Budismo 2

  • May 2020
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  • Words: 683
  • Pages: 2
“Tal como a abelha colhe a essência de uma flor e voa sem destruir a sua beleza e perfume, assim passa o sábio por esta vida.” Gotama, Dhammapada Todos os seres tremem perante o perigo, todos temem a morte. Quando um homem medita sobre isto, não mata nem causa a morte.” Gotama, Dhammapada

DISCURSO SOBRE O NÃO-SI [ANATTĀ SUTTA/ANĀTMAN SUTRA] “Aí [no “Parque dos Veados” em Sārnāth] o Bem-Aventurado [Bhagavant] dirigiu-se ao grupo dos cinco monges dizendo-lhes: “Monges!”. “Venerável” responderam-lhe. O Bem-Aventurado disse-lhes: «A forma [rūpa], ó monges, é «não-si» [anattā/anātman]. Se, com efeito, a forma fosse o «si» [attā/ātman], não conduziria à aflição [ābādha] e poder-se-ia dizer: «Que a forma seja assim! Que a forma não seja assim!». Mas porque a forma é «não-si», a forma conduz à aflição […]”. Sentir [vedanā] é «não-si». Se, com efeito, o sentir fosse o «si», não conduziria à aflição e poder-se-ia dizer do sentir: «Que o meu sentir seja assim! Que o meu sentir não seja assim!». Mas porque, na verdade, ó monges, o sentir é «não-si», ele conduz à aflição […]. A percepção [sañña/samjñā] é «não-si». Se, com efeito, as percepções fossem o «si», não conduziriam à aflição e poder-se-ia dizer das percepções: «Que as minhas percepções sejam assim! Que as minhas percepções não sejam assim!». Mas porque, na verdade, ó monges, a percepção é «não-si», ela conduz à aflição […]. Os impulsos mentais [samkhāra/samskāra] são «não-si». Se, com efeito, os impulsos mentais fossem o «si», eles não conduziriam à aflição e poder-se-ia dizer dos impulsos mentais: «Que os meus impulsos mentais sejam assim! Que os meus impulsos mentais não sejam assim!». Mas porque, na verdade, ó monges, os impulsos mentais são «não-si», eles conduzem à aflição […]. A consciência [viññāna/vijñāna] é «não-si». Se, com efeito, a consciência fosse o «si», ela não conduziria à aflição e poder-se-ia dizer da consciência: «Que a minha consciência seja assim! Que a minha consciência não seja assim!». Mas porque, na verdade, ó monges, a consciência é o «não-si», ela conduz à aflição […]. “O que pensam, monges, será que a forma é permanente ou impermanente [anicca/anitya]?” – «Impermanente, venerável.” – Aquilo que é impermanente é sofrimento [dukkha/duhkha] ou felicidade [sukha]? – “Sofrimento […] – Aquilo que é impermanente, que é sofrimento e sujeito a mudança pode ser analisado como: «Isto é meu, sou isto, isto é o meu si?” – “Não […]”. […] “Por consequência, ó monges, tudo o que é forma, quer seja passada, futura ou presente, interna ou externa, grosseira ou subtil, inferior ou superior, longínqua ou próxima, toda a forma deve ser vista como realmente é, através da sabedoria correcta: «Isto não é meu, isto não sou, isto não é o meu si». Toda a sensação, quer seja passada, futura ou presente, interna ou externa, grosseira ou subtil, inferior ou superior, longínqua ou próxima, toda a sensação deve ser vista como realmente é: «Isto não é meu, isto não sou, isto não é o meu si». Toda a percepção, quer seja passada, futura ou presente, interna ou externa, grosseira

ou subtil, inferior ou superior, longínqua ou próxima, toda a percepção deve ser vista como realmente é através da sabedoria correcta: «Isto não é meu, isto não sou, isto não é o meu si». Toda os impulsos mentais, quer sejam passados, futuros ou presentes, internos ou externos, grosseiros ou subtis, inferiores ou superiores, longínquos ou próximos, todas os impulsos mentais devem ser vistos como realmente são através da sabedoria correcta: «Isto não é meu, isto não sou, isto não é o meu si». Toda a consciência, quer seja passada, futura ou presente, interna ou externa, grosseira ou subtil, inferior ou superior, longínqua ou próxima, toda a consciência deve ser vista como realmente é através da sabedoria correcta: «Isto não é meu, isto não sou, isto não é o meu si». Vendo isto, ó monges, o nobre discípulo instruído experiencia distância [nibbindati] em relação à forma, ao sentir, à percepção, aos impulsos mentais e à consciência. Ao experienciar distância torna-se desapaixonado e, assim, liberta-se. ” Gotama, Vinaya Pitaka I 13-14; Sutta Pitaka/Samyutta Nikāya 22 (Khandasamyutta]:59 (II.7).

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