DEUS NO SALMO 23
Reconheço em mim uma acentuada parcela de atrevimento ou de ousadia, quando me proponho a escrever um artigo bíblico embasado no nobre salmo 23. Salmo do pastor ou de confiança em Deus. No entanto, não posso e não quero esconder o ardente desejo que sinto, nesse momento, de compartilhar com os meus amados irmãos e amigos as minhas descobertas e experiências no Reino de Deus; algo que, inexpressivo para os doutos, tem marcado a minha existência. Digo que é ousadia, sem falsa modéstia, porque o salmo 23 é muito conhecido até por quem nunca leu nada na Bíblia Sagrada, mas lê calendários, azulejos, tabuletas, pára-choque de caminhão, camisetas etc etc. Logo, falar de quem é muito conhecido é mais ou menos como “chover no molhado”, como diz o povo. Ao ver Senhor dos senhores agindo sete sublime salmo do famoso guerreiro e rei Davi, provisão, nota-se a nítida presença de Deus supremo texto da literatura religiosa de todos os lugares do mundo.
vezes no salmo de no mais tempos e
A presença de Deus nesse salmo messiânico é tão ostensiva, que se pode identificar (como, a rigor, já foi feito por homens de Deus) os sete nomes compostos ou redentores de Deus no aludido texto sagrado. Jeová-Jirê, nome revelado em Gn 22:14 (que corresponde à expressão “O SENHOR proverá”), está no salmo em análise, no versículo primeiro que diz: “O Senhor é o meu pastor e NADA ME FALTARÁ”. Jeová-Jirê é Deus na qualidade de provedor ou mantenedor.
No livro dos Juízes, capítulo seis, versículo vinte e quatro, a Bíblia Sagrada tem o seguinte texto: “então, Gideão edificou ali um altar ao Senhor e lhe chamou SENHOR É PAZ; e ainda até ao dia de hoje está em Ofra dos abiezrita”. O Senhor é paz não é outro, senão JeováShalom, nome composto de Deus, que se identifica na expressão: “águas tranqüilas” ou de “descanso”. Oportuno lembrar, segundo os estudiosos, que ovelhas não bebem em correntezas fortes, nem em cachoeiras, mas em águas tranqüilas e gostam de pastos verdes. Ovelha enfraquece quando o pasto fica mucho ou escasso. O terceiro nome composto ou redentor de Deus corresponde ao médico dos médicos e que continua sarando, conforme Ele mesmo afirma no segundo livro de Moisés chamado Êxodo, 15:26: “Porque eu sou o SENHOR, que te sara”. Trata-se de Jeová-Rafá, que se encontra na seguinte passagem: “Refrigera a minha alma”. (Sl. 23:3a). “O Senhor é nosso médico”. Ainda na mencionada referência bíblica, Sl. 23:3b, o inspirado salmista escreveu: “Guia-me pelas veredas da justiça...” Ora, “o Senhor justiça nossa” é um dos nomes compostos de Deus, identificado como Jeová-Tsidkeniu, noticiado por Jeremias no capítulo 33:16: “Naqueles dias, Judá será salvo e Jerusalém habitará seguramente; e este é o nome que lhe chamarão: o Senhor é nossa justiça”. Este é, até aqui, o quarto nome redentor de Deus no aludido salmo 23. Mais três nomes podem ser vistos a seguir. No ultimo versículo do livro que leva seu nome, o profeta Ezequiel escreveu: “Dezoito mil medidas em redor; e o nome da cidade desde aquele dia será: o Senhor está ali”. A presença de Deus faz toda diferença. “Se a tua presença não for conosco, não nos faças subir daqui” (Ex. 33:15). Sem a presença de Deus, o homem não pode nada, mais com Deus o homem mata leão e urso com as
próprias mãos e derruba gigante como se estivesse derrubando passarinho. Sem a presença de Deus o homem enlouquece, como Saul, mas com Deus se torna sábio como Salomão. Sem a presença de Deus o homem diz: “Vou pescar”, mas com Deus o mesmo homem se torna um ousado pregador das boas novas de salvação. Sem Deus, são dois cabisbaixos batendo em retirada e falando bobagens; quando Deus chega, “os corações começam a arder” e eles voltam para as fileiras do Senhor. Com Deus, o homem é vaso: cai, quebra, mas pode ser aproveitado. O barro está mole molhado com muitas lágrimas. Sem Deus, o homem vira botija. Barro endurecido. Cai. Quebra. Não pode mais ser aproveitado. Vai para o lixão da humanidade. O Deus presente é Jeová-Shamá, lembrado por Davi no versículo quatro (Sl. 23:4): “Porque tu estás comigo”. Bem aventurado o homem que desfruta da doce e indescritível presença de Deus. “E Moisés edificou um altar, e chamou o seu nome: O SENHOR é minha bandeira”. Ex. 17:15. O Senhor é nossa vitória. O sentimento de vingança é deplorável sob todos os aspectos. A vingança pertence a Deus. (Dt. 32:35). Quem mata os inimigos jamais poderá dizer que esta sendo vitorioso na presença deles. Davi, como poeta e profundo adorador, colocou Jeová Nissi no versículo cinco do seu magnífico salmo 23 e o fez com tinta bem forte: “Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos”. É verdade. O salmista Davi, o mais notável, invocou os sete nomes compostos de Deus. Ainda no citado versículo cinco, ele inclui o último dos sete: Jeová-Mekadesh: “o Senhor que santifica”. Jesus, orando por seus seguidores, clamou ao Pai: “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade”, Jo.
17:17. O escritor aos Hebreus foi muito claro e objetivo: “segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb. 12:14). Está fora de dúvida o fato de que o homem não pode ser santificado, senão por Deus, segundo as Escrituras Sagradas (Lv. 28:8). Com muita convicção, o extraordinário salmista Davi, assegura: “unges a minha cabeça com óleo”. Eis, portanto, Jeová-Mekadesh, “o Senhor que santifica”. Fui vaqueiro, antes de ser Promotor de Justiça e Pastor Evangélico, mas não entendia, àquela época, porque o gado vacum segue na frente do vaqueiro e pode ser tocado aos gritos, enquanto as ovelhas atendem ao chamado e vão atrás do vaqueiro, ops! Quer dizer, do pastor. Como é lindo e glorioso ser pastor de ovelhas, mesmo que estas sejam alheias. Pastor que conhece o CAMINHO. Pastor que conduz as ovelhas, ao aprisco, chamando-as pelo nome de cada uma delas, como era no passado. É mesmo glorioso ser pastor que “FAZ”, que “LEVA”, que “REFRIGERA”; pastor que “GUIA”, que “ESTÁ PRESENTE”, que “PREPARA” pasto (mensagem) para as ovelhas e que “UNGE” cabeça de cada ovelha. Este é, sem dúvida, o “SALMO DO PASTOR”. Deus está inteiramente neste salmo. Amém!