As surpresas de Caribay Conto de criação coletiva na Comunidade Velho Griô I ( Inés) Eram tempos dificieis... o povoado, que ficava numa encruzilhada de caminhos estava atravessado por muitas pessoas em transito, mais poucas ficavam. Os poucos moradores do povoado, que se chamava O Silencio, estavam sempre como espectadores do barulho dos que por alí passavam. Caribay tinha nascido nesse povoado e morava com a sua avó. Para ela os três camnhos que saiam desde O silencio eram um misterio que a chamavam e sempre tinha sonhos sobre as aveturas que poderia viver se emprendia viagem em uma das três direções. Só que Caribay ficava muito preocupada tentando saber qual dos três caminhos deveria tomar, sem se atrever em nenhum deles e só nisso pensava ao mesmo tempo que fazia as tarefas diarias de casa. Andando assim com a cabeça na lua... o melhor, nos três caminhos. A Avó de Caribay... que morava nesse povoado por rações misteriosas, deixava, as vezes, percever que tinha conhecimentos poderosos, mas guardava o mais fechado silencio em torno disso. Só deixando sair um brilho nos olhos e dando um ton extranho e brincalhão aos conselhos que dava para caribay. II ( Rafael) Numa manhã ensolarada Caribay foi colher flores como fazia todos os dias. Enquanto caminhava avistou uma borboleta pousada numa margarida. Ao tentar apanhar a borboleta, foram surgindo muitas outras, Caribay viu-se cercada por uma centena delas. Elas pareciam querer conduzir a menina para a beira do rio. Embora com um tantinho de medo ela deixou-se levar e ao chegar na beira d´àgua, percebeu que as borboletas pareciam formar a silhueta de uma mulher. Caribay começou a ouvir uma voz chamando o seu nome bem baixinho. Ela conhecia aquela voz, mas não conseguia identificar de quem éra. A voz, que vinha das borboletas, falava com carinho: "Eu te amo e sempre estarei ao seu lado. Chegou a hora de encontrar o seu caminho Caribay. Siga sem medo, mas não subestime os perigos que irá enfrentar. Ao chegar em casa você irá encontrar um velho baú, abra ele debaixo do bambuzal, escolha apenas três objetos do baú para levar contigo, são objetos mágicos, guardados comigo há muitos anos. Um deles eu venho tecendo desde o seu... ...nascimento, o outro é um presente que acompanha a família há séculos e o terceiro serviu para realizar o seu parto. Pegue apenas estes três objetos, os outros são belos e tentadores, mas você não deverá tirá-los do baú, aconteça o que acontecer.Depois colha um galhinho de jasmim, um de alfazema, um de alecrim, um de manjericão, uma pimenta, um punhado de sal e um pouquinho de mel. Guarde cada uma dessas coisas em um dos sete bolsos do vestido branco que estará sobre a cama. Banhe-se com a água do rio, vista o vestido, faça uma trouxinha com os seus objetos e fique parada na encruzilhada dos três caminhos. Algo surpreendente irá acontecer e você saberá que caminho deverá trilhar. Vá Caribay, vá querida".
De repente as borboletas sobrevoaram o rio, Caribay começou então a encher o seu vaso de flores com a água do rio e percebeu que o reflexo das borboletas na água revelava a imagem de sua avó. Caribay pegou o jarro de água e voltou correndo para casa. "Vó. Vóinha..." Encontrou a avó morta, com um baú no colo. III (Suzy) Caribay entendeu que deveria pegar o baú e leva-lo contigo. A morte da sua avó e a história sobre os segredos do baú lhe deixou com uma sensação esquisita. Uma sensação de inquietação, descontentamento. Antes de retornar em casa ela precisava entender tudo isto. Então foi até a esquina da encruzilhada e tentou encontrar nas palavras e frases que se formavam a razão deste sentimento de estranhamento. Um minuto de silêncio se deu. E o que ela viu na sua frente foram os três caminhos que saiam do povoado e lembrou das vozes que vinham das borboletas: “Chegou à hora de encontrar o seu caminho Caribay. Siga sem medo, mas não subestime os perigos que irá enfrentar.” Neste momento ela escolheu seguir as instruções das borboletas. Caribay voltou até a casa da avó. A casa estava rodeada por moradores do Silêncio e dentro o padre abençoava o corpo pálido e enrugado pelas marcas do tempo. Era hora de dizer Adeus. Passado três dias após o enterro, Caribay vai até o bambuzal levando o baú pelos braços e abre-o... IV (Cilene) Abriu-o e teve uma grande surpresa. Mesmo sem entender o que estava acontecendo, Caribay sabia que aquelas orientações eram muito importantes para a sua trajetória solitária. Então, visualizou uma colcha de retalhos, um castiçal de bronze bastante enferrujado com três velas e uma tesoura. Caribay guardou os três objetos do baú, com muito cuidado. Observou outros objetos muito valiosos: jóias, pedras preciosas e utensílios domésticos feitos de ouro e prata. Teve vontade de obter um colar de brilhante, mas depois refletiu que talvez este não fosse útil naquela floresta. Depois, fechou o baú e guardou os objetos escolhidos em sua sacola, junto com as flores que sempre colhia no campo. E, ao prosseguir viagem, afastando-se do bambuzal, lembrou-se de que... V (Gil) havia pego o sal e todos os galhos e ramos das plantas que sua avó lhe pediu,mas não tinha encontrado mel;também a essa altura para ela pouco importava o mel,estava tão próximo do fim, sair do povoado era de fato o seu maior desejo. Correndo Caribay volta mais uma vez aos caminhos, sendo desta vez recebida por três belos rapazes: Os Guardiões Baquaras(Os Guardiões sábios). Cada caminho era guardado por um ser divino e pela primeira vez, Caribay conseguiu ver de fato como eram.O primeiro a sua esquerda tinha um aspecto de uma floresta, era escuro e frio,como se não houvesse dia,guardado por An (o vulto, a sombra, o estranho). O segundo que ficava a sua frente, era estreito e com um aspecto de deserto,tinha muitos espinhos e quem o guardava era Eçaraia (o esquecimento). O terceiro e ultimo caminho era alvo como a neve, tão alvo que não conseguia ver o que tinha ali a sua frente, e o Guardião Patara (o querer) estava a protege-lo.
Caribay! __ disseram os três guardiões uníssonos, suas vozes eram como de trovão, seus olhos nunca se abriam, o corpo nu da cintura para cima era como uma torre, forte e robusto__Prepare-se, sua hora chegou deve escolher sozinha qual caminho seguir,uma vez escolhendo,jamais poderá voltar atrás.Sua escolha será respeitada por nós Guardiões Baquara e abriremos passagem,mas lembre-se são as suas escolhas que construirão esse caminho que poderá ser triste ou alegre, primaveriu ou invernoso, doce ou amargo... Caribay pensou... __Claro o caminho só pode ser o primeiro,afinal de que me serviria essa colcha se não para esquentar-me,esse castiçal só pode ser para iluminar meu caminho e a tesoura para me ajudar a colher as flores que tanto gosto,minha sábia vó pensou em tudo. E assim Caribay tomou a decisão de seguir o primeiro caminho,o Guardião An permitiu sua entrada. Um pouco assustada ela acendeu o castiçal, olhou em sua volta antes,lembrou dos momentos que havia vivido no vilarejo e pôs a colcha sobre suas costas entrando na densa e fria floresta. VI (Ivis) Após andar alguns metros com certa dificuldade, passando pela densa floresta, Caribay começou a sentir muito frio, a colcha de retalhos já não era suficiente. Resolveu então fazer uma fogueira. Juntou algumas folhas, alguns galhos e com o castiçal fez a fogueira queimar. Aquecendo-se, sentiu fome, pois com a morte da avó não havia tido muito apetite nos últimos três dias e estava comendo muito pouco. Naquele dia em especial, saiu sem por nada na boca. Por estar muito escuro, Caribay resolveu deixar o dia amanhecer apesar do estômago roncar como um rugido de um urso faminto. - Engraçado! Pensou ela. - Não sabia que meu estômago roncava tão alto... - O barulho no estômago foi crescendo até que percebeu que tanto barulho não poderia ser da sua barriga. E ao olhar para trás um enorme urso estava a devorar-lhe com os olhos, a baba escorria e os dentes eram enormes!!! Caribay como num pulo começou a correr e a única coisa que lembrou de pegar foi a tesoura e o embrulho. A Colcha e o castiçal infelizmente ficaram para trás. Quanto mais Caribay corria, mais o urso parecia que iria alcançá-la e o cançaso vinha muito forte, pois já estava sem força, o corpo não respondia, estava cansada, com fome, com medo, já não aguentava correr, o urso iria alcançá-la. Caribay olhou para trás e pensou: Chegou a minha hora! - E a primeira imagem que lhe veio a mente foi de sua vó - Vóvóóóóó... - gritou, quase numa súplica! Caribay escorregou por uma enorme ribanceira. O urso ficou lá em cima observanso o corpo da menina rolar e cair no rio sendo arrastado pela correnteza, agarrado num enorme galho de árvore. Junto a árvore onde Caribay havia feito uma fogueira, uma mãozinha enrugadinha, pequenininha, quase verde (não posso confirmar sua cor pois estava ainda escuro apesar da fogueira) pegou o castiçal e a colcha de Caribay. Pela silhueta formada pela fogueira, o corpo que pertencia a mãozinha era pequeno, barrigudinho, com orelhinhas desproporcionais a sua pequena cabeça. Foi difícil segurar os objetos mas ele sumiu tão rápido... Que não deu nem pra ver poeira. Enquanto isso, Caribay continuava a ser levada pela correnteza.. VII (Tânia) O rio precipitava-se em direção a um grande penhasco e Caribay já não tinha esperança de se salvar. Ela tentava desesperadamente se manter agarrada ao
tronco e com muito esforço e sorte conseguiu prender o tronco entre as pedras do rio e impedir que seu corpo rolasse queda abaixo. Caribay então se esgueirou pelo tronco e conseguiu chegar a margem do rio, respirando com muita dificuldade, sentindo-se meio morta e meio viva. Neste momento ela pensou que aquele não podia ser o caminho que a avó escolhera pra ela , que a pior idéia foi ter saído do Silêncio e que se ela não tinha morrido no rio, morreria de qualquer forma, perdida, com frio e com fome. Caribay então chorou, chorou, chorou tanto que adormeceu ali mesmo, na margem do rio . Quando Caribay abriu os olhos se viu numa espécie de gruta, deitada sobre uma pequena cama de folhas, agasalhada com a colcha de sua vó, aquecida com a luz do castiçal e sentindo um cheiro delicioso de comida. Seu corpo doía muito e ela teve dificuldade para se sentar. Escutou uma cantiga suave e quando olhou para trás viu um ser estranho, uma espécie de anão esverdeado com um belo sorriso nos lábios vindo em sua direção. Caribay então teve a certeza que não poderia mais estar viva. O anãozinho então disse a Caribay: _ Ainda bem que você acordou! Pensei que ia morrer! Faz três dias que você está aí nessa cama! Venha! Você deve estar com fome! Vamos menina, sua jornada mal começou e não temos tempo a perder... _ vamos, vamos, eu coloquei um pouco das suas ervas neste chá, tome!, logo, logo você vai recuperar as forças! Caribay começava a ter noção de que aquilo era real, que aquele anãozinho não era sua imaginação. Ele disse que se chamava Rogui e sem parar de falar enfiava colheradas de um caldo delicioso na boca de Caribay que procurava entender suas palavras: _ Ah menina, ele, dizia, eu não esperava que você fosse escolher o caminho errado! Sua vó me disse que você era esperta! Eu acho que ela estava errada! Mas como prometi a ela vou te ajudar escolher o caminho certo Caribay interrompeu Rogui dizendo que o Guardião An a tinha advertido que a escolha do caminho era sem volta... e como ele conhecia a avó dela?, quem era ele e como ele tinha achado os presentes de sua vó?... Rogui interrompeu Caribay furioso: _ Ora, ora, como você faz perguntas! Fique quieta e coma rápido! Aqueles guardiões não sabem de nada! vamos , vamos antes que ... Sem que Rogui pudesse terminar a frase ele e Carybay ouviram um grande ruído vindo de fora da gruta.... VIII (Rafael) O ruído aumentava cada vez mais, um barulho estrondoso aproximava-se deles, o chão estremecia e um cheiro de podridão ía tomando conta do ar. Caribay olhava Rogui assustada "O que é isso? Uma avalanche de lama?" Rogui, que já havia espiado por uma gretinha, gritou: - Caribay, Aí vem o "Ódio Guardado do Silêncio", é um monstro que foi alimentado durante séculos pelas pessoas do lugarejo que você habitava. - Do que você está falando Rogui? Perguntou Caribay, muito pálida e com os olhos esbugalados. - Toda vez que alguém queria dizer umas veradades, mas engolia e ficava calado, foi alimentando o "Ódio Guardado", todos os pensmentos de vingança, inveja ou simplesmente a raiva da vida, que ficaram aprisionados. A essa altura o monstro já estava pertinho deles, éra um ser nojento, disforme, parecia um grande tumor, repleto de feridas menores. Todo enrugado, amarelo esverdeado, parecia que iria explodir a qualquer momento. Rogui puxou Caribay para fora de sua cabana e ficaram ambos parados na
frente do monstro, que fechou os olhos com certo esforço e numa mistura de dor e alívio soltou uma especie de arroto fedorento. Rogui caiu no chão quase sem vida. Caribay, foi lançada contra a parede da cabana, mas conseguiu levantar a cabeça e avistou os olhinhos miúdos do monstro, pareciam olhos muito tristes, a menina ficou como que ipnotizada, teve uma certa compaixão daquele ser. Mas o monstro iria matá-la logo. Rogui então gritou para Caribay: - Rápido pegue o mel! Vamos Caribay, não temos muito tempo... pegue o mel imediatamente menina! Caribay olhou sem graça para Roui, que logo entendeu: - Caribai, sua lerda!!! Como pôde iniciar a jornada sem o mel! Eu falei para sua avó que não queria ser seu guia, sempre te achei boba...Estúpida! O monstro agarrou Caribay com uma mão e Rogui com a outra. Abriu a bocarra, exalando um insuportável mau hálito, prestes a engolir os dois. Um tanto tonto, Rogui suplicou a Caribay: - Caribay, diga palvras bonitas! Tudo aquilo que você sempre teve vontade de dizer às pessoas ...mas não disse porque teve vergonha, ou medo de não ser compreendida. (irritado)Diga palavras doces e belas agora!!! Lerda!!! Caribay olhou os olhos tristes do monstro e começou a falar, á princípio as palavras soaram um tanto falsas, mas aos pouquinhos Caribay foi conseguindo palavras encantadoras, lembrou de todas as vezes que queria elogiar a sua avó e não elogiou, as palvras que maravilhosas que já pensou em falar para as pessoas do lugarejo e não disse, pois nunca tinha ouvido deles nenhuma palavra generosa. As palavras que deveria ter dito para as flores que colhia, para os animais, o rio e a terra. Caribay agradeceu, cumprimentou, apresentou seus respeitos e elogios a tudo e a todos, coisas que nem sabia que poderia falar um dia de tão doces e zelosas. Aos poucos, caribay foi percebendo que do seu umbigo começou a jorrar um liquido dourado, o monstro levantou Caribay e começou a beber o néctar que jorrava do umbigo dela. À medida que ía bebendo, ele ficava mais calmo e ía se transformando numa espécie de grande cachorro peludo. O monstro soltou Rogui e Caribay e lambendo os beiços deitou no chão como um cão vira-latas indefeso, chorava triste como uma fera machucada. Rogui falou baixinho para Caribay: - Parabéns menina, estou emocionado, já tinha visto sua avó produzir mel da própria mão, mas você conseguiu fazer jorrar do próprio umbigo. Agora pegue rápido a tesoura, enquanto ele está sob o efeito do mel suba nascostas dele e aja subitamente para que ele não reaja. Caribay, não queria matar aquele imenso cão, ele parecia indefeso. Rogui falou firme: - Suba no dorso dele agora, leve a tesoura! Na nuca dele Caribay... Vê o tumor?! Caribay avistou um imenso tumor com um espinho cravado no alto. Rogui: - Rasgue o tumor com a tesoura e retire o espinho de seu dorso...agora! Caribay fez o que Rogui mandou. O cão deu um urro estrondoso e da ferida saiu muita porcaria, começou a chover. Surgiu um lindo cão amarelo. Rogui disse: Siga com o cão pelo vale e me encontre ao amanhecer no topo da montanha. IX (Inés)
Rogui desapareceu no instante e ela ficou ali com o caozinho e o coração ainda batendo. Tomou uns instantes olhando para o cachorro e falou: - Qual será teu nome?... você foi como um milagre, vou te chamar Milo!... Vamos Milo!! E começaram a andar, o dia estava lindo, o susto tinha passado, Rogui tinha dado instruções simples, assim que Caribay começou a se sentir flutuar, não andava mais dançava e Milo corria em torno dela. Passaram numa fonte e Caribay não se cohibiu de dar um mergulho. Não vendo ninguém tirou o vesido e entrou na poça, se sentiu como nunca antes... Milo perseguia borboletas e grilhos em torno. Mas depois de uns minutos de extase... caribay començou a se sentir observada... olhou em volta e ainda que não conseguiu ver nada ficou paralizada de vergonha, correu à beira da poça e vestiu-se ainda escorregando agua. Rogui não disse que eles estavam sendo vigiados. Mas era. Logo Milo começou a ladrar e a recuar até chegar nos pés dela. Uma multitude de pesoas quase nuas, de cabelos pretos e lisos, de olhos rasgados muito serios e ameaçadores saiu do mato, e chegaram tão perto que Caribay quasé caiu na água de novo, especialmente quando um deles levantou um bonito cajado que tinha e a sua sinal todos começaram a gritar e a pular numa agitação sem fim. Caribay e Milo se olhavam segurando o queixo sem saber o que fazer. Caribay tentou sorrir para eles... meio que sem graça, trasvazando o medo, mas nesse instante do meio do grupo saiu um menininho com os olhos muito abertos e extendeu o seus brazos a Caribay, e aí sim que ela sorriu com tudo o coração... Quem seriam aquelas peesoas? Sube por uma das mais velhas que cnheceram a sua avó... e que também queriam ajudá-la... A amizade com estas pessoas ficou solida na hora. Eles e escolheram mutuamente, a velha recitou as palabras do Baquara: são as suas escolhas que construirão esse caminho e a velha acrescentou... são as escolhas do coração. Eles disseram que iriam a acompanhá-la... tudos. Vai lá Caribay... com um caozinho e uma multitude que a leva, caminho do topo da montahna. X (Rita) Do topo da montanha, Caribay e todos que a acompanhavam avistaram uma grande planície serpenteada por um rio que a tornava fértil e produtiva. Aquelas terras estavam ocultas por uma grande névoa que se dissolveu quando Caribay produziu o mel do seu umbigo e o monstro se transformou num cãozinho. Com isso ela livrou toda aquela tribo de uma maldição que já durava há várias gerações e que dependia de uma jovem fazer a escolha correta. Sua avó sabia que ela era a escolhida, pois Caribay nascera com o sinal indicando esta possibilidade, por isso para ela a Terra do Silêncio sempre parecera um lugar que ela precisava deixar. No entanto. Caribay quase colocara tudo a perder... Agora ela estava ali. Sabia o caminho a seguir. Sabia o que precisava ser feito. Rogui apareceu ao seu lado e disse: Caribay aqui acaba minha missão. Você encontrou seu caminho e seu verdadeiro povo. Lembre-se que sua avó sempre
teve poderes de cura e encantamento. Estes poderes agora são seus. Siga agora seu destino!