A PRESSA DE ABIGAIL “Então Abigail se apressou...” 1º Sm 25:18 a A impiedosa sentença já estava assinada e seria cumprida em poucas horas por uns quatrocentos homens valentes. ”Até à luz da manhã, nem mesmo um menino” sobraria no Carmelo. Teria sido a pior, a mais tenebrosa das noites, se a linda Abigail não tivesse se apressado. Muitos estavam correndo um grave risco, por causa das atitudes de um homem louco. É tremenda a aplicação dessa passagem das Escrituras Sagradas nos dias de hoje, quando muitos estão correndo um grave risco de morrerem sem a salvação de suas almas, numa longa e terrível noite de densas trevas da ignorância. Alguém precisa se apressar. Assumir riscos e a culpa dos outros, como fez Abigail, descendo da sua confortável situação. É evidente na experiência de Abigail a rica recompensa dada por Deus. Ela se tornou rainha. Abigail “desceu pelo encoberto do monte” e vendo a Davi apressou-se e desceu do jumento. Desceu pela terceira vez e prostrou-se sobre o seu rosto diante de Davi e se inclinou à terra. Enquanto sobrava insensatez e muita loucura em Nabal, o louco marido de Abigail, nela sobrava humildade e grandeza de espírito, pois assumiu “a transgressão” de um homem que se deleitava em
sua mansão, entorpecido pela embriaguez alcoólica, como muitos fazem nos dias atuais, sem saber que a morte está á caminho de sua casa. É bom o entendimento de que, em algumas situações, a melhor solução deve ser a paciência, mas em alguns casos o Senhor recomenda pressa: “Zaqueu, desce de pressa”. Não é demais lembrar que Davi estava sendo preparado para ser o grande rei de Israel, conseqüentemente as provas a ele aplicadas pelo o Eterno eram proporcionais ao cargo que ocuparia por desígnio de Deus. Davi foi aprovado. Abigail também passou por uma severa prova, para ser rainha, e foi igualmente aprovada: “Sobe em paz à tua casa; vês aqui que tenho dado ouvidos à tua voz e tenho aceitado a tua face”. (1º Sm 25:35 b). É lindo quando alguém tem a coragem de descer do seu Carmelo da soberba e da vaidade, enquanto outrem fica lá em cima cheio da loucura da arrogância e da auto-suficiência: “Tomaria EU, pois, o MEU pão, e a MINHA água, e a carne das MINHAS reses que (EU) degolei para os MEUS tosquiadores e daria a homens que EU não sei de onde vem?” (1° Sm 25:11) É bom descer e lembrar que tudo pertence ao Senhor nos céus e na terra (1° Cr. 29:11). É preciso descer com pressa para ajudar “os que estão destinados à morte”. Agindo com pressa, pode-se salvar “os que são levados para a
matança.” Pv. 24:11. O tempo está próximo. É forçoso agir com muita pressa, pois, como no passado, muitos estão afogados em muitos vinhos. Vinho da ganância, vinho da cobiça, vinho da incredulidade etc. Ora, o vinho, literalmente falando, “é escarnecedor, e a bebida forte, alvoroçadora; e todo aquele que neles errar nunca será sábio.” Pv 20:1. E tem muito mais: os ais, os pesares, as pelejas, as queixas, as feridas sem causa, os olhos vermelhos, os lares desfeitos, os graves acidentes perfeitamente evitáveis, são ”para os que se demoram perto do vinho, para os que andam buscando bebida misturada.” Pv 23:29-30. A Bíblia Sagrada diz que quando a futura rainha Abigail retornou ao Carmelo “tinha em sua casa um banquete, como um banquete de rei; e o coração de Nabal estava alegre nele, e ele já muito embriagado...” 1° Sm 25:36. Longe de ter “prazer na lei do Senhor”, Nabal estava alegre pelo vinho e vivendo, como muitos hoje, uma grande mentira, pois ele estava muito longe de ser rei. Logo, não tinha motivo para realizar “banquete de rei.” Nabal viveu mais alguns dias, quase dez, mas foi ferido por Deus e morreu. Chamada para ser rainha, mais uma vez Abigail se apressou, e se levantou, e seguiu os mensageiros de Davi e foi sua mulher. Nabal era louco mesmo! Misericórdia!