Apostila Fotografia Em Geral

  • May 2020
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FOTOGRAFIA

Índice 1- Introdução 2- Princípios básicos da fotografia 3- A luz 4- A câmera 5- Material sensível 6- Sensibilidade às cores do espectro 7- A Exposição 8- Revelação de um filme ou papel fotográfico

9- Ampliador 10- Papéis Fotográficos 11- A Química na Fotografia 12- Lavagem 13- Desenvolvimentos recentes 14- Fonte de luz artificial 15- Fotografia científica 16- Tipos de fotografia 17- Bibliografia

Fotografia 1- Introdução Fotografia é a técnica de imagens permanentes em superfícies por meio da ação fotoquímica da luz ou outras formas de radiação. A fotografia hoje tem um importante papel na sociedade em particular nos meios de comunicação. Também temos aplicação da fotografia na ciência onde ela é usada desde o estudo de galáxias até as "fotos" de partículas subatômicas. Nas últimas décadas a fotografia vem sendo muito desenvolvida passando a não mais ser "privilégios" de profissionais da área, sendo então sua manipulação massificada. 2- Princípios básicos da fotografia Praticamente todas as formas de fotografia são baseados na sensibilidade a luz dos cristais de prata, quando este (uma emulsão, que é uma fina camada de gelatinosa) é posto sobre um papel que ao ser atingido pela luz é impressionado, onde este é processado quimicamente onde partículas de metal ficam depositadas em áreas atingidas pela luz formando assim o negativo( esse nome foi dado pelo fato das tonalidades reais serem invertidas neste). Como vemos a fotografia é baseada em processos químicos e físicos, os quais serão vistos com mais detalhes. 3- A luz A luz é a radiação eletromagnética que tem a propriedade de impressionar o olho humano. A luz é somente uma das formas pela qual a radiação eletromagnética se apresenta na natureza. Existem outros tipos de radiação como raios x, raios gama, radiação infravermelha, radiação ultravioleta, ondas de rádio etc... As radiações eletromagnéticas são determinadas pela sua frequência e consequentemente, pelo seu comprimento de onda, devido a sua natureza ondulatória. A luz caminha com uma velocidade de 3x108 m/s em linha reta. Quando refletida ou refratada, sofre desvio, continuando em seguida o trajeto retilíneo. 3.1- Lei da reflexão

O ângulo de incidência é igual ao ângulo de reflexão, consequentemente, os raios que incidem perpendicularmente à superfície do espelho refletem-se sobre si mesmo. 3.2- Leis da refração A refração depende dos meios que o raio atravessa. Depende também do ângulo de incidência. Raios que incidem perpendicularmente ao meio, não sofrem refração. Os raios que incidem próximo à normal sofrem pequeno desvio, e este aumenta à medida que o ângulo de incidência aumenta. A maior ou menor refração depende do comprimento de onda, os comprimentos de onda maiores (vermelha) sofrem menor desvio que os comprimentos menores, para um mesmo ângulo de incidência. 4- A câmera O dispositivo chamado de câmera escura, ao evoluir, veio resultar nas atuais câmaras fotográficas. Ela consiste de uma caixa totalmente fechada, possuindo um orifício em um dos lados, que reproduz a imagem de um objeto que esteja colocado na frente do orifício, de maneira que esta imagem apareça na parede oposta ao orifício, de cabeça para baixo. Para haver uma reprodução perfeita da imagem, foram adaptadas lentes no orifício de entrada de luz. A câmara fotográfica é basicamente formada por esses elementos: câmera escura, placa com material sensível à luz (filme), e uma lente (objetiva). É necessário um dispositivo que cubra a lente, para que a luz só penetre no momento adequado. Nas câmaras modernas, a objetiva é composta por mais de uma lente, para melhorar a qualidade da imagem. 4.1- Objetiva As objetivas são constituídas por uma lente ou um grupo delas. As objetivas simples são compostas por uma única lente do tipo "menisco" ou do tipo "biconvexa", já as objetivas complexas são compostas por um grupo de lentes. As objetivas de uma só lente apresentam certos inconvenientes em relação às objetivas complexas. Esses inconvenientes são: aberração da esfericidade, aberração cromática, astigmatismo, curvatura de campo. Esses inconvenientes são corrigidos colocando-se um diafragma ,que evita os raios luminosos das

bordas, ou colocando-se objetivas aplainéticas Quando o ângulo de incidência é bem aberto, os raios vão ser totalmente refletidos internamente. 4.1.3- Ângulo de campo È o ângulo dentro do qual os raios luminosos formam a imagem nítida, pois a imagem circular fornecida pela objetiva não pode ser totalmente aproveitada. Isso acontece , porque as imagens vão se tornando pouco nítida e mais escura em direção aos bordos. Obtém-se então um quadrado limitado, que vai até o círculo de imagem nítida. 4.1.4- Focalização A focalização ideal é quando os raios convergem sobre o plano do filme, formando a imagem. Se o objeto se encontra muito próximo ou muito distante da lente, o objetivo não é atingido. Para isso movemos a objetiva para frente ou para trás. 4.1.5- Filmes finos na lente O coeficiente de reflexão de uma interface ar-vidro típica para luz em incidência normal é cerca de 5 por cento. Nas lentes fotográficas complexas, podem haver 10 ou até mesmo 20 de tais interfaces. Se fosse arcado com a perda por reflexão em cada superfície de lente, teria-se uma lente que transmitiria apenas uma pequena porcentagem de luz incidente na superfície frontal. Para uma lente com 10 superfícies vidro-ar, a transmissão seria de apenas 59,9 por cento, já que 5 por cento foi perdido por reflexão em cada lente. É desejável reduzir esta perda por reflexão ao máximo, para isso usa-se um revestimento ótico, não apenas por causa da própria perda de luz mas também porque a luz acaba no filme ,ou na ocular, na forma de ïmagens-fantasma". As imagens-fantasma reduzem o contraste da imagem e produzem manchas. Portanto é muito importante reduzirse a reflexividade das superfícies ar-vidro ao valor mais baixo possível, ou eliminá-lo completamente. Esses objetivos são geralmente constatados, na prática, aplicando-se uma camada refringente fixa ao vidro de tal que a luz refletida da sua superfície do topo e da base interfira destrutivamente, como mostra a figura abaixo: Supõe-se então que a película tenha um índice de refração maior do que do ar mas menor do que do vidro. Assim os raios de luz refletidos nas superfícies de cima e de baixo experimentam uma variação de fase de radianos, já que as reflexões ocorrem de um meio oticamente mais denso para um outro menos denso. Desta maneira os dois raios de luz ABDEF e ABC terão uma diferença de

fase que resulta apenas das suas diferenças de trajetória. Quando a incidência é aproximadamente normal, a diferença de fase será de (4nd)/ . Se esta diferença for , as duas ondas chegam fora de fase. Isso ocorrerá se a espessura da película for escolhida como sendo /4n, ou seja , se ela for um quarto do comprimento de onda do meio. Se as intensidades dos raios refletidos nas superfícies mais acima e mais abaixo não forem iguais, suas interferências destrutivas serão parciais, e não completas, e a intensidade refletida total será diminuída, mas não inteiramente eliminadas. No entanto, se for possível de algum modo arrumá-las para tê-las exatamente iguais em intensidade haverá cancelamento destrutivo completo e nenhuma intensidade refletida. A reflexividade de uma superfície de vidro, definida como a razão entre a intensidade incidente e a refletida, é dada para incidência normal pelas seguintes equações: Interface ar-vidro: R = ((nr -1)/ (nr + 1))2 interface filme-vidro: R' = ((nr' -1)/(nr' +1))2 Para substâncias mais transparentes estas reflexividades são relativamente pequenas, e apensas uma porcentagem da luz incidente é refletida em cada interface. Sob estas circunstâncias, as intensidades do raio incidente AB e do raio transmitido BD são praticamente iguais. Em tal situação, fazendo com que as reflexividades R e R' sejam as mesmas, os raios refletidos BC e DEF que interferem destrutivamente terão praticamente intensidades iguais, e não haverá luz refletida significativa: n'= n / n' ou n'= (n)1/2 A película de revestimento procurada deverá ter um índice de refração que seja aproximadamente o mesmo que a raiz quadrada do índice do vidro. Para vidro ótico de índice de refração 1,75 procura-se uma película de índice de refração 1,32. Não é fácil, na prática, achar materiais que tenham os índices de refração requeridos, juntamente com todas as outras características desejadas de transparência, durabilidade e de fácil deposição. Fluoreto de Magnésio, cujo o índice de refração é 1,38 quase chega a satisfazer todos os requisitos mencionados, tendo-se então uma película de um quarto de comprimento de onda reduzirá a reflexividade dos vidros abaixo de 1 por cento.

Pelo vidro revestido com um número de películas cujas espessuras e índices de refração são escolhidos apropriadamente é possível reduzir a reflexividade do vidro ótico a valores muito pequenos sobre o espectro visível total. Nos processos de reflexão e refração não há perda de energia luminosa, portanto toda luz que não é refletida de uma substância transparente deve ser transmitida. No exemplo mencionado anteriormente de uma lente com 10 superfícies de vidro-ar , a aplicação de uma película de um quarto de onda que reduz a reflexividade a um por cento em cada interface aumenta a fração da luz transmitida a 0,9910 = 0,9043 . A comparação entre esse número com aquele dado anteriormente para lentes não revestida revela que há um aumento nas propriedades de transmissão das lentes. 4.2- Obturador É o dispositivo que impede a passagem de luz dentro da câmera, exceto quando o operador resolva obter a foto. Outra função é também regular o tempo durante o qual a luz penetra na câmera, variando a quantidade de luz que chega ao filme. 4.3- Diafragma É o dispositivo que controla a entrada de luz que penetra na objetiva. Nas câmaras com objetiva simples o diafragma fica anterior a lente, já nas complexas ele fica situado entre os elementos. Suas utilidades são: impedir a penetração de raios marginais, controlar a quantidade de luz que penetra pela objetiva e aumentar ou diminuir o campo focal. 4.3.1- Difração Deve-se evitar ao máximo, as máximas e as mínimas aberturas do diafragma. Nas máximas aberturas, a uma diminuição da nitidez da imagem e nas mínimas, pode haver perda de nitidez por difração, que é a propriedade que a luz tem de se desviar ao passar tangencialmente pelos corpos opacos. O fenômeno se acentua a medida que a fenda, por onde a luz passa, se torna menor e quanto menor é a fonte luminosa. 4.4- Outros Dispositivos 4.4.1- Fotômetro Aparelho destinado a medir a luz que incide na câmera. Posteriormente detalharse-á melhor o seu funcionamento.

4.4.2- Lentes acessórias As câmaras modernas possuem lentes que podem ser cambiadas, assim a distância é variada de acordo com a necessidade de uso. São elas: a) Normal- Reproduz imagens compreendidas num ângulo de 45 graus aproximadamente. b) Teleobjetivas- Objetivas de distância focal longa e que conseguem trazer para perto a imagem de um objeto colocado a distância, aumentam bastante a imagem. Possuem um sistema de lentes convergentes frontal e um de lentes divergentes posterior. c) Grande-angular- Cobre um ângulo maior de 60 graus. d) Objetivas para macrofotografia- Macrofotografia é o processo no qual obtemos fotos maior que o natural. A macrofotografia pode ser obtida com una lente normal, porém esta tem que estar ligada a câmera por um tubo rígido e o objeto focalizado tem que estar bem próximo. e) Objetivas de distância focal variável- São usadas no cinema e em fotojornalismo, em reportagens de ação. 4.4.3- Filtros São lâminas de vidro ou gelatina coloridas que são colocadas na frente ou atrás das objetivas, com a finalidade de modificar a luz que chega até a superfície sensível (filme). Conforme a cor que apresentam,os filtros detêm uma parte da luz que chega ao filme mudando a sua cor. Entre os diversos tipos de filtro, existem os filtros polarizadores, que são aqueles que giram em torno da objetiva, captando a luz de apenas um plano determinado. São usados para diminuir reflexos indesejáveis, servem para fotografar através de vitrinas ou para eliminar os reflexos das superfícies do mar e dos vidros. Ação de alguns filtros: Verde- clareia o verde, escurece o vermelho e o alaranjado e também, um pouco, o azul. Azul- escurece o vermelho e o amarelo e clareia o azul. Amarelo- clareia o amarelo e o alaranjado e escurece o azul. Alaranjado- clareia o alaranjado e o vermelho. Escurece o azul e o verde. Vermelho- escurece o azul e o verde e clareia o vermelho.

5- Material sensível Tanto os filmes fotográficos como o papel para ampliação e cópia são constituídos basicamente por um sal de prata distribuídos em gelatina que é aplicada em fina camada sobre plástico (filmes) ou papel. Trataremos agora dos filmes. Em quase todas as etapas de fabricação, há necessidade de manter condições de obscuridade, para que não haja formação de véu na emulsão. Em um recipiente contendo gelatina (esta mesma gelatina usada como sobremesa) mistura-se nitrato de prata e um sal de bromo, cloro ou iodo. Sucede a seguinte reação química: NO3 Ag + Kbr NO3 K + AgBr ( sensível à luz) O brometo de prata apresenta-se sob a forma de pequenos cristais (chamados grãos após revelados) que permanecem emulsionadas no interior da gelatina. A seguir esta mistura é amadurecida, isto é , aquecida em presença de certos solventes, o que vai aumentar sua sensibilidade, aumentando em conseqüência o tamanho dos grãos . Após resfriada, a gelatina é pulverizada e lavada, para eliminar o nitrato de potássio resultante da reação. Em seguida a gelatina é novamente dissolvida pelo calor e são adicionados substâncias com fins vários: corantes sensibilizadores, para que a sensibilidade da emulsão às diversas cores do espectro fique semelhante à do olho humano, ou ainda para que fique sensível às radiações invisíveis: estabilizadores, para conservar a emulsão: endurecedores, para que a gelatina não se arranhe ou descole com facilidade e vários outros tratamentos. A emulsão assim preparada é espalhada em fina camada sobre a película plástica.

5.1- Imagem Latente Quando o material sensível, assim preparado, é exposto à luz, o sal de prata nele contido se modifica formando-se no grão da emulsão um ponto de imagem latente. Este ponto de imagem latente é um pequeno ponto preto, microscópico, cuja origem ainda não está completamente explicada. Quando o filme é revelado, todos os pontos formados se desenvolvem e cada grão que os contém torna-se negro.

A zona clara do objeto a ser fotografado reflete grande quantidade de raios luminosos sobre o material sensível, o negativo. A luz incidindo em grande quantidade escurece a região correspondente no negativo, formando uma imagem cinza escuro ou negra. Inversamente as regiões escuras correspondem às partes claras do negativo, pois refletem pouca quantidade de luz. 5.1.1- Grão A imagem negra do negativo é constituída por um grande número de grãozinhos de prata incluídos na emulsão. O tamanho destes grãozinhos varia segundo uma série de circunstâncias: A sensibilidade do filme: Os filmes mais sensíveis apresentam granulação maior e mais grosseira, visto que a quantidade de luz necessária para impressionar cada grão á a mesma, independe do seu tamanho : consequentemente, a imagem revelada será mais escura para uma mesma exposição, em um filme de grão maior do que em outro de grão menor. O revelador: o tipo de revelador usado interfere no tamanho do grão. Os reveladores energéticos aumentam o grão. 6- Sensibilidade às cores do espectro Os objetos refletem raios luminosos de diversos comprimentos de onda, que, ao impressionarem nossa retina (corpúsculo sensível situado na parede interna e posterior do olho), nos dão a sensação das diversas cores. Além dessa diferença qualitativa entre as cores, há também diferenças de luminosidade entre elas. As emulsões sensíveis , diferentemente do olho humano, só são sensíveis ao azul , ao violeta, e ao ultravioleta .(No começo os filmes só eram sensíveis à parte do espectro visível de pequeno comprimento de onda.) O vermelho , o verde e o amarelo não impressionam a emulsão, aparecendo em branco na emulsões negativas e em preto nas positivas. Parte destes inconvenientes foram suprimidos pela adição de sensibilizadores ópticos , corantes que são absorvidos pela emulsão, tornando-a sensível a determinadas cores. Os primeiros sensibilizadores que foram usados tornaram as emulsões sensíveis também ao amarelo e ao verde, ficando insensível apenas ao vermelho. Estas emulsões chamam-se ortocromáticas.

Posteriormente, o aperfeiçoamento da técnica permitiu que também o vermelho fosse percebido pela emulsão. Acrescentou-se também aos filmes, um filtro amarelo para compensar o excesso de sensibilidade aos raios azuis, atenuando-se de tal forma, que as curvas de sensibilidade cromática destes filmes são muito semelhantes a do olho humano. Existem filmes sensíveis ao infravermelho, obtidos pela adição de corantes especiais. O uso de filme infravermelho (Ektachrome IR) é limitado a certas técnicas especiais: fotografia policial e de guerra, fotografia médica e efeitos especiais em fotografia artística. Os filmes sensíveis ao infravermelho (mais de 8000A ) são também muito sensíveis ao azul e azul-verde. Em consequência deve ser usado filtro amarelo, laranja ou vermelho e mesmo preto quando só interessam os raios infra vermelhos. 7- A Exposição Escolhido o assunto a ser fotografado, cumpre determinar com a maior precisão possível, o tempo de exposição e o diafragma que devem ser usados. 7.1- O fotômetro Aparelho destinado a medir a luz . Algumas câmaras possuem fotômetros colocados por trás da objetiva (câmaras 35mm reflex de características avançadas) o que traz a vantagem de podermos ler a quantidade de luz ao mesmo tempo que focalizamos o objeto, tendo-se a certeza que a leitura corresponde à luz refletida do objeto focalizado. Esse aparelho mede a intensidade luminosa numa dada situação para determinar a combinação apropriada entre a velocidade de obturação e a abertura de diafragma. São usados 4 principais tipos de medição: luz incidente, luz refletida, spot e flash. na luz incidente o fotômetro manual é colocado ao lado do objeto apontando para a câmera. Medição spot mede a luz refletida numa área de 1 grau, enquanto as outras medições cobrem um angulo de 30 a 50 graus na luz refletida e 180 graus na luz incidente. No campo da fotometria um grupo de conceitos e um sistema de unidades próprios para o campo da engenharia de iluminação , fotografia e astronomia foram desenvolvidos.

O mais simples fotômetro contém uma célula fotoelétrica que gera uma corrente elétrica quando exposto à luz e move um ponteiro por uma escala. É equipado com dial ajustável da velocidade de filme. Quando o dial está alinhado com o ponteiro, o fotômetro mostra as várias combinações da velocidade de obturação e diâmetro que irão produzir a mesma exposição. 7.1.1- Célula fotoelétrica Também chamada de fototubo, é um tubo de elétrons no qual os elétrons iniciam uma corrente elétrica originada por uma emissão fotoelétrica. Na sua forma mais simples o fototubo é composto de um catodo, em conjunto com um material fotosensível, e um anodo . Luz incidindo no catodo causa a liberação de elétrons, que são atraídos pelo anodo positivamente carregado, resultando numa corrente proporcional à intensidade de radiação. Fototubos podem ser altamente evacuados ou podem ser preenchidos com um gás inerte a baixa pressão, para atingir alta sensibilidade. Numa modificação chamada fotomultiplicador , uma série de pratos de metal são feitos e arranjados de modo que a emissão fotoelétrica seja ampliada por uma diferença de potencial. O fotomultiplicador é capaz de detectar radiação em uma intensidade extremamente baixa. É uma ferramenta essencial para quem trabalha no campo de pesquisa nuclear. Em alguns fotômetros uma célula fotocondutora de sulfito de cadmio serve como o elemento sensitivo à luz. Movidos à bateria de mercúrio, a célula é extremamente sensível, mesmo sob condições de pouca luz. Uma inovação dos anos 80 foi o uso de silicone como receptor de luz. Estes fotômetros têm ainda mais sensibilidade à luz. 8- Revelação de um filme ou papel fotográfico A fim de revelarmos um filme necessitamos primeiramente de um ambiente escuro de modo que a vedação a luz seja perfeita. Neste ambiente escuro deve haver uma luz branca comum para quando a câmera não estiver em funcionamento. Deve haver também uma luz para a iluminação durante o experimento que é produzida por uma lâmpada inactícia vermelha, pois seu comprimento de onda é maior do que o da luz visível. Os materiais necessários para o experimento são: - Balança: serve para medir a quantidade dos compostos químicos que serão utilizados no experimento.

- Bacias: serve para colocar a mistura de alguns compostos químicos que serão dissolvidos em água. - Pinças: usada para pegar o papel nas bacias. - Copos graduados - Substâncias químicas: metol, hidroquinona, sulfito de sódio, carbonato de sódio, borax, brometo de potássio, hipossulfito, ácido acético glacial, alumem de cromo e metassulfito. - Ampliador 9- Ampliador Quando é utilizada uma câmera fotográfica, ao final do filme ter-se-a como resultado um conjunto de negativos. A fim de visualizar a futura fotografia utiliza-se um ampliador. O primeiro passo é focalizar o negativo sobre um papel de mesma espessura que aquele onde vai ser impressa a cópia. A focalização deve ser obtida com o diafragma totalmente aberto, pois assim se obtém o máximo de intensidade luminosa ( o que facilita a focalização ) e o mínimo de profundidade de foco ( o que permite o foco mais crítico possível). Após fazer isso o filtro de segurança é interposto, e o diafragma é fechado até o ponto desejado. Tem-se em mente a lâmpada usada no ampliador, da sensibilidade do papel ou filme de cópia, do diafragma escolhido e do tamanho da ampliação. A medida que a ampliação é maior, o tempo de exposição aumenta proporcionalmente. Vale lembrar que a lâmpada usada no ampliador deve ser fosca e não pode vir com a marca do fabricante impressa no bojo, pois esta será projetada no papel. A altura e posição da lâmpada devem ser fixadas de modo que a distribuição de luz no papel seja homogênea. 10- Papéis Fotográficos De maneira geral, os papéis fotográficos são fabricados de maneira idêntica aos negativos, ou seja, sobre uma superfície de papel, é depositada uma fina camada de gelatina que contém, emulsionada em seu interior, um sal de prata usado; o papel apresenta maior ou menor sensibilidade dependendo de qual elemento químico será adicionado a prata para formar o sal. Já a superfície do papel tem influência na sua capacidade de abranger maiores ou menores intensidades luminosas. As superfícies brilhantes, por exemplo, refletem mais luz do que as

superfícies foscas e, portanto, abrangem maiores intensidades luminosas. Os papéis fotográficos são também fabricados com variados graus de contraste de modo a permitir ao fotógrafo o efeito desejado na cópia. Os papéis que produzem cópias mais contrastadas chamam-se duros e os outros, suaves. De um modo geral, são fabricados papéis nos seguintes graus de contraste: 1- suaves, 2normal, 3- duro e 4- extraduro. 11- A Química na Fotografia As substâncias químicas que atuam sobre a camada sensível para o processamento dos negativos ou das cópias fotográficas, são previamente dissolvidas em água, para assegurar ação homogênea e eficaz sobre a gelatina. As substâncias são dissolvidas em bacias que contém os compostos químicos necessários para revelação. São eles: os reveladores, os interruptores e os fixadores. 11.1- Reveladores Quando o papel sai do ampliador , a emulsão não apresenta nenhuma modificação aparente. O que faz aparecer a imagem é o revelador ,pela ação química redutora de certas substâncias sobre a emulsão do brometo de prata se decompõe em prata e bromo, devido à reação de oxi-redução. A prata reduzida , agora com valência zero, permanece sob a forma de grão negro enquanto o brometo se combina com certas substâncias do banho. A ação do revelador é ,portanto, apenas sobre a prata, pois do contrário, haveria velatura. Sal de prata + redutor prata metálica + redutor oxidado + ácido exposto negra 11.1.1- Redutor O redutor é composto de substâncias reveladoras , aceleradoras, conservadoras e retardadoras. Dentre as substâncias reveladoras , as mais usadas são o metol e a hidroquinona, que oxidam-se rapidamente ao serem dissolvidos em água. Os reveladores necessitam ph elevado para desenvolver sua ação. É aí que entram os aceleradores, que são compostos de álcalis cáusticos ou carbonatos. No entanto quando o metol ou a hidroquinona são adicionados de sulfito de sódio, também agem como aceleradores. Um revelador , simplesmente alcalino, rapidamente se oxida em contato com o ar, tomando coloração inicialmente amarelada, indo ao marrom escuro e perdendo seu poder revelador. Necessita-se então de um

conservador, sulfito de sódio, que combina-se com o oxigênio do ar, impedindo desta forma a atuação do oxigênio sobre o revelador. Pela ação rápida de um revelador, é possível que mesmo a prata não exposta acabe sendo reduzida, formando-se assim uma velatura. Para impedir isto, acrescenta-se uma substância ácida em muito pequena quantidade, para não prejudicar a ação reveladora. Esta substância retardadora é geralmente o brometo de potássio. 11.2- Interruptores Após a revelação o material deve ser lavado de modo que o revelador seja eliminado o quanto seja possível . Quando se deseja que a revelação cesse imediatamente após ser retirada do revelador, deve ser adicionado a este banho intermediário uma substância ácida, geralmente ácido acético glacial. 11.3- Fixadores Em seguida, o material sensível é imerso em um banho fixador, que tem como finalidade eliminar todos os sais de prata restantes. Se um negativo ou papel , somente revelado, for exposto à luz, ele se velará em pouco tempo .Por este motivo, durante a fixação , os sais de prata insolúveis tornam-se solúveis por uma reação de redução. O principal elemento que compõe o fixador é o tiosulfato de sódio. Ele é o responsável pela reação química que torna solúveis os sais de prata insolúveis e possibilita sua eliminação pela lavagem posterior, como a reação química seguinte: Na2S2O3 +2AgBr 2NaBr + Ag2S2O3 Esta reação inicial produz hiposulfito de prata que não é ainda solúvel em água. O excesso de hiposulfito de prata é transformado em sal duplo de sódio e prata facilmente solúvel. Ag2S2O3 + Na2S2O3 Ag2Na2 (S2O3)2

12- Lavagem Após a fixação, o filme ou papel deve ser cuidadosamente lavado em água corrente para que os sais de hiposulfito de sódio e prata sejam eliminados e só assim o material não se decomporá dentro de um certo prazo. 13- Desenvolvimentos recentes Um novo tipo de máquina vem sendo desenvolvida, esta câmera tem capacidade de guardar em sua memória 92 fotos digitalizadas não necessitando assim de nenhum tipo de filme ou revelação, quando o número de fotos armazenadas chega ao número máximo, simplesmente acopla-se a máquina a um computador transferindo as fotos para o micro, onde então pode-se edita-las e imprimi-las obtendo-se também altas resoluções. 14- Fonte de luz artificial Na falta de luz solar adequada as fotografias temos que lançar mão de fontes artificiais de luz, onde o aparato mais comum encontrado é o Flash. Antigamente usava-se uma lâmpada que contia uma mistura de gás oxigênio e magnésio e quando se queimava emitia luz (obviamente este aparato está obsoleto). O flash é criado a partir de uma lâmpada que contém Halogênio onde quando aplicamos uma alta voltagem há uma ionização do gás que então emite luz intensa e de curta duração. Esses flashs tem que serem sincronizados com o obturador para que a luz deste seja aproveitada para sensibilizar o filme. Temos também flashs automáticos que equipados com sensores (fotocélulas) ajustam a duração do flash, esse sensor mede a intensidade da luz onde então este corta o flash quando a intensidade de luz adequada é alcançada.

15- Fotografia científica A fotografia é uma das melhores ferramentas na aquisição de dados experimentais, especialmente devido ao fato das emulsões fotográficas serem sensíveis na região do ultravioleta, infravermelho, raio-X e Gama. Como um exemplo da importância desta para a ciência vemos que a radiação foi descoberta acidentalmente quando um filme foi exposto a uma fonte de radiação natural. Temos também instrumentos óticos que podem ser usados para se obter fotos( tais como o microscópio e o telescópio), também em certos experimentos tem-se a necessidade de se obter resultados rápidos onde para isso usamos câmaras polaroide. Na área da física de partículas também se usam filmes e fotos para se obter trajetórias de partículas carregadas e de suas interações, onde temos como exemplo a câmara de bolhas e de nevoeiro. Temos um tipo muito especial de fotografia que revolucionou a área médica, chama-se radiografia onde se usa como fonte de "luz" raios-X muito energéticos, que são utilizados largamente em diagnósticos. 16- Tipos de fotografia 16.1- Fotografia sub-aquática Este tipo de fotografia requer alguns ajustes especiais. Devido ao fato do índice de refração da água ser maior do que o do ar, faz-se necessária lentes com ângulos maiores para compensar o efeito de que qualquer coisa na água parece estar 25% mais próxima do que está na realidade( devido a diferença entre os índices de refração). A qualidade deste tipo de fotografia esta ligada diretamente com as condições da água, ou seja, se esta estiver cheia de impurezas irá certamente afetar a qualidade da foto. Também dependendo da profundidade envolvida faz-se necessária a introdução de luz artificial.

16.2- Microfilmagem A microfilmagem consiste em reduzir a fotografia a um pequeno tamanho, sua aplicação na década de 20 se reduzia a simples controle bancário. Hoje em dia essa técnica é amplamente usada no armazenamento de informação, fazendo-se microfichas que possuem um tamanho dei aproximadamente 10x15 cm onde então podemos guardar grandes quantidades de informação em espaços pequenos. 16.3- Fotografia Infravermelho Com peguimentos especiais as emulsões podem ser feitas para serem sensíveis a parte infravermelha do espectro. Objetos que irradiam luz infravermelha podem ser fotografados na completa escuridão, podemos usar este tipo de fotografia para detectarmos pequenas diferenças de temperatura. Também temos aplicações militares tais como a detecção de camuflagem, onde a fotografia aparece mais escura que a próxima. 16.4- Fotografia Ultravioleta O filme normal é sensível ao ultravioleta. Temos métodos de obtenção deste tipo de fotografia, uma delas é iluminar o objeto com luz ultravioleta e colocar um filtro na lente de modo que só permita a passagem de luz ultravioleta, um segundo método consiste em usar a fluorescência causada pela luz ultravioleta, onde coloca-se um filtro que só permita a passagem da luz fluorescente, uma aplicação desta é na detecção de documentos apagados onde este ainda é visível em ultravioleta. 16.5- Detetores de partículas Atualmente na física de partículas faz-se necessária o desenvolvimento de aparatos que permitam a detecção de partículas, contudo alguns destes além detectarem sua presença conseguem determinar as suas trajetórias, conseguindo assim a obtenção de "fotos" destas partículas. Vejamos agora alguns tipos de detetores onde isto é possível. 16.5.1- Câmara de Nevoeiros Consiste em um compartimento onde de um lado tem-se uma janela e de outro lado um pistão, onde este é usado para causar uma rápida variação de volume na

câmara onde dentro tem-se um vapor de água. Quando se solta este pistao rapidamente ocorre uma supersaturação de vapor de água mas esse não se condensa até que se tenha íons por perto, contudo quando temos a passagem de uma partícula carregada esta ioniza o meio onde então há a condensação do vapor aparecendo então a trajetória da partícula. 16.5.2- Câmara de bolhas Este tipo de detetor é bem parecido com a câmara de nevoeiros, um líquido tem momentaneamente sua temperatura elevada além de seu ponto de ebulição, onde este não entrará em ebulição a menos que haja uma perturbação no meio, uma partícula promove este distúrbio onde então vemos pequenas bolhas sendo formada ao longo da passagem desta partícula. 16.6- Fotografia ultra rápida Associado com as câmeres podemos usar flashs que tem uma duração muito rápida para obter fotografias de eventos que ocorrem muito rapidamente, temos que ter cuidado em sincronizar o flash e o objeto em movimento usando-se para isto um sistema de triggering que consiste em uma fotocélula que tem sobre ela um raio incidente que é interrompido quando o objeto entra no campo de visão da câmera.

17- Bibliografia • • • • •

Bergh & Dean - "Light-emiting Diodes" Morgan - "Introduction to Geometrical and Phisical Optics " Carlos H. de A. Gomide - "A técnica e a Prática da Fotografia" Enciclopédia Encarta 95/96 Internet

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