Artigo Tcc

  • June 2020
  • PDF

This document was uploaded by user and they confirmed that they have the permission to share it. If you are author or own the copyright of this book, please report to us by using this DMCA report form. Report DMCA


Overview

Download & View Artigo Tcc as PDF for free.

More details

  • Words: 4,362
  • Pages: 17
LA MALU: Coleção e Marketing

LA MALU: COLLECTION AND MARKETING

ADALGYZA DA COSTA

Resumo

Em busca da solidificação da marca LaMalu está sendo proposto neste, a estruturação e organização do marketing desde a logomarca, etiquetação e embalagem ao ponto de venda para consumidor final. Assim como a criação de uma coleção para bebês desde recém nascidos aos dois anos de idade, inspirados em um desenho animado infantil chamado Barnyard que simula em uma comédia a vida de animais falantes em uma fazenda na área rural de uma cidade. Palavras Chave: Design de moda, Marketing e coleção.

Abstract

In search of the solidification of the mark LaMalu is being proposed in the structuring and marketing organization since the logo, etiquetação and packaging to the point of sale to final consumer. Just as the creation of a collection for babies from newborn to two years old, inspired by a children's cartoon called Barnyard that simulates a comedy in the lives of animals on a farm speakers in the rural area of a city. Keywords: Design, Fashion, Marketing and collection.

___________________________________________________________________ 1 Graduanda em Design de Moda pela Universidade do Vale do Itajaí em Santa Catarina no Brasil. E-mail: [email protected]

1 INTRODUÇÃO A moda infantil e suas respectivas tendências deixam de lado um publico que apesar de não ter influencia no consumo desperta em todos que os rodeiam um fascínio no ato de presentear e adquirir peças irreverentes, que deslumbrem os olhares dos que observam o comportamento e a evolução do aprendizado desses pequenos futuros consumidores. No mercado de vestuário infantil para recém nascidos e bebês ate dois anos, segundo pesquisa de campo realizada na cidade de Maringá situada no estado do Paraná, e em Balneário Comburiu em Santa Catarina, restringiu o mix de produtos a somente a três modelagens comuns, sendo ainda que as peças são variados apenas pela coloração pastel e as estampas básicas, poucas modelagens diferenciadas também restringem o nicho de mercado. Coube então repensar o vestuário para esses publico alvo de zero a nove meses de idade, elaborando uma coleção feminina irreverente e lúdica, alem de muito colorida e com novas modelagens e estampas. Da coloração usada na fabricação das peças para este publico encontra-se com facilidade os tons pasteis como o amarelinho, o rosa bebe, o verde água e o azul claro, outras duas menos comuns porem encontradas são o salmão e o violeta. Ocasionando uma brecha para inovar nesse espaço, utilizando novas cores para inserir no mercado, tons mais vivos, de cinza e também tons crus podem aparecer nesta nova coleção. A cor pode influenciar os hormônios, a pressão sanguínea e a temperatura do corpo de quem a vê. Tem o poder de estimular ou deprimir, atrair ou repelir.(...) temos de levar em conta não só como as cores fazem com que nos sintamos (...) o que elas comunicam sobre as nossas personalidades, mas também como os outros inconscientemente reagem quando vêem as cores que estamos usando. (Fischer, 2001,p.27)

A psicologia infantil explica a psicodinâmica das cores e o desenvolvimento cognitivo dos seres humanos onde interagir com o individuo possibilita o apreender de novos conhecimentos. Essas teorias possibilitam um diferencial na coleção que será desenvolvida, a união de cores diferenciadas das do mercado com as texturas,

os aromas e as sonoridades possibilitaram uma coleção fantástica, desenvolvidas com ergonomia possibilitando um bem estar para as crianças assim como também para os consumidores dessa coleção que atingira os desejos dos mesmos. Como afirma Jean Piaget (1976, p.08), Somente as influencias do meio adquirem importância cada vez maior a partir do nascimento, tanto alias, do ponto de vista orgânico quanto do mental. A psicologia da criança não poderia, portanto recorrer apenas a fatores de maturação biológica, visto que os fatores que hão de ser considerados dependem assim do exercício ou da experiência adquirida como da vida social em geral.

Pode-se constatar então que no mercado de vestuário e acessórios infantis de zero a nove meses, há um desfalque de produtos lúdicos que interajam com os bebes, assim como peças de cores fortes e irreverentes que encantem as mamães, que no período de elaboração dos enxovais estão contagiadas pelo consumo, favorecendo o mercado desses segmentos que se encontra em expansão. Pode-se mesmo afirmar que a introdução da moda como sistema de renovação constante representa um marco definitivo da inversão do consumo por necessidade e do consumo movido pelos desejos e fantasias. (Cidreira, 2005, p.59)

Designa-se desenvolver uma coleção de vestuário e acessórios para recém nascidos inspirados nas tendências de inverno dois mil e dez e no filme: O segredo dos animais, aplicando os estudos realizados sobre a psicologia e os cinco sentidos, onde estão entre objetivos específicos, elaborar uma coleção de acessórios compostos por um mix de babadores e prendedores de chupetas, criar uma coleção de vestuário em conjunto com a de acessórios com três linhas, diferenciadas por Tip Tops, pagões e pijamas, compreender e aplicar os estudos sobre a psicologia infantil de Vygotski, Wallon e Piaget na construção dessas peças, aprimorar e incentivar a utilização dos cinco sentidos nesta fase da vida do publico alvo, investigar e aplicar diferentes tipos de materiais e aviamentos existentes no mercado para o segmento e propor uma marca estruturando seus aspectos de marketing.

A coleção que será inspirada em um filme chamado Barnyard, O segredo dos animais, uma estória fictícia onde os animais de uma fazenda vagam pelo campo falando e andando em duas patas escondendo dos seres humanos seus segredos, porem tendo em seus destinos os mesmos problemas encontrados na vida real, trazendo uma forma mais fácil de orientar os adultos a como explicar as crianças fatos corriqueiros do cotidiano infantil, um tema que promete arrepiar, na interação com o público.

2 PROBLEMÁTICA Como agregar ao mercado infantil para o publico de 6 meses a dois anos de idade uma marca com coleções de

roupas e acessórios irreverentes que se

identifiquem com o publico alvo da mesma, inspirados nas tendências de inverno dois mil e dez e no filme infantil baseado no folk chamando Barnyard: O segredo dos animais.

3

METODOLOGIA 3.1 Metodologia de projeto

Para o desenvolvimento da metodologia a ser utilizada, foram estudadas metodologias de dois autores, Bruno Munari e Jaqueline keller. Munari persiste em estudar o problema coletando e analisando dados, passando pela a fase criativa, pela pesquisa e pela fase conclusiva na solução. Ele é incisivo quando diz que: Projetar é fácil quando se sabe como fazer. Tudo se torna fácil quando se conhece o modo de proceder para alcançar a solução de um problema. E é por esse fato que coube unir as duas metodologias para que o processo de construção dessa coleção se tornasse mais fácil.

Figura – Fluxograma metodologia de Munari - Fonte: arquivo próprio.

A forma de construção de projeto de Jaqueline Keller, consiste em manterse em sete etapas representadas pela escolha da temática, pelo planejamento da coleção (mapa conceitual), tendências

e

pelas pesquisas de campo (entrevista) / mercado /

bibliográficas,

pelo

portfólio

de

coleção

(imagens),

pelo

desenvolvimento de produto (fichas e modelagens), e pelo composto mercadológico de marketing da marca, conforme esta representada no fluxograma abaixo:

Figura – Fluxograma metodologia de Keller - Fonte: arquivo próprio.

A escolha pela uniao dessas metodologia possibilita uma organização do planejamento da coleção desde a escolha tema, segmento e publico alvo até inserção das peças geradas no portfolio para o mercado. Poucas mudanças foram realizadas nas metodologias, coube apenas cancelar a fase de experimentacao de Munari, uma vez que o tempo nao permite essa etapa, alem de modificar compostos mercadologicos sugeridos por Keller. Pode ser observado abaixo os passos da metodologia proposta.

Figura – Fluxograma metodologia de Keller & Munari - Fonte: arquivo próprio

3.2 Metodologia de pesquisa 3.2.1 Pesquisa de campo Perante a pesquisa de campo realizada no comercio da cidade de Maringá no Parana e em Balneario Camboriu em Santa Catarina no mes de março no ano de dois mil e nove, pode-se observar uma pequena quantidade de peças que apresentassem um design diferenciado, com modelagens distintas, e com cores mais fortes, assim como poucas peças ludicas que venham interagir com o bebê. 3.2.2 Entrevista Coube para este projeto aplicar uma entrevista nao extruturada com roteiro flexivel na qual pode-se encontrar um resultado similar ao da pesquisa de campo, pôde ser constatdo na realizacao da pesquisa qualitativa através de entrevistas não

extruturadas realizadas com o público alvo da coleção, mães criativas e independentes que tem personalidade forte e metas para alcançar seus objetivos e desejos. Dentre as entrevistasdas estavam mulheres de personalidade forte, estilo de vida super agitado, mães ou futuras mamães de meninas, que realizaram suas vontades na elaboracao do enxoval de seu bebê. Das mamães que ja fizeram seu enxoval a mais de três anos, encontrou-se maiores dificuldades no design diferenciado das peças, isso prova que o mercado esta sendo modificado e que ainda há um nicho a ser destrinchado. Das cores encontradas no mercado estão com maior frequencia nas vitrines e araras, o rosa bebê, o lilás, o amarelinho e algumas peças na cor vermelha. Sendo que a preferencia de cores das mães entrevistadas estao, o verde, o alaranjado e tons crus, mais serios. Todas as maes conhecem os fignificados das cores e a influencia das mesmas na pesonalidade da criaça, porem as maes que ja tiveram seus bebe nao deram muita importancia a esse fato na elaboracao do seu primeiro enxoval, hoje acreditam e valorizam a psicodinamica das cores. Dentre os temas utilizados para a construção dos enxovais pode-se perceber que as mães utilizavam algum personagem que estava presente no mercado e ou flores e bonecas, animais tambem estava presentes em algumas coleções. Perante o argumento utilizado para verificar o comportamento do seu bebe na faze sensorio motora, muitas maes nao sabiam da influencia das cores na persolaidade do seu bebê. Mas afirmaram utilizar de sabedorias costumeiras de época, que passam de mães para as filhas. 3.2.3 Questionario Entre vinte questionarios realizados como publico alvo pode-se perceber que a classe social que era desejada não era real, por mais baixa que seja a classe

social as mãe sedem uma parcela maior de seus salarios para presentear suas filhas e realizar suas vontades e desejos ao vestir seus bebês. Assim como a mudança realizada perante a classe social, obteve-se clareza para modificar os aspectos relacionados a idade e as peças a serem confeccionadas. Conforme citado nos questionarios a procura por bodies permanece ate os dois primeiros anos de vida, ja as legs estão presentes ao longo dos 5 anos. Os macacões sao restritos aos bebes ate um ano podendo se estender em alguns casos a un ano e meio. Coube esclarecer que a idade do publico alvo deve ser modificada para seis meses a dois anos de idade, sendo que as peças seram selecionadas por faixa etária, os bodys que facilitam a vida das mães que tem bebês que usam fraldas, permanecem para as tres linhas, uma vez que a média é de 2 anos e meio para um bebê para de usar fraldas. As peças com pezinhos estao restritas a primeira linha ate os 9 meses, e as outras peças podem ser utilizadas por crianças de 1 a dois anos.

4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 4.1 A psicologia, os sentidos e o design de moda. Alguns estudos elaborados na área de psicologia infantil segundo as teorias de Henri Wallon sobre o desenvolvimento do comportamento e da consciência do recém nascido consistem em afirmar que a inteligência do ser humano floresce através de suas inteligências múltiplas, as quais evoluem ao interagir com o meio onde o ser sofre influências. O recém nascido só apresenta em seu comportamento reações descontinuas e esporádicas, cujo único resultado é liquidar pelas vias, oras disponíveis, tanto as tensões de origem orgânica quanto as sucintas pelas excitações exteriores. As gesticulações não têm, para ele, nenhuma utilidade pratica. Nem mesmo lhe servem para modificar uma posição incomoda ou perigosa. É-lhe indispensável uma assistência constante. O recém nascido é um ser cuja totalidade das reações necessita ser completada, compensada, interpretada. Incapaz de efetuar algo por si próprio, ele é manipulado pelo outro e

é, nos movimentos deste outro, que suas primeiras atitudes tomarão forma. (Wallon, 1999, p.161)

O bebê que interage com um mediador estará propício a compreender e também apreender novos conhecimentos com mais facilidade. Uma vez que segundo Wallon existem múltiplas inteligências, essas podem estar mais bem desenvolvidas através da mediação externa. Cada recém nascido é capaz de todas as inteligências, mas podem desenvolver alguma delas com maior aptidão. Esse fenômeno é chamado popularmente como dom. Esses dons se dão no decorrer da aprendizagem, quando ocorre a identificação

de

algum

conhecimento

especifico.

Esses

dons

podem

ser

desenvolvidos a partir do brincar desde a fase sensório Motor de Piaget. Para que ocorram as mudanças de condutas, também podendo ser nomeadas de evoluções, torna-se necessário que sejam respeitados os estágios de aprendizagem de uma criança, para Piaget o recém nascido até seus nove meses de idade, encontra-se no estágio sensório motor, o qual pode ser definido por possibilitar a construção do real. Neste estagio as influências que o meio exerce sob a inteligência do bebê são de suma importância, o crescimento biológico dos sentidos assim como a maturação mental fazem parte da evolução da compreensão dos estímulos exercidos sob a criança e por ela. Essas experiências adquiridas no decorrer da vida social são fundamentais para o amadurecimento mental e psicomotor da criança, por esse motivo é de grande importância a mediação realizada com diferentes estímulos, como novos sons, cheiros e diferentes texturas, para que possibilite a criança conhecer e apreender novos conhecimentos.

A relação entre o uso de instrumentos e a fala afeta varias funções psicológicas, em particular a percepção, as operações sensóriomotoras e a atenção, cada uma das quais é de parte de um sistema dinâmico de comportamento. Pesquisas experimentais do desenvolvimento indicam que as conexões e relações entre funções constituem sistemas que se modificam, ao longo do desenvolvimento da criança, tão radicalmente quanto às próprias funções individuais. (Vygotsky,1994,p.41)

Os estímulos quando interpretados como respostas são verdadeiras assimilações, essas são a representação do aprendizado ocorrido. Ao assimilar uma intervenção do mediador a criança responde e ao responder duas vezes de uma mesma forma, indica que ela compreendeu a mediação realizada, passando da fase de assimilação para a o real. A compreensão vem de uma assimilação de idéias que são apreendidas ao adquirir um conhecimento para garantir uma evolução mental. Para Vygotsky (1994, p.105), o desenvolvimento ou a maduração são vistos como uma precondição do aprendizado, mas nunca como resultado dele. (...) O aprendizado forma uma superestrutura sobre o desenvolvimento, deixando este ultimo essencialmente inalterado. Assim como pensava Vygotsky (1994 p.132). A criança, ao querer, realiza seus desejos. Ao pensar, ela age. As ações internas e externas são inseparáveis: a imaginação, a interpretação e a vontade são processos internos conduzidos pela ação externa. Compreende-se então que é através de uma estimulação que a criança percebe as ações externas e as interage com suas informações internas transformando seus conhecimentos. Piaget, assim como Vygotsky, acredita que a mediação é importante para o desenvolvimento da inteligência e linguagem da criança. É através dela ele revolucionou o estudo da linguagem e do pensamento das crianças, ele foi o primeiro a estudar sistematicamente as percepções e a lógica infantil garantindo descobertas que podem parecer obvias nos dias de hoje, mas possibilitaram que as crianças não fossem mais tratadas como adultos em miniaturas como ocorria ha alguns séculos. Como as crianças não tinham costumes diferentes dos adultos suas vestimentas também eram cópias das dos pais em miniaturas, como pode ser observado na figura de representação abaixo: Observando o vestuário infantil, antes mesmo da construção do mundo da infância, as crianças eram mantidas em controle e disciplinamento, assim se submetia a criança a utilização de roupas carregadas de símbolos, com a mesma aparência da vestimenta de seus pais, forçando-as, portanto, a permanecer comportada nos espaços que lhe eram destinados. E quando recém nascidas eram embrulhadas a faixas feitas de linho e tinham a função de proteger o esqueleto do bebe contra um choque térmico ou movimento desordenado. E quando chagavam

aos quatro anos, independentemente de seu sexo eram vestidas com vestidos semelhantes aos de adultos nas cores marrom, vermelha ou preta. Áries (1981) esclarece que até o século XIX as crianças recém nascidas eram envoltas, da cabeça aos pés, em faixas que mantinham o corpo aquecido, porém imobilizado, para dar sustentação à coluna vertebral, sendo-lhes permitido algum movimento, apenas nos momentos de trocas de roupa. Em vez que enumerar as deficiências do raciocínio infantil, em comparação com o dos adultos, Piaget concentrou-se nas características distintivas do pensamento das crianças, naquilo que elas têm, e não naquilo que lhes falta. Por meio dessa abordagem positiva, demonstrou que a diferença entre o pensamento infantil e o pensamento adulto era mais qualitativa do que quantitativa. (Vygotsky 1995, p.09)

E acredita-se que por influência dos pensamentos de Piaget e algumas personalidades de época importantes como Rei Luiz XIV, tornou-se possível que hoje o vestuário infantil possa estar mais lúdico e que exista uma preocupação com o bem estar e com a saúde das crianças. Hoje a roupa está de acordo com a idade, a criança se veste de acordo com as tendências e com o seu gosto e ou desejo, ainda que por mediação de um adulto. As cores também se tornam responsáveis pela aceitação de determinada peça pelo seu dono, e de quem as vê. Elas interferem nas escolhas porque interagem com a personalidade e com o temperamento de cada individuo. Algumas cores nos infundem vida enquanto outras nos provocam introspecção. Se, por exemplo, estamos nos sentindo cansadas ou irritadas, tons claros de verde podem nos curar ou rejuvenescer, enquanto vestir alguma coisa cor-de-rosa pode atenuar nossa ansiedade ou frustração. Cores vivas, quentes, em tecidos como algodão ou cashmere podem nos ajudar a irradiar alegria, levantando o humor dos que estão em nossa presença. (Mirkin (2001, P.29)

As crianças reagem à cor, muito antes de reagirem à forma e, nos primeiros anos de vida, as cores quentes como vermelho, amarelo e alaranjado despertam mais sua atenção. Assim as acredita-se que as cores possam transmitir tranqüilidade, agilidade e ou harmonia. São responsáveis por manter ordens como

em um sinal de transito. Assim como media harmonia de uma coleção, o colorido tem o poder de deixar mágico, lúdico e atrativo tudo o que se vê. Um circo ou um palhaço em preto e branco buscam valores diferentes da felicidade, implicam em demonstrar outro ângulo da realidade. A cor pode explicar uma imagem. Segundo Mirkin (2001, p.27), A cor pode influenciar os hormônios, a pressão sangüínea e a temperatura do nosso corpo e de quem a vê. Tem o poder de estimular ou deprimir, atrair ou repelir. E é devido à interação das cores com a auto-estima do público alvo que podemos perceber que um caminho para o mercado é a utilização do marketing. O marketing está preso a um tripé responsável pela motivação, o reconhecimento e a recompensa do cliente. Onde o cliente é motivado por determinado produto, obtêm o reconhecimento dos valores que a marca possui, através de seus conceitos e por fim recebe a recompensa da utilização de tal produto. Garantindo assim um cliente assíduo. Assim como discorre Alcântara, em seu livro Terapia pela roupa, (...) a auto estima é imprescindível para o bem estar e para nos tornarmos bem sucedidos em nossas metas. A atitude livre e criativa é habitualmente motivadora e, portanto, um meio eficaz de nos realizarmos, pois sempre que atingimos uma meta, nos sentimos reconhecidos, premiados felizes e amados. (1996, p.136)

A visão, o olfato, o tato, a audição e o paladar podem auxiliar no desenvolvimento infantil, quando se fala das cores percebe-se a importância da visão para que sejam desenvolvidas suas interações com o ser. Tão importante quanto à visão é o tato que possibilita o aprendizado mesmo no escuro, ou com o ser desprovido da visão. O tato desenvolve a percepção das formas e auxilia no aprendizado de novas sensações. É fato que usamos os cinco sentidos para conhecer o mundo que nos cerca. Os bebês em particular, aprendem muito através da exploração. Torna-se notável como os bebês usam os cinco sentidos para explorar o ambiente. Por este motivo acontece a apelação pela exploração do público alvo com as peças que serão criadas. 4.2 O Folk e o filme infantil Barnyard: O segredo dos animais.

O folk mais conhecido como vestimentas country, inspiradas nas vestes dos americanos cowboys, onde o xadrez, os jeans estão em plena harmonia com os costumes do lugar. Criar identidade com o modo de viver e com os animais que interagem na fazenda é o propósito desta coleção. Buscou-se inspirar em um filme chamado Barneyard: o Segredo dos animais, um filme que possui uma historia dramática e apresenta em seus personagens questões vividas por seres humanos,possibilitando respostas a problemáticas do dia a dia. Demonstrando o cotidiano na fazenda e ao mesmo tempo unindo as modernidades da cidade o filme apresenta as crianças animais e seus costumes, vestimentas country, entre outras formas de colocar o espectador no mundo real das fazendas. Um filme que emociona e ensina a viver.

Figura – Filme infantil - Barnyard: O segredo dos animais. - Fonte: montagem com o site: www.barnyardmovie.com

4.3 Marketing na criação da marca LaMalu. Avaliar o poder de compra das mães gestantes, e saciar a vontade das mesmas através de produtos de boa qualidade e bom preço, alem providenciar uma propaganda de qualidade são os propósitos de marketing para a marca LaMaluvestuário e acessório infantil pra bebês.

Figura –memorial descritivo, croquis escolhidos. - Fonte: Arquivo próprio

Como cita Cobra (2007, p.205) os consumidores estão sempre em busca de prazer, de felicidade, de novas sensações, de experiências e de conexões emotivas que os façam se sentir exclusivos, únicos e originais. Por esse motivo peças desta marca são seletas e permitem ao consumidor caracterizar sua identidade conforme a escolhas das vestimentas da marca. Uma boa embalagem com uma etiqueta que identifique bem o produto e ensine o consumidor a utilizá-lo de forma correta, garante um valor agregado ao produto que possibilita o saciar do desejo do consumidor, garantindo uma fidelidade a marca. Lembrar de datas festivas e entrar em contato com o cliente torna suas aparições no ponto de venda mais assídua percebendo mais interesse da marca para com o consumidor, promover bazares e treinamento de profissionais das vendas também pode ser uma vantagem. O ponto de venda deve ser um local arejado com cores calmas, que possibilite a escolha das peças sem pressão assim como deve ser apaixonante, uma vez que a compra realizada neste local é puramente emocional. 5 MEMORIAL DESCRITIVO Neste cabe apresentar a coleção e o marketing elaborado, nos painéis estão presentes ilustrações de como de fato serão implantados os princípios deste estudo, desde a logomarca e etiquetação ao ponto de venda, assim como a apresentação da coleção realizada nos croquis e nas peças elaboradas.

Figura – Montagem memorial descritivo. - Fonte: Arquivo próprio

As fichas técnicas e o catálogo de produtos também estão presentes no memorial descritivo, assim como a produçao fotográfica realizada em estudio e ao ar livre, com peças que inpiraram a coleção e a estruturação dos objetivos deste projeto.

Figura – Ficha técnica. - Fonte: Arquivo próprio

6 CONCLUSÃO Coube neste concluir que os estudos realizados para a elaboração da coleção e do aprofundamento do marketing da marca LaMalu, trouxeram benefícios de sabedoria teórica e prática, uma vez que para na realização do projeto houve pleno interesse em cloncluir este de melhor forma possivel, desde os estudos para modelagens,

acabamentos

e

aperfeiçoamentos

diferenciados olhares aos concorrentes enquanto

nas

peças,

aos

novos

e

aliciador de propostas e

extruturas que possivelmente poderão ou nao ser bem sucedidas. A idéia de trabalhar com os sentidos humanos, troxe de certa forma uma segurança, por lidar com a realidade de cada criança, com qualquer que seja sua desenvoltura, desde que ela utilize a criatividade ao brincar com o que veste. Nesta fase dos seis meses a dois anos de idade, são as descobertas que possibilitam e ensinam a criança a se desenvolver e cada dia, compreender e aprender com o mundo ao seu redor. Com auxilio dos mais velhos a criança descobre a se conhecer e a lidar com as coisas mundanas. Já o tema Barnyard, enfatizou-se por ser um desenho animado pouco conhecido e qua trabalha a questão do colorido e do folk entendido por estar presente nas tendências inverno 2010. Neste foi possivel realizar de certa forma um sonho o qual pode estar presente no mercado em uma data próxima. A LaMalu acredita na harmonia da primeira coleção criada e intensifica seus estudos para novas coleções futuras. Cabe aqui agradeçer a todos que auxiliaram neste nascimento e acreditam na maturação da marca.

7 REFERÊNCIAS ALCANTARA, Mamede de. Terapia pela roupa. São Paulo: Mandarim, 1996. 3 v. ARIÉS, P. História social da criança e da família. Rio de Janeiro: Afiliada, 1981. CIDREIRA, Renata Pitombo. Os sentidos da moda. São Paulo: Annablume, 2005. 146 p. COBRA, Marcos. Marketing & moda. São Paulo: Senac São Paulo, 2007.

GIANCARLO MOSER (Org.). Normas para apresentação de trabalhos acadêmicos: associação educacional Leonardo da Vinci. Indaial: Asselvi, 2003. 51 p GUIMARÃES, Luciano. A cor como informação: a construção biofísica, lingüística e cultural da simbologia das cores. São Paulo: Annablume, 2000. 160 p. KOHLER, Carl (Org.). História do vestuário. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2001. KOTLER, Philip. Marketing para o século XXI: como criar, conquistar e dominar mercados. São Paulo: Futura, 1999. 305 p. MIRKIN, Tob Fischer. O código do vestir: os significados ocultos da roupa feminina. Rio de Janeiro: Prazeres&sabores, 2001. Ângela Melim. MUNARI, Bruno. Das coisas nascem as coisas. Tradutor Jose Manuel de Vasconcelos. São Paulo: Martins Fontes, 1998. UDESC/ CEART. Moda palavra: Universidade do Estado de Santa Catarina. 3. ed. Florianópolis: Centro de Artes, 2004. 3 v. Curso de moda. VYGOTSKY, Les Semyonovich. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. 5. ed. São Paulo: Martim Fontes, 1994. VYGOTSKY, Les Semyonovich. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martim Fontes, 1993. WEREBER, Maria Jose Garcia; BRULFERT, Jackeline Nadel; FERNANDES, Florestan (Org.). Henri Wallon. São Paulo: Ática, 1999.

Related Documents

Artigo Tcc
June 2020 1
Tcc
May 2020 26
Tcc
December 2019 27
Tcc
November 2019 27
Tcc
October 2019 37