PATOLOGIA CARDIOVASCULAR
Departamento de Patologia - FCMSCSP - 2007
RESPOSTA VASCULAR À LESÃO ESPESSAMENTO INTIMAL
Bases Patológicas das Doenças – Robbins e Cotran – 7º edição
ARTERIOSCLEROSE
•Aterosclerose
•Esclerose calcificada da média de Monckeberg
•Arteriolosclerose
ESCLEROSE CALCIFICADA DA MÉDIA DE MONCKEBERG
Maiores de 50 anos Placas irregulares ou aneis – média ou lâmina elástica interna
ARTERIOLOSCLEROSE
HIALINA
HIPERPLÁSICA
ATEROSCLEROSE
ATEROSCLEROSE 3 DISTRIBUIÇÃO DAS LESÕES: • Aorta abdominal • Coronárias • Poplíteas • Aorta Torácica descendente • Carótidas internas • Polígono de Willis
Aorta torácica
ATEROSCLEROSE DA AORTA
Aorta Abdominal
ATEROSCLEROSE MORFOLOGIA: ATEROMA, PLACA FIBROGORDUROSA
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ATEROSCLEROSE MORFOLOGIA
Estria lipídica
Placa Fibrogordurosa
Placa complicada
PLACA FIBROGORDUROSA
PLACA COMPLICADA Ulceração / Fissura
Hemorragia
Trombose
Calcificação
Aterosclerose complicada - Aneurismas
MANIFESTAÇÕES / COMPLICAÇÕES
LESÃO COMPLICADA •Trombose •Ruptura •Hemorragia •Enfraquecimento da parede •Calcificação
Nomenclatura/histologia
Lesão tipo I (inicial) Macrófagos xantomizados isolados
Progressão das lesões
Mecanismo de crescimento
Início da lesão
Correlação clínica
I
Lesão tipo II (estria lipídica) Acúmulos de lípídios intracelulares
II
Lesão tipo III (intermediária) Pequenos acúmulos extracelulares
III
Lesão tipo IV (ateroma) Núcleo lipídico (acúmulos intra e extracelular
IV
Lesão tipo V (fibro-ateroma) Núcleo lipídico e capa fibrosa
V
Lesão tipo VI (lesão complicada) Lesão superficial, trombose, hemorragia
VI
Primeira década Assintomático Acúmulo de lípidios
Terceira década
Aumento de mm liso e colágeno Trombose Hematoma
Sintomático ou não Quarta década
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Lesão Tipo I
Lesão Tipo II – Estria lipídica
Lesão Tipo III – Lesão Intermediária
Lesão Tipo IV – Ateroma
Calcificação
Lesão Tipo IV – Ateroma
Lesão Tipo IV – Ateroma
Lesão Tipo IV – Ateroma
Lesão Tipo V – Fibroateroma
Lesão Tipo V – Fibroateroma
Lesão Tipo V – Fibroateroma
Calcificação
Lesão Tipo VI – Complicada
Lesão Tipo VI – Lesão complicada
Hemorragia
Hemorragia
Lesão Tipo VI – Lesão complicada
Trombose recente
Lesão Tipo VI – Lesão complicada
Calcificação
Hemorragia intraplaca
Trombose recente
Lesão Tipo VI – Lesão complicada
ATEROSCLEROSE PATOGENIA
Hipótese de resposta à injúria (Ross 1976-1986) – Lesão ou disfunção endotelial – Reação inflamatória crônica da parede arterial
DISFUNÇÃO ENDOTELIAL Hipercolesterolemia
ATEROSCLEROSE
Fatores Hemodinâmicos Hipertensão Radicais livres Diabetes Mellitus Alterações genéticas Fumo Homocisteína Agentes infecciosos (Clamydia pneumoniae, Citomegalovirus)
3Aumento da permeabilidade vascular 3Acúmulo de proteínas de baixa densidade (LDL) 3Oxidação LDL (LDLox) 3Expressão de moléculas de adesão seletivas (monócitos e LT)
Hipótese de resposta à injúria 3Migração e adesão de monócitos e plaquetas – liberação de fatores de crescimento
3Migração e proliferação de fibras musculares lisas 3ativação de macrófagos
Bases Patológicas das Doenças – Robbins e Cotran – 7º edição
Hipótese de resposta à injúria 3 Fagocitose de lipídios por fibras musculares lisas e macrófagos (foam cells)
9 Proliferação de CML, deposição de
componentes da MEC (colágeno e proteoglicanos) – capa fibrosa 9 acúmulos extracelulares de lipídios
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Lúmen
Endotélio
Intima Membrana Elástica Interna Média
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H I P E R L I P I D E M I A
DOENÇAS DA AORTA ANEURISMAS: – SACULARES, FUSIFORMES – VERDADEIROS, FALSOS – LOCALIZAÇÃO: aorta ascendente arco ou aorta descendente torácica aorta abdominal
DISSECÇÕES
Aneurismas da aorta ascendente – Ectasia anulo-aórtica (50%) – Aortite (20%) – sifilítica e não infecciosa – Síndrome de Marfan (5-10%) – Dissecções (15%) – Aterosclerose (5%) – Aneurismas do seio de Valsalva (1%) – Síndrome de Ehlers-Danlos, Osteogênese Imperfecta, Pseudoxantoma Elastico, Cutis laxa (1%) – diagnóstico clínico
Aneurismas do arco aórtico e aorta descendente torácica – Dissecções (50%) – Aterosclerose (30%) – Aortite não infecciosa (5-15%) – Degeneração da média, com ou sem S. Marfan (5%) – Sífilis e outras infecções (<5%)
Aneurismas da aorta abdominal – Aterosclerose (90%) – Aneurismas inflamatórios (5-10%) – Aneurismas tuberculosos (1%) – Degeneração da média (1%) – Sífilis, aneurismas micóticos (<1%)
ECTASIA ANULO-AÓRTICA Ellis e cols (1961) – Dilatação idiopática não inflamatória da raiz da aorta (> 5 cm de diâmetro) com insuficiência aórtica pura – Sexo masculino (4° - 6° década)
ECTASIA ANULO-AÓRTICA Aspectos anatomopatológicos – Médio-necrose cística (Erdheim) “degeneração cística da média” Perda de fibras elásticas Acúmulos ou lagos de mucina (proteoglicanos)
– Fenômeno secundário idade avançada espessamento medial relacionado à hipertensão defeitos genéticos na síntese de tecido conjuntivo
RELAÇÃO COM SÍNDROME DE MARFAN CARACTERÍSTICAS
S. Marfan
Ectasia A.Ao.
Alterações esqueléticas e oculares
Presentes
Ausentes
Idade média de dissecção
30 anos
50 anos
Defeito básico na síntese de fibrilina
Presente
Não estabelecido
Herança autossômica dominante
Presente
Rara
Associação com aorta bicúspide
Ausente
Presente
DISSECÇÃO DA AORTA Homens (2-3:1) Maiores 60 anos (mais jovens na Síndrome de Marfan) Hipertensos de longa data Fraqueza da média (herdada ou adquirida) – Degeneração cística da média – Causas raras: aortites, úlcera penetrante aterosclerótica
DISSECÇÃO DA AORTA CLASSIFICAÇÃO (DeBakey)
DISSECÇÃO DA AORTA Classificação (DeBakey) Tipo I (54%): Lesão intimal presente na aorta ascendente – extensão até aorta descendente Tipo II (21%): Lesão intimal presente na aorta ascendente – dissecção limitada a aorta ascendente Tipo III (25%): Lesão intimal presente na aorta descendente ou arco (arco distal ou descendente proximal) – Tipo IIIa (9%): dissecção se extende de maneira retrógrada para aorta ascendente – Tipo IIIb (16%): dissecção confinada à aorta tranversa ou descendente
DISSECÇÃO DA AORTA Fatores associados / etiológicos: – Hipertensão Arterial 80% tipo III, 50% tipo I e II
– Aorta bicúspide ou unicúspide Tipos I e II (5x > que população geral) Risco dissecção: 9x > em indivíduos com Ao B e 18x > em indivíduos com Ao U.
– Síndrome de Marfan Tipos I e II 6-9% das dissecções Dissecção ocorre em 1/3 dos pacientes com SM
DISSECÇÃO DA AORTA ∗
Lesão inicial
Luz falsa
Luz verdadeira
Degeneração cística da média
Degeneração cística da média
Delaminação da parede (média)
HEMOPERICÁRDIO
HEMOTÓRAX
PROGRESSÃO DA DISSECÇÃO PARA TRONCO DA CORONÁRIA ESQUERDA
PROGRESSÃO DA DISSECÇÃO PARA TRONCO DA CORONÁRIA ESQUERDA
DISSECÇÃO CRÔNICA DA AORTA Pseudo-aneurisma (20%)
ANEURISMAS ATEROSCLERÓTICOS
Maiores que 50 anos, hipertensos Aorta abdominal, ilíacas comuns, arco, aorta descendente Compressão com adelgaçamento e enfraquecimento da média
ANEURISMAS SIFILÍTICOS Sífilis terciária Aorta ascendente Patogenia: – Endarterite obliterante – Isquemia da média – Lesão em “casca de árvore” na íntima
ANEURISMAS SIFILÍTICOS
ANEURISMAS SIFILÍTICOS Lesão em casca de árvore
Endarterite obliterante
Endarterite obliterante
Plasmócitos
Treponema pallidum
MÉTODO DE WARTHIN-STARRY (IMPREG. PRATA)
Treponema pallidum
IMUNOHISTOQUÍMICA
ANEURISMAS SIFILÍTICOS Complicações: – Aterosclerose – Dilatação do anel valvar - Cardiopatia luética Insuficiência aórtica - Hipertrofia excêntrica do VE - “Cor bovinum”
– Compressão – Erosão óssea
ANEURISMAS SIFILÍTICOS - Erosão óssea
ANEURISMAS SIFILÍTICOS
Erosão óssea