Aula 8 - Obesidade

  • May 2020
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  • Words: 1,330
  • Pages: 47
OBESIDADE

Definição ADULTOS Peso normal: IMC 18,5 – 24,9 Sobrepeso: IMC 25 – 29,9 Obesidade grau I: IMC 30 – 34,9 Obesidade Grau II: IMC 35 – 39,9 Obesidade Grau III: IMC 40 ou mais (mórbido) CRIANÇAS IMC > P85 e < P 95: sobrepeso IMC > P 95 : obesidade

 Mais de 65% da população nos USA está com sobrepeso e 30% está obesa 5% com obesidade mórbida mortalidade é 3,9 vezes maior do que nos não obesos  Custos com sobrepeso e obesidade são de mais de 117 bilhões de dólares ao ano  Sem intervenção, até 2020, mais de 60% da população será obesa e o custo dobrará

Diabetes Síndrome metabólica Hipertensão Dislipidemia Apnéia do sono Litíase biliar Doenças ortopédicas Distúrbios psicológicos Doenças cardiovasculares

Obesidade e resistência à insulina

Resistência à insulina

Obesidade

Hiperinsulinismo

Síndrome Metabólica Fatores genéticos Obesidade Sedentarismo Resistência à insulina hiperinsulinemia • DM tipo 2 • HAS • Aterosclerose

- doença vascular

• Hiperlipemia Triglicerídeos HDL-c

Adaptado de Reaven. Phys. Rev. 1995, 75:473-86

evalência de obesidade em mães de filhos obe

Obesidade nos filhos x peso dos pais  Nenhum pai obeso: 7%  1 pai obeso: 40%  Ambos os pais obesos: 80%

A obesidade materna é o indicador + importante

Genética e ambiente

NIH, 1999

Complicações da obesidade infantil Diabetes mellitus tipo 2 Síndrome Dislipidemia Metabólica Hipertensão arterial Problemas do aparelho respiratório Distúrbios ortopédicos Alterações dermatológicas Distúrbios psico-sociais

Segundo a O.M.S.: • Sobrepeso: entre P85 e P95

P85

P50

www.cdc.gov/growthcharts

P95 • Obesidade: acima de P95

Tratamento Pontos importantes a considerar:  Dificuldade – melhor prevenção  Fracasso comum – questões de ordem pessoal, social, psicológica, educacional, familiar  Perda de 10% do peso – prevenção e melhora de complicações  Perda de forma moderada e progressiva  Objetivo – modificação de comportamento – resultados mantidos a longo prazo

 Terapias comportamentais modificar atitudes e hábitos relacionados à alimentação.  Exercícios

aumento gasto calórico.

 Orientação nutricional redução consumo calórico (gorduras).

METFORMINA •

• • • •

32 adolescentes (12-19 anos), IMC > 30, 6 meses – 14 tratados com metformina – 15 placebo Insulina de jejum > 15 mU/ml pai, irmão ou avô com DM2 glicemia de jejum normal 1 gr por dia (2 cp 500 mg por dia)

Freemark M & Bursey D, Pediatrics 2001, 107(4)

• IMC – Grupo tratado: declínio de 0,12 dp no IMC (0,5 kg/m2); – Grupo placebo: aumento de 0,23 dp (0,9 kg/m2)

• HOMA – Grupo tratado: 119 para 64 – Grupo placebo: 96 para 95

METFORMINA

• Não é “remédio para emagrecer” • Só é indicada em casos específicos • Pode levar à acidose lática • Dose: 500 a 1700 mg/dia

SIBUTRAMINA

• Somente acima de 16 anos • Ação esperada: redução da fome • Dose inicial de 10 mg • Dose máxima de 15 mg

ORLISTAT • • • •

Estudo piloto 11 crianças (8 a 12 anos) 3 cp por dia 12 semanas

• • • •

Norgren e col., Acta Pediátrica, junho de 2003

Boa tolerabilidade Média de perda de peso: 4 kg Perda de “massa gorda” demonstrada Detectado maior auto-controle ao comer

ORLISTAT • Risco de hipovitaminoses • Associação obrigatória a plano alimentar • Ação esperada: – Redução na absorção de gorduras – Efeito “comportamental”

• 1 cp antes de café, almoço e jantar

Desmistificação da terapia medicamentosa como curativa Obesidade é doença crônica. Doença crônica, requer tratamento crônico. Tratamento crônico é aquele que quando cessa, os sintomas voltam.

AGENTES NORADRENÉRGICOS Comparação com Placebo : Perda de Peso maior 2 a 10 Kg YANOWSKY.NEJM 2002;346591

•EFEITOS COLATERAIS: •Insônia •Boca Seca •Constipação •Euforia •Palpitação •Hipertensão Physicians Desk Reference-55th ed 2001

DIETILPROPIONA ,MAZINDOL E FEMPROPOREX NÃO SÃO ANFETAMINAS

DERIVADOS DOPAminérgicos (Di-Oxo-Phenyl-Alanine-German)

ESTUDOS COM MAZINDOL (Absten) Niskikawa et al. Endocr.J.1979;43:671

AUMENTA A SENSIBILIDADE A INSULINA EM HUMANOS OBESOS

ESTUDOS COM MAZINDOL Sanders e Breidbol,1976, Weintroub e Lasagne,1990

EFICAZ E EFETIVO PARA PACIENTES OBESOS E DIABÉTICOS

MEDICAMENTO DE ESCOLHA DIABESIDADE

DIETILPROPIONA

O MAIS SEGURO DOENÇA CARDIOVASCULAR E HIPERTENSÃO ARTERIAL

DISPONÍVEIS NO BRASIL

meia-vida

dose diária

DIETILPROPIONA

4 / 6 horas

50 – 150 mg

FEMPROPOREX

12 /12 horas

30 – 50 mg

MAZINDOL

20 horas

0,5 – 3 mg

MEDICAMENTO IDEAL ANTI-OBESIDADE (BRAY) SIBUTRAMINA

ORLISTAT

CATECOLAMINÉRGIC OS

ATIVO VIA ORAL DOSE/SUFICIENTE PARA DIMINUIR O % DE GORDURA CORPORAL REDUÇÃO DA GORDURA VISCERAL CUSTOS AÇÃO x TEMPO

OU

NÂO-TOXICIDADE

?

POUCO OU NENHUM EFEITO COLATERAL

FEMPROPOREX EFEITOS ADVERSOS Agitação- 66 pacientes Palpitação – 5 pacientes Insônia- 32 pacientes Disfunção sexual- 3 TOTAL: 106 pacientes (13,43%)

DIETILPROPIONA EFEITOS ADVERSOS Agitação-131 pacientes Palpitação – 11 pacientes Insônia – 6 pacientes Disfunção sexual- 26 pacientes TOTAL- 174 pacientes (17,52%)

MAZINDOL

EFEITOS ADVERSOS Agitação-26 pacientes Palpitação – 63 pacientes Insônia – 16 pacientes Disfunção sexual- 61 pacientes TOTAL- 166 PACIENTES (29,59%)

O MAIS IMPORTANTE ARGUMENTO A FAVOR : DOSAGEM DIÁRIA

CUSTO DIÁRIO (U.S.DÓLAR)

ORLISTAT

2,66

SIBUTRAMINA

1,17

DIETILPROPIONA

0,37

MAZINDOL

0,19

FEMPROPOREX

0,10

Cirurgia Bariátrica Pacientes obesos grau III Indicação clínica Avaliação psicológica Cirurgia

Terapia nutricional pós cirurgia bariátrica Ingestão Ingestão deMicronutrientes micronutrientes

Ferro

150

% %ingerida ingerida

Calcio Zinco

100

50

0 pré

1 mês pós

3 meses 6 meses 8 meses pós pós pós

1 ano

Nonino CB, Bavaresco M, Dos Santos JE. 2002

Terapia nutricional pós cirurgia bariátrica Evolução Bioquímica Albuminemia Albumina

Proteínas Totais Proteínas totais

6

12 8 gg%%

g %g %

4 2 0 pré

1 mês 3 meses 8 meses pós pós pós

1ano

4 0 pré

1 mês 3 meses 8 meses 1ano pós pós pós

Nonino CB, Bavaresco M, Dos Santos JE. 2002

Terapia nutricional pós cirurgia bariátrica Evolução Bioquímica Glicemia

220,0

Triglicérdes Triglicérides

200,0

110,0

mg mg%%

mg %

150,0 100,0 50,0

0,0 pré

3 m pós 6 m pós 8 m pós 1 a pós

0,0 pré

3 m pós

6 m pós

8 m pós

1 a pós

Nonino CB, Bavaresco M, Dos Santos JE. 2002

Terapia nutricional pós cirurgia bariátrica Evolução Bioquímica LDL-Colesterol

Colesterol Total

LDL colesterol

250,0 150,0 mg % mg %

mg %

200,0 100,0 50,0 0,0 pré

3 m pós

6 m pós

8 m pós

1 a pós

160,0 140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0 pré

3 m pós

6 m pós

8 m pós

1 a pós

Nonino CB, Bavaresco M, Dos Santos JE. 2002

Tratamento Cirúrgico • Indicado a indivíduos com IMC > 40 kg/m2 ou > 35 kg/m2 com co-morbidades, refratários ao tratamento combinado: dieta, atividade física e medicamento •

Contra-indicações: - doenças psiquiátricas - abuso de drogas - não aderência a tratamentos prévios - idade > 60 anos

Sempre associado a dieta, aumento da atividade física, e psicoterapia

Benefícios do tratamento cirúrgico Perda de 50 a 60 % do excesso de peso  Controle do DM - 90 %  Controle da HAS - 70 %  Melhora do perfil lipídico  Melhora da ICC  Desaparecimento da apnéia do sono  Melhora refluxo GE  Alívio dos sintomas de artropatia  Aumento da tolerância ao exercício 

Schirmer. Surg Clin Nor Am 2000; 80: 1253

Complicações do tratamento cirúrgico Evolução após “By pass” gástrico (14 anos) Deficiência de Vitamina B12

40,0%

Anemia

39,0%

Re-admissão hospitalar por quaisquer razões

38,1%

Disfunção da técnica cirúrgica

24,8%

t

Hérnia Incisional

23,9%

Depressão

23,4%

Gastrite

13,2%

Colecistite

11,4%

Desnutrição e desidratação

5,8% Pories. Ann Surg 1995; 222: 339

PESQUISA EM CANTINAS ESCOLARES DA REDE PRIVADA DE ENSINO Recife - PE Departamento de Nutrição da SBC 12 Estabelecimentos de Ensino Lanches oferecidos pelas cantinas: Coxinha / pão de queijo Pastel Sanduíches e cachorro quente Frutas in natura

100% 90% 83,3% 0%

Bebidas oferecidas pelas cantinas: Refrigerante

100%

Objetivos  Desenvolver e implementar um programa de educação nutricional para o escolar  Estimular a atividade física Prevenir e combater a obesidade, o erro alimentar e o sedentarismo. Melhorar a qualidade de vida dos estudantes. Incentivar a criança como agente

Kopelman, Peter G Nature, 2000

A obesidade não é uma doença única mas um grupo heterogêneo de condições, com causas múltiplas.

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