BIBLIOTECA MUNICIPAL DE MONDIM DE BASTO
TRATAMENTO TÉCNICO DOCUMENTAL. Algumas notas. Por Fernanda Cardoso; Ricardo Domingues; Iolanda Machado; Virgínie Magalhães; Alexandra Fernandes; Cristóvão Barroso
OUTUBRO DE 2009
1. A Biblioteca e os documentos. Tipologia dos documentos. Funções e objectivos do tratamento técnico documental. Composição do fundo documental. (teóricas)
Objectivos: · Dominar conceitos básicos das ciências documentais para distinguir os diferentes tipos de documentos.
A Biblioteca e os Documentos. O que é uma Biblioteca? Segundo a UNESCO, é toda a colecção organizada de livros e periódicos impressos ou de outros documentos, nomeadamente gráficos e audiovisuais, e ainda os serviços que concorrem para o acesso fácil a estes documentos por utilizadores com fins de informação, pesquisa, educação ou recreativos. A biblioteca deve assumir-se como o centro local da informação, tornando-se prontamente acessível aos seus utilizadores, a informação de todos os géneros. Os serviços da biblioteca devem ser oferecidos com base na igualdade de acesso para todos, sem distinção de idade, raça, sexo, religião, nacionalidade, língua ou condição social. Serviços e materiais específicos devem ser postos à disposição dos utilizadores que, por qualquer razão, não possam usar os serviços e os materiais correntes, como por exemplo minorias linguísticas, pessoas deficientes, hospitalizadas ou reclusos. Todos os grupos etários devem encontrar documentos adequados às suas necessidades. As colecções devem reflectir as tendências actuais e a evolução da sociedade, bem como a memória da humanidade e o produto da sua imaginação. As colecções e os serviços devem ser isentos de qualquer forma de censura ideológica, política ou religiosa e de pressões comerciais. Objectivos Específicos de uma Biblioteca Escolar (BE) Disponibilizar livremente os documentos; Promover e preservar o livre fluxo de ideias entre a população escolar; Preservar o material bibliográfico, auxiliando dessa forma a educação e a investigação; Defender o espírito e a memória da escola; Educação – Educar para a cidadania; Cultura – centro de difusão de cultura; Informação – tem de ser o centro de difusão da informação com o objectivo de apoiar o currículo escolar; Lazer – preocupa-se com actividades de lazer.
Missões da Biblioteca Escolar As missões-chave da biblioteca escolar relacionadas com a informação, a alfabetização, a educação e a cultura são as seguintes: 1. Criar e fortalecer os hábitos de leitura nas crianças, desde a primeira infância; 2. Apoiar a educação individual e a auto-formação, assim como a educação formal a todos
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os níveis; 3. Assegurar a cada pessoa os meios para evoluir de forma criativa; 4. Estimular a imaginação e criatividade das crianças e dos jovens; 5. Promover o conhecimento sobre a herança cultural, o apreço pelas artes e pelas realizações e inovações científicas; 6. Possibilitar o acesso a todas as formas de expressão cultural das artes do espectáculo; 7. Fomentar o diálogo inter-cultural e a diversidade cultural; 8. Apoiar a tradição oral; 9. Assegurar o acesso dos cidadãos a todos os tipos de informação da comunidade local; 10. Proporcionar serviços de informação adequados às empresas locais, associações e grupos de interesse; 11. Facilitar o desenvolvimento da capacidade de utilizar a informação e a informática; 12. Apoiar, participar e, se necessário, criar programas e actividades de alfabetização para os diferentes grupos etários. Funções de uma Biblioteca Escolar: Função educativa – A BE deve assumir-se como complemento activo do sistema educativo formal apresentando-se como um suporte à educação em tempo parcial. O objectivo é incentivar hábitos positivos de leitura, interpretação de textos, incrementar o acesso à informação, ao Conhecimento, aumentando desta forma a literacia. Função cultural – A BE deve ter como objectivo fomentar a cultura da nossa região. Será preciso assegurar que o fosso cultural da nossa região não seja consequência do fosso existente entre as diversas gerações. Também neste aspecto este projecto procurará assumir-se como um agente de mudança na vida cultural da escola. Agente propulsor da cultura. Função no domínio das comunicações – Fomentar o ensino da arte da comunicação utilizando as modernas tecnologias disponibilizadas será também uma função a cumprir. Tentaremos reverter a nosso favor todo o potencial oferecido pelas novas tecnologias da informação. Função social – Talvez seja esta a sua função mais importante. Permitir o acesso à informação e às ideias, aumenta a capacidade do estudante ser informado sobre questões de actualidade, aumentando também a sua consciência democrática, fortalecendo assim os pilares da Democracia. Deve assumir a dimensão de serviço social e permitir a igualdade de oportunidades. O que são Documentos?
Qualquer expressão do pensamento humano;
Qualquer base material que sirva para a expansão do pensamento humano e que esteja disponível para estudo ou observação”; Toda a base de conhecimento, fixada materialmente, susceptível de ser utilizada para consulta, estudo ou prova. Exemplos: manuscritos, impressos, representações gráficas ou figurativas,espécies de museu, etc. Um documento é tudo aquilo que funciona como comprovação de um facto: qualquer signo concreto ou simbólico, conservado ou gravado, com a finalidade de representar, reconstituir ou provar um fenómeno físico ou intelectual.
O que é que faz dum objecto, um documento? A matéria: apenas objectos e signos com expressão física; A intencionalidade: o objecto é propositadamente encarado como uma prova; O processamento, ou a “indexabilidade”: o objecto é tratado como um documento e enquadrado num conjunto organizado; A perspectiva fenomenológica: o objecto é entendido como um documento.
E os documentos digitais?
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Não existem fisicamente nos suportes tradicionais, enquanto objectos; Mas existem fisicamente enquanto uma série de bits, não redutíveis às formas físicas habituais. Conclusão: o que define um documento não é a forma, o suporte ou o meio de comunicação, mas a funcionalidade e o conteúdo.
Documento é... Todo o tipo de suporte que transporte em si informação útil para o conhecimento.
Tipologias de documentos Existem dois tipos de documentos:
Textuais ou impressos - (suporte papel - livro, publicações periódicas)
Não textuais - Micrográficos (microfilme, microforma), Audiovisuais (vídeo, filmes), Magnéticos (discos, cassetes, disquetes), Ópticos (CD, CD-ROM), Electrónicos (bases de dados em linha, videotexto), Tridimensionais (mapas, fotografias, globos).
A noção de Biblioteca como Instituição de conservação da informação é descrita desde os tempos mais antigos mas o termo “documentação” só surge em meados do século XX. Em biblioteconomia fala-se de documentos qualquer que seja a sua natureza ou suporte. Assim sendo podemos encontrar diversos tipos de documentos: · Monografias - Obras com uma unidade de conteúdo, com texto, por vezes com ilustrações. Podem ser constituídas por um ou mais volumes publicados numa mesma data ou em momentos diferentes, segundo um plano preestabelecido. São o caso dos livros, actas, relatórios, etc. São obras que não pressupõem uma continuidade de publicação. Publicação num ou mais volumes, de conteúdo unitário, composta por um texto e/ou ilustrações, apresentando-se sempre de forma completa. · Obras de Referência - Obras que permitem ao utilizador uma primeira abordagem sobre qualquer assunto remetendo-o para outras leituras. São obras de referência: as biografias, as bibliografias, as enciclopédias, os dicionários, os Atlas, os directórios, etc. · Publicações Periódicas - documentos impressos, publicados em partes sucessivas, com designação numérica e cuja publicação pressupõe uma continuidade, com periodicidade variada. São o caso de: jornais, revistas, boletins bibliográficos, boletins informativos. Publicação impressa ou não impressa, publicada em partes sucessivas, tendo usualmente designação numérica e/ou cronológica, e concebida para ser continuada por período indefinido. · Material Não Livro - A definição está implícita. É todo o documento que não se inclui nos tipos anteriores e que serve de material de apoio pedagógico e de informação. É grande a variedade deste tipo de documento: mapas, cartazes, transparências, fotografias, slides, cassetes áudio e vídeo, objectos didácticos, jogos, CD`s, CD-Roms, DVD`s Roms, Blue-Ray etc. Actividades: Indique em qual dos quatro tipos enunciados inseriria os seguintes documentos - Livro de Actas do Congresso da BAD (M) - Atlas escolar (OR) - Dicionário da língua portuguesa (OR) - Maleta de jogos pedagógicos (MNL)
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- Revista Visão (PP)
A Biblioteca e os Documentos Desde tempos imemoriais a Humanidade produziu documentos. Podem-se caracterizar várias fases no decorrer da memória e na produção de documentos. Fala-se de uma forma oral, da fase alfabética, da fase de transição da oralidade para a escrita (idade Média), da imprensa e da fase electrónica, fase que vivemos actualmente. Convém notar que essas fases não apresentam pontos de ruptura. Elas não são mutuamente exclusivas e podem coexistir em harmonia umas com as outras.
Breve história da relação entre Bibliotecas e Documentos:
Pré-História - a passagem da mensagem era feita através da imagem (pinturas rupestres, por exemplo).
Na Antiguidade Clássica - aparecem as primeiras bibliotecas na Mesopotâmia, 5000
a.C., onde aparecem as placas (“tabuinhas”) de argila. Inicialmente, o conceito era unicamente o de local de guarda e manuseio do material escrito (contas dos templos, listas comerciais, etc..). Começara nesta altura a guardar-se documentos de orações, encantamentos, provérbios. O objectivo não era o de divulgar a informação, mas sim o de a conservar. Nos templos da Babilónia e Ninive aparecem os primeiros “scriptoria” (oficinas de escrita) muito vulgarizados na Idade Média.
Em Nippur (Suméria): A Epopeia de Gilgamesh (mais antiga versão conhecida do génesis, mais concretamente da história da Arca de Noé) – a maior fonte de informação sobre está época histórica.
Ninive (Assurbanipal): “a primeira biblioteca organizada da história”: 100.000
exemplares, uma das maiores e mais valiosas da Antiguidade. Continha obras de história, religião, literatura, astrologia, gramática, geografia, direito, medicina…
Egipto – Aparece a Biblioteca de Alexandria. Surge no período helenístico (séc. III a. C.)
e chegou a ter 700.000 volumes antes de ser destruída por três incêndios. Era constituída por uma sala de leitura, uma oficina de copistas e um arquivo para a documentação oficial.
Grécia - Primeira referência a Bibliotecas Públicas. Ideia de biblioteca como local de
encontro de letrados que aí consultariam documentos podendo levá-los para casa; eram ainda espaços de discussão.
Roma - Império Romano - primeiras bibliotecas públicas (30 d.C., Asinius Polio), utilizadas pelo império como instrumentos de dominação intelectual. Apareceram numerosas bibliotecas particulares, aliadas à expansão do comércio de livros. A Biblioteca constituía um fenómeno de moda, símbolo de riqueza e prestígio. No entanto, Séneca condena “os coleccionadores de livros, que admiram o exterior mas não lêem o interior”.
Declínio do Império Romano e Alta Idade Média (fins do século IV) - Período de instabilidade e guerras: é travada a expansão muitas refluem para os conventos e castelos. paciente reprodução prossegue como uma fecham-se ao exterior e destinam-se apenas mosteiros e palácios.
das bibliotecas, arruinadas as existentes Nos conventos, o culto dos livros e sua das virtudes monacais. As bibliotecas à minoria que frequenta os conventos,
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Idade Média – Até ao séc. XIV: aparecimento das grandes universidades e,
consequentemente, das bibliotecas de colégios e universidades. Os scriptoria e as bibliotecas monásticos deixam de ser os únicos centros da vida intelectual; Até ao séc. XVI (já na Idade Moderna), os livros deixam de ser guardados nos armários e passam a ser acorrentados para permitir a consulta local, evitando o roubo.
Idade Moderna - Aparecimento das primeiras bibliotecas senhoriais e reais (séc.
XIV/XVI); As bibliotecas novamente como símbolo de riqueza, poder e prestígio; As bibliotecas reais, inicialmente com carácter privado, ficam primeiro acessíveis aos sábios e só a partir do séc. XVII se tornam “públicas” Entre os séculos XIV e XV desenvolvem-se ideias sobre a necessidade de as bibliotecas serem locais de estudo e reflexão e terem, para além de livros, um ambiente propício ao desenvolvimento de actividades intelectuais (Erasmo). Um dos acontecimentos mais importantes deste período foi a Invenção da Imprensa por Gutemberg em 1455. Assistiu-se ao período da maior divulgação do livro. A Bíblia passou a ser o documento mais impresso e divulgado. É também neste período que começa a aumentar o acesso às Bibliotecas Públicas. Em 1731, Benjamim Franklin funda a 1ª biblioteca de empréstimo, destinada aos membros do Congresso americano que pagavam quotas (EUA). Nos Séculos XVII / XVIII, Bibliotecas dos Senhores da Nobreza abrem-se ao “público”, principalmente em França. É também por esta altura que começa a ser reconhecida a profissão de bibliotecário, equivalente a erudito.
Idade Contemporânea - Séculos XIX / XX [Época da Rev. Industrial, máquina a vapor,
Rev. Francesa]. Em 1850, publica-se o 1º Library Act (Grã-Bretanha) onde se definia, de forma clara, e directa o conceito de biblioteca pública, propondo-se que fosse sustentada com fundos públicos e capaz de oferecer acesso a todo o tipo de pessoas. Assiste-se à construção e ampla divulgação do uso de bibliotecas públicas (GB e EUA), sustentadas pelos impostos dos cidadãos. Nos finais séc. XIX / início XX começam a nascer preocupações no combate ao analfabetismo.
Século XX – Aumenta exponencialmente a produção de documentos e a variedade de documentação. A sociedade transforma-se em sociedade de consumo e começa a fortalecer-se hábitos de leitura, particularmente nos EUA e nos países do Norte da Europa e Inglaterra. Nos anos 80, nasce a sociedade da informação com o aparecimento da Internet e a democratização total no acesso à Informação. Assiste-se à diversificação dos serviços e dos suportes.
Séc. XXI - A aceleração da mudança social, aliada à progressiva expansão e fragmentação do conhecimento levam a uma outra fase de evolução, em que a preocupação com o “tipo” de biblioteca tende a desaparecer face à configuração dos serviços bibliotecários como uma totalidade. Um sistema independente de origem institucional e um padrão de serviços que torne acessível todo o potencial dos serviços de bibliotecas aos utilizadores potenciais (utilização da web 2.0). A Web 2.0 é um termo criado em 2004 pela empresa norte-americana O'Reilly Media para designar uma segunda geração de comunidades e serviços, tendo como conceito a "Web como plataforma", envolvendo wikis, redes sociais e Tecnologia da Informação. As palavras de ordem a partir do século XXI são:
Flexibilidade, Adaptabilidade, Interdependência, Cooperação... E REDES, Catálogos colectivos, Bases de dados, Bancos de dados, Redes de informação.
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2. Fontes de informação Objectivos: Conhecer as diversas fontes de recolha de Informação e compreender a problemática Informação vs Conhecimento Nota introdutória: 1º Dados – Representações de dados conceptuais: palavras, caracteres, números ou símbolos. Para os compreender é preciso recorrer às competências e à memória. Temos necessidade de dar significado ao que apreendemos usando dados já vivenciados. Dos dados passamos à Informação porque temos necessidade de reorganizar estes dados, aparentemente desorganizados. 2º Informação – Processo de recepção, reconhecimento e reconversão dos dados, decifrando símbolos dentro de uma determinada cultura, pois o sujeito actua sempre condicionado por uma dada cultura. Há, pois, uma série de factores: experiência pessoal, valores, forma de apresentação e expectativas em relação à comunicação. Todos nós construímos versões privadas da Informação pública. Há sempre uma relação indivíduo/grupo social na transformação dos Dados em Informação. 3º Conhecimento – O processo de conhecer envolve a apreensão de conhecimento de outras fontes de Informação, organizada segundo padrões de conhecimento que desconhecemos, mas que estamos aptos ou interessados em assimilar. O Conhecimento leva à Sabedoria.
Fontes internas (informação bibliográfica): Documentos primários (transmissores de informação original): Publicações em série; Obras de Referência;
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Livros ou partes de livros; Relatórios científicos e técnicos; Actas de congressos; Teses e outros trabalhos académicos; Normas e legislação; Patentes; Literatura cinzenta (A literatura cinzenta refere-se a toda a documentação produzida nos ministérios agências governamentais, organizações privadas, ONG's, instituições culturais e académicas e a gerada em reuniões, congressos e foros de natureza diversificada. A literatura cinzenta converteu-se actualmente na forma mais ágil a que a comunidade científica recorre para difundir os resultados dos seus trabalhos e investigações).
Documentos secundários (transmissores de informação retirada de documentos originais): Boletins de resumos; Bibliografias e Boletins bibliográficos; Índices e Boletins de índices; Boletins de sumários; Catálogos de exposições e catálogos de bibliotecas; Catálogos colectivos. Documentos terciários Compilam informação de documentos secundários. t
Fontes externas:
Bibliotecas científicas ou centros de documentação; Bibliotecas de depósito; Serviços de análise documental; Centros de referência; Bases de dados; Redes em linha. 3. Normalização documental. A NP-405. Objectivos: Perceber até que ponto a normalização documental constitui o aspecto mais importe de um qualquer serviço de documentação.
A normalização documental é uma actividade conducente à obtenção de soluções para problemas de carácter repetitivo, com o objectivo de obter um maior grau de optimização num dado domínio.
A normalização consiste na elaboração, publicação e promoção do emprego das normas. A elaboração e aprovação das normas têm por finalidade a racionalização e a simplificação de processos, componentes, produtos e serviços.
A normalização permite maior facilidade de entendimento, ou seja, facilita a
comunicação. Apresenta também vantagens do ponto de vista económico na prestação de serviços de documentação e informação. Permite maior rapidez no acesso á Informação.
Norma Portuguesa 405 – NP-405 A presente Norma destina-se a especificar os elementos das referências bibliográficas relativas a monografias (na totalidade, em partes ou volumes e contribuições),
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publicações em série (na totalidade ou em parte), artigos de publicações em série, séries monográficas (como monografia ou como publicação em série), teses, actas de congressos, relatórios científicos e técnicos, documentos legislativos e judiciais, publicações religiosas, patentes, normas, música impressa e resumos. Determina uma ordem obrigatória para os elementos da referência, estabelece as regras para a transcrição e apresentação da informação contida nas fontes da publicação a referenciar e para a apresentação de bibliografias, listas bibliográficas e citações bibliográficas. Embora se tenham procurado seguir as regras preconizadas pelas ISBD`s, alguns princípios estabelecidos não se aplicam a descrição bibliográfica exigida a profissionais. Para esse fim devem seguir-se essas normas, bem como outras regras e práticas oficialmente estabelecidas. Os elementos a incluir nas referências bibliográficas são designados por Essenciais (E), Recomendáveis (R) e Facultativos (F). A modalidade a adoptar variará com as funções ou uso pretendidos. Esta Norma destina-se a autores, editores e técnicos de documentação e informação, a fim de apresentarem as referências bibliográficas em: a) Bibliografias b) Listas bibliográficas c) Citações em textos d) Cabeçalhos de resumos analíticos ou críticos O material não livro bem como manuscritos e outros documentos não publicados serão objecto de normas específicas.
Definições No âmbito da presente Norma são aplicáveis as seguintes definições: 3.1 Acta de congresso - Compilação das comunicações apresentadas num congresso ou conferência incluindo, geralmente, o relatório das discussões. 3.2 Artigo - Texto independente que constitui uma parte de uma publicação em série. 3.3 Autor - Pessoa ou colectividade responsável pelo conteúdo intelectual ou artístico de um documento. 3.4 Bibliografia - Documento secundário que apresenta uma lista de referências bibliográficas segundo uma ordem específica e que contém elementos descritivos de documentos, que permitem a sua identificação. 3.5 Capítulo - Divisão de um documento escrito, numerada ou com título, que em si mesma é independente, mas se relaciona com as divisões que a seguem ou precedem. 3.6 Citação - Forma breve de referência colocada entre parênteses no interior do texto ou anexada ao texto com a nota em pé de página, no fim do capítulo ou do texto. 3.7 Complemento do título (subtítulo) - Palavra ou frase que aparece na página de título com vista a completar o título próprio de um documento. 3.8 Contribuição - Texto independente que constitui uma parte de um documento. 3.9 «Copyright» (direitos de autor) - Menção impressa numa obra, indicando o titular do direito de autor sobre essa obra e o ano de obtenção desse direito indicada pelo símbolo ©. 3.10 Designação genérica do tipo de documento - Termo ou termos que designam o tipo do formato físico ou material no qual um trabalho é publicado. 3.11 Documento - Suporte físico de informação de qualquer tipo (papel, filme, banda magnética, etc.), que pode ser considerado como uma unidade, no tratamento documental. 3.12 Edição - Conjunto dos exemplares de um documento produzido a partir de uma única composição, ou de um mesmo exemplar, que serviu de original. 3.13 Editor - Pessoa ou colectividade responsável pela produção e difusão de um documento. 3.14 Editor literário (ed. científico, dir. literário) - Organização ou pessoa responsável pela preparação de um documento para publicação, do ponto de vista do seu conteúdo intelectual. 3.15 Elemento bibliográfico - Unidade definida de informação numa referência bibliográfica.
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3.16 Elemento essencial (E) - Elemento bibliográfico que deve ser incluído na referência bibliográfica, indispensável à identificação do documento ou sua localização. 3.17 Elemento facultativo (F) - Elemento bibliográfico que, não estando directamente ligado a identificação do documento, pode fornecer uma informação adicional, útil ao utilizador da referência. 3.18 Elemento recomendável (R) - Elemento bibliográfico que fornece clareza adicional à identificação do documento e que, pela sua importância, deverá ser incluído, quando disponível. 3.19 Fascículo - Parte ou caderno de um documento publicado em fragmentos. 3.20 ISBN – Número internacional normalizado do livro (sigla de língua inglesa). 3.21 ISSN – Número internacional normalizado da publicação em série (sigla da língua inglesa). 3.22 Monografia – Publicação contendo texto e/ou ilustrações apresentados em suportes destinados a leitura visual, completa num único volume, ou a ser completada num número determinado de volumes. 3.23 Parte – Agrupamento de capítulos estreitamente relacionados entre si ou unidade que faz parte de um conjunto de volumes. 3.24 Partitura – Peça musical escrita ou impressa, na qual todas as partes vocais ou instrumentais são anotadas numa série de pautas, umas debaixo das outras. 3.25 Patente – Descrição de uma invenção destinada a obter ou a justificar os direitos de propriedade industrial. 3.26 Placa de matrícula – Número de série atribuído pelo editor a cada publicação musical para o seu registo e identificação. 3.27 Publicação – documento geralmente editado em múltiplos exemplares e destinado a ser difundido. 3.28 Publicação em série – Publicação, impressa ou não, editada em fascículos ou volumes sucessivos, ordenados geralmente numérica ou cronologicamente, com duração não delimitada à partida e independentemente da sua periodicidade. As publicações em série incluem os periódicos (revistas, jornais, boletins, anuários), as séries de actas e relatórios de instituições e congressos, bem como as séries monográficas. 3.29 Referência bibliográfica – Conjunto de elementos bibliográficos que identificam uma publicação ou parte dela. 3.30 Resumo analítico – Representação do conteúdo de um documento sob forma abreviada, sem identificação nem crítica. 3.31 Série monográfica – Publicação em série que compreende um conjunto de volumes, cada um com o seu título próprio, reunidos sob um título comum e com duração, à partida, não delimitada. 3.32 Tese (dissertação) – Documento que apresenta uma investigação e os seus resultados, proposto para apreciação, pelo seu autor, em princípio destinado à obtenção de um grau académico ou de uma qualificação profissional. 3.33 Título – Denominação que aparece no documento, pela qual convém referi-lo, que pode ser utilizada para o identificar e muitas vezes (embora não necessariamente) o distingue de outro documento. 3.34 Volume – Unidade material que reúne, sob a mesma capa, um certo número de folhas, formando um todo ou fazendo parte de um conjunto. 3.35 Zona – Divisão que compreende dados bibliográficos de uma categoria ou de um conjunto de categorias.
Elementos das referências bibliográficas. Ordem de apresentação Os elementos bibliográficos contidos numa referência bibliográfica podem variar, dependendo quer do uso da referência bibliográfica, quer dos dados bibliográficos disponíveis nos vários tipos de documentos. Os vários elementos bibliográficos são classificados em: Elementos Essenciais (E)1. Elementos Facultativos (F) e Elementos Recomendáveis (R) (vejam-se 3.16, 3.17 e 3.18). A ordem de apresentação dos elementos bibliográficos, de acordo com as secções
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4.1 a 4.13, destina-se a identificar os elementos que constituem as referências bibliográficas dos vários tipos de documentos objecto da presente Norma, e a estabelecer uma sequência normalizada na apresentação desses elementos. Nas bibliografias, caso isso se justifique pelo tipo e interesse da bibliografia, pode alterar-se a ordem dos elementos (veja-se 9.4). 1 Aplicáveis sempre que existam na publicação. Para cada tipo de documento ou parte de documento considerado é apresentado um quadro com quatro colunas. A primeira destina-se a indicar o uso ou categoria do elemento da referência, a segunda os elementos e a respectiva ordem de apresentação, a terceira os números das secções da Norma que especificam as regras de apresentação desses elementos e a quarta os respectivos exemplos e pontuação. A seguir a cada quadro são apresentados os correspondentes exemplos das referências bibliográficas possíveis, de acordo com a utilização dos elementos (E, E+R e E+R+F). Em alguns casos, para melhor esclarecimento, são dados mais exemplos, além do referido no quadro respectivo. Para qualquer dúvida relativa à apresentação dos elementos das referências bibliográficas deverá consultar-se norma a partir do ponto 4 da NP-405. MONOGRAFIAS Uso
Elementos
Secções na NP-405
Exemplos
E
Autor (es)
6.2 6.3 6.5 7.1
SILVA, João
E
Título
6.1 6.3 6.4 6.5 7.2.1/.3 7.2.5
- Texto e contexto
R
Complemento do Título
6.4 7.2.4/.5
: semântica e pragmática do discurso
F
Responsabilidade secundária
7.1.8.1 7.3
Introd. de António Garcia Berrio; trad. de Juan Domingo Moyano
E
Edição
7.4
2ª ed.
E
Publicação Local Editor Ano
7.6
.Madrid : Cátedra , 1984
R
Descrição Física
7.7/.1
. 357 p.
F
Série
7.8
. (Crítica e Estudos Literários)
F
Notas
7.9
. Tradução de: Text and context
E
ISBN
7.10
.ISBN 84-376-0219-X
Publicações em série Uso
Elementos
Secções na NP-405
Exemplos
E
Título
6.2/.3 6.4
Universitas
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7.2 R
Complemento do Título
6.4 7.2.4/.5
: a German review of the arts and sciences
F
Responsabilidade
7.3
. H. W. Bahr, ed.
E
Edição
7.4
. Quarterly English language ed.
F
Numeração (num. e/ou data)
7.5
. vol. 1, nº 1([1946])-
R
Local de Publicação
7.6.2/.4
. Stuttgart
F
Editor
7.6.5/.8
: Wissenschaftliche Verlagsgesellschaft N.B.H.
E
Ano
7.6.8/.11
, [1946]
F
Série
7.8
F
Notas
7.9
. Resumos em várias línguas
E
ISBN
7.10
. ISSN 0341-0129
5. Funções e objectivos do tratamento técnico documental (teóricas). O circuito documental. (Teóricas+Práticas) Objectivos: Entender a totalidade do processo de Tratamento Técnico Documental. Conhecer e aprender a manusear as Regras Portuguesas de Catalogação (RPC). Entender a Catalogação como um passo deste tratamento técnico documental e do circuito documental. Aprender a classificar e a manusear a Classificação Decimal Universal (CDU) Por fim, entender este Tratamento documental como parte integrante de uma missão mais ampla da Biblioteca Escolar na Sociedade da Informação.
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Nota Introdutória:
1) O tratamento técnico documental surgiu da necessidade de uniformização. 2) Deve
conter,
em
detalhe,
os
princípios,
normas,
directrizes
e
procedimentos
operacionais a observar no tratamento técnico da unidade documental. 3) O facto de não existir qualquer uniformização de procedimentos levanta alguns problemas que, com o tempo, começam a exercer influência negativa na pesquisa de informação, que se pretende rápida e eficaz.
4) Sendo o lema de uma qualquer Biblioteca “Transformar a Informação em Conhecimento”, a realização deste Tratamento Técnico, assume, pois, particular importância, se tivermos em consideração que irá uniformizar termos de pesquisa, de assuntos, uniformização essa, que irá permitir potenciar ao máximo o conteúdo da unidade documental, independentemente do suporte. 5) Por fim, devemos ter sempre a noção de que um qualquer procedimento técnico
se
encontra em permanente actualização, pois, como se sabe, a catalogação é um processo dinâmico, particularmente na gestão de assuntos, tema que deve ser muito caro às Bibliotecas Escolares.
Funções e Objectivos Funções: Definir os elementos de identificação e descrição dos documentos Determinar quais os elementos julgados necessários à descrição dos documentos Fixar a forma de apresentação desses elementos Objectivos: Uniformidade- Estabelece que os elementos de identificação e de descrição dos documentos são definidos, determinados de igual modo, sempre em idênticas circunstâncias. Simplificação Fixa que os elementos são apresentados e determinados de forma concisa e tendo em atenção os interesses dos utilizadores e dos serviços que executam estas tarefas. Analogia Determina o recurso ao tratamento de situações análogas ou similares, quando as regras se verifiquem insuficientes ou omissas.
O Circuito Documental O Procedimento documental numa Biblioteca Escolar deve contemplar os seguint es passos :
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1) 1.Selecção, Aquisição, Verificação 2) 2.Carimbagem 3) 3.Registo (Inventário) 4) 4.Catalogação 5) 5.Classificação 6) 6.Indexação
7) 7.Aposição de Cota (possibilidade de adjunção de cores às classes da CDU) 8) 8. Arrumação 1. Selecção, Aquisição e Verificação
FINS - Qualquer política de constituição e actualização de fundos documentais para as Bibliotecas da Rede de Bibliotecas Escolares deve estar de acordo com os fins da biblioteca escolar.
ACTUALIZAÇÃO - A biblioteca escolar deve reflectir a diversidade de interesses e pluralidade de opiniões, oferecendo um fundo documental actualizado e possibilitando diferentes graus de abordagem de um mesmo tema.
PERFIL DOS UTILIZADORES E COMUNIDADE - A constituição e actualização desse fundo deverá ter também em conta o perfil dos utilizadores da biblioteca (actuais e potenciais), assim como o perfil da comunidade escolar que serve (características sociais, culturais e económicas), sem esquecer as minorias com presença significativa nessa comunidade escolar.
GESTÃO E FORMAÇÃO - Assim, deve ter-se em conta que a biblioteca deve gerir os seus
meios humanos e financeiros, de modo a recolher, tratar, organizar e disponibilizar recursos informativos impressos e não impressos, assim como apoiar e orientar os seus actuais e potenciais utilizadores no uso destes recursos, de modo a atingir os seguintes objectivos:
Dar resposta às necessidades informativas de indivíduos e grupos da comunidade local;
Facilitar a educação não formal;
Dar suporte às actividades educacionais, cívicas e culturais de grupos e organizações que existam dentro da escola;
Promover a leitura recreativa e a utilização da biblioteca como actividade de ocupação do tempo livre.
Critérios para a selecção e a actualização de documentos Relativamente aos fundos documentais das áreas de Não Ficção, deverão ter-se em conta os seguintes critérios de selecção:
Actualidade ou valor permanente da obra; importância do assunto tratado; Autoridade, competência, reputação e especialidade do autor; Atenção às críticas; No caso de constituição do fundo inicial, cobrir de forma equilibrada todas as áreas do conhecimento; Necessidade de duplicação de fundos (no caso de obras muito requisitadas
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de forma constante, designadamente obras destinadas ao público infantil); Sugestões do público; Qualidade da edição (tradução, revisão, formato, durabilidade);
No que respeita à ficção, devemos ainda incluir os seguintes critérios:
Representação da criação nacional; Originalidade e qualidade literária; Representação das literaturas marginais
Instrumentos para a selecção e aquisição de unidades documentais O bibliotecário de uma biblioteca de leitura pública ou escolar tem a obrigação de se informar diariamente sobre o movimento editorial do país, e assim conseguir actualizar com oportunidade os seus fundos bibliográficos. Em termos gerais deverá ter em atenção os seguintes pressupostos:
O processo de selecção deve ser encarado como uma nova tarefa técnica, entre outras, e como tal exige a adopção de critérios objectivos para a sua prossecução;
O bibliotecário ou o assistente operacional deve ter um conhecimento profundo dos objectivos da biblioteca, da sua colecção e dos seus utilizadores. Estes são efectivamente, os factores determinantes da selecção de documentos para a biblioteca.
Uma boa selecção requer um conhecimento adequado de como funciona a indústria da edição e o mercado livreiro. Isto implica conhecer como as unidades documentais (de todos os tipos) são produzidas, distribuídas e vendidas.
O bibliotecário deve estar familiarizado com os média que fazem críticas literárias ou recensões críticas, de modo a manter-se actualizado relativamente às opiniões dos especialistas sobre livros e outros documentos que interessam à biblioteca. (Falar da Lameg`arte)
Indicam-se seguidamente alguns dos instrumentos de pesquisa e selecção bibliográfica a que o bibliotecário poderá recorrer para concretizar a sua política de selecção e aquisição:
O IBL – Vice-presidência do Livro tem publicado com alguma regularidade o “Fundo
Bibliográfico para Bibliotecas de Leitura Pública”, que fornece referências imprescindíveis quer para a constituição de fundos iniciais das BLP ou BE`s, quer para a actualização das que já estão em funcionamento.
A Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) edita de 2 em 2 anos o catálogo
dos “Livros Disponíveis”, a mais completa bibliografia, organizada por autores, títulos e CDU, das edições disponíveis no mercado português (a última, data de 2009).
Uma informação mensal não exaustiva e com muitas lacunas da actividade editorial portuguesa é fornecida pela revista “Livros de Portugal”, igualmente da responsabilidade da APEL.
As Bibliotecas Municipais e Escolares deverão solicitar às editoras o envio constante de catálogos, boletins bibliográficos e outro material promocional, permanentemente informadas sobre a actividade editorial.
para
estarem
O recurso à imprensa que dedica particular atenção ao movimento editorial, é igualmente essencial para a actualização da informação sobre novos livros e publicações periódicas.
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Para além dos instrumentos já mencionados, o bibliotecário pode ainda recorrer às seguintes publicações: 1) Revista “ler” 2) Revista “Meus Livros”
3) Jornal de Letras 4) Diário de Notícias (Secção de Artes)
5) Público (Secção de Cultura e Suplemento Y ao fim-de-semana) 6) Expresso (Secção de Cartaz) 7) Sol (Secção de Cultura) 8) Boletim Bibliográfico. Livraria Portugal 9) Boletim Bibliográfico. Livraria Barata 10)Boletim Bibliográfico. Livraria Leitura 11)Boletim Bibliográfico. Editores diversos 12)Porta da Literatura 13)Cultura On-Line 14)Wook 15)Blitz 16)Círculo de Leitores 17)Boletim da Bertrand 18)Crítica Literária Nota: Subscrever a Newsletter das diversas editoras do mercado editorial português. Como se adquirem as unidades documentais? Os Documentos que vão constituir o Fundo Documental podem ser adquiridos através de três modalidades:
Compra;
Oferta;
Permuta.
Para qualquer das modalidades existem critérios e determinados procedimentos que deverão ser predefinidos.
a) Compra - Quem compra e com que critério (selecção)? 1) É ao Coordenador da Biblioteca/Centro de Documentação e Informação que cabe fazer a selecção dos documentos a adquirir. 2) Para isso, deverá ter um conhecimento o mais exaustivo possível da população alvo que o utiliza, e no caso da escola é importante ter em conta a faixa etária dos alunos, os interesses dos docentes das várias áreas e o tipo
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de actividades desenvolvidas na escola. 3) Para que haja uma racionalização na distribuição do orçamento que esteja destinado à BE, o critério de compra deverá seguir as necessidades mais prementes, quer ao nível das lacunas sentidas nas várias áreas quer ao nível da pertinência de um determinado tema que esteja a ser tratado no momento, e sempre com níveis de prioridade. 4) Assim, deverão ser consultados os docentes responsáveis pelas diversas áreas, no sentido de preencherem um formulário de pedido de aquisição dos documentos onde conste a identificação do documento a adquirir. 5) O assistente auxiliar deve pesquisar o mercado editorial para melhor poder assessorar o professor bibliotecário na actualização do seu fundo documental. Para esse efeito propomos um modelo de formulário de proposta para a compra de documentos:
b) Oferta - Toda a oferta feita à BE deverá ser agradecida. No entanto, esta oferta poderá, ou não, ser pertinente para a nossa escola.
c) Permuta - É a modalidade de troca de documentos entre instituições com interesse mútuo, como por exemplo a permuta de Boletins Bibliográficos das duas instituições. Também nesta modalidade deverá ser feito o agradecimento. Assim sendo, poderá criar-se um formulário de agradecimento, quer para a oferta quer para a permuta de documentos :
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Nota: A selecção e aquisição das unidades documentais são da responsabilidade do Coordenador da Biblioteca Escolar assessorado pelos assistentes operacionais. Verificação
Identificação do pedido;
Verificação da factura (no caso de compra);
Verificação do estado da publicação;
Colocar a unidade documental preparada para entrar no circuito de tratamento documental.
Nota: A verificação das unidades documentais é da responsabilidade dos Técnicos Profissionais da Biblioteca e pelos assistentes operacionais.
Depois de adquiridos - por compra, oferta ou permuta - existe toda uma série de procedimentos no tratamento dos documentos, a saber:
2. Carimbagem Distinguem-se 2 tipos de carimbos, diferenciados pelo seu uso e aplicação: · Carimbo de registo, destinado à inscrição do número de registo, cota e da respectiva data, bem como a identificação da biblioteca, a inscrever na folha de rosto, no canto inferior esquerdo. Sempre que a página seja ilustrada, o carimbo deverá ser colocado na página imediatamente anterior ou seguinte, evitando a carimbagem sobre ilustrações. Biblioteca Escolar do Agrupamento de Mondim de Basto Nº_______________ _____/______/_______ Cota_______________
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· Carimbo de posse, de pequena dimensão, contendo a identificação da biblioteca aplicado a várias páginas do documento, a saber:
Página onde se identificou o número de registo (página de rosto);
Livros com mais de 100 páginas, de 100 em 100 páginas;
Livros com menos de 100 páginas, de 30 em 30 páginas;
Livros com menos de 30 páginas, de 10 em 10 páginas;
Livro com menos de 10 páginas, o carimbo de posse não se coloca, colocando-se somente o carimbo de registo, na contra-capa da unidade documental. Biblioteca Escolar do Agrupamento de Mondim de Basto
Este carimbo coloca-se na parte inferior ao centro na página de rosto junto ao carimbo de registo. Nas páginas interiores da unidade documental coloca-se no canto inferior direito da unidade documental. Nota: A carimbagem das unidades documentais é da responsabilidade dos técnicos profissionais da Biblioteca.
3. Registo (Inventário)
Após ser carimbado, todo o documento deve ser registado com uma numeração sequencial de ordem de entrada. O registo é uma operação administrativa que tem como objectivo inventariar todo o tipo de documentos que constituem o fundo documental de uma Biblioteca.
O registo manual serve para termos em suporte papel todas as unidades documentais inventariadas.
Modelos de fichas de registo: Monografias: Nº de registo________ Modalidade de Aquisição______________ Título _________________________________________________________________ Autor__________________________________________________________________ Editor _____________________ Lugar de edição _____________ Colecção___________________
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Volumes ___________________ Observações ____________________________________________________________
Publicações periódicas: Nº de registo ________ Modalidade de Aquisição___________ Título da Publicação ____________________________________________________ Dir./Coord. _____________________________________ Editor ____________________ Lugar de edição ____________ Volume/Nº __________________ Observações ___________________________________________________________
Jogos electrónicos: Nº de registo________ Modalidade de aquisição ____________ Data_____________ Título _________________________________________________________ Editor ____________________ Género ___________________ Plataforma_____________________ Observações____________________ Música: Nº de registo________ Modalidade de aquisição ____________ Data_____________ Título _________________________________________________________ Intérprete______________________________________________________ Editor ____________________ Género ___________________ Duração __________________ Observações______________________ Vídeo: Nº de registo________ Modalidade de aquisição ____________ Data_____________ Título _________________________________________________________ Realizador _____________________________________________________ Intérpretes______________________________________________________
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Editor ____________________ Género ___________________ Duração __________________ Observações____________________ Actividades: 1. Foi feita uma oferta de 100 obras de temas variados. Cerca de 25 obras não têm qualquer pertinência para a nossa escola. Qual deve ser o procedimento?
2. Foi enviada para a biblioteca uma publicação periódica, de um determinado organismo, com interesse relevante para a nossa escola e com proposta de permuta por uma por nós publicada. A nossa escola ainda não tem qualquer publicação donde não há possibilidade de permuta. O que fazer?
3. Idealize os carimbos da sua biblioteca. Como os utilizaria?
4. A Catalogação (teóricas + práticas). Define-se a catalogação como a operação que consiste na descrição dos dados bibliográficos associados a um documento (descrição física deste), num suporte - ficha - com a finalidade de o identificar para posterior recuperação. A metodologia a seguir, com base nas Regras Portuguesas de Catalogação, pressupõe o seguimento rigoroso dos princípios e critérios por estas estabelecidas e o conhecimento das Fontes de informação donde se retiram os elementos de descrição bibliográfica. A catalogação de um documento é feita uma única vez, dando origem à chamada ficha de base ou matriz. Princípios Gerais: Uniformidade – Estabelece que os elementos de identificação e de descrição dos documentos são definidos, determinados e apresentados de igual modo, sempre que em idênticas circunstâncias; Simplificação – Fixa que os elementos são apresentados e determinados por forma concisa e tendo em atenção os interesses dos utilizadores e dos serviços que executam estas tarefas; Analogia – determina que o recurso ao tratamento de situações análogas ou similares, quando estas regras se verifiquem insuficientes e omissas. Entradas: Dizem-se Entradas as unidades de informação constituídas por elementos, que identificam e por vezes descrevem os documentos e que são estabelecidos de acordo com os objectivos a alcançar e princípios a seguir, acima definidos. Quando agrupadas e ordenadas, as entradas formam catálogos. Tipos de Entradas: ¬
Principal – contém todos os dados considerados necessários para a identificação de uma unidade bibliográfica;
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Secundária – apresenta, sob outro cabeçalho, todos ou parte dos elementos de informação contidos na entrada principal;
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Analítica – regista parte de uma obra, a obra de uma série ou artigo de publicação em série;
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Remissiva – Orienta sob outro cabeçalho de uma para outra localização do catálogo;
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Remissiva-explicativa – insere certos princípios de orientação catalográfica ou pormenores explicativos em relação a qualquer cabeçalho.
Identificação dos elementos – os elementos da entradas, tanto para Monografias como para Publicações em Série, são fixados de acordo com o que convém a umas e a outras, e são recolhidos, em princípio, do rosto da obra ou do seu equivalente. Quando os dados são insuficientes, recorre-se a: ¬
Constituição física da própria obra, como a capa, prefácio, prólogo ou introdução, licenças, aprovações, títulos correntes, título de capítulo ou artigo, colofão, editoriais;
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Fontes externas de referência, como enciclopédias, dicionários, catálogos, bibliografias, reportórios, etc. Registos de elementos – Estes elementos são registados e apresentados em obediência a uma ordem lógica. Esses elementos dividem-se em duas partes principais distintas, designadas por cabeçalho e corpo de entrada:
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Cabeçalho: nome, palavra ou expressão que introduz uma entrada bibliográfica para a sua arrumação no catálogo. Na redacção do cabeçalho deve usar-se sempre a ortografia actualizada, salvo nos casos especiais previstos nas Regras.
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Corpo de entrada: conjunto de elementos descritivos e informativos, que se inscrevem ou registam abaixo do cabeçalho, em área demarcada, e distribuídos por grupos constitutivos de zonas, a saber: a. Zona de título e menção de responsabilidade b. Zona de edição c. Zona de numeração (periódicos)
d. Zona do pé de imprensa e. Zona da colação
f. Zona da colecção g. Zona das notas h. Zona do ISBN/ISNN e modalidades de aquisição
Outros elementos – Além destes elemntos, considerados fundamentais, outros são inscritos fora das áreas ou zonas acima referidas e que são: a) Pistas – rubricas de entradas secundárias; b) Cota – indicação para localizar o documento e/ou; c) Notação sistemática – classificação do assunto de que trata o documento, conforme o sistema classificativo adoptado, no nosso caso a CDU; d) Notas administrativas – notas de carácter burocrático, como, por exemplo, número de inventário da obra ou do documento.
Tratamento de elementos – Alguns do elementos a recolher podem apresentar-se de forma excessiva, incompleta, duvidosa ou inexacta. Nestes casos, proceder-se-á: a) Supressão de palavras ou expressões, de forma a torná-los mais claros, assinalando-se com reticências [...] os cortes efectuados; b) Acrescentamento de dados, quando os elementos existentes não são suficientemente explícitos nem identificadores da obra, increvendo-se dentro de parênteses rectos e na língua do rosto ou do título os acrescentamentos, excepto os sinais de pontuação ou diacríticos (é um sinal gráfico que se coloca sobre, sob ou através de uma letra para alterar a sua realização fonética, isto é, o seu som, ou para marcar qualquer outra característica linguística. É o caso dos acentos graves, agudos, circunflexo ou o til);
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c) Substituição, no todo ou em parte, por símbolos ou abreviaturas de uso geral estabelecido, de elementos que aconselhem esse tratamento; d) Introdução, dentro de parênteses rectos, de reparos ou observações, quando os elementos forem inexactos ou duvidosos, com ponto de interrogação antes do fecho dos parênteses rectos[?] - Ex.: [Braga ?], [1970 ?], etc.; e) Aposição da expressão [sic], no caso de dúvida, erro ou inexactidão insolúvel; f) Correcção de erro evidente, dentro de parênteses rectos e introduzida pela abreviatura i.é. [isto é] seguida da correcção – Ex.: Vina de astelo [i.é. Viana de Castelo] Fichas das Entradas catalográficas a) Ficha principal b) Ficha secundárias, que apresentam elementos para além dos elementos da entradas principais; c) Fichas analíticas, que servem para dar entrada a elementos referentes à parte da obra de uma série ou artigo da publicação periódica; d) Fichas remissivas, que apresentam um cabeçalho de remissão. As abreviaturas v. [veja] e v.t. [veja também] inscrevem-se entre os dois cabeçalhos e à distância de dois espaços entre eles; e) Fichas remissivas-explicativas, que permitem justificar a razão da escolha ou adopção do Cabeçalho, bem com remeter de um cabeçalho uniforme para outro cabeçalho uniforme com ele relacionado.
Exemplos das áreas, zonas e elementos na ficha principal: -cabeçalho -corpo de entrada -cota -designo do estabelecimento -notação (CDU)
Monografias
Ex.:
CABEÇALHO Título / menção de responsabilidade. - Edição / menção de responsabilidade relativa à edição. - Pé de imprensa. - Colação. - (Colecção) Notas ISBN e modalidade de aquisição Pistas Cota /Classificação Sistemática Sigla do Estabelecimento
Número de registo_______
Publicações em série
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Ex.:
RUBRICA SECUNDÁRIA CABEÇALHO Título / menção de responsabilidade. - Edição / menção de responsabilidade relativa à edição. - Numeração. - Pé de imprensa. - Colação. - (Colecção) Notas ISSN e modalidade de aquisição Pistas Cota /Classificação Sistemática Sigla do Estabelecimento
Número de registo_______
CATÁLOGOS Tipos de Catálogos: − de autores − de títulos − de assntos − de inventário e/ou − topográfico (que faça a descrição de um lugar) Funções do Catálogo: Para bem desempenhar as suas funcções, o catálogo deve conter: − uma entrada, pelo menos, para cada obra catalogada; − mais de uma entrada para qualquer obra, cujas caacterísticas ou os interesses dos utilizadores o exijam. Abreviaturas mais usuais: − Adaptador – adapt. − Anotador – anot. − Co-autor – co-aut. − Colaborador – colab. − Comentador – coment. − Compilador – compli. − Compositor – compos. − Director – dir. − Editor – edit. − Editor literário – edit. lit. − Ilustrador – il. − Opositor – opos. − Prefaciador - pref. − Presidente – pres. − Redactor – redat. − Revisor – rev. − Tradutor – trad.
Estrutura das RPC 1ª parte
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Cabeçalhos o Determinação do cabeçalho o Forma do cabeçalho 2ª parte Descrição bibliográfica o Descrição de monografias o Descrição de publicações em série
1ª Parte - CABEÇALHOS
DETERMINAÇÃO DO CABEÇALHO ENTRADAS PRINCIPAIS (E.P.) ENTRADAS PRINCIPAIS DE MONOGRAFIAS 1.Obras de um só autor. Estas regras aplicam-se a obras de: a)autor pessoa-física b)colectividade-autor – colóquios, congressos, simpósios, conferências 1.1. Autor pessoa-física - entrada principal (EP) pelo nome do autor, quando expresso na obra ou quando identificado, se nela não figurar. Entrada secundária (ES) pelo título, quando o nome do autor não venha expresso na obra, mas tenha sido identificado. → Autor expresso, Autor identificado. 1.2.Obras de coectividade-autor – EP pela entidade ou pessoa-colectiva responsável pela obra. 1.2.1.Autor-Institução – EP pelo nome da colectividade responsável. 1.2.2.Autor grupo-eventual – entende-se por isto, obras aresentadas em congressos, simpósios, encontros, jornadas, exposições, etc. ex.: Rosto: Colóquio Internacional de Geografia, 3ª Reunião da Comissão de Geografia Internacional. Porto, 7-13 de Agosto 1990. Entrada principal: COLÓQUIO INTERNACIONAL DE GEOGRAFIA, PORTO, 1990. Entrada secundária: Reunião da Comissão de Geografia Internacional, 3ª, Porto, 1990. 1.3. Obras de autoria errónea e fictícia – EP pelo nome do verdaeiro autor e ES , pelo nome da pessoa a quem é atribuída. 1.4. Obras de autoria não determinada – EP pelo título e ES pela designação que vem na obra. 1.5. - Obras anónimas – EPl pelo título. 1.6. - Obras de autoria incerta – EP pelo título. 1.7. - Obras de autoria incerta – EP pelo nome dese provável autor e ES pelo título. 2. Obras de colaboração participada ou de responsabilidade partilhada. Estas regras aplicam-se a: − obras produzidas por 2 ou mais autores; − obras resultantes de intercâmbio entre diversas pessoas, como em entrevistas e debates; − obras para as quais diversos autores deram contribuições separadas. 2.1. Autor principal indicado, não havendo mais do que três – EP pelo nome desse autor, ES pelos nomes dos outros autores. Ex.: Fausto, um romance musical...composto por T. Cook,
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Charles E. Horn e HENRY R. BISHOP (propositadamente em letra grande) . EP: Bishop, Henry R., e outros ES: Cook, T., co-aut. Horn, Charles E., co-aut. 2.2. Dois ou três autores principais EP: pelo nome do autor que figura em primeiro lugar ES: pelos nomes dos outros autores indicados como principais 2.3. Autor principal não indicado, não havendo mais do que três 2.3.1. Autores expressos têm: EP: pelo nome do autor que figura m primeiro lugar no rosto ou no seu substituto ES: pelos nomes do restantes autres 2.3.2. Autores não expressos em qualquer edição da obra: EP: pelo título ES: pelo nomes dos autores que hajam sido determinados 2.4. Obras sem indicação do autor principal, havendo MAIS QUE TRÊS, ou de autoria de um grupo sem designação, têm: EP: pelo título ES: pelo nome do autor que figura em 1º lugar no rosto ou pelo nome da Instituição, a que eventualmente esteja ligado, seguido da designação convencional do grupo. Ex.: Rosto: Renato Trincão, Fernando Seara d` Oliveira, P. Nunes e N. Canha. Um caso de Hipersulismo... EP: pelo título E.S: TRINCÃO, Renato, e outros Ex.: Rosto: Quintanistas de Direito. Lisboa, 1941-42. E.P: título E.S: UNIVERSIDADE DE LISBOA. Faculdade de Direito. 5.º ano, 1941-42. 2.5. Autores que colaboram habitualmente sob pseudónimo comum, têm: E.P: pelo pseudónimo comum Entrada remissiva explicativa, dos seus nomes reais para os pseudónimos Ex.: Rosto: Ellery Queen. Crime passional. EP: QUEEN, Ellery, pseud. E.S: Entradas remissivas explicativas: DANNAY, Frederic v. QUEEN, Ellery, pseud. 2.5.1. Quando o pseudónimo não pode ser usado como cabeçalho, têm: EP: pelo título E.S: pelos nomes dos autores Entradas Remissivas Explicativas, do pseudónimo para os nomes dos autores. 3. Obras de colaboração solicitada e compilações. Normalmente obras soicitadas por um editor literário ou comercial. 3.1. Obras colectivas com título comum, têm E.P pelo título E.S pelos compiladores ou editores, se não forem mais do que três; sendo em maior número faz-se a entrada pelo nome do que for mais relevante, de acordo com o ponto 2.4. 3.1.1/2. Obras sob a responsabilidade de um editor literário, de um compilador, têm
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E.P pelo título E.S pelo editor literário ou pelo compilador, conforme o caso. 3.1.3 Obras produzidas sob a direcção de mais de um editor literário e até três, têm: E.P: pelo título E.S pelos diferentes editores Obras com mais de 3 editores literários participantes, tem: E.P. Pelo título E.S. Pelos editores literários. EX.: SANTOS, Pedro, e outros
4. Obras de autoria mista (adaptações, arranjos, dramatizações, guiões. musicadas), têm: E.P. Pelos elementos da nova obra E.S. pelos elementos da obra original Ex.: Rosto: Contos de Andersen. Adaptação de José P. de Almeida E.P: ALMEIDA, José P. de E.S: ANDERSEN, Hans Cristian – Contos 5. Obras com autoria expressa, por cujo conteúdo uma colectividade é globalmente responsável, tais como: - Relatórios oficiais, regras e regulamentos, manifestos, relatos e actas, etc - Inventários, catálogos, regulamentos de pessoa, listas de membros, etc, têm: E.P: pelo nome da colectividade E.S: pelo nome do autor-pessoa-física ou pelo nome indicado em primeiro lugar, havendo mais do que um. 5.1. Obras ede mais de três autores, da mesma colectividade, não sendo nenhum deles principal, têm: E.P pelo nome da colectividade E.S pelo título e pelo nome de autor que figura em primeiro lugar no rosto. 5.2. Comunicações de carácter oficial, de chefes de Estado, membros do governo, ou de chefes de organismos internacionais, intergovernamentais, de membros da Igreja, têm: E.P pela designação formal do cargo por eles desempenhado; E.R.E. , dos nomes para os cargos. Ex.: Rosto: Pela recta intenção de bem servir o povo português. Discurso pronunciado pelo Senhor Presidente do Conselho, Prof. Doutor Marcelo Caetano, na Assembleia Nacional a 27 de Novembro de 1968. E.P. PORTUGAL. Presidente do Conselho, 1968-1974 (Marcelo Caetano) E.R.E: CAETANO, Marcelo v.t. PORTUGAL. Presidente do Conselho, 1968-1974 5.3. Obras cuja responsabilidade é partilhada claramente, entre duas ou três colectividades, subordinadas a outra, têm: E.P Pelo nome da colectividade que for designada como principal E.S pelas restantes colectividades Ex.: Rosto: Diversificação de horários de trabalhos e/ou de funcionamento de estabelecimentos. Poupança de energia. Grupo de Trabalho Interministerial. E.P. PORTUGAL. Ministério do Trabalho, e outros E.S. PORTUGAL. Ministério dos Assuntos Sociais, co-aut. PORTUGAL. Ministério das Finanças e do Plano, co-aut. 5.4. Quando houver uma colectividade designada como principal, têm:
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E.P. Por essa colectividade E.S. Pelas restantes 5.5 Quando nenhuma for designada como principal, têm: E.P. pela primeira colectividade E.S. Pelas restantes 6. Cabeçalhos especiais: Estas regras destinam-se a publicações de carácter legislativo e judicial e a publicações de carácter religioso. 6.1 Certas publicações legislativas e judiciais 6.1.1. Leis, Decretos, etc, códigos, constituições, têm: E.P. Pelo nome do Esado ou da ntidade territorial de que procedem, seguido do subcabeçalho adequado. E.S. Pelo nome do compilador, essoa física ou colectividade, quando exista, pela designação formal do cargo do soberano ou chefe de Estado, no caso das constituições, se vier referido, e pelos título reais, se for necessário. Ex.: Rosto: Código Penal Português. Nova publicação oficial...9ª ed.. E.P. PORTUGAL. Leis, decretos, etc. Código Penal, 1886 E.S. Pelo título Ex.: Rosto: Constituição Política da República Portuguesa. Aprovada por decreto da Assembleia Nacional Constituinte de 21 de Agosto de 1911. E.P. PORTUGAL. Leis, decretos, etc. Constituição, 1911 E.S. Pelo título 6.1.2. Projectos de Lei, de constituições e de cartas de jurisdiçõies não políticas têm: E.P. Pelos seus autores, pessoas f´sicas ou colectividades, de acordo com as regras gerais; E.S. Pelo título 6.1.3. Regulamentos, estatutos promulgados por uma instituição e adoptados por uma disposição legal, têm: E.P. Pelo nome da Instituição promulgadora E.S. por autor-título, de acordo com o previsto no ponto 6.1.1 Ex.: Rosto: Ministério da Economia, Secretaria de Estado da Agricultura. Direcção-Geral dos Serviços Pecuários. Regulamento do livro genealógico português da raça bovina Hereford. Portaria nº 2553 de 4 de Março de 1967. E.P. PORTUGAL. Direcção Geral dos Serviços Pecuários E.S. PORTUGAL. Leis, decretos, etc – Regulamento do livro genealógico português da raça bovina Hereford 6.1.4 Sentenças, decisões e relatórios de um tribunal, têm: E.P. Pelo nome do Estado ou Jurisdição de que depende um tribunal; E.S pelo nome dos relatadores e anotadores, quando existam. Ex.: Rosto. Assentos do Supremo Tribunal de Justiça anotados por A. Simões Correia, 3ª ed. Actualizada. E.P. PORTUGAL. PORTUGAL. Supremo Tribunal de Justiça. E.S. CORREIA, A. Simões, anot. 6.1.5. Tratados, Acordos ou Convenções Internacionais, não conhecidos por uma designação própria. 6.1.5.1 Quando celebrados entre dois países, têm:
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E.P. Pelo nome do país que figura em primeiro lugar, seguido do cabeçalho, Tratados, etc., nome do outro país e data em que se realizou; E.S. pelo nome do outro país. Ex.: Rosto: Tratado de Amizade, navegação e comércio renovado entre Portugal e a Rússia, assinado em St. Petesburgo aos 16-27 de Dezembro de 1798. E.P. PORTUGAL. Tratados, etc. Rússia. 1798 E.S. Rússia. Tratados, etc. Portugal. 1798 6..1.5.2. Quando celebrados entre mais de dois países, têm: E.P pelo nome do país que figura em primeiro lugar, seguido do subcabeçalho Tratados, etc., e data em que se realizou; E.S. Pelos nomes dos outros países, seguidos dos subcabeçalhos adequados. Ex.: Rosto: Tratado de Paz entre as potências aliadas e associadas e a Áustria. Protocolos e declarações assinadas em Saint-Germai-en-Laye em 10 de Setembro de 1919 E.P. ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA. Tratados, etc. 1919 E.S. ÁUSTRIA. Tratados, etc. 1919 PORTUGAL. Tratados, etc. 1919 6.1.6. Tratados, acordos ou convenções internacinais, conhecidos por uma designação própria, têm: E.P. Pelo nome conhecido desse Tratado, em português, seguido da data; E.S. Pelos nomes dos países participantes, seguidos do subcabeçalho adequado. Ex.: Rosto: Tratado de Paz celebrado em Utrecht a 6 de Fevereiro de 1715. E.P. TRATADO DE UTREQUE, 1715 E.S. nomes dos países participantes 6.1.7 Concordatas ou qualquer acordo entre a Santa Sé e um poder temporal, têm: E.P. Pela designação de Igreja Católica, seguida do subcabeçalho adequado; E.S. Pela outra parte, seguida do subcabeçalho adequado. Ex.: Rosto: Concordata assinada entre a Igreja Católica e o Estado Português, em 1778 E.P. IGREJA CATÓLICA. Tratados, etc. Portugal, 1778 E.S. PORTUGAL. Tratados, etc. Igreja Católica 6.2. Certas Publicações religiosas 6.2.1 Textos sagrados, têm: E.P. Pelo título uniforme adequado; E.S. Pelo nome dos autores das concordâncias; E.R.E. (v.t.), do nome da pessoa associada à revelação, excepto para os casos da Bíblia. Ex.: Rosto: Muhamad. Alcorão. Versão portuguesa de Bento de castro. E.P. ALCORÃO E.S. CASTRO, Bento de, trad. E.R.E. MAOMÉ, Profeta v.t. ALCORÃO 6.2.2 Obras litúrgicas, leituras da Bíblia para os serviços religiosos, livros de horas, têm: E.P. Pelo nome da Igreja Confessional a que pertencem, seguido do subcabeçalho adequado; E.S pelo nome da colectividade particular (diocese, mosteiro, ordem religiosa, etc), se a obra se destina especialmente ao seu uso. Ex.: Rosto: Missal da Ordem de Cister. E.P. IGREJA CATÓLICA. Liturgia e ritual
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E.S. ORDEM DE CISTER 6.2.3. Concílios, sínodos e conferências de qualquer religião, têm: E.P. Pelo nome da religião ou entidade que a representa, seguido da designação da Província, se for o caso, do título dessa reunião e do seu número, do local e data em que se realizou; E.R dos nomes dessas reuniões. Ex.: Rosto: Decretos e determinações do Sagrado Concílio Tridentino que devem ser notificados ao povo. E.P. IGREJA CATÓLICA. Concílio de Trento, 1545-1563 E.S. CONCÍLIO DE TRENTO v. IGREJA CATÓLICA. Concílio de Trento, 1545-1563
Determinação do Cabeçalho Entradas Principais (E.P.) Entradas Principais de Publicações em Série
Considera-se Publicação em Série uma publicação, impressa ou não, editada em fascículos ou volumes sucessivos, ordenados geralmente numérica ou cronologicamente, com duração não delimitada à partida e independentemente da sua periodicidade. As publicações em série incluem os periódicos (revistas, jornais, boletins, anuários), as séries de actas e relatórios de instituições e congressos, bem como as séries monográficas. Publicações em série têm: E.P. Pelo título próprio, seguido da indicação do local de publicação e da data do início da mesma. E.S. Pelos nomes das entidades responsáveis pela publicação, quando as houver e, facultativamente, pelos títulos paralelos, quando os houver. Ex.1: Rosto: Brotéria. Órgão da Sciedade Portuguesa de Genética. E.P. BROTÉRIA GENÉTICA. Lisboa, 1980 E.S. SOCIEDADE PORTUGUESA DE GENÉTICA Ex.2: Rosto: Boletim do Ministério da Justiça E.P. BOLETIM DO MISTÉRIO DA JUSTIÇA. Lisboa, 1947 E.S. PORTUGAL. Ministério da Justiça Ex.3: Rosto: Anuário Estatístico. Instituto Nacional de Estatística. E.P. ANUÁRIO ESTATÍSTICO. Lisboa, 1979 E.S. PORTUGAL. Instituto Nacional de Estatística Publicações em série com secções, têm: E.P. Pelo título comum seguido da denominação da secção. A estes elementos seguem-se a indicação do local de publicação e a data do início da mesma; E.S., pelos nomes das entidades responsáveis pela publicação e, facultativamente, pelos títulos paralelos, quando os houver. Ex.: Rosto: Diário da Assembleia da República. II Série E.P. DIÁRIO DA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA. SEGUNDA SÉRIE. Lisboa 1977. E.S. PORTUGAL. Assembleia da República.
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Determinação do Cabeçalho Entradas Secundárias (E.S.)
¬ ¬ ¬ ¬ ¬ ¬ ¬
1. Estas regras aplicam-se a obras cuja contribuição de autoria é: errónea ou fictícia imprecisa ou não identificada incerta de mais de 3 autores de associação de pessoas-físicas e/ou colectividades, que os utilizadores possam considerar responsáveis de obra relacionada com outra e têm: E.S. pelo nomes das pessoas ou colectividades que não foram objecto da entrada principal ou, no caso de obras relacionadas, pelo elemento de identificação da obra à qual se ligam. 2. Alguns exemplos onde a entrada secundária pelo título é suprimida: - Obras com um tíulo comum, incompleto ou pouco significativo e sem nome do autor, como, compilações de obras, autobiografias, cartas, memórias, boletins, actas, etc; - obras com títulos extensos, confusos, indeterminados; - obras cujo título é fictício, etc.; - se todos os volumes da colecção são do mesmo autor; - se o título da colecção inclui o nome do editor comercial.
Determinação do Cabeçalho Entradas Secundárias (E.S.) A função da remissão ver (v.) é remeter o utilizador de uma forma não adoptada no catálogo (nome de pessoa ou colectividade, título) para aquela que se escolheu para cabeçalho uniforme. A função da remissão ver também (v.t.) é remeter o leitor para cabeçalhos relacionados, sempre com a conveniência o impunha.
FORMA DO CABEÇALHO (F.C.) 1. Autor pessoa-física Os cabeçalhos de pessoa física são constituídos pelos nomes dos autores em causa, seguidos ou não de outros elementos distintivos ou identificadores, distribuídos pela seguinte forma: - a parte assumida como palavra(s) de ordem, que pode ser constituída por um ou mais apelidos, ligados ou não por hífen ou preposição, deve ser escrita em letra maiúscula. - a segunda parte do nome, que se deve inscrever a seguir, separada da primeira por
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vírgula, é só em maiúsculas nas iniciais das palavras que a constituem. - depois da segunda parte do nome e separados por vírgula, inscrevem-se os elementos relativos à participação que outros deram à obra, bem como elementos distintivos, e casos homonímicos, tais como nomes de profissão, cargos, títulos, religião, datas esclarecedoras, etc. (v. 1.2 e 1.3). Alguns exemplos: 1.1 Pseudónimos Adolfo Rocha Pseudónimo: Miguel Torga Cabeçalho: TORGA, Miguel Entrada Remissiva: ROCHA, Adolfo 1.2 Títulos Nobliárquicos Francisco de Barros e Sousa Título: 2.º Visconde de Santarém Cabeçalho: SANTARÉM, 2º Visconde de Entrada Remissiva: SOUSA Manuel Francisco de Barros e 1.3 Nomes de religião Manuel Sousa Coutinho Nome de religião: Luís de Sousa Cabeçalho: SOUSA, Luís de Entrada Remissiva: COUTINHO, Manuel de Sousa 2. Apelidos Apelidos simples: Eça de Queirós Palavra de ordem: QUEIRÓS Cabeçalho: QUEIRÓS, Eça de Apelidos compostos Camilo Castelo Branco Palavra de ordem: CASTELO BRANCO Cabeçalho: CASTELO BARNCO, Camilo
Apelidos formados por um segundo elemento que indica relação familiar, como Júnior, Neto, Sobrinho, Filho Alexandre Dumas Filho Palavra de ordem: DUMAS FILHO Cabeçalho: DUMAS FILHO, Alexandre Nomes de Santos, têm: - Palavra de ordem, pelo nome próprio. Faz-se entrada remissiva , pelo apelido se o houver. Ex.: São João de Brito Palavra de ordem: JOÃO DE BRITO Cabeçalho: JOÃO DE BRITO, Santo Entrada remissiva: BRITO, João de, Santo 3. Colectividade-Autor Estas regras aplicam-se á escolha da forma do nome das colectividades, que podemos classificar em dois grupos:
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Independentes, com entrada pelo nome específico; Dependentes, quer por subordinação, quer por coordenação, com entrada incluindo o nome daquela de que depende.
Alguns exemplos: 3.1. Colectividades que possam ser identificadas por vários nomes ou formas diferentes do nome: Cabeçalho uniforme, pela sua designação mais recente. Ex:Coimbra Editora Limitada Cabeçalho: Coimbra Editora 3.2 Estabelecimento da palavra de ordem 3.2.1 Colectividades Independentes As colectividades independentes têm: Palavra de ordem, pela primeira do seu nome, seguida das restantes na ordem directa. Ex.: 1) FUNDAÇÃO CALOUSTE GILBENKIAM e não GULBENKIAN, Fundação Calouste 3.2.2. Colectividades soburdinadas As colectividades subordinadas cujo nome inclui o nome de outras, das quais dependem por subordinação ou coordenação, têm: Entrada pela seguinte ordem: o Nome do elemento imediatamente superior na hierarquia; o Nome dos elementos intermédios, desde que sejam necessárias para distinguir de outras com o mesmo nome, identificar ou esclarecer a sua função junto da colectividade que acima se segue na hierarquia; o Nome dos elementos dependentes.
Ex.: UNIVERSIDADE DE COIMBRA. Faculdade de Letras E não FACULDADE DE LETRAS DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA 3.3. Elementos de identificação ou distinção 3.3.1. Congressos, reuniões, conferências Quando se trata de Congressos e outras reuniões similares que possam ser conhecidos por um nome específico e por um nome mais geral de uma série de congressos, têm: - Cabeçalho uniforme pelo nome específico. Cabeçalho: COLÓQUIO INTERNACIONAL DE GEOGRAFIA, 14.º, Porto, 1978 4. Autor-entidade oficial Este tipo de cabeçalho aplica-se a Reis, chefes de Estado, Papas, Patriarcas, Bispos, etc. Ex.: PORTUGAL. Presidente do Conselho, 1932-1968 (António de Oliveira Salazar) IGREJA CATÓLICA. Papa, 1958-1962 (João XXIII)
5. Títulos Como se verificou ao longo das Regras para a determinação da autoria, o título toma-se por cabeçalho da entrada principal, nos seguintes casos: Em certas obras anónimas com título uniforme ou convencional; Em obras de autoria indeterminada;
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Em obras de mais do que três autores; Em compilações; Em obras de autoria de um grupo sem designação. Ao escolher-se as palavras de ordem, ter-se-á presente que: - deverá ser adoptada a ortografia vigente em cada país; - deverão omitir-se os artigos e as frases introdutórias, que antecedem o título. Exemplo: Bíblias, partes ou extratos da Bíblia e outras escrituras sagradas. Ex.: Rosto: O Novo Testamento de Nosso Senhor Redentor e Salvador Jesus Cristo. Entrada Principal: BÍBLIA. N.T. Entrada Remissiva: NOVO TESTAMENTO
PARTE SEGUNDA
DESCRIÇÃO BIBLIOGRÁFICA
DESCRIÇÃO DE MONOGRAFIAS DESCRIÇÃO DE PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS
Generalidades A descrição Bibliográfica Internacional Normalizada de Monografias – ISBD(M) especifica os elemntos necessários à descrição e identificação de monografias impressas, atribui uma ordem ou hierarquia a esses elementos e prescreve um sistema de pontuação a atender nessa descrição. As normas fixadas para a descrição de monografias pretendem o estabelecimento de um conjunto de regras que uniformize a constituição e a redacção do corpo de entrada de uma entrada bibliográfica. Deste modo, fica facilitada a troca de material bibliográfico, quer dentro de um país, quer mesmo a nível internacional. A ISBD(M) utiliza-se nas descrições bibliográficas com vista à elaboração de catálogos impressos e listas de referências bibliográficas. Termos e expressões: Anterosto – primeira página de uma publicação Antetítulo – informação complementar do título, que precede este e ocorre antes do título próprio no rosto ou no seu substitutpo
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Colação – Conjunto de elementos ou dados que apresentam as características físicas de uma publicação, como os referentes ao número de páginas, folhas, colunas, volumes, ilustrações, formato e material acompanhante. Colecção – Conjunto de publicações distintas, ligadas entre si por um título comum. Cada uma das publicações pode ser numerada. Este termo exclui as obras singulares, em vários volumes numerados. Colofão – conjunto de informações que se encontram, por vezes, no final da obra, e que contêm dados relativos á impressão da mesma e até outras indicações bibliográficas. Coluna – cada uma das duas ou mais secções verticais da composição gráfica, separadas por um fio ou linha em que se dividem as páginas de certas monografias. Descrição bibliográfica – conjunto de elementos ou dados bibliográficos que se recolhe e se utiliza para registar e identificar uma obra ou qualquer edição desta. Edição - conjunto de exemplares de uma obra, obtido de uma só matriz. Qualquer alteração, quer de texto quer de aspecto gráfico, dessa matriz, constitui uma nova edição. Editor – Pessoa singular ou colectiva responsável pela publicação de uma obra. Folha – Conjunto de duas laudas ou páginas (frente e verso do papel). Frontispício – Uma ilustração, geralmente uma gravura, que se situa na página à esquerda do rosto de uma publicação, a livro aberto. Ilustração – Representação gráfica, pictórica impressa numa monografia. Informação de outro título – Palavra, frase ou grupo de letras, ligado e subordinado ao título próprio de uma publicação. ISBN – Número Internacional Normalizado dos Livros que identifica a edição de uma obra, publicada por um editor particular, e próprio só para essa edição. Lugar da Edição – Localidade onde se encontra a sede da entidade distribuidora. Material acompanhante – publicações complementares, tais como atlas, livros de exercícios, discos, filmes, etc, concebidos para serem utilizados como apoio a uma obra. Menção de colecção – Registo do título da colecção e de uma ou mais subcolecções. Menção de edição – Referência da edição a que a publicação pertence. Menção de responsabilidade – Registo da identificação e/ou da função da pessoa singular ou colectiva responsável pela criação do conteúdo ntelectual ou artístico de uma publicação, ou que para ela tenha contribuído ou colaborado. Monografia – Publicação num ou mais volumes, de conteúdo unitário, composta por um texto e/ou ilustrações, apresentando-se sempre de forma completa. Outro título – Qualquer outro título que não o título próprio ou o título paralelo. Página – cada uma das faces de uma folha.
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Páginas preliminares – rosto ou seu substituto e todas as antecedentes. Publicação em vários volumes – publicação composta por um número limitado de unidades físicas, distintas (exceptuando-se as publicações em fascículos), concebida e publicada como um todo; os vários volumes podem ter títulos e menções de responsabilidade específicas. Rosto – Página que apresenta a informação mais completa da publicação e que contém, normalmente o maior número de dados acerca do título, menção de responsabilidade e pé de imprensa. Se os elementos, que se encontram, geralmente no rosto, estão repartidos e não repetidos, nas duas páginas, frente a frente, estas formam em conjunto o rosto. Separata – Impressão em separado de parte, secção ou artigo de uma publicação, com paginação própria, podendo também manter a paginação original. Subcolecção – Secção de uma colecção, que tem um título dependente da colecção. Substituto do rosto – página, parte da página ou qualquer outra parte de uma publicação, que contenha as informações, que normalmente figurem no rosto e o substituem na falta deste, por exemplo capa, notas e títulos ou adições tipográficas adicionais, colofão. Subtítulo – informação de outro título, subordinado a título próprio, que o qualifica, esclarece ou completa. Título – palavra ou frase que serve de nome a uma publicação. Título paralelo – título próprio numa outra língua ou escrita. Título próprio – título principal de uma publicação, isto é, o título de uma publicação, tal qual figura no rosto ou seu substituto. Zona – cada uma das divisões da descrição bibliográfica, que compreende os dados de uma categoria particular ou de um conjunto de categorias. Ordem das zonas segundo a ISBD(M) 1) Zona de título e da menção de responsabilidade 2) Zona da edição 3) Zona especifica de alguns tipos de documentos 4) Zona do pé de imprensa 5) Zona da colação 6) Zona da colecção 7) Zona de notas 8) Zona do ISBN e das modalidades de aquisição. Algumas notas preliminares: os elementos em itálico são facultativos; os elementos predecedidos de (*) podem ser vários e registam-se, se necessário; as zonas 7 e 8 podem ser repetidas, se necessário; Esquema: Nota. Qualquer zona, à excepção da primeira é precedida de um ponto espaço, traço, espaço (. - )
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1) Zona de título e da menção de responsabilidade 1.1. Título próprio 1.2. Indicação geral da natureza do documento 1.3. Título paralelo 1.4. * Informação de outro título 1.5. Menção de responsabilidade / primeira menção ; *outras menções 2) Zona de edição 2.1. Menção da Edição = * 2.2. Menção paralela da edição 2.3. Menções da responsabilidade relativas à edição / primeira edição ; *outras menções , *2.4. Outra mençaõ da edição 2.5. Menção de rewsponsabilidade relativas a outra menção de edição / primeira edição ; * outras menções 4) Zona do Pé de Imprensa 4.1. Lugar da edição e/ou distribuição ; Primeiro lugar ; *outros lugares 4.2: nome do editor e/ou do distribuidor [ ] 4.3. Menção da função de editor e/ou de distribuidor , 4.4. Data da edição e/ou da distribuição ( 4.5. Lugar da Impressão : *4.6. Nome do Impressor ,) 4.7.Data da Impressão 5) Zona da colação 5.1. Paginação e/ou número de volumes : 5.2. Menção de ilustração ; 5.3. Formato + 5.4. Menção de material acompanhante 6) Zona da colecção ( 6.1. Título próprio da colecção = 6.2. Título paralelo da colecção : *6.3. informação de outro título da colecção 6.4. Menções de responsabilidade relativas á edição / Primeira menção ; *Outras menções , 6.5. ISSN (Número Internacional Normalizado das Publicações em Série) da colecção ; 6.6. Numeração da colecção (para mais informação consultar as Regras Portuguesas de Catalogação – pag. 113) 7) Zona de Notas 8) Zona do Número Internacional Normalizado dos Livros (ISBN) e das modalidades de aquisição 8.1. ISBN
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: 8.2. Modalidade de aquisição ou preço.
PONTUAÇÃO
- Cada símbolo de pontuação apresentado, que antecede ou enquadra um elemento, é precedido de um espaço, com excepção da vírgula (,) e do ponto (.), que apenas são seguidos de um espaço;
- os parênteses curvos ( () ) e os rectos ( [] ) são considerados apenas símbolos de pontuação. Por conseguinte, os parênteses curvos são precedidos de espaço e os parênteses curvos são seguidos de espaço.
- Todas as zonas da ISBD (M),
com excepção da primeira são precedidas de ponto, espaço, traço, espaço (. - ) - se um elemento termina por uja abreviatura ou outra palavra ou caracter seguido de um ponto, e se a pontuação prescrita a seguir a esse elemento é um ponto ou começa por um ponto, suprimese o ponto relativo à abreviatura. Ex.: 2.ª ed. – e não 2.ª ed. . – - os parênteses rectos [ [] ) são utilizados para as funções que vimos atrás, mas também são utilizados para indicar toda a informação obtida de qualquer outra fonte que não seja a fonte principal. As reticências (…) servem para assinalar, em determinados casos, a omissão de parte de um elemento em certas zonas; Sempre que se transcrevem elementos em duas ou mais línguas, a informação respeitante a essas línguas é transcrita precedida de um espaço, sinal de igual, espaço (=)
FONTES DE INFORMAÇÃO a) Ordem de preferência - rosto ou seu substituto; - páginas preliminares ou colofão; - o resto da publicação (capa, lombada, prefácios, texto básica, e seus anexos); - fontes externas (p ex. obras de referência, bibliografia, catálogos, etc) b) Fontes principais Zona - Fonte principal de informação
1. 2. 3. 4. 5. 6.
Zona Zona Zona Zona Zona Zona
de da do da da de
título e da menção de responsabilidade – rosto ou seu substituto edição - rosto ou seu substituto, páginas preliminares e colofão pé de imprensa - rosto ou seu substituto, páginas preliminares e colofão colação – a própria obra colecção – de qualquer parte da publicação notas – de qualquer parte ( inclusive fontes externas)
7. Zona do ISBN e das modalidades de aquisição – de qualquer parte ABREVIATURAS Certas abreviaturas são prescritas pela ISBD (M) para as descrições, tais como: ZONA 1,2 E 6 – et al. (et alli) - e outros ZONA 4 – s.l. (sine loco) - lugar de edição desconhecido ; s.n. (sine nomine – nome do editor desconhecido ZONA 5 – cm – centrímetros UTILIZAÇÃO DE MAIÚSCULAS
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Em geral, usam-se maiúsculas na primeira letra da primeira palavra que ocorre em cada zona da ISBD e nos casos normais de nomes próprios e toponímicos. ERROS DE IMPRESSÃO Os erros de impressão são reproduzidos e seguidos de [ sic ] ou de [ ! ] ou através da expressão [i.é]. Ex.: Lsboa [ sic] ou [i.é Lisboa]
Estrutura da Descrição Bibliográfica. 1) Zona de título e menção de responsabilidade Pontuação: a) A indicação geral da natureza do documento inscreve-se dentro de parênteses rectos, sendo o primeiro precedido de espaço e o segundo também ( [ ] ) b) Cada título paralelo é precedido de espaço, sinal de igual e espaço ( = ) c) Cada informação de outro título é precedida de espaço, dois pontos e espaço ( : ) d) A 1ª menção de responsabilidade, que se inscreve a qualquer título, é precedida de espaço, barra oblíqua e espaço ( / ) e) Outras menções de responsabilidade são precedidas de um espaço, ponto e vírgula, espaço (;) f) Os títulos de obras distintas, escritas por autores diferentes, contidas numa só publicação, são separados por um ponto e espaço (. ) g) Os títulos de obras distintas, escritas por um só autor, contidos numa única publicação, são separadas por um espaço, ponto e vírgula, espaço ( ; ).
Ex.: Título próprio [indicação geral da natureza do documento] : informação de outro título = título paralelo : informação de outro título / menção de responsabilidade ; outras menções de resposabilidade ; outras menções de responsabilidade 2) A zona da edição Pontuação: a) A zona da edição é precedida de um ponto, espaço, traço, espaço (. - ) b) Cada menção paralela de edição é precedida de espaço, sinal e igual e espaço ( = ) c) outra menção de edição é precedida de vírgula, espaço (, ) Ex. : Menção da edição = menção paralela da edição Menção da edição, outra menção da edição 4) Zona do Pé de Imprensa Pontuação: a) A zona do pé de imprensa é precedida de um ponto, espaço, traço, espaço (. - ) b) qualquer outro lugar da edição a seguir ao primeiro, é precedido de espaço, ponto e vírgula espaço (;) c) qualquer nome do editor é precedido de espaço, dois pontos, espaço ( : ) d) a data da edição é precedida de vírgula, espaço (, ) Ex.: Lugar da edição : nome do editor, data Lugar da edição : nome do editor ; Lugar da edição : nome do editor, data Lugar da edição, lugar da edição : nome do editor, data 5) Zona da Colação
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Pontuação: a) A zona da colação é precedida de um ponto, espaço, traço, espaço (. - ) b) a menção de ilustração é precedida de espaço, dois pontos, espaço ( : ) c) o formato é precedido de um espaço, ponto de vírgula, espaço ( ; ) Nota: considera-se formato a altura da capa, isto é, medida paralelamente à lombada, do pé à cabeça da publicação. d) a menção de material acompanhante é precedida de espaço, sinal mais, espaço ( + ) Ex.. Número de volumes e/ou páginas : menção de ilustração ; formato Páginas : . - 200 p. . - [8], 238 p. . - XX, [ 250 ] p. . – 8 vol. (894 p.) Menção da ilustração: 269 p. : il. 269 p. : il., mapas 269 p. : il., 12 desenhos Formato: 269 p. : il. ; 22 cm
6) Zona da colecção Pontuação: a) A zona da colecção é precedida de um ponto, espaço, traço, espaço (. - ) b) os títulos paralelos da colecção são precedidos de espaço, sinal de igual espaço ( = ) c) a numeração da colecção é precedida de espaço, ponto e vírgula, espaço ( ; ) d) qualquer menção de colecção é precedida de espaço, parênteses curvos, espaço. ( ) Ex.: (Título próprio de Colecção ; numeração da colecção)
7) Zona de Notas Pontuação: Nesta zona inscrevem-se todos os elementos considerados pertinentes e que não têm cabimento noutras zonas. O uso das notas é facultativo como livre é também a sua forma de apresentação, que tanto pode ser por . – como por simples parágrafo. Cada nota é separada da anterior por ponto, espaço, traço, espaço. Dentro das notas deve tentar-se seguir ao máximo a pontuação seguida noutras zonas. Por exemplo, um título é separado da menção de responsabilidade por espaço, barra oblíqua espaço ( / ). 8) Zona do ISBN Pontuação: a) A zona do ISBN é precedida de um ponto, espaço, traço, espaço (. - ) ou simplesmente paragrafada b) a modalidade de aquisição ou preço é facultativo. c) qualquer ISBN, além do primeiro, é precedida de um ponto espaço (. ) Ex.: . – ISBN 87-13-01633-4 . – ISBN 87-13-01633-4. ISBN 87-13-01633-4
9) Publicações em vários volumes Esta descrição compreende uma informação comum a todos os volumes de uma publicação – primeiro nível ou geral – e uma informação particular relativa a cada uma dos volumes – segundo nível ou particular. Os elementos da descrição, em ambos os níveis, são dados na mesma ordem e com o mesma
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pontuação que se usa para as obras num só volume. Quando o título de um volume é precedido de um número, estas duas menções são separadas por espaço, dois pontos, espaço ( : ). Ex.: Nível Geral: As Mudanças políticas na Holanda : estudo conjunto / editado por Frank Bonilla. – 3.ª Ed. – Londres: M.I.T. Press, 1967. - (Política Moderna). – 19 cm. – ISBN 972-552-458-6 Nível Particular: Vol. 1: uma estratégia de mudança / ilustrado por Joan Rice. – 1967. – 298 p. : il. – contém um índice. – ISBN 972-685-324-8
Entrada aberta Outro processo alternativo, é o de descrever uma obra em vários volumes a um só nível. Quando os volumes forem descritos separadamente, certos elementos da descrição têm de ser deixados em branco ou em aberto, até que sejam descritos todos os volumes. Estes espaços em aberto serão, especificamente, a data da conclusão da obra e o número de volumes. Elemnetos relativos a um só volume, podem ser dados em nota, conforme a apresentação.
5. Classificação - Classificação Decimal Universal (teóricas + práticas). A classificação surge associada à catalogação, embora esteja a ser feita separadamente, uma vez que exige algum esforço de interpretação das tabelas da CDU. Essa tarefa é supervisionada pelo Técnico Superior de Biblioteca e Documentação ou pelo professor bibliotecário, por ser o único elemento da equipa que tem formação específica nessa área.
Classificação Decimal Universal (CDU)
Quer uma Biblioteca Municipal, quer uma Biblioteca Escolar devem funcionar em regime de livre acesso às estantes e ao seu fundo documental. Com excepção das publicações periódicas, devem estar organizadas tematicamente, de acordo com a Classificação Decimal Universal (CDU). Essa arrumação é possível pois todas as publicações que dão entrada nos Serviços de Documentação são previamente analisadas, do ponto de vista do seu conteúdo intelectual, pelo Técnico Superior a fim de se determinar o(s) assunto(s) sobre que versam.
O que é a CDU – Classificação Decimal Universal?
A Classificação Decimal Universal é um esquema de classificação uniformizado e normalizado, amplamente usado nacional e internacionalmente, que visa cobrir e organizar a
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totalidade do conhecimento humano. É uma classificação decimal dado que a totalidade do conhecimento é dividida em dez classes, que se subdividem de novo decimalmente, do geral para o específico. Cada conceito é traduzido por uma notação numérica ou alfanumérica (Ex. ao conceito geral – “Religião” - corresponde a notação numérica 2). Uma das principais vantagens desta classificação reside na sua dimensão internacional, dada a sua independência face a todas as expressões idiomáticas, o que facilita enormemente a pesquisa e a troca de informação ao nível internacional. No seguimento do exemplo anterior, tal significa que a notação 2, e o conceito que lhe está associado, é igual em todas as bibliotecas do mundo que adoptem este sistema de classificação. Em Portugal, o uso deste sistema de classificação é generalizado, tanto nas Bibliotecas Públicas, como nas Bibliotecas Escolares e Universitárias.
Estrutura da CDU
A CDU é composta por:
a) Uma tabela principal de matérias, que enumera hierarquicamente o conhecimento, nas referidas dez classes. As divisões principais são: 0 Generalidades 1 Filosofia. Psicologia 2 Religião. Teologia 3 Ciências Sociais 4 Classe actualmente não utilizada 5 Matemática e Ciências Naturais 6 Ciências Aplicadas. Medicina. Tecnologia 7 Arte. Recreação. Entretenimento. Desporto 8 Língua. Linguística. Literatura 9 Geografia. Biografia. História Cada classe principal subdivide-se decimalmente em subclasses que por sua vez também se subdividem em áreas cada vez mais especializadas.
0 Generalidades (Ciências da Informação) 004 Informática. Ciência e tecnologia informáticas. Computação 01 Ciência e técnica bibliográfica. Bibliografias. Catálogos. 02 Biblioteconomia. Bibliotecas. 030 Obras gerais de referência. Enciclopédias, Dicionários, etc. 050 Publicações em série. Periódicos e publicações de carácter periódico. Função, Gestão Comercial e Editorial. 06 Organizações. Academias. Congressos. Organismos Científicos. Exposições. Museus. 070 Jornais. Jornalismo. Imprensa. 080 Poligrafias. Obras em colaboração. 09 Manuscritos. Livros raros. Bibliofilia.
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1 Filosofia. Psicologia
101 Natureza e âmbito da filosofia. 11 Metafísica. 13 Filosofia da mente e do espírito. Metafísica da vida espiritual. 14 Sistemas e pontos de vista filosóficos. 159.9 Psicologia. 16 Lógica. Epistemologia. Teoria do conhecimento. Mitologia da Lógica. 17 Filosofia Moral. Ética. Filosofia prática.
2 Religião. Teologia
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Religiões Pré-Históricas e Primitivas. Religiões do Extremo Oriente. Taoísmo. Confucionismo. Religiões da Coreia, Japão, etc. Religiões da Índia. Budismo. Religiões do Mundo Antigo. Judaísmo. Cristianismo Islamismo. Movimentos espirituais modernos.
3 Ciências Sociais
31 Estatística. Demografia. Sociologia 32 Política. 33 Economia. Ciência Económica. 34 Direito. Jurisprudência. 35 Administração pública. Assuntos Militares. 36 Assistência social. Previdência e apoios sociais. Serviço Social. 37 Educação. 39. Etnografia. Etnologia. Usos e Costumes. Tradições. Modo de vida. Folclore.
4 Provisoriamente não ocupada
5 Ciências Puras
51 Matemática. 52 Astronomia. Astrofísica. Pesquisa espacial. Geodésia 53 Física. 531/534 Mecânica. 531 Mecânica geral. Mecânica dos corpos sólidos e rígidos. 532 Mecânica dos fluidos. Mecânica dos líquidos. Hidráulica. Hidromecânica. 533 Mecânica dos gases. Aerodinâmica. Física dos plasmas. 534 Vibrações. Acústica. 535 Óptica. 536 Calor. Termodinâmico. 537 Electricidade. Magnetismo. Electromagnetismo. 539 Natureza física da matéria. 54 Química. Ciências mineralógicas. Cristalografia.
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55 56 57 58 59
Ciências da Terra. Ciências geológicas. Paleontologia. Fósseis. Biologia. Ciências biológicas em geral. Botânica. Zoologia.
6 Ciências Aplicadas. Medicina. Tecnologia
61 Ciências médicas. 62 Engenharia. Tecnologia em geral. 63 Agricultura. Ciências agrárias e técnicas relacionadas. Silvicultura. Explorações agrícolas. Exploração da vida selvagem. 64 Economia doméstica. Ciências domésticas. 65 Gestão e organização da indústria, do comércio e da comunicação. 66 Tecnologia química. Indústrias químicas e relacionadas. 67 Indústrias, Artes industriais e ofícios diversos. 68 Indústrias, artes e ofícios e comércio de artigos acabados ou montados. 69 Indústria da construção. Materiais de construção. Procedimentos e práticas de construção.
7 Arte. Recreação. Entretenimento. Desporto.
71 Planeamento territorial, físico. Planeamento regional, urbano e rural. Paisagens, Parques e Jardins. 72 Arquitectura. 73 Artes plásticas. Escultura. Numismática. Arte dos metais. 74 Desenho. Design. Desenho artístico. Artes e ofícios aplicados. 75 Pintura. 76 Artes gráficas. Gravura. 77 Fotografia e processos similares. 78 Música. 79 Divertimentos. Espectáculos. Jogos. Desportos.
8 Língua. Linguística. Filologia. Literatura
80 Questões gerais em linguística e literatura. Filologia. 801 Prosódia. Ciências auxiliares e fontes da filologia. 808 Retórica. Composição. Escrita. Edição. Eloquência. 81 Linguística e línguas. 811 Línguas. 82 Literatura. 82-1/-9 Formas e géneros literários. 82…A/Z Obras de autores em particular. 821 Literaturas relativas às línguas particulares.
9 Arqueologia. Geografia. Biografia. História
902 903 904 908
Arqueologia. Pré-História. Vestígios culturais do passado. Monografas locais.
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91 Geografia. 911 Geografia Geral. Geografia sistemática. Geografia Teórica. 912 Cartografia. Mapas, Atlas. 913 Geografia regional. 913(4) Geografia da Europa. 913(469) Geografia de Portugal 929 Biografias. Genealogia. Heráldica. 930 Ciência da História. Historiografia. 94 História em geral. 94(3) História do mundo antigo. 94(4+7) História do Ocidente. 94(4) História da Europa. 94(469) História de Portugal.
b) Tabelas Auxiliares - As tabelas auxiliares, representam não assuntos, mas formas de os especificar (por lugar, tempo, forma, língua, etc.), flexibilizando muito mais a representação dos conceitos. Assim sendo existem os seguintes auxiliares: b.1. Tabela de adição. Extensão Secção 1. Coordenação. Adição O sinal de coordenação + (mais) liga um ou dois números separados (não consecutivos), para indicar um assunto composto para o qual não existe um número simples. Exemplo: (44+460) → (Auxiliares de lugar) França e Espanha ou 622+669 Mineração e Metalurgia Secção 2. Extensão. Consecutiva O sinal de extensão / (barra oblíqua) liga o primeiro e o último de uma série de números consecutivos, para indicar um assunto amplo ou uma série de conceitos. Exemplo: (7/8) → (Auxiliares de lugar) América do Norte e Central e América do Sul. As Américas. 592/599 Zoologia Sistemática (equivalente a 592+593....+599)
b.2) Auxiliares comuns de Língua: Sinal =... Os auxiliares comuns de língua indicam a língua ou a forma linguística de um documento cujo assunto é representado por um número principal (ver código assinalado na CDU). Exemplo: Obra intitulada – “O Codex 632” do autor José Rodrigues dos Santos. CDU: 821.134.3-312.2“20” (Auxiliar de língua incorporado na notação) CDU: 53(035)=00 (Manual de Física Multilíngue – Auxiliar de língua anexado à notação) b.3) Auxiliares comuns de Forma: Sinal (0...) Os auxiliares comuns de forma indicam a forma ou apresentação de um documento que trata de um assunto representado por um número principal (ver código assinalado na CDU). Exemplo: Obra: Manual escolar de história do 8º ano do autor Gustavo de Freitas. CDU: 94(4)(075.3)”14/19” b.4) Auxiliares comuns de Lugar: Sinal (1/9) Os auxiliares comuns de lugar indicam o âmbito geográfico, localização ou outro aspecto espacial de um assunto indicado por um número principal (ver código assinalado na Cota). Exemplo: Obra intitulada – “O Codex 632” do autor José Rodrigues dos Santos.
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CDU: 821.134.3-312.2“20” Cota: 82-312.2(469) SAN b.5) Auxiliares comuns de Raça, Grupo Étnico e Nacionalidade: Sinal =... Os auxiliares comuns de grupo étnico e nacionalidade indicam a nacionalidade ou os aspectos étnicos do assunto representado pelo número da classe principal. Exemplo: (=111) Povos anglófonos (por oposição aos ingleses) Nota: Detivam principalmente dos auxiliares de língua e servem, portanto, para distinguir grupos linguístico-culturais. b.6) Auxiliares comuns de Tempo: Sinal “...” Os auxiliares comuns de tempo indicam a data ou período de tempo de um assunto representado por um número principal da CDU (ver código assinalado na CDU). Exemplo: Obra intitulada – “O Codex 632” do autor José Rodrigues dos Santos. CDU: 821.134.3-312.2“20” b.7) Auxiliares comuns de Características Gerais: -0... Os auxiliares comuns de características gerais indicam atributos de propriedades, materiais e pessoas e características pessoais: Auxiliares comuns de propriedades (-02) Auxiliares comuns de materiais (-03) Auxiliares comuns de pessoas e características pessoais (-05) Exemplo: Obra intitulada – “O Codex 632” do autor José Rodrigues dos Santos. CDU: 821.134.3-312.2-053.8(469)“20” - Neste exemplo, optou-se por colocar uma auxiliares de pessoas de acordo com a idade e grupo etário. V. pág. 120 da CDU. Encontrar os livros na estante através da CDU - A Biblioteca escolar deve usar a CDU para arrumar as obras nas estantes. Assim, o sistema de cotas adoptado baseia-se nesse sistema de classificação. As obras são classificadas e depois arrumadas na estante de acordo com a notação principal que lhe for atribuída. A determinação da notação principal procura sempre basear-se no assunto central da obra. Essa cota é colocada na lombada da unidade documental e arrumada na estante com o número de classe atribuído. A Cota é composta pela notação CDU e pelas três letras iniciais do apelido do Autor ou do título da obra (no caso desta ter mais de três autores). Exemplo: SANTOS, José Rodrigues dos, 1964Codex 632 / José Rodrigues dos Santos ; rev. José Soares de Almeida. - 23.ª ed. - Lisboa : Gradiva, 2006. - 550 p. ; 24 cm ISBN 989-616-072-4
Cota: 82312.2(469)SAN
Cota - Legenda:
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82 – Literatura
312.2 – Romance Religioso. Romance com tema místico ou moral
(469) – Auxiliar de lugar de Portugal
SAN – três primeiras letras do apelido do autor (SANTOS) Nota: A classificação das unidades documentais é da responsabilidade do Técnico Superior da Biblioteca, assessorados pelo assistente operacional.
6 Indexação – A gestão da Informação. (teóricas) A indexação é um procedimento que consta em identificar os assuntos ou temas de que trata o documento, através de palavras-chave obtidas com o auxílio de Thesauri, de modo a assegurar um carácter universal. É a descrição do conteúdo intelectual dos documentos para a sua posterior recuperação através da criação de pontos de acesso (índices de assunto). Faz-se em três momentos: ¬ Na elaboração do documento (resumo do autor e índice); ¬ No registo do documento em fichas; ¬ Ao tratar a questão do utilizador no momento da pesquisa. Nota: Em Indexação - palavra-chave = descritores.
7.Cotação (Aposição de cota, etiquetagem). (teóricas + práticas) A cota é o código que facilita a localização dum documento para além de estabelecer uma ligação entre os dados relativos ao documento (descritos na ficha bibliográfica) e o documento arrumado na estante. A Etiquetagem, tal como o nome indica, é a aposição, no fundo da lombada do documento, de uma etiqueta que tem de conter a cota respectiva para arrumação do documento e sua posterior recuperação nas estantes da sala de leitura.
8. Arrumação em estante. Regras para a arrumação e o acondicionamento dos documentos. Princípios básicos sobre conservação e protecção de documentos. A Arrumação em estante. Regras para a arrumação e o acondicionamento dos documentos. Depois de todo o tratamento do documento este deverá ser arrumado em local próprio, consoante o seu tipo, seguindo um critério temático de acordo com a classificação e com a organização do espaço físico da Biblioteca. Para o documento ser arrumado deve ter tido o tratamento técnico acima descrito: carimbagem, registo, catalogação, classificação, indexação e cotação. Como a atribuição da cota se baseou na notação C.D.U. (Classificação Universal Decimal), os documentos irão ser arrumados por assuntos. Princípios básicos sobre conservação e protecção de documentos. Face à míngua de recursos financeiros devemos recorrer a uma preservação preventiva. Há três aspectos a considerar: Climatização - É necessário o controle da temperatura – a estabelecer separadamente, tanto nas zonas de trabalho (e no depósito) como nas áreas de utilização pública – e a ventilação das
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áreas de maior concentração de público. A temperatura deve oscilar entre os 16 a 18 graus centígrados e a humidade relativa entre os 45 a 60% . Iluminação - Para uma conservação perfeita dos documentos devem assegurar-se boas condições de iluminação (que deverá ser predominantemente artificial). Não expor os livros ou unidades documentais à luz solar directa. Segurança - Haverá que tomar medidas apropriadas contra roubo e incêndio. Procurar utilizar um sistema de segurança para unidades documentais fiável e seguro. A tecnologia RFID é a tecnologia mais avançada no momento actual. O sistema RFID permite: a) Que cada livro seja etiquetado previamente, estando associado a um código único e unívoco, que relacione a etiqueta com uma base de dados de informações relacionadas com o livro, incluindo data e hora de requisição, data prevista de devolução, bem como informações acerca do utilizador que se encontra a requisitar o livro; b) Que o controlo dos livros que transitam para o exterior da biblioteca seja realizado mediante um sistema de leitores RFID instalados no balcão de atendimento. No momento em que a requisição é efectuada, pousando o livro em cima de leitor, o sistema de alarme é “informado” para não ser accionado quando detectar a passagem do livro (etiqueta) à saída da biblioteca. Caso um livro seja detectado, e não tenha sido efectuada uma requisição válida do mesmo, será automaticamente accionado o sistema de alarme, evitando-se assim a utilização abusiva ou roubo de qualquer exemplar existente no espaço; d) Facilidade e rapidez de leitura e identificação das etiquetas; e) Rapidez de registo; f) Aumento da rastreabilidade dos Livros; g) Maior Rapidez de Inventário; h) Aumento dos Níveis de Segurança.
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