Aula 2

  • May 2020
  • PDF

This document was uploaded by user and they confirmed that they have the permission to share it. If you are author or own the copyright of this book, please report to us by using this DMCA report form. Report DMCA


Overview

Download & View Aula 2 as PDF for free.

More details

  • Words: 1,393
  • Pages: 15
Escola de Engenharia Kennedy

Método científico É um conjunto de regras básicas para um cientista desenvolver uma experiência a fim de produzir novo conhecimento, bem como corrigir e integrar conhecimentos pré-existentes. Consiste em juntar evidências observáveis, empíricas, e mensuráveis, com o uso da razão. Método Científico e Método Racional Método Científico (experimental)

modo sistemático

de explicar uma hipótese, de forma objetiva e controlada, buscando resultados verificáveis e confiáveis, relevantes e indispensáveis à compreensão de um processo. Procura descobrir a realidade dos fatos que, ao serem descobertos, devem guiar o uso do próprio método. Método racional

aplicado a assuntos abstratos, ou

seja, não susceptíveis a comprovação experimental. Mediante o método racional, procura-se interpretar a realidade quanto a sua origem, natureza profunda, destino e significado no contexto geral. A possibilidade de comprovar ou não as hipóteses distingue o método científico do método racional.

Atividades profissionais de engenharia Atuação • representação, produção, pesquisa, desenvolvimento e projeto. • Impactos na natureza e na vida humana. Competência profissional • Capacidade de compreensão da natureza dos processos técnicos e de predição qualitativa/quantitativa dos processos, através da aplicação de uma metodologia adequada. • Garantia

de

desempenho

desejado

para

equipamentos/processos ou definição de um projeto ótimo. •

Acompanhamento das tendências tecnológicas mundiais e alteração de sua própria realidade tecnológica ou de uma solução mais adequada.

Formação acadêmica cientificamente direcionada = CONHECIMENTO + METODOLOGIA CIENTÍFICA

Toda investigação nasce de algum problema observado ou sentido; o prosseguimento da investigação depende da aplicação de um conjunto de processos e técnicas científicas método cientifico - que irá guiar e, ao mesmo tempo, delimitar o assunto a ser investigado.

Médoto

Método é o dispositivo ordenado, o procedimento sistemático, em um planejamento. É a forma de proceder, ou seja, a ordem que se segue na investigação da verdade.

Constitui-se de processos e técnicas



Processo é a aplicação específica do Método

Os procedimentos (processos) do método podem variar de uma área da ciência para outra ou do objeto da pesquisa Os processos devem: Basear na técnica Ser precisos Planejados Os processos devem ser documentados e descritos



Técnica é a forma especial de executar o método

Assegura a instrumentação específica da ação em cada etapa do método, é a tática da ação,resolve “como fazer” a atividade

PROCESSOS E TÉCNICAS DO MÉTODO CIENTÍFICO

1- Observação A observação significa aplicar atentamente os sentidos a um objeto, para dele adquirir um conhecimento claro e preciso, evitando, com isto, a redução do estudo da realidade e de suas leis a simples conjecturas e adivinhações. As observações são precedidas pelas teorias. As observações e experimentações são realizadas no sentido de testar ou lançar luz sobre alguma teoria, e apenas aquelas observações consideradas relevantes devem ser registradas.

São realizadas no sentido de testar alguma teoria.

A observação pode adquirir diferentes configurações conforme a finalidade e a forma como é executada.

Classificação

1- Assistemática: desprovida de técnica, planejamento. 2- Sistemática: previamente planejada e realizada com controles e com quesitos observacionais. 3- Não participante: o observador se detém a condição de observador e expectador. 4- Participante: quando o observador se envolve com o objeto da pesquisa, faz parte dele. 5- Individual: realizada individualmente. 6-

Em equipe: um objeto de pesquisa é observado simultaneamente por várias pessoas

7- Laboratorial: de caráter artificial, ou seja, sob condições controladas

Para o bom êxito da observação, exigem-se:



Condição física: instrumentação adequada para aumentar o alcance, registrar a intensidade e a precisão dos fenômenos;



Condição intelectual: base teórica, curiosidade, discernimento dos fatos significativos;



Condição

moral:

paciência,

coragem

e

imparcialidade;



Regras da observação: a observação deve ser atenta, exata e completa, precisa, sucessiva e metódica.

2- Hipótese A hipótese consiste em supor conhecida a verdade ou explicação exata que se busca (o problema). É o estabelecimento de uma relação de causa e efeito ou de antecedente e conseqüente entre dois fenômenos. É a suposição de uma causa ou de uma lei destinada a explicar provisoriamente um fenômeno até que os fatos ou a experimentação a venham contradizer ou afirmar.

A hipótese é uma suposta, provável e provisória resposta a um problema e deve ser submetida à verificação para ser comprovada.

RUDIO (1997) afirma que “toda pesquisa consiste em enunciar e verificar hipóteses”.

As hipóteses têm por função: teórica: orientar o pesquisador na direção da causa provável ou da lei que se procura; prática: coordenar e completar os resultados já obtidos, agrupando-os num conjunto completo de fatos, a fim de facilitar o seu entendimento.

De acordo com RUDIO (1997), as ”hipóteses desempenham dupla função: dar explicações provisórias e ao mesmo tempo servir de guia na busca de informações para verificar a validade destas explicações“.

A hipótese deve ser: •

plausível  indica situação possível de ser aceita



consistente  indica se o enunciado está ou não em contradição com a teoria ou com o conhecimento científico



específica  o enunciado deve ser especificado, dando as características para identificar o que deve ser observado



verificável  a hipótese deve ser verificável pelos processos científicos, atualmente empregados;



clara ajuda compreender os fenômenos



simples  ter somente termos necessários à compreensão



explicativa  uma das finalidades básicas da hipótese é servir de explicação para o problema que foi enunciado. Se isto não acontecer, a hipótese não tem razão de existir.

As hipóteses são obtidas a partir da:

• dedução de resultados já conhecidos. Se todas as premissas são verdadeiras, a conclusão deve ser verdadeira Pré- fato • indução parte-se de dados particulares, suficientemente constatados, infere-se uma verdade geral ou universal. Elementos da indução observação de fenômenos, descoberta de relação entre eles, generalização da relação. Pós-fato – amostra - estatística Dedutivo Todo mamífero tem um coração Todos os cães são mamíferos Logo, todos os cães tem um coração Indutivo Todos os cães que foram observados tinham um coração Logo, todos os cães tem um coração

• experiência; • analogia, quando são inspiradas por certas semelhanças entre os fenômenos um que se quer explicar e outro já conhecido.

3- Experimentação

Consiste no conjunto de processos utilizados para verificar as hipóteses.

Trata-se de descobrir-se realmente o efeito varia, e se varia nas mesmas proporções, cada vez que varia a causa.

O princípio geral em que se fundamentam os processos da experimentação é o determinismo - nas mesmas circunstâncias, as mesmas causas produzem os mesmos efeitos, ou ainda, as leis da natureza são fixas e constantes.

Regras básicas para experimentação:

1-

Alargar a experiência  aumentar a intensidade da suposta causa para verificar se a intensidade do efeito cresce na mesma proporção

2-

Variar a experiência  aplicar a mesma causa a objetos diferentes

3-

Inverter a experiência  aplicar a causa contrária da suposta causa com objetivo de verificar se o efeito contrário é produzido

4-

Ensaios de experiência  fazer variar as condições para verificar as variações no fenômeno de causa-efeito

4-Análise e Síntese A análise é a decomposição de um todo em suas partes. É o processo que parte do mais complexo para o menos complexo. A síntese é a reconstituição do todo decomposto pela análise. É o processo que parte do mais simples para o menos simples. Sem a análise, todo o conhecimento é complexo e superficial. Sem a síntese, é fatalmente incompleto. O conhecimento de um objeto não se limita ao conhecimento minucioso de suas diversas partes. Desejase, também, conhecer o lugar que o objeto ocupa no contexto global.

Por isso, à análise deve-se seguir a síntese.

Síntese da aula Análise dos processos e técnicas Problema Qual material é apropriado para a fachada durável em um prédio comercial? Observação Teoria  Observar fenômenos Estudar os tipos de fachas existentes Tintas, cerâmicas, pastilhas de porcelana e granitos

Descrever suas características Definir fatores que devem ser ponderados na escolha Condições climáticas, efeito plástico/estético, facilidade de manutenção, custos de aquisição, rapidez de execução, estanqueidade à água, satisfação das exigências acústicas, estabilidade mecânica, segurança ao fogo

Nos edifícios comerciais de Belo Horizonte quais são as fachadas mais utilizadas?

Como elas têm se comportado? Hipótese A fachada aplicável a edifícios comerciais com maior durabilidade é o granito

Experimentação Fatores de durabilidade da fachada: Condições climáticas – temperaturas, água e fogo Testar diferentes temperaturas Lançar água e fogo Acústica Submeter a diferentes sons externos à fachada Medir, no ambiente interno, o impacto do som aplicado Estabilidade mecânica Aplicar diferentes esforços à fachada Outro fator importante: Tipo de argamassa aplicada

Resultado

Related Documents

Aula 2
November 2019 31
Aula 2
November 2019 19
Aula 2
November 2019 19
Aula 2
October 2019 30
Aula 2
May 2020 13
Aula 2
May 2020 15