Avanços da Medicina O hospital do University College, de Londres, anunciou, em janeiro último, o nascimento de um bebê, do sexo feminino, selecionado para não trazer o gene do câncer de mama, segundo noticiou o Express News, jornal da comunidade hispânica na principal cidade do Reino Unido. Segundo esse órgão de imprensa, os pais da criança teriam optado pela fertilização artificial e por um diagnóstico genético de pré-implantação, pelo fato de que, na família do progenitor, existiam vários casos de incidência do tumor. A mãe da menina, então, decidiu pela seleção genética para evitar que tal câncer afetasse sua descendência. Os médicos daquele hospital universitário obtiveram 11 embriões “in vitro” e constataram que seis deles eram portadores do gene tendencioso. Dos que não possuíam o tal gene, dois foram implantados no útero da mulher, e um deles apenas prosseguiu em processo de gestação, que terminou no nascimento da referida criança, sem o gene BRCA 1, que traz o potencial para desenvolver o câncer de mama. De acordo com o Diretor da Unidade de Reprodução Assistida do hospital em questão, Dr. Paul Serhal, “a menina não terá que enfrentar o risco da carga genética do câncer de mama ou do câncer de ovário, quando adulta”. No entanto, a Dra. Siobhan Sengupta, do mesmo University College, que ajudou a elaborar o teste, asseverou que as meninas que nascem depois de uma intervenção deste tipo ainda podem desenvolver esse câncer, como consequência de fatores não genéticos. Perguntamos, então: será que até mesmo a causa genética estará totalmente afastada? O que é o mapa genético, afinal? Do ponto de vista espírita, sabemos que o homem é um ser trino: Espírito, perispírito e corpo físico. O primeiro, é o princípio inteligente, que pensa, que tem vontade e senso
moral. O segundo, é o corpo espiritual, semimaterial, fluídico, imponderável, que estabelece o liame entre o Espírito e o corpo físico. Este é o invólucro material que põe o Espírito em contato com a realidade exterior. O conhecimento do perispírito é que vem elucidar uma série de fenômenos e fatos estudados pela ciência, e que antes do advento do Espiritismo permaneciam sem respostas conclusivas. Hoje sabemos que o perispírito é o corpo semimaterial pelo estado da matéria que o constitui - que acompanha o Espírito desde a sua individuação até o final da sua evolução, isto é, o Espírito está sempre revestido do seu perispírito. Ele acompanha o Espírito em todas as suas etapas de desenvolvimento e recebe as marcas da ação do ser que o comanda. Devido às nossas imperfeições e, em consequência, dos nossos males, erros, vícios, excessos, desequilíbrios, maus comportamentos, crimes, vincamos, lesionamos e destrambelhamos o nosso corpo perispiritual. No momento da nossa reencarnação, trazemos conosco essas marcas do passado. O perispírito, então, como molde do corpo físico, é ligado a este desde o momento da concepção, quando o óvulo e o espermatozóide se unem para a formação da primeira célula do nosso novo invólucro carnal. A partir daí, passa a interagir com o universo celular em formação, imprimindo nele os talentos conquistados e as deficiências acumuladas, as quais irão se manifestar, ou não, ao longo da existência corporal, em forma de doenças, distonias, aleijões, fraquezas e limitações. Ao contrário do que pensa a ciência terrena, o código genético é efeito e não causa das enfermidades, pois como ensina Emmanuel, em Leis de Amor, “a grande maioria das doenças tem a sua causa profunda na estrutura semimaterial do corpo espiritual”. E o corpo espiritual é a base de formação do código genético, que traz tais ou quais características em razão daquilo que assimila principalmente do perispírito do reencarnante no processo de formação do corpo físico. Daí, ter
a Dra. Siobhan Sengupta carradas de razão ao afirmar que ainda se pode contrair o câncer de mama por força de fatores não genéticos. O tempo dirá qual a porcentagem de sucesso a ser alcançada pela medicina dos homens em casos que tais, como em tantos outros em que o cientista pensa ter encontrado a solução definitiva. Mas, como disse Kardec, “quando as ciências médicas levarem em conta a influência do elemento espiritual na economia do ser, grande passo terão dado e novos horizontes se lhes abrirão. Muitas causas de moléstias serão então descobertas, bem como poderosos meios de combatê-las” (Obras Póstumas, Primeira Parte, Manifestações dos Espíritos, I).