modelo arquitectónico exemplar devido aos seus traços francamente militares. A

obra

obedeceu

aos

modelos

mais

avançados da época em que foi construída pelo Engenheiro militar italiano, Filipe Terzi. A arquitectura evidencia um impressionante Fig7-Livro de construção militar de Filipe Terzi

estilo maneirista e incorporava os avanços impostos pela artilharia da época. Construída e revestida em pedra e tijolo, esta construção apresenta uma planta

poligonal irregular, que do ponto de vista aéreo, pode-se constatar o seu formato estrelado. Apresentava então seis baluartes reveladores da adaptação à artilharia,

Fig8-1 dos baluartes do Forte São Filipe

permitindo grande diversidade de posições de tiro e uma maior eficácia de defesa. Apresenta espessos muros, donde crescem as sólidas muralhas que por sua vez apresentavam pequenas

torres

de

cúpulas, donde se podia vigiar toda a encosta Com Fig9- Muralha do Forte São Filipe

uma

construção inclinada, podia oferecer

também

maior

resistência ao impacto dos projécteis. Uma segunda linha

de

muralhas

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avançadas reforçava a resistência criando assim um duplo obstáculo. Apesar de não possuir qualquer tipo de torre, a fortaleza possuía no seu interior um importante conjunto de edifícios do qual se destacava a residência do governador e a igreja revestida por magníficos painéis de azulejo. Fig10-Mapa antigo com a construção do Forte

Embora

não

havendo

vestígios de um fosso de água contornando a construção parece ser visível na parede traços de uma possível existência de ponte levadiça. Caminhando

pelo

castelo

pode-se encontrar duas portas de madeira

de

grande

volume

e

antiguidade. Embora o forte tenha sido edificado pela necessidade de controlar o acesso ao porto do Sado, pelos navios estrangeiros e piratas que periodicamente assediavam este porto em busca do forte comércio de sal e pescas, não deixa de ser notável a sua defensiva posição simultaneamente em relação à cidade factor que também era muito importante até pelos problemas futuros que a região viria a ter. Em jeito de conclusão, toda a construção era realmente estratégica e com objectivos de defesa, onde apenas o escudo nacional com as suas cinco quinas esculpidas na pedra, representado a cruzada dos portugueses embelezava esta estrutura francamente militar.

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4.CASTELO DE PALMELA

4.1A história Muito mais antigo que a fortaleza de São Filipe, surge-nos o castelo de Palmela. Muito diferente, da construção de Filipe Terzi, o castelo de Palmela era realmente o que o nome indica, um Fig11-Castelo de Palmela

verdadeiro castelo. Ao passo que, a

fortaleza tinha como objectivo apenas defender

a

região

de

Setúbal

e

principalmente o Porto do rio Sado, o Castelo de Palmela tinha uma função não só estratégica e militar, como também apresentava uma função religiosa. Entre o Tejo e o Sado ergue-se então o grandioso Castelo de Palmela. Mas como

surgiu

esta

enorme

estrutura?

Segundo a história tudo começa quando os Mouros conquistam a região de Palmela aos visigodos,

e edificam a primeira

Fig12-D.Afonso Henriques

fortificação por volta do século IX, com uma influência claramente árabe. Acontece, que um tal de D. Afonso Henriques conquistou Palmela em 1147, perdendo o território novamente para os muçulmanos. Mas D. Afonso Henriques, era um autêntico guerreiro.

Fig13-D.Sancho I

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Lutando e persistindo na conquista do Castelo recuperou-o por volta de 1190, ficando a partir daqui definitivamente na posse dos Portugueses, que imediatamente o doaram à ordem dos freires de Santiago. Estes por seu turno, retiram-se em 1191, após uma investida dos árabes na tentativa de recuperar novamente o Castelo. Ficando completamente desfeito, foi recuperado em 1205 por D. Sancho I, que depois do “arranjo”, confirmou a doação à ordem de Santiago que ai se instala definitivamente no ano de 1443. Esta sede permaneceu no Castelo de Palmela até meados do século XIX. Contudo, após o terramoto de 1755, que destruiu Lisboa e danificou uma boa parte do castelo, apenas os freires permaneceram, mesmo que em más condições. Os monges cavaleiros da Ordem de Santiago ficaram assim conhecidos como os “freires de Palmela”. Esta ordem, admitida por D. Afonso Henriques, em Portugal tornou o ramo Português independente do castelhano no reinado de D. Dinis e apresentou como símbolo uma cruz em forma de espada que ainda hoje perdura no castelo e na vila de Palmela. Durante os anos em que a Ordem de Santiago permaneceu no castelo, destacam-se alguns acontecimentos importantes como a construção da Igreja e do convento de Santiago de 1443 a Fig14-Simbolo da ordem

1482, a morte de D. Jorge, último mestre eleito da Ordemde Santiago militar de Santiago.

No final do século XIX, o Castelo de Palmela acolheu o chamado Espaço de transmissões militares, devido ao seu posicionamento geoestrategico e às necessidades históricas que se haveriam de arrastar por anos e anos. Muito deste material, está armazenado num dos museus do castelo. É bastante interessante principalmente para os amantes das Fig15-Painel Indicativo do Museu Nacional De Palmela

máquinas

antigas

e

das

telecomunicações militares podendo ainda constatar a evolução que ocorreu desde

então ao nível ao militar. De notar que um posto retransmissor do castelo

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esteve instalado no castelo até ao ano de 1993. No ano de 1940 deu-se a restauração parcial do castelo, onde mais tarde em 1979 se inaugurou a pousada de Palmela e em 1990 começou-se a elaborar um programa municipal de recuperação e animação do castelo, e também das galerias da praça de armas e da casa do guarda. Mais recentemente, o castelo tem vindo a fazer parte do turismo português, tais são as antiguidades a nível militar e histórico que podemos encontrar nesta edificação única em Portugal. Tendo em conta a vasta história do castelo, talvez fosse mais acertado referimo-nos ao mesmo como “Os Castelos de Palmela”, porque a já longa e rica história de que é dono, não se fez de uma só vez e sofreu muitas modificações ao longo do tempo.

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5.O PATRIMÓNIO MILITAR DO CASTELO DE PALMELA

5.1Características militares O Castelo de Palmela, segundo a história, exerceu o seu papel como posto de vigia de comunicação, de base de apoio a eventuais Fig16-Muralha do Castelo de Palmela

situações de guerra e do controlo do espaço que ficava entre Lisboa e o Sul, entre os rios Tejo e Sado.

As muralhas do castelo elevam-se a uma altitude de 230 metros sendo possível comunicar com castelos vizinhos a partir de sinais luminosos. Outra forma de comunicar com os castelos era a partir de toques de búzios, que está exposto na praça de armas, mais propriamente no museu dedicado às comunicações militares que funcionaram no castelo ao longo do século XIX. Neste museu podemos verificar variado material telegráfico, aparelhos de código morse, manuais de instrução ou mesmo telefone antigos são alguns dos instrumentos da variada colecção militar no museu. Nas palavras do tenente – coronel António de Sousa Maia, este espaço de transmissões militares, “Possibilita ao exército expor um pouco da sua história”. Entre 1893 e 1983, aquele espaço do castelo de Palmela acolheu um posto de transmissões militares do exército e dispunha de diversos instrumentos entre os quais se contavam um héliografo – Um instrumento que se baseava no envio de sinais através de código morse por reflexão dos raios solares em espelhos.

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Outro dos instrumentos era o chamado pote de fumo, que consistia na sinalização óptica através de sinais de fumo de variadas cores.

5.2A Ordem de Santiago Muito antes das transmissões militares, existiu no castelo a Ordem de Santiago, que também constitui uma grande parte da história militar da região. Mas afinal quem eram estes homens que defendiam o castelo travando batalhas pela posse de um Castelo que haveria mesmo de ficar na mão dos Portugueses? A Ordem militar de Santiago era uma ordem religiosa militar cujos primórdios são difíceis de identificar. Fig17-Cavaleiro da Ordem de Santiago

Os cavaleiros de Santiago assim eram chamados, tinham como símbolo uma espada em forma crúcifera.

Fizeram do Castelo de Palmela a sua ordem, e travaram batalhas importantíssimas ao nível histórico para que hoje possamos admirar a estrutura e dizer que pertence a Portugal. A batalha mais emblemática dá-se quando em 1200, o exército de D.Sancho I pede auxilio aos grandiosos

cavaleiros

da

ordem

de

Santiago,

retomando assim entre outros, o Castelo de Palmela. Estes

bravos

guerreiros

compõem

uma

página

histórica para Portugal tal fora as conquistas que Fig18-Cavalaria da Ordem de Santiago de Palmela

alcançaram nos reinados dos vários reis de Portugal. Ao nível militar os cavaleiros de Santiago foram uma preciosa ajuda para hoje muitos dos castelos que

temos podermos dizer sem receios, que são de Portugal.

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6.O ESPAÇO DE TRANSMISSÕES MILITARES Como já foi referido, o Castelo de Palmela desempenhou

no

passado,

até

pelo

seu

posicionamento geo-estrategico, um papel de Fig19-Torre do Castelo de Palmela

destaque ao nível das transmissões militares. Data do século, XIV o episódio mais

conhecido de comunicação por fogo entre Palmela e Lisboa. As almenáras acesas na torre de menagem de Palmela permitiram a Nuno Àlvares Pereira comunicar ao Mestre de Avis, cercado então por castelhanos, a proximidade de reforços a caminho de Lisboa. Mais tarde, em 1885, instalou-se no castelo um Heliografo para o serviço militar de transmissões telegráficas ópticas, ficando assim sediada no castelo a telegrafia militar, mais propriamente no actual museu, anteriormente conhecido como a “Casa dos Radiotelegrafistas”. 6.1Os Pombos correios A utilização de buzios como meio de comunicação militar remonta à antiguidade pré clássica. A sua origem está associada à religião islâmica, aquando a sua utilização num apelo aos fiéis para oração. Os mensageiros privelegiados eram Fig20-Pombo Correio

pombos de certas raças, os chamados pombos correiros, que voavam a cerca de

1km por minuto, chegando a percorrer distancias até 150km. 13

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Estes pombos conseguiam sempre regressar ao pombal de origem devido às suas faculdades naturais e aos seus treinos adequados.

As mensagens militares que transportavam, eram guardadas num pequeno tubo preso ao pé da ave e eram escritas em papel especial e quase sempre em código. No ano de 1872, iniciou funções um serviço columbófilo ligado às comunicações militares. 6.2A sinalização óptica

Fig21-Torre de onde se fazia a sinalização óptica

Outro meio de comunicação militar era a sinalização óptica a partir das altas torres dos castelos, incluindo o de Palmela. Contudo, a origem deste tipo de comunicação remonta hà muitos anos atrás, pelo menos desde o século II A.C. Como



foi

Castelo de Palmela,

referido,

o

foi tambem

palco deste tipo de comunicação durante a crise de 1383-85. Conta Fernão Lopes, que Nuno Alvares Pereira anunciou ao mestre de Avis, em Lisboa, a sua chegada ao castelo de Palmela, acendendo fogueiras na torre de menagem. Nas palavras de Fernão Lopes o episódio é contado:

Fig22-Fernão Lopes

“O Mestre quando viu aquelas almenáras de fogo em Palmela bem entendeu que era Nun’Alvares que ali estava com suas gentes;…e mandou acender grandes tochas no grande cirado dos paços del-rei hu estonce pousava, por as verem de Palmela, e lhe dar a entender que via suas almenaras e que lhe respondia com aqueles lumes, pois outra fala antre eles haver não podia.”

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A sinalização óptica além das almenaras de fogo, fazia-se também através de bandeiras( sinalização homógrafica), mangas, páineis e artificios pirotecnicos como os foguetes. Na telegrafia óptica, mais eficaz do que a sinalização, os aparelhos usados eram os Héliografos e as lanternas de sinais.

6.3O material telegráfico Fig23-Telegrafo Hughes

Em meados do século XIX, começa a ser aplicada em Portugal, mais propriamente

nos

exécitos

militares,

a

telegrafia eléctrica. Entre 1880-85 começou por usar-se o telégrafo impressor Hughes. Mais tarde apareceu o telégrafo Breguet e a partir daí começaram a aparecer e a funcionar vários aparelhos telegráficos de código Morse. A maioria dos processos de transmissões militares utilizados pelo exército, nesta altura baseava-se na troca de sinais Morse, uma espécie de alfabeto convencional que utilizava apenas pontos e traços. A partir de 1956, o serviço de telecomunicações militares passa a utilizar os teleimpressores.

Fig24-Telégrafo Breguet

De notar que para a instrução militar, eram sempre editados manuais dedicados à aprendizagem da estrutura e funcionamento dos instrumentos a usar.

6.4Os Héliografos Fig25-Héliografo

Os Héliografos eram um tipo de material militar que produzia sinais através da reflexão dos raios solares.

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O Heliógrafo Mangin, com um alcance de 60km e o Héliografo Mance que atingia os 50 km, foram os mais utilizados no exército português.

Em Palmela esteve instalado desde 1885, um Heliografo do tipo Manins, aplicado a um suporte de pedra, erguido para o efeito a Nordeste da Praça de Armas do Castelo.

6.5O material telefónico A partir da criação dos telefones Bell, em 1876,

os

começaram

processos a

telefónicos

generalizar-se,

por

permitindo

fios ao

exército a transmissão a grandes distâncias e a telefonia automática. Fig26-Telefone antigo do museu de Palmela, no Castelo

O primeiro material deste género utilizado pelo exército português, terá sido de origem

sueca, da marca Ericsson. Telefones, Fullerfones, Telefones Acústicos, Telefones Acústico Magnéticos e Comutadores Telefónicos são exemplos de equipamentos telefónicos utilizados nas redes permanentes e de campanha do Serviço de Transmissões militares.

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CONCLUSÃO Ao realizar este trabalho pude realmente juntar o útil ao agradável. Primeiro, porque falei sobre um tema que gosto muito que se baseia na história de Portugal e neste caso da cidade de Setúbal. Em segundo lugar, temos o factor opurtuno de estar inserido na matéria de Área de Integração. A parte histórica da região de Setúbal, é rica em acontecimentos históricos que constituem uma bonita parte das conquistas de Portugal. Em suma, fiquei a conhecer uma fortaleza com um nível estratégico fantástico e um Castelo rico em história e em beleza. Ao realizar o meu trabalho de campo, visitando as duas estruturas vi de perto grandes muralhas, objectos antigos, ruínas esmagadoras, mas sobretudo diverti-me imenso ao visitar dois pontos turisticos de Portugal e da minha região. O que aprendi de concreto? Muita coisa. Mas dou destaque ao museu sobre o espaço de transmissões militares que não conhecia e é muito interessante, ficando com a realização do meu trabalho a conhecer melhor a maneira como os militares da época comunicavam entre si. O resto do trabalho é história de Portugal e já tinha algumas noções, mas serviu para recordar e viver toda a cultura militar da minha região.

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BIBLIOGRAFIA E NETGRAFIA •

Pimentel, A.(). Memória Setúbal



Almeida, R, (2000/2001). A propósito de Setúbal. Universidade Moderna. Pág. 39



Tesouros Artísticos

de

Portugal,

Selecções

do

Reader

Digest.

Pág.520/521 •

Www.Guiadacidade.pt/Portugal



http://pwp.netcabo.pt/cdhanani/setubalcultural/militar/militarfilipe.htm



Documentos e Panfletos fornecidos nos locais estudados

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ANEXOS

Fotografias Aqui ficam algumas fotografias tiradas durante o meu trabalho de campo. Achei interessante colocar, não só para confirmar que lá estive mas tambem porque são fotografias em que se nota que um trabalho escolar não é preciso ser só trabalho.

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A minha opinião Resolvi colocar em Anexo a minha opinião sobre as visitas que efectuei às duas estruturas militares que estudei. Em primeiro lugar é triste ver as condições em que se encontram a fortaleza de São Filipe em Setúbal. Locais do Forte estão vandalizados, com escritas nas paredes e objectos que certamente não pertenceram à época podem ser encontrados ao visitarmos o forte. Acho que as autoridades locais deviam ter mais em conta a preservação de um local histórico como é o Forte de São Filipe de Setúbal. As pessoas que encontrei foram muito simpáticas, mas é curioso não ter encontrado um único vigilante ou seguraça. Já no Castelo de Palmela, a situação é diferente. Acho que até por ser um castelo tem muito mais motivo de interesse e está muito melhor preservado. Encontrei muitos vigilantes e alguns deles até me colocaram óbstaculos no meu trabalho de campo. E assim é que tem de ser. Às vezes ia para um local onde não podia estar e lá vinham “ralhar” comigo. Os museus arqueologicos e militares estão muito bem estruturados e têm muita informação histórica. É pena é haver uma parte do castelo, onde se nota uma espécie de piscina que fizeram não sei bem porquê? Ainda por cima está cheia de Terra, chegando mesmo a parecer uma espécie de aterro. Estraga um pouco o visual do castelo. Mas em suma, fiquei satisfeito. Diverti-me, trabalhei, cumpri os meus objectivos e ganhei um maior conhecimento. Como trabalhei sozinho, pedi a ajuda de um colega próximo. Desde já agradeço ao meu amigo Álvaro Ramos que se disponibilizou a ajudar-me no trabalho de campo. Gostei de fazer este trabalho e espero continuar a fazer trabalhos onde possa por em prática este lado mais expressivo e dinâmico.

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Ficha Modelo de Apresentação do Pré-Projecto Ano _10 º Turma I Fábio Daniel Hermínio Machuqueiro nº 8 10ªI Grupo de Trabalho

1.Tema/ Problema a investigar

2. Objectivos

Património militar da região de Setúbal – Fortaleza de São Filipe e Castelo de Palmela

Identificar as origens do património militar da região e a sua história, dando a conhecer as várias estruturas estudadas. Compreender de que forma cada estrutura militar influenciou a história da região no que diz respeito à protecção do nosso património. O que é o património militar de Setúbal.

3. Estrutura do Trabalho (conteúdos a estudar)

4. Recursos (Humanos e Materiais)

As principais estruturas ligadas ao património militar da região Castelo de Palmela e Forte de São Filipe) A história ligada a cada edificação A forma como cada estrutura pretendia defender o território recorrendo às estruturas militares. Computador; Acesso à Internet; Visitas às estruturas estudadas de forma a recolher material Máquina fotográfica – fotografia Câmara digital – Filmagem das estruturas a estudar Informações pedidas ao pessoal responsável pela manutenção e protecção de cada estrutura estudada

5.Cronograma (Calendarização) Fases do Trabalho Apresentação do Pré-Projecto

Datas 23 de Outubro

Entrega do trabalho escrito

17 de Novembro

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Apresentação de Power Point

6. Formas de Apresentação

18 de Novembro

Apresentação em Power Point recorrendo a texto com música e vídeos para suporte (Cerca de 20 minutos) Trabalho escrito a ser entregue para posterior avaliação

Gosto pela cultura correspondente ao património militar da região nomeadamente o Castelo de Palmela e a Fortaleza de São Filipe 7. Justificação do Tema

8.Bibliografia

Factor militar, que constitui uma grande parte da história da nossa região, logo a sua apresentação pode ser interessante. - Pimentel, A.(). Memória Setúbal -Almeida, R, (2000/2001). A propósito de Setúbal. Universidade Moderna. Pág. 39 -, Tesouros Artísticos de Portugal, Selecções do Reader Digest. Pág.520/521 - Www.Guiadacidade.pt/Portugal - Documentos e Panfletos fornecidos nos locais estudados que poderão ser inseridos como anexos.

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Apreciação e Aprovação professor do projecto pelo

Ano

Observaçõe s

Data - ___/____/_____

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