Af Mba-iseg, Mod 7, 2005-06, 3 Por Pag

  • November 2019
  • PDF

This document was uploaded by user and they confirmed that they have the permission to share it. If you are author or own the copyright of this book, please report to us by using this DMCA report form. Report DMCA


Overview

Download & View Af Mba-iseg, Mod 7, 2005-06, 3 Por Pag as PDF for free.

More details

  • Words: 2,076
  • Pages: 11
ISEG - Análise Financeira

ANÁLISE FINANCEIRA MÓDULO VII

Objectivo

Análise do Risco Operacional e Financeiro •Grau de Alavanca Operacional, Financeiro e Combinado • Ponto Crítico e Margem de Segurança • Efeito Alavanca Financeiro

1

E. Couto / J. Esteves

PARTE I

RISCO E ANÁLISE FINANCEIRA RISCO: incerteza quantificada em relação aos resultados futuros – RISCO OPERACIONAL - quantificar volatilidade dos resultados operacionais

a

– RISCO FINANCEIRO quantificar a volatilidade do Resultado Líquido causado pelo grau de endividamento da empresa – RISCO “GLOBAL” - quantificar conjugado dos dois riscos anteriores

o

E. Couto / J. Esteves

efeito

2

RISCO OPERACIONAL

CAUSAS DA VOLATILIDADE • Recessão/Expansão da Economia Nacional ou Internacional • Lançamento de novos produtos da empresa (o papel da inovação - R&D) • Lançamento de produtos da concorrência • Decisões governamentais de controlo • Greves • Acidentes naturais E. Couto / J. Esteves

E. Couto / J. Esteves

3

1

ISEG - Análise Financeira

RISCO OPERACIONAL: ORIGENS • • • •

Instabilidade da procura (> instabilidade, > risco) Volatilidade do preço (> volatilidade, > risco) Volatilidade dos custos (idem) Repercussão dos custos nos preços de venda: elasticidade da procura (Ex. inflação) • Estrutura dos custos: o peso dos custos fixos • Varia por sector e por empresa – Indústrias de cap. intensivo/mão-de- obra intensiva – Indústrias da nova tecnologia/indústrias tradicionais

• Articulação entre os vários departamentos 4

E. Couto / J. Esteves

RISCO OPERACIONAL Medidas de Análise • Desvio-padrão das vendas (ou coeficiente de variação) • Desvio-padrão do Resultado Operacional • Grau de alavanca operacional • Ponto crítico das vendas (ou operacional) • Margem de segurança

5

E. Couto / J. Esteves

Grau de Alavanca Operacional rácio = MC/RO • Variação (%) no RO face à variação (%) das vendas • Uma variação nas vendas tem um impacto mais que proporcional nos resultados • Em fases de crescimento de vendas a alavanca operacional é favorável (e o caso oposto) • Quanto > peso dos custos fixos > risco operacional • Elevado peso dos custos fixos = elevado grau de alavanca operacional (ou económica) E. Couto / J. Esteves

E. Couto / J. Esteves

6

2

ISEG - Análise Financeira

RISCO OPERACIONAL Grau de Alavanca Operacional Empresa A

Empresa B

Vendas

600

600

Custos Variáveis

200

400

Margem de Contribuição

400

200

Custos Fixos

300

100

Resultado Operacional

100

100

4

2

Grau de Alavanca Operacional

A - Margem de Contribuição de 67,7% B - Margem de Contribuição de 33,3% 7

E. Couto / J. Esteves

RISCO OPERACIONAL Grau de Alavanca Operacional • As duas empresas têm igual volume de vendas, igual RO, mas estrutura de custos Diferente Empresa A Empresa B Grau de Alavanca Operac.

4

2

A - Variação de 1% Vendas è Variação de 4% Res.Op. B - Variação de 1% Vendas è Variação de 2% Res. Op. A tem maior Risco Operacional que B

8

E. Couto / J. Esteves

RISCO OPERACIONAL Grau de Alavanca Operacional EMPRESA A

Inicial

+10%

-10%

Vendas

600

660

540

Custos Variáveis

200

220

180

Margem de Contrib.

400

440

360

Custos Fixos

300

300

300

Resultado Operac .

100

140

Variação dos RO

E. Couto / J. Esteves

E. Couto / J. Esteves

+40%

60 -40%

9

3

ISEG - Análise Financeira

RISCO OPERACIONAL Grau de Alavanca Operacional EMPRESA B Inicial

+10%

Vendas

600

660

540

Custos Variáveis

400

440

360

Margem de Contrib.

200

220

180

Custos Fixos

100

100

100

Resultado Operac .

100

120

80

+ 20%

- 20%

Variação dos RO

-10%

E. Couto / J. Esteves

10

RISCO OPERACIONAL Grau de Alavanca Operacional

• Este impacto é diferente consoante o nível das vendas e a estrutura de custos (elasticidade dos custos em relação às vendas) • Esta análise de sensibilidade não deve efectuar-se para grandes variações no volume de vendas (os custos fixos alteram-se)

E. Couto / J. Esteves

11

RISCO OPERACIONAL Ponto Crítico de Vendas • Um indicador do estudo de rendibilidade • Nível de actividade em que o RO=0 (depende da estrutura de custos) • Montante mínimo das vendas (em quantidade - Q* e em valor - VV*) para que o negócio da empresa não tenha lucro nem prejuízo • O ponto onde a margem de contribuição (MC) cobre os custos fixos (CF) • Quanto mais próximo as vendas estão do ponto crítico maior é o Grau de Alavanca Operacional E. Couto / J. Esteves

E. Couto / J. Esteves

12

4

ISEG - Análise Financeira

RISCO OPERACIONAL Ponto Crítico de Vendas PCV em quantidade Q* = Custos Fixos/(preço-custo variável unitário) PCV em valor V* = Custos Fixos/Margem de contribuição (%) Ponto crítico Total PCV em quantidade Q* = (CF + EF)/(p -cv unitário) PCV em valor V* = (CF + EF)/MC(%) 13

E. Couto / J. Esteves

RISCO OPERACIONAL Ponto Crítico de Vendas • A partir de que Q vendida o negócio da empresa dá lucro? • Qual o Resultado se a Margem de contribuição aumentar 10%? • Quanto será preciso vender em Q para aumentar o lucro actual em 20%? • Qual deve ser o aumento do preço de venda para o lucro aumentar 10%? • Qual o efeito nos lucros de um aumento dos custos fixos em 20%? 14

E. Couto / J. Esteves

RISCO OPERACIONAL Ponto Crítico de Vendas PONTO CRÍTICO =

Custos Fixos MC (em % das Vendas) Empresa A

Custos Fixos Margem de Contribuição Ponto Crítico Operac.

Empresa B

300

100

66,7%

33,3%

450

300

A empresa A tem de vender mais do que a empresa B para ter Resultado Operacional igual a zero.

E. Couto / J. Esteves

E. Couto / J. Esteves

15

5

ISEG - Análise Financeira

RISCO OPERACIONAL Ponto Crítico de Vendas Confirmação: Empresa A

Empresa B

Vendas

450

300

Custos Variáveis

150

200

Margem de Contribuição

300

100

Custos Fixos

300

100

0

0

Resultado Operacional

16

E. Couto / J. Esteves

RISCO OPERACIONAL Margem de Segurança Operacional • Nível de vendas acima do ponto crítico Vendas Actuais - Ponto Crítico Vendas Actuais • Quanto precisam descer as vendas (em %) para que o negócio passe a dar prejuízo?

17

E. Couto / J. Esteves

RISCO OPERACIONAL Margem de Segurança Operacional Empresa A

Empresa B

25%

50%

• Empresa A tem maior risco: basta uma quebra de 25% para deixar de ter lucros operacionais • A queda das vendas pode estar ligada a muitos factores, não sabemos qual das duas empresas é mais vunerável a uma queda das vendas • Por isso a importância da estratégia de negócios e das políticas comerciais E. Couto / J. Esteves

E. Couto / J. Esteves

18

6

ISEG - Análise Financeira

RISCO FINANCEIRO

Grau de Alavanca Financeira Resultados Operacionais Resultados Correntes

_______________________________________________

Permite analisar o risco associado à utilização de dívida • Mostra o efeito da política financeira rendibilidade dos capitais próprios

sobre

a

• Não é suficiente ter uma estrutura financeira equilibrada, é também necessário que a rendibilidade permita, no mínimo, pagar os encargos financeiros 19

E. Couto / J. Esteves

RISCO FINANCEIRO Grau de Alavanca Financeira Inicial

+10%

-10%

Result. Operac .

500

550

450

Enc. Financ.

250

250

250

Result. Corrente

250

300

200

75

90

60

175

210

140

100

100

100

1,75

2,1

1,4

+20%

-20%

Imp.S/Lucros (30%) Res. Líquidos Nº Acções Result. P/ acção Grau de Alav. Financ. Var. Res. P/ acção

2

E. Couto / J. Esteves

20

RISCO FINANCEIRO Grau de Alavanca Financeira Conclusão do slide anterior: Um grau de alavanca financeira de 2 significa que uma variação dos Res. Operac. de 10% implica uma variação nos resultados por acção de 20% • Mostra a variação dos resultados para o accionista devido à variação dos Res. Operacionais • Quanto maior o grau de alavanca financeiro maior o risco financeiro E. Couto / J. Esteves

E. Couto / J. Esteves

21

7

ISEG - Análise Financeira

RISCO “GLOBAL” Grau Combinado de Alavanca

GCA =

Margem Contribuição

GCA = GAO X GAF

Resultados Correntes

• Impacto percentual nos Resultados Correntes da variação das Vendas 22

E. Couto / J. Esteves

GRAU COMBINADO DE ALAVANCA Estrutura de custos

Estrutura financeira

Custos fixos operacionais

Encargos financeiros

Grau de Alavanca Operac.

Grau de Alavanca Fin.

23

E. Couto / J. Esteves

GRAU COMBINADO DE ALAVANCA Empresa A Vendas Custos Variáveis Margem Contrib . Custos Fixos Res. Operac Enc. Financ. Res. Corrente Var. Res. Operac. Var. Res. Corrente Grau Alav. Operac. Grau Alav. Financ. Grau Combinado

BASE

+10%

-10%

600 200 400 300 100 50 50

660 220 440 300 140 50 90 +40% +80%

540 180 360 300 60 50 10 -40% -80%

4 2 8

E. Couto / J. Esteves

E. Couto / J. Esteves

24

8

ISEG - Análise Financeira

GRAU COMBINADO DE ALAVANCA Empresa A MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO/RES. CORRENTE = 400 / 50 = 8 Grau Combinado = 8

ou GRAU ALAV. OPERAC. x GRAU ALAV. FINANC =4x2=8 Grau Combinado = 8 25

E. Couto / J. Esteves

PARTE II

EFEITO ALAVANCA FINANCEIRO Mostra que quando Rend. do Activo (ROI) é maior que o custo do Cap. Alheio o recurso ao endividamento aumenta a Rend. do Cap. Próprio A rendibilidade dos capitais próprios é afectada por: • GRAU ALAVANCA FINANCEIRA Resultados Operacionais/Resultados Correntes • ESTRUTURA DE CAPITAL UTILIZADA Cap.Totais/Cap.Próprios 26

E. Couto / J. Esteves

EFEITO ALAVANCA FINANCEIRO Emp. não end. Custo capital Alheio Res. Operacionais Encargos Financeiros Res. Correntes Activo Capitais Alheios Capitais Próprios

500 500 4000 4000

Rend. Activo (RO/Activo) 12,5% Rend. C.Próprios(RC/CP) 12,5% Efeito Enc. Financ. (RC/RO) 1 Estrutura Financ. (Activo/CP) 1 Efeito Alav. Financ. (RCP /RC P *) 1 E. Couto / J. Esteves

E. Couto / J. Esteves

Empr. Endividada A=50/50 B=50/50 10% 500 200 300 4000 2000 2000

20% 500 400 100 4000 2000 2000

12,5% 15% 0.60 2.0 1.2

12,5% 5% 0.2 2.0 0.4 27

9

ISEG - Análise Financeira

EFEITO ALAVANCA FINANCEIRO Efeito do custo do capital alheio Empresa não endividada • rend. do activo = rend. Capital Próprio Empresa endividada A=50/50 • Custo C. Alheio < Rend. Activo è efeito alavanca favorável: Rend. Cap. Próprios > Rend. Activo Empresa endividada B=50/50 • Custo C. Alheio > Rend. Activo è efeito alavanca desfavorável: Rend. Cap. Próprios < Rend. Activo 28

E. Couto / J. Esteves

EFEITO DO ENDIVIDAMENTO SOBRE O RISCO • O risco do negócio (Volatilidade dos RO) afecta a rend. do activo e dos capitais próprios • Uma variação do RO implica maior variabilidade da rend. dos capitais próprios do que da rend. do activo • Isto deve-se ao facto dos encargos financeiros terem um carácter fixo • Por isso aumentar o endividamento aumenta o risco (aumenta a variabilidade da rend. dos CP) 29

E. Couto / J. Esteves

EFEITO ALAVANCA FINANCEIRO Variação dos Res. Operacionais Empresa endividada A=50-50 Cenários: Res. Operacionais Enc. Financeiros Res. Correntes Activo Cap. Alheios Cap. Próprios Rend. Activo Rend. C.Próprios

Inicial

+20%

-20%

500 200 300 4000 2000 2000 12,5% 15%

600 200 400 4000 2000 2000 15% 20%

400 200 200 4000 2000 2000 10% 10%

E. Couto / J. Esteves

E. Couto / J. Esteves

30

10

ISEG - Análise Financeira

RENDIBILIDADE E RISCO Cenários:

Rend. Activo Rend. C.Próprios

Inicial 12,5% 15%

+20% 15% 20%

-20% 10% 10%

Média da Rend. Activo = 12,5% Desvio-padrão da rend. Activo = 2.04 Coef. Dispersão da rend. activo = 0.163 Média de Rend. Cap. Próprios = 15% Desvio-padrão da rend. Cap. Próprios = 4.08 Coef. Dispersão da rend. Cap. Próprio = 0.272 31

E. Couto / J. Esteves

RISCO E ANÁLISE FINANCEIRA Técnicas de Análise do Risco - Resumo Análise do Risco Operacional • Desvio-padrão do Resultado Operacional • Grau de alavanca operacional • Ponto crítico das vendas • Margem de segurança Análise do Risco Financeiro • Grau de Alavanca Financeira Análise do Risco “Global” ou Combinado • Grau Combinado de Alavanca 32

E. Couto / J. Esteves

RISCO E ANÁLISE FINANCEIRA Conclusões - Síntese • Desvio-padrão (DP) da rendibilidade do activo é uma medida do risco do negócio • DP da rend. do Cap. Próprio é uma medida do risco dos accionistas • DP rend. do Cap. Próprio será sempre > ou = ao DP da rend. do activo (será igual quando não há endividamento) • O risco, provocado pelo endividamento, i.e. resultado da política financeira é: Desvio-padrão da RC

Próprios

- Desvio-padrão RActivo

• Desde que: RActivo > Custo C.Alheio, o endividamento aumenta a rend. dos capitais próprios E. Couto / J. Esteves

E. Couto / J. Esteves

33

11

Related Documents

Af Por Alentejo I
June 2020 6
Mod 7
November 2019 17
Mod. 7
June 2020 10