ISEG – Análise Financeira
ANÁLISE DE RELATÓRIOS E CONTAS MÓDULO V
Objectivo
Decomposição da Rendibilidade Rendibilidade do investimento Rendibilidade dos capitais próprios Análise integrada da rendibilidade Crescimento Sustentável
E. Couto / J. Esteves
RENDIBILIDADE DO INVESTIMENTO • Rendibilidade do activo, Return on Assets ou Return on Investment
2
E. Couto / J. Esteves
RENDIBILIDADE DO INVESTIMENTO • Rendibilidade dos Capitais Totais (Investimento) RO Investimento
• Compara o resultado gerado num determinado período com o capital utilizado • Rendibilidade do investimento com o impacto fiscal: RO x ( 1 - t) Investimento
E. Couto / J. Esteves
3
E. Couto / J. Esteves
1
ISEG – Análise Financeira
Rendibilidade do Investimento • Mede a eficiência da utilização dos capitais totais. Indicador da qualidade de gestão • Fundamental para a sobrevivência no ML Prazo • Indica a capacidade de gerar resultados, ou seja, é um indicador importante para os investidores (accionistas e credores) • Utilizado na análise de projectos, planeamento e orçamentação, avaliação e controlo dos resultados, na comparação de empresas com idêntico risco de negócio E. Couto / J. Esteves
4
NOÇÃO DE INVESTIMENTO • Activo líquido do balanço financeiro: usar activo médio (excepto empresas com sazonalidade) • Cap. Total Investido = Activo Fixo + NFM + TA • NOTA: Devemos utilizar o Resultado Operacional: o rácio fica independente da forma de financiamento
E. Couto / J. Esteves
5
Demonstração de Resultados - Variável Vendas e Prestações de Serviços (V) - Custos Variáveis (CV) = Margem de Contribuição (MC) - Custos Fixos Operacionais (CF) = Resultados Operacionais (RO) - Encargos Financeiros (EF) = Resultados Correntes (RC) + Resultados Extraordinários (RE) = Resultados Antes de Impostos (RAI) - Impostos Sobre Lucros (IRC) = Resultados Líquidos (RL) E. Couto / J. Esteves
6
E. Couto / J. Esteves
2
ISEG – Análise Financeira
RENDIBILIDADE DO INVESTIMENTO Decomposição do Rácio da Rendibilidade do Capital Investido (RCI): 1. Rendibilidade Bruta das Vendas (MC/V) 2. “Grau de Alavanca Operacional” (RO/MC) 3. Rotação dos Capitais Investidos (V/CT) 1 MC
x
2
3
RO
x V
RCI=
V
MC
CT 7
E. Couto / J. Esteves
Rendibilidade do Investimento EXEMPLO: dados Vendas
4000
- Custos Variáveis
2000
= Margem de Contribuição
2000
- Custos Fixos
1600
= Resultado Operacional
400
Capital Investido
2000 8
E. Couto / J. Esteves
RENDIBILIDADE DO INVESTIMENTO RCI =
RCI =
MC Vendas 2000 4000
x
x
RO MC
x
400 2000
Vendas CT x
4000 2000
= 0,2
Rotação dos Rendibilidade Efeito dos Capitais Bruta das Custos Fixos Investidos Vendas Rendibilidade Operacional das Vendas Rendibilidade dos Capitais Totais Investidos E. Couto / J. Esteves
9
E. Couto / J. Esteves
3
ISEG – Análise Financeira
Decomposição da Rendibilidade do Investimento - Conclusão • Permite ter uma visão integrada dos factores que afectam a rendibilidade • A Rendibilidade do Investimento depende da: – Eficiência na utilização do capital investido medido por Rácios de Actividade – Relação entre os custos e as vendas medida por Rácios de Rentabilidade das Vendas 10
E. Couto / J. Esteves
RENDIBILIDADE DOS CAPITAIS PRÓPRIOS • Rendibilidade do Capital Investido ou Return on Equity (ROE)
11
E. Couto / J. Esteves
RENDIBILIDADE DOS CAPITAIS PRÓPRIOS Return on equity • Compara o resultado gerado num determinado perí odo com o capital próprio utilizado RL RCP = CP
• Mede a eficiência da utilização pertencentes aos sócios ou accionistas
dos
capitais
• Também se pode utilizar a Rendibilidade Corrente do Capital Próprio RC RCCP = CP
E. Couto / J. Esteves
12
E. Couto / J. Esteves
4
ISEG – Análise Financeira
Modelo Multiplicativo da Alavanca Financeira RO RCCP =
CT
RC
x CT
x CP
Se IAF > 1 então R CT > R’C A
RO
IAF
A RCCP depende de : – Rendibilidade do Capital Total Investido (RO/CT) – Múltiplo da Estrutura Financeira (CT/CP) – Efeito dos Encargos Financeiros (RC/RO) 13
E. Couto / J. Esteves
Modelo Aditivo de Alavanca Financeira RO RCCP =
CA +
CT
RO x
CP
- j
CT
A RCCP depende de : – Rendibilidade do Capital Total Investido (RO/CT) – Estrutura Financeira (CA/CP) – Diferencial entre RCT e custo do capital alheio (j) 14
E. Couto / J. Esteves
Análise Integrada da Rendibilidade dos Capitais Próprios
E. Couto / J. Esteves
15
E. Couto / J. Esteves
5
ISEG – Análise Financeira
Análise Integrada da Rendibilidade dos Capitais Próprios Modelo Multiplicativo A RCP depende de : – Rendibilidade do Capital Total Investido – Múltiplo da Estrutura Financeira – Efeito dos Encargos Financeiros – Efeito dos Resultados Extraordinários – Efeito Fiscal 16
E. Couto / J. Esteves
Análise Integrada da Rendibilidade dos Capitais Próprios Modelo Multiplicativo RAI RCP = RCCP x
RL x
RC Efeito dos Resultados Extraordin ários
RO
CT
MC =
RO
V
x CP
RO
V
x
CT
Efeito Fiscal
RC
x CT
RO
RAI
x MC
CT 17
E. Couto / J. Esteves
Rendibilidade dos Capitais Próprios
x
RCI
Rend . Op. das vendas
MC %
x
x
Rotação dos Cap. investidos
Efeito alavanca financeiro
Múltiplo da Estrutura de Capitais
x
x
Efeito dos Resultados Extraord.
x
Efeito Fiscal
Efeito dos Enc Fin
Efeito dos CF
OPERACIONAL
FINANCEIRA
E. Couto / J. Esteves
EXTRAORD.
FISCAL 18
E. Couto / J. Esteves
6
ISEG – Análise Financeira
Análise Integrada da Rendibilidade dos Capitais Próprios Modelo Aditivo A RCP depende de : – Rendibilidade do Capital Total Investido – Estrutura Financeira – Diferencial entre RCT e custo do capital alheio – Efeito dos Resultados Extraordinários – Efeito Fiscal 19
E. Couto / J. Esteves
Análise Integrada da Rendibilidade dos Capitais Próprios Modelo Aditivo RAI RCP = RCCP x
Efeito dos Resultados Extraordin ários
x ( 1– t ) RC
RO
CA +
CT
RO
x CP
RO x
V
- j CT
MC =
CT
Efeito Fiscal
RO
V x
MC
Área Financeira
CT
Área Operacional
E. Couto / J. Esteves
20
Análise Integrada da Rendibilidade A Rendibilidade do Capital Próprio depende: • Gestão Operacional
Margem de Contribuiç ão Efeito dos Custos Fixos Operacionais Rotação do Activo
• Gestão Financeira
Estrutura Financeira Custo do Capital Alheio Efeito dos Resultados Financeiros
• Gestão Extraordinária - Efeito dos Resultados Extraord. • Gestão Fiscal - Efeito dos Impostos sobre Lucros E. Couto / J. Esteves
21
E. Couto / J. Esteves
7
ISEG – Análise Financeira
Análise Integrada da Rendibilidade Responde a questões como: • A rendibilidade dos capitais próprios é adequada? Comparar com o custo do capital
• De que forma a parte do negócio (operacional) está a contribuir para essa rendibilidade? – Qual a evolução das margens? – Qual a evolução da estrutura de custos? – Qual a rotação dos activos?
• A empresa está sujeita à volatilidade de resultados extraordinários? • Qual o impacto da fiscalidade? 22
E. Couto / J. Esteves
CRESCIMENTO SUSTENTÁVEL
23
E. Couto / J. Esteves
CICLO DE VIDA DO PRODUTO FASES
INVESTIMENTO
FLUXOS
POSIÇÃO
LUCROS
NFM
DE CAIXA FACE AO PCV
LANÇAMENTO
forte
CRESCIMENTO
continua
insuficientes
abaixo
não há
muitas
por vezes
alcançado
elevados
crescentes
insuficientes MS positiva MATURIDADE
pouco
positivos
e fortes
Acima
elevados
poucas
a baixar
em redução
poucas
e fortes
DECLÍNIO
desinvestimento
decrescentes
E. Couto / J. Esteves
24
E. Couto / J. Esteves
8
ISEG – Análise Financeira
CRESCIMENTO SUSTENTÁVEL • Estratégia de crescimento: pela curva de experiência (> rend. do investimento) ou por vantagens comparativas (nichos)? • Estratégia de carteira de negócios: diversificação de produtos com base nas fases do ciclo de vida • (o equilíbrio ML prazo requer produtos em várias fases do ciclo)
• Estratégia financeira: como financiar o crescimento? Aumento de cap. social, aumento de empréstimos, redução de dividendos, qq combinação destes ou limitar o crescimento ao autofinanciamento? 25
E. Couto / J. Esteves
Taxa de Crescimento Sustentável • Taxa máxima de crescimento potencial sem alteração da estrutura financeira, i.e. sem grandes alterações no rácio de endividamento • A empresa consegue sustentar o seu crescimento nas condições actuais de gestão operacional e financeira? • O crescimento deve ser a partir da área operacional e não das áreas financeira, extraordinária e fiscal, pq estes são meios dependentes de decisões de terceiros: bancos, governo, obrigacionistas, etc. 26
E. Couto / J. Esteves
TAXA DE CRESCIMENTO SUSTENTÁVEL (g) Quando o aumento de capital deriva de lucros retidos É função da: Rendibilidade do Capital Próprio (ROE) Taxa de distribuição de lucros (d) • Modelo aditivo • Modelo multiplicativo
g* = ROE x (1-d) g* = ROE x
RR RL
• Comparada com: crescimento do volume de negócios, crescimento do Activo ou crescimento do Cap. Próprio E. Couto / J. Esteves
27
E. Couto / J. Esteves
9
ISEG – Análise Financeira
Taxa de crescimento sustentável Taxa de distribuição de lucros
x
RCI
Rend . Op. das vendas
Efeito alavanca financeiro
Rend. Dos capitais próprios
x
Efeito dos Resultados Extraord.
x
Efeito Fiscal
Rotação dos Cap. investidos
E. Couto / J. Esteves
28
x
CRESCIMENTO SUSTENTÁVEL • Uma perspectiva económica baseada nos lucros • Implica adequar a estrutura financeira e a política de dividendos à estratégia de crescimento • Se a Taxa de Crescimento Sustentável for maior que a de crescimento da empresa quer dizer que há recursos financeiros internos • Quando o crescimento é maior que a capacidade interna há aumento do endividamento ou aumento de capital
E. Couto / J. Esteves
29
E. Couto / J. Esteves
10