Contabilidade Custos Conteudo Parte 2

  • May 2020
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GRADUAÇÃO CIÊNCIAS CONTÁBEIS O curso de Ciências Contábeis da UNIFAE está voltado para as necessidades da profissão de Contador e tem acompanhado as transformações motivadas pela globalização dos mercados. Essa profissão é uma das mais respeitadas e indispensáveis, especialmente devido ao aperfeiçoamento das instituições brasileiras que estão se consolidando. Nesse contexto, todos devem preocupar-se com a transparência de suas informações contábeis.

DISCIPLINA CONTABILIDADE DE CUSTOS Professor : EDUARDO BARATA (Ainda que a obrigação de ensinar seja conseqüência do amor aos demais, a obrigação de continuar aprendendo, cada dia, é conseqüência do amor à verdade. Santo Agostinho)

OBJETIVO

Transmitir ao aluno o modo pelo qual deve ser implementada a contabilidade para fins de valorização de estoques e apropriação dos custos para a apuração do resultado nas empresas industriais, em conformidade com a legislação societária e fiscal pertinente, considerando ainda os aspectos gerenciais dos custos para tomada de decisão.

EMENTA Introdução à contabilidade de custos. Confrontação entre contabildiade de custos, contabilidade financeira e contabilidade gerencial. Terminologia contábil e implantação de sistemas de custos. Classificações e nomenclaturas de Custos. Esquema básico de contabilidade de custos. Custos diretos e indiretos de fabricação. Contabilização dos custos de produção, o custo do produto vendido e a demonstração de resultado. Aplicação dos custos indiretos de fabricação.

Sistemas de custeamento. Aspectos fiscais relativos a

avaliação de estoques.

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

2 Sistemas e Gerenciamento de Custos A Contabilidade de Custos é orientada para gestão  Funções relevantes: CONTROLE E TOMADA DE DECISÕES  Capacidade de gerar Sistema Gerencial de Informações. Podemos apresentar o sistema geral de contabilidade de custos em três segmentos básicos:

MÉTODOS DE CUSTEIO Custos do Produto X Custos do Período Custeio Variável / Direto Custeio por Absorção Custeio Integral Custo ABC Custeio RKW FORMAS OU SISTEMAS DE CUSTEIO Mensuração Custo Real Custo Estimado / Orçado Custo Padrão SISTEMA DE ACUMULAÇÃO DE CUSTOS Produtos ou Serviços / Processo Produtivo Produção por Encomenda Produção Seriada ou Contínua Produção em Massa Produção por Operação Produção por Atividades Custeamento por Ordem Custeamento por Processo ou Atividades Custeamento Híbrido

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2.1 Custos por Acumulação Partindo do PROCESSO PRODUTIVO da empresa e seu CICLO OPERACIONAL, a empresa tem condições de escolher o SISTEMA DE ACUMULAÇÃO DE CUSTOS que se coordena com seu processo produtivo e que deve indicar os caminhos para a coleta, processamento e saída de informações para o custeamento dos produtos. É o segmento estrutural de banco de dados da contabilidade de custos. O MÉTODO DE CUSTEIO define como deve ser feito o custeio dos produtos a ser adotado pela empresa. Enquanto o sistema de acumulação está atrelado ao processo produtivo e ao ciclo operacional, o método de custeio depende da visão conceitual que a empresa tem sobre o método ideal de custeamento dos produtos. As FORMAS DE CUSTEAMENTO são as opções de mensuração dos elementos obtidos pelo sistema de acumulação que foram determinadas pelo processo produtivo e pelo método de custeio adotado. Aspectos principais das informações sobre os produtos e custos industriais devem ser observados para facilitar o sistema de coleta, armazenamento e tratamento de dados: ESTRUTURA DO PRODUTO  ENGENHARIA DE PRODUTO PROCESSO DE FABRICAÇÃO  ENGENHARIA DE FÁBRICA OU DE PROCESSO ATIVIDADES  IDENTIFICAÇÃO DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL QUE PRODUZ UM BEM OU SERVIÇO PARA O PRODUTO OU PARA O PERÍODO E QUE CONSOME RECURSOS. UNIDADES DE ACUMULAÇÃO DE CUSTOS  CENTROS DE CUSTOS DEPARTAMENTOS FABRIS  DIRETOS E INDIRETOS ACUMULAÇÃO DE DADOS  POR PROCESSO, POR ORDEM, HÍBRIDA OU POR OPERAÇÕES.

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2.2 Custeio por Absorção Custeio por ARSORÇÃO é o método derivado dos Princípios de Contabilidade Geralmente Aceitos. Consiste na APROPRIAÇÃO de TODOS os custos de produção aos bens elaborados  todos os gastos relativos ao esforço de produção são distribuídos para TODOS os PRODUTOS.

CUSTO POR ABSORÇÃO ESQUEMA

BÁSICO

CUSTOS Indiretos

Diretos

CRITÉRIOS DE RATEIO

VENDAS BRUTAS (-) Deduções de Vendas RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS

PRODUTO A PRODUTO B

ESTOQUES

(-) CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS (=) RESULTADO BRUTO

PRODUTO C

(-) Despesa de Vendas (-) Despesa Administrativa

DESPESAS

(-) Res. Financeiro Líq. (+) Outras Receitas Líq. (=) RESULTADO OPERACIONAL

1 - Separação entre CUSTOS e DESPESAS CUSTOS DE PRODUÇÃO DESPESAS COMERCIAIS DESPESAS ADMINISTRATIVAS 2 - Apropriação dos CUSTOS DIRETOS * Matéria-Prima Mão de Obra Direta 3 – Apropriação dos CUSTOS INDIRETOS ** Mão de Obra Indireta / Energia Elétrica Depreciação / Seguros Materiais de consumo Manutenção Câmpus Centro

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Obs: * Custos DIRETOS  Custos diretamente relacionados ou apropriados aos produtos, bastando haver uma medida de consumo. Ex: quantidade em unidades ou quilogramas de matéria prima, horas da mão de obra direta. ** Custos INDIRETOS  Custos indiretamente vinculados aos produtos. Qualquer tentativa de alocação tem de ser feita de maneira indireta por critérios de rateio ou estimativas. Ex: aluguel, manutenção, salários da mão de obra de apoio a produção.

DEPARTAMENTALIZAÇÃO Departamento é a unidade mínima administrativa para a Contabilidade de Custos, representada por pessoas e máquinas (na maioria dos casos), onde se desenvolvem atividades homogêneas. Os departamentos normalmente possuem um responsável pela sua gestão. Departamentos de Produção  atuam sobre o produto. Exemplos: Fabricação, Montagem, Pintura, Usinagem, Forjaria, Perfuração, Corte e dobra, Acabamento Departamentos de Serviços  execução de serviços auxiliares. Exemplos: Almoxarifado, Manutenção, Planejamento e controle da produção, Administração da produção, Qualidade, Ferramentaria, Engenharia de processo, Engenharia de produto, Expedição. Função da DEPARTAMENTALIZAÇÃO  Efetuar a apropriação RACIONAL de CUSTOS INDIRETOS ou forma mais adequada. Pode-se alocar aos DEPARTAMENTOS 



Custos e Despesas -



Equipamentos – horas máquinas



Pessoas – horas homem.

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DEPARTAMENTOS  DIVISÃO para controle  CENTROS DE CUSTOS Subdivisão por CENTROS DE CUSTOS  Unidade mínima de acumulação de custos. Quando coincide com o próprio departamento, torna-se unidade administrativa. 1 - Departamento que contenha quase exclusivamente custos FIXOS* precisa ser rateado para outros departamentos, quer de PRODUÇÃO ou de SERVIÇOS. Regra geral  base de potencial de utilização

2 - Departamento que contenha quase exclusivamente custos VARIÁVEIS** precisa ser rateado para outros departamentos, quer de PRODUÇÃO ou de SERVIÇOS. Regra geral  base de serviço realmente prestado * Custos FIXOS  Custos com valor determinado que não variam de acordo com o volume de produção de um período. Ex: mão de obra indireta, depreciação, aluguel. ** Custos VARIÁVEIS  O consumo dos custos diretos dependem diretamente do volume de produção. Quanto maior a quantidade produzida, maior o consumo. Ex: matérias-primas, componentes, embalagens. Exemplo clássico : Departamento de Manutenção (CRITÉRIO MISTO) PROCESSO 1 PARTE FIXA Com base no potencial de utilização (média dos últimos meses) Salário da Mão de Obra Indireta PARTE VARIÁVEL Com base no número de horas (mensuração por serviço prestado) Materiais aplicados nos serviços

PROCESSO 2

PROCESSO 3

PROCESSO 4

Total

25%

40%

15%

20%

100% R$

45%

35%

20%

/////////////

100% R$

CUSTOS TOTAIS

35%

38%

18%

10%

100%

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EXERCÍCIO _07

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EXERCÍCIO _08

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2.3 Custeio por Ordem de Produção e/ou Encomenda A produção por ordem de produção é um sistema no qual cada componente do custo do produto é acumulado numa ordem de produção específica. Pode-se afirmar que na determinação do custo, cada lote de produtos ou serviços encomendados é uma unidade de produção. Características principais: As ordens de produção são emitidas e seus custos acumulados para cada produto ou lote de produção; O custeamento por ordem de produção é usado em indústrias cuja produção é intermitente e cujos produtos ou lotes podem ser perfeitamente identificados no processo de fabricação. Isso ocorre principalmente em relação à produção não padronizada e não repetitiva; Identifica a produção por lotes diferentes de produtos durante o processo de fabricação, ou de cada encomenda específica; Esse sistema de produção e de custeamento é mais comum nas seguintes atividades: Atividade industrial Produção por ordem  indústrias pesadas, construção naval e embarcações, aeronaves, máquinas e equipamentos agrícolas, construção civil voltada a atividades governamentais, produtos especiais, de móveis, construção civil, confecção de moda, etc. Atividade de serviços Produção por ordem  escritórios de engenharia, auditoria, consultoria, planejamento etc. As ordens de produção – OP’s – são emitidas para dar início à execução da produção de determinada unidade ou lote de produção. A OP acompanha o produto em cada etapa do processo fabril até o estágio de acabamento, onde é encerrada. O termo ordem de serviço é utilizado pelas empresas de serviços e segue a mesma metodologia das ordens de fabricação.

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2.4 Custeio por Processo de Produção Contínua ou Por Processo O sistema de custeamento por produção contínua ou por processo destina-se a acumular os custos nas empresas em que a fabricação dos produtos ou a prestação de serviços se caracterizam por produtos padronizados, produção contínua ou intermitente e demanda constante e previsível. Características principais: Os custos são acumulados por departamentos ou centros de custos, sendo esse um ponto fundamental; Os custos dos departamentos auxiliares – ou não produtivos – são alocados aos departamentos produtivos de acordo com diversos critérios de rateio; O custo unitário de cada unidade produzida é obtido pela divisão do custo total de cada departamento pelo volume de produção. Esse sistema de produção e de custeamento é mais comum nas seguintes atividades: Atividade industrial Produção contínua  indústria de cimento, química e petroquímica, produtoras de plásticos, borracha, fertilizantes, de álcool, de açúcar, indústrias têxteis, de vestuário, automobilística, produtos alimentícios, farmacêuticas, siderúrgicas, eletrodomésticos etc. Atividade de serviços Produção contínua  companhias de saneamento, telefonia, energia elétrica etc

Diferenças no tratamento contábil PRODUÇÃO POR ORDEM Os custos são acumulados numa ordem de produção ou conta específica para cada ordem ou encomenda que são encerradas no término da produção ou apontamento da ordem, podendo permanecer em produtos em elaboração até o seu encerramento. A contabilização pode ser feita de forma analítica, acompanhando todas as fases de produção, ou pode ser sintética, transferindo os custos de suas contas por natureza diretamente às ordens, sem passar pelos departamentos. Essa fase de transição ficaria suportada nos papeis de trabalho ou planilhas desenvolvidos para fazer os controles de custos. PRODUÇÃO CONTÍNUA Os custos são acumulados em contas representativas das diversas linhas de produção e são encerradas no fim de cada período de apuração. Como os produtos transitam em diversos departamentos, devem existir medidas e parâmetros para a correta avaliação dos critérios de rateio utilizados em cada fase de produção.

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Outros aspectos relevantes A contabilidade de custos define a forma como os custos são acumulados no sistema de custos segundo a característica da empresa e de seu processo de produção. Devemos levar vários fatores em consideração para a melhor opção da forma como os custos serão apurados O Sistema de Custeio utilizado depende de  Estrutura organizacional Departamentalização Procedimentos operacionais Processos de manufatura Controles físicos Independente do tipo de produção, se por ordem ou contínua, os custos indiretos são acumulados nos diversos departamentos para depois serem alocados aos produtos. Algumas empresas pela característica do produto podem utilizar os dois tipos de sistema de acumulação de custos. Exemplos: embalagens, automobilística, eletrodomésticos etc.

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EXERCÍCIO __

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3. Custos para Tomada de Decisão e Controle 3.1 Custeio Variável ou Direto Este sistema fundamenta-se na separação dos gastos em VARIÁVEIS* e FIXOS**, isto é gastos que oscilam proporcionalmente ao VOLUME da produção e vendas e gastos que se mantém estáveis perante o volume de produção e vendas, oscilando dentro de certos limites. * Custos VARIÁVEIS  O consumo dos custos diretos dependem diretamente do volume de produção. Quanto maior a quantidade produzida, maior o consumo. Ex: matérias-primas, componentes, embalagens. ** Custos FIXOS  Custos com valor determinado que não variam de acordo com o volume de produção de um período. Ex: mão de obra indireta, depreciação, aluguel. O total dos custos variáveis oscila proporcionalmente ao volume da produção, entretanto, o custo variável por UNIDADE mantém-se constante dentro do intervalo da análise. Exemplo : Custo Varável - MATÉRIA PRIMA

Período

Consumo p/ Un. Produzida

Período 1 Período 2 Período 3

2 kg 2 kg 2 kg

Custo por KG R$ R$ R$

12,00 12,00 12,00

Custo por Un Produzida R$ R$ R$

Qtde Produzida

24,00 24,00 24,00

2.000 3.000 2.500

Custo Total R$ R$ R$

48.000,00 72.000,00 60.000,00

Os custos fixos em valores absolutos são estáveis, isto é não sofrem oscilação em função do volume de produção, porém quando convertidos em custos por unidade de produto, o valor desses custos torna-se variável. Exemplo: Custo Fixo - ALUGUEL DO EDIFÍCIO DA FÁBRICA

Período Período 1 Período 2 Período 3

Pgto por Período R$ R$ R$

12.000,00 12.000,00 12.000,00

Qtde Produzida 2.000 3.000 2.500

Custo Total R$ R$ R$

6,00 4,00 4,80

Os defensores da utilização dos custeio variável/direto como instrumento gerencial se valem de três argumentos principais: 1 Os custos fixos, por sua natureza, existem independentemente da fabricação ou não de determinado produto ou do aumento ou redução da quantidade produzida. Os custos fixos Câmpus Centro

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podem ser encarados como encargos necessários para que a empresa tenha condições de produzir e não debitado como encargo de um produto específico. 2 Por não estarem vinculados a nenhum produto específico ou a uma unidade de produção, eles sempre são distribuídos aos produtos por meio de critérios de rateio, que contêm, em maior ou menor grau, a arbitrariedade. A maioria dos rateios é feita com a utilização de fatores, que na realidade, não vinculam cada custo a cada produto. Em termos de avaliação de estoques, o rateio é mais ou menos lógico. Todavia, para a tomada de decisão, o rateio, por melhores que sejam os critérios, não consegue definir o custo real de cada produto. Basta verificar, que a simples modificação de algum critério de rateio pode fazer um produto não rentável passar a ser rentável e isso sob a ótica gerencial influencia muito a análise de rentabilidade, deixando margem para não confiar mais na contabilidade de custos. 3 Finalmente, o valor dos custos fixos a ser distribuído a cada produto depende, além dos critérios de rateio, do volume de produção. Assim, qualquer decisão com base em custo, deve levar em consideração, também, o volume de produção. Além disso, o custo de um produto poderá variar em função da variação de quantidade produzida de outro produto. Por essas razões e por sua grande utilidade para otimizar decisões, o custeio direto / variável tende a ser muito utilizado como ferramenta de gestão de custos. Todavia, tendo em vista que esse sistema não atende aos princípios contábeis geralmente aceitos e não é permitido pela legislação tributária, sua utilização é limitada à contabilidade para efeitos internos da empresa, a chamada contabilidade gerencial. EXERCÍCIOS PROPOSTOS

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EXERCÍCIO _

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3.2 Custo Padrão ou Standard Uma das principais utilidades de um bom sistemas de custos é servir como ferramenta de controle sobre as atividades produtivas, em todas as suas fases seus departamentos. Custo Padrão  Sistema para apuração, análise e controle de custos CONTROLAR significa conhecer a realidade, compará-la com o que foi previsto, tomar conhecimento rápido das divergências e suas causas e tomar atitudes para sua correção. Para poder ser considerado como parte integrante do mencionado conjunto de normas e procedimentos de controles internos, o sistema de custos deve estar estruturado para fornecer respostas as seguintes questões, entre outras:  Conhece-se a origem e aplicação de cada um dos gastos dos departamentos produtivos (diretos) e não produtivos (indiretos) da empresa?  Os gastos incorridos realmente são necessários para atender as necessidades de produção?  Estão dentro dos padrões previamente estabelecidos e ou aceitáveis?  Quando ocorrem desvios entre os gastos reais em relação as metas previamente definidas, o sistema permite a rápida constatação das causas e/ou motivos dos desvios?  A análise de custos permite ou fornece os subsídios para a correção de todos os desvios? Um dos melhores meios para que a Contabilidade de Custos atenda a tais princípios de controles internos é a adoção do CUSTO-PADRÃO Conceitua-se Custo Padrão como aquele determinado, a priori, como sendo o custo normal de um produto. É elaborado considerando um cenário de bom desempenho operacional, porém levando em consideração eventuais deficiências existentes nos materiais e insumos de produção, mão de obra etc. De qualquer forma é um custo possível de ser alcançado. Caracteriza-se pela determinação, com antecedência e com base em análise e estudos especializados (engenharia de produto e processo), dos custos de cada produto ou de uma linha de produção. É o custo predeterminado das operações, considerando a quantidade de matérias-primas, o tempo de mão de obra que se calcula necessários em condições normais de operação, os valores que se espera pagar pelos materiais e salários, e ainda os custos indiretos e fixos, durante determinado período, incorridos e normais em relação à capacidade de produção.

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Vantagens do Custo-Padrão A. Eliminação de falhas no processo produtivo  análise das condições normais de produção B. Aprimoramento de controles  acompanhamento do consumo dos recursos e constatação de desvios ao padrão estabelecido. C. Instrumento de avaliação de desempenho  medição e maximização do desempenho de diversas atividades fabris. D. Contribuir para o aprimoramento dos procedimentos de apuração do custo real  análise das variações entre o custo real e o custo padrão, complementando o sistema de custos utilizado. E. Rapidez na obtenção de informações  agilidade de obtenção das informações de vendas, orçamentos, planejamento e simulações de custos destinados aos usuários da contabilidade.

Procedimentos para determinação do CUSTO-PADRÃO O custo-padrão é determinado a partir das medidas técnicas de produção, as quais são definidas com base nos processos. Inicialmente quantifica-se o consumo e a utilização das matérias-primas, da mão-de-obra, dos custos indiretos de fabricação e dos demais materiais e insumos necessários à produção de uma unidade do produto. Em seguida, associa-se o custo monetário a esses padrões de consumo de materiais e mãode-obra, sendo que o custo-padrão

será o resultado da multiplicação dos padrões de

consumo pelo respectivo padrão monetário. Tanto os padrões de consumo como os padrões monetários devem ser revisados e alterados sempre que ocorrerem mudanças nas especificações técnicas dos produtos, qualidade ou mudanças de materiais, nível de mão-de-obra, alterações tecnológicas de equipamentos, ou seja basicamente em todas as mudanças monetárias nos custos de produção aceitas como normais.

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Aplicação prática do Custo Padrão Nossa empresa produz 3 tipos de bicicletas utilizando as seguintes quantidades de horas de mão de obra direta e de horas de máquinas determinadas por meio de amostragem estatística, cronometragem do tempo real despendido no processo de montagem e especificações técnicas do departamento de engenharia: Horas MOD Em Unidades MONTAGEM PINTURA ACABAMENTO TOTAL Horas MÄQ Em Unidades MONTAGEM PINTURA ACABAMENTO TOTAL

BIKE

CROSS

CITY

Custo Total

3 2 1 6

4 3 2 9

6 5 4 15

13 10 7 30

BIKE

CROSS

CITY

Custo Total

3 3 2 8

5 4 3 12

7 6 5 18

15 13 10 38

No período normal de operações são produzidas as seguintes quantidades: Produção por Período Em Unidades TOTAL

BIKE

CROSS

CITY

Custo Total

1200

800

600

2600

Foram orçados e classificados os seguintes gastos incorridos no período normal de operações : Orçamento de Gastos Custos indiretos dos produtos Custos diretos dos produtos Despesas

$ 127.777 287.800 68.650

Total

484.227

Nos controles de fichas técnicas, identifica-se com precisão o valor dos custos de materiais diretos consumidos por unidades produzidas: Custo da Produção Materiais Custo Diretos Unitário Por Unidades Componente A 3 Componente B 5 Componente C 6 TOTAL

Câmpus Centro

Q 4 2 3 9

BIKE $ R$ R$ R$ R$

12,00 10,00 18,00 40,00

CROSS Q 4 4 3 11

R$ R$ R$ R$

CITY $

Q

12,00 20,00 18,00 50,00

5 3 5 13

$ R$ R$ R$ R$

15,00 15,00 30,00 60,00

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Determinando o padrão de custos de mão-de-obra direta : Produção por Período

BIKE

CROSS

Custo Total

CITY

Em Unidades TOTAL

1.200

800

600

2.600

Horas de MOD Total de Horas por Produto

6 7.200

9 7.200

15 9.000

30 23.400

Salários e encargos sociais

R$ 163.800,000

TAXA PADRÃO DE CUSTOS de MOD por unidade

R$

CUSTO-PADRÃO DE MOD POR UNIDADE

R$

42,000

R$

63,000

R$

7,00

105,000

Determinando o padrão de custos indiretos de fabricação : Produção por Período

BIKE

CROSS

Custo Total

CITY

Em Unidades TOTAL

1.200

800

600

Custos indiretos dos produtos TAXA PADRÃO DE CUSTOS INDIRETOS POR UNIDADES

2.600 R$ 127.777,000 R$ 49,145

DETERMINAÇÃO DO CUSTO PADRÃO POR UNIDADE E TOTAL Produção por Período

BIKE

Em Unidades

CROSS

1.200

Material Direto Mão-de-Obra Direta CIF - Custos Indiretos de Fabricação

R$ R$ R$

40,000 42,000 49,145

CUSTO TOTAL POR UNIDADE CUSTO PADRÃO TOTAL

R$ 131,145 R$ 157.374,00

800 R$ R$ R$

50,000 63,000 49,145

R$ 162,145 R$ 129.716,00

Custo Total

CITY 600 R$ R$ R$

2.600

60,000 105,000 49,145

R$ 214,145 R$ 128.487,00

R$

415.577,00

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Referências BIBLIOGRÁFICAS

MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos, 9ª edição. Editora Atlas. São Paulo, 2006. PADOVEZE, Clóvis Luís. Contabilidade gerencial, 5ª edição - 2. reimpr. Editora Atlas. São Paulo, 2008 PEREZ JR, José Hernandez; OLIVEIRA, Luís Martins de; COSTA, Rogério Guedes. Gestão Estratégica de Custos, 5ª edição - 2. reimpr. Editora Atlas. São Paulo, 2008. MAHLER, Michael, Contabilidade de Custos, 11ª edição. Editora Thomson, 2001. HORNGREN, Charles T.; DATAR, Srikant M.; FOSTER, George. Contabilidade de Custos: uma abordagem gerencial, 11ª edição. São Paulo: Pearson Pretice Hall, 2006.

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