Como entender Arte BRASILEIRA, hoje.
Por Sol Esdras de França Pereira
Depois que mudaram o nome desse imenso pedaço de terra para Brasil, não se tem pensado em outra cousa se não garimpar riquezas e envia-las ao mundo civilizado (de verdade). Pigmentos, minérios, produtos agrícolas, pessoas. A historia muda muito rápido por aqui! Todo mundo concorda, gente? É uma das coisas mais bizarras que eu reconheço no Brasil: a bandeira nacional dizendo Ordem e Progresso com a moral, a altivez e imperativo de um general do Exército, é facilmente vista cobrindo a piriquita de alguma garota em Ibiza ou Ipanema (tanto faz). Nos fomos compromissados por necessidade, embora mais por prazer e cara de pau, com o mundo e exportamos o Brasilian Way of Life, ate o ponto de dizerem: STOP! Agora é a vez da arte. Músicos e suas dançarinas tipo exportação (ou algum equivalente mais erudito), Cineastas são uma sensação mundial (as imagens de uma perseguição a um bandido numa favela alemã tem as calçadas muito limpinhas), e nos artistas plásticos pro final da fila. O processo é simples: enfeitar tudo, como se todo mundo, de repente, fosse selvagens novamente. Tudo inocente puro e colorido. Pegamos um tema qualquer, fruta, animal, esteriótipos humanos, e fazemos tudo colorido, tudo exuberante, tudo exótico. Pronto, tá feito. Não tem como não vender agora, beneficio puro! De um modo geral o artista brasileiro se preocupa com o que vai vender la fora. Seja o motivo qual for, acho que esta fora dos limites, ta tudo a merma merd.... Eu gostaria de poder dizer: escutem, escutem, tratas-se do espirito ensandecido de um velho branco e sifílico que se cansou do Haiti e agora assombra esses pobres homens a noite, à hora de seu sono. É Ele que os impede de fazer algo original, realmente belo e um pouco mais sóbrio e inteligente, pobres almas estas. Mas não é verdade! Salvo pouca gente realmente original, o que sobra é um emaranhado de artistas que se não fedem, é porque na ultima exposição que fizeram sei la onde compraram perfume forte no free shop, e trouxeram para os amigos de menos sorte e mesma índole. Se você pretende entender arte brasileira hoje (de verdade), eu venho se propor a abrir os olhos a pessoas descomprometidas com a arte. E tenha um pouco de paciência, é um país mais de barulhentos que de argumentos. O material hipinótico e a produção maior que a reflexão. Sem o menor respeito, feitos em escala pra estampar paredes por algumas centenas de dólares.