Psicoterapia de Adolescentes UMA VISÃO HUMANISTA
Prof. Ricardo de Carvalho Costa
ADOLESCER Palavra originária do latim e significa crescer, tornar-se maior; O início da adolescência é demarcado pela puberdade, mas o fim não é tão nítido assim.
ADOLESCÊNCIA Fenômeno da modernidade – Início do século XX; Mito de rebeldia, oposição; Não é necessariamente sinônimo de crise; Ideal contemporâneo (ser jovem).
ADOLESCÊNCIA Uma forma de classificação, de âmbito internacional, utilizada por vários pesquisadores é a da OIT (Organização Internacional do Trabalho), segundo a qual a juventude é dividida em dois períodos.
O primeiro deles, considerado a fase da adolescência, vai de 15 a 19 anos; enquanto a juventude propriamente dita corresponde à faixa etária de 20 a 24 anos (Martins, 2000).
ADOLESCÊNCIA Também no plano internacional, a OMS (Organização Mundial de Saúde) estabelece entre 10 e 19 anos a fase da adolescência. Outro critério etário, este exclusivamente nacional, é o do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) que situa a adolescência entre 12 e 18 anos incompletos (ECA, 1996).
ADOLESCÊNCIA O critério cronológico é insuficiente para caracterizar a adolescência; Devem ser considerados os fatos sociais e históricos, que são variáveis de uma sociedade para outra e mesmo em uma sociedade específica, devido à heterogeneidade social existente em seu interior (Carrano, 2000; Castro & Abramovay, 2002; Pais, 2003).
ADOLESCÊNCIA Por isso, a fase da adolescência não é algo homogêneo, nem é vivida do mesmo modo pelos adolescentes de uma dada sociedade. Apesar dessas variações, essa etapa apresenta, pelo menos nas sociedades ocidentais modernas, algumas características comuns, pois é etapa de transição entre a infância e a idade adulta.
ADOLESCÊNCIA Dentre as características comuns, Becker (1987) esclarece que a adolescência pode ser melhor entendida como passagem que produz mudança de atitude no indivíduo que, de mero espectador, assume uma postura mais ativa e questionadora diante da vida. Ela é um período de revisão, de autocrítica e de transformação e é uma fase vital para o processo de desenvolvimento da pessoa.
ADOLESCÊNCIA Nesse sentido, pode ser considerada como processo durante o qual, lenta e gradualmente, o sujeito amadurece procurando conquistar sua individuação e construir uma identidade própria (Coleman, 1979; Pais, 2003). No processo de adquirir uma identidade, Erickson (1976) considera que a tarefa principal do adolescente é diferenciar-se de seus pais, questionando e discutindo suas orientações para construir sua individualidade e, por isso, passa a questionar as formas de conduta e os valores paternos, a fim de construir sua própria individualidade.
ADOLESCÊNCIA Trata-se de um processo marcado por novas descobertas, que são vividas de modo intenso na busca de construção da identidade:
Novas formas de sociabilidade; Mudanças corporais; Manifestações de sexualidade; Busca por autonomia, entre outros.
ADOLESCÊNCIA Nessa fase é comum tanto meninas como meninos fazerem perguntas importantes a si mesmos a fim de buscarem sua identidade pessoal, como por exemplo: Quem sou eu? Como eu quero ser? Como os outros me vêem?
ADOLESCÊNCIA Para os adolescentes, essa fase de suas vidas corresponde a: um tempo de transição, cuja duração é desconhecida, privação de reconhecimento e de independência que gera muito sofrimento e angústia (CALLIGARIS, 2000).
ADOLESCÊNCIA De acordo com Blos (1962, apud Coleman 1979), nessa etapa de transição para a idade adulta, os adolescentes necessitam de fontes de referências diversas daquelas oferecidas pelos pais e adultos para organizar suas experiências. Em sociedades que passam por processo de mudança acelerado, a experiência dos mais velhos é, com freqüência, desatualizada para orientar as formas de conduta dos adolescentes. Enfrentando fortes conflitos, os adolescentes buscam outros modelos de identificação.
ADOLESCÊNCIA É nesse sentido que o grupo de pares, representado pela turma da escola, da rua, do bairro, do clube etc., passa a constituir uma referência básica na ordenação da conduta dos adolescentes. É entre os pares, isto é, entre os iguais que eles encontram espaço para expressar emoções, sentimentos, dúvidas e ansiedades e é com eles que aprendem formas de condutas adequadas a sua idade, a seu gênero e a sua condição social (Coleman, 1979).
ADOLESCÊNCIA Os efeitos da estimulação social provocam modificações no comportamento adaptativo do adolescente. Em conseqüência, os padrões de sua conduta serão construídos partindo das dependências funcionais entre variáveis de situação e de respostas, estabelecendo-se uma ponte entre os determinantes internos e externos.
ADOLESCÊNCIA Adaptação pressupõe, primordialmente, relação entre o indivíduo e o meio, estando tal processo assegurado pela maturação dos sistemas adaptativos. São freqüentes estados ansiosos na adolescência, advindos de exigências externas excessivas ou de compulsivas necessidades de aprovação social em resposta às pressões ambientais, sentimentos de solidão, bloqueios de comunicação, conflitos afetivosexuais que levam o jovem a perceber o mundo como ameaçador e persecutório.
ADOLESCÊNCIA Conflito de gerações, desafio à autoridade e busca de novos valores traduzem necessidades de afirmação, de independência e de oposição da juventude contemporânea. Várias estratégias podem ser utilizadas pelos jovens para se adaptarem à realidade sócio-cultural, muitas vezes complexa nos seus valores e incoerente nas suas situações; dentre elas: - A de reagirem contra tudo e contra todos; - Tornando-se agressivos e desafiando sistematicamente a autoridade; - A de adotarem atitude de passividade e de indiferença nas suas relações com o meio; - A de fugirem à realidade e aos contatos humanos; - Alienando-se, ou a de reformularem a própria posição no contexto ambiental.
ADOLESCÊNCIA A adolescência somente poderá ser compreendida através de estudos nos quais o adolescente esteja presente. Por princípio, numa sociedade, adolescentes e adultos devem conviver encontrando os jovens nos adultos pessoas que os ajudem a resolver os seus problemas e conflitos; Contudo, o que se observa é a falta de apoio e de compreensão dos adultos dos problemas dos jovens. A realidade do jovem é bem diferente da do adulto, sendo importante considerarmos a percepção que o jovem tem do mundo, da sua realidade interna e da distância que sente do mundo adulto.
ADOLESCÊNCIA Cada vez mais o prazo diferenciado entre as gerações é mais reduzido devido ao processo de aculturação acelerado e dinâmico, que condiciona dificuldades que levam o jovem a uma:
Preocupação com o imediatismo de suas vivências; Desejo de se desligar do passado, para ele sem sentido aparente; Sem todavia se comprometer com um futuro que só lhe trará angústia e incerteza.
ADOLESCÊNCIA Erikson focaliza as mudanças quantitativas que parecem modificar a qualidade da adolescência atual: Amadurecimento que se diz mais rápido; Maior número de jovens; Melhor informação sobre as condições mundiais, Supervalorização do poder jovem; Confusão da identidade.
A FAMÍLIA DO ADOLESCENTE O envolvimento da família nas questões da adolescência; A família é muito importante para os jovens; É com a família que eles vão se formando, é a família que passa a sensação de proteção e é onde eles podem viver conflitos e dar uma forma à sua vida; “Durante a adolescência, os pais devem estar disponíveis, mantendo sempre o diálogo. Essas conversas, entretanto, raramente podem ser ‘com hora marcada’” (PREUSCHOFF, 2003, p.93).
A FAMÍLIA DO ADOLESCENTE Dependência X independência dos filhos na família. liberdade aos filhos adolescentes?
A FAMÍLIA DO ADOLESCENTE Uma terapia familiar não só ajuda o adolescente que apresenta um desvio de comportamento, mas a família inteira. Procura identificar conexões, desvendar mistérios, esclarecer enredos, para que todos sejam beneficiados. Depois de superar uma crise com sucesso, as relações familiares tornam-se mais maduras, profundas e carinhosas (PREUSCHOFF, 2003).
O PSICOTERAPEUTA DE ADOLESCENTE Estabelecer uma relação de confiança
Como fazer? O setting
Facilitar a simbolização
Como fazer? A comunicação
O PSICOTERAPEUTA DE ADOLESCENTE A ética no atendimento do adolescente; O contrato terapêutico; A necessidade de participação dos responsáveis.
O PSICOTERAPEUTA DE ADOLESCENTE Técnicas que podem facilitar os atendimentos:
Atividades lúdicas; Dramatizações; Utilização da escrita; Entre outras.
O PSICOTERAPEUTA DE ADOLESCENTE O psicoterapeuta quando é tido como mais um "adulto" pode tornar-se dejeto na visão do adolescente, Tido como incapaz de entender qual é a sua demanda. Há certa rejeição em relação ao psicoterapeuta, incluído na mesma série dos adultos junto com os pais, a escola, a instituição, o corpo médico.
O PSICOTERAPEUTA DE ADOLESCENTE O Psicoterapeuta pode ser colocado no lugar de "mestre", onde o adolescente busca um personagem sem defeitos e com respostas para tudo. O psicoterapeuta não deve identificar-se com este lugar de absoluto saber, mas ser aquele que traz as questões, deixando-as em aberto para o processo do próprio adolescente.
O PSICOTERAPEUTA DE ADOLESCENTE Quando trabalhamos com um adolescente, navegamos pelas características peculiares da fase que ele vive. Por exemplo, a tendência à onipotência, que nada mais é do que a contraparte diante da grande impotência que sente frente à sua própria construção no mundo. Navegamos pela rebeldia, pelas oscilações de humor, pelas contradições. Isto exige um terapeuta sabedor da realidade externa – que certamente influenciará o adolescente –; um terapeuta móvel e que o cative pelo encantamento que sente diante do delinear deste ser.
O PSICOTERAPEUTA DE ADOLESCENTE A terapia deve ter sentido para o adolescente, deve ser adequada às suas necessidades. É necessário, então, conhecer a fase que o adolescente está vivendo, considerando as influências da época em que vive e também o tom individual que cada um dará a esta fase de transição da vida de criança para a vida adulta. Não há como utilizar receitas prontas, pois cada um terá uma maneira diferente de expressar seus anseios.
O PSICOTERAPEUTA DE ADOLESCENTE De um ano para outro temos significativas mudanças na sociedade, que atingem a eles e a nós. O adolescente reflete essas mudanças, reflete sobre o seu tempo, reflete sobre si. Portanto, o terapeuta conseguirá cativá-lo quando se deixar impactar pelas suas reflexões, mantendo-se aberto para revisar e incluir novos aspectos no seu viver.
O PSICOTERAPEUTA DE ADOLESCENTE A terapia necessita de atualização e humor, uma vez que os adolescentes gostam de rir e brincar. Deve ser lúdica, móvel, dinâmica – não monótona – porque o adolescente traz características da infância. Por isto, muitas vezes, parte do trabalho é feito de "brincadeiras" que, posteriormente, levam a um relaxamento e a vivências muito profundas – a terapia deve desenvolver o autoconhecimento.
O PSICOTERAPEUTA DE ADOLESCENTE Para o terapeuta, também são essenciais flexibilidade, criatividade e, acima de tudo, muita compreensão – Então o adolescente perceberá o quanto pode beneficiar-se e buscará, sempre que necessário, o trabalho de facilitação do surgimento da pessoa que ele é. Muitas vezes é necessário falar de surfe, de futebol ou de marcas de roupas – o terapeuta deve ir onde o adolescente está; e deve partir deste ponto.
O PSICOTERAPEUTA DE ADOLESCENTE O fundamental é gostar de adolescentes e apreciar autenticamente o que eles têm para nos dizer, sem idéias preconcebidas. A linguagem utilizada é outro ponto a ser considerado: ela deve ser acessível e ter vida. Não há como tratar adolescentes usando uma linguagem muito difícil devemos utilizar uma linguagem simples, próxima da vivência deles
O PSICOTERAPEUTA DE ADOLESCENTE Além disso, o que é dito deve ter coerência com a pessoa do terapeuta. Os adolescentes são muito atentos à linguagem não-verbal dele. É importante ser autêntico e confiável.
O PSICOTERAPEUTA DE ADOLESCENTE Principais conceitos:
Tendência a atualização; Liberdade experiencial; Congruência ou autenticidade; Compreensão empática; Consideração positiva incondicional.
O ADOLESCENTE E A PSICOTERAPIA Quando o adolescente procura a psicoterapia Quando os responsáveis trazem o adolescente para psicoterapia.
O ADOLESCENTE E A PSICOTERAPIA De modo geral, pode-se destacar duas categorias de adolescentes que necessitam de orientação psicológica e de tratamento psicoterápico: A primeira diz respeito àqueles que apresentam as necessidades típicas evolutivas e vivem a elaboração da transição para a idade adulta Sofrendo as normais frustrações advindas de situação de dependência afetiva e social, além da perda gradual dos traços infantis;
O ADOLESCENTE E A PSICOTERAPIA
A segunda, relacionada aos jovens que apresentam distúrbios mais graves de personalidade correspondentes a processos de bloqueio de desenvolvimento ou de desorganização da conduta.
O ADOLESCENTE E A PSICOTERAPIA Na adolescência está se tornando comum os jovens apresentarem algum ou alguns destes comportamentos: doenças psicossomáticas; distúrbios de alimentação; depressão; comportamento suicida; delinqüência; abuso de substâncias; fugas e comportamento impulsivo.
O ADOLESCENTE E A PSICOTERAPIA O adolescente vive uma fase de revisão de tudo que já aprendeu até então. As estruturas de personalidade ainda não estão completamente sedimentadas e, portanto, existe muita mobilidade – no sentido de criar novas alternativas. Ele experimentará a si mesmo no mundo e por isso o material que surgirá na sua terapia é a representação do que conseguiu ser e construir até então. Seu script de vida se mostrará – através de seu corpo, de sua atitude, das suas idéias e sentimentos.
O ADOLESCENTE E A PSICOTERAPIA A psicoterapia irá gerar grandes repercussões na definição da vida futura deste jovem, pois nesta época as decisões básicas da vida: Escolha da profissão; Escolha do parceiro(a); Viagens – estarão em pauta; Entre outros. O terapeuta entrará, então, facilitando o processo, removendo aquilo que impede o potencial total do adolescente.
O ADOLESCENTE E A PSICOTERAPIA Wierzbicki e Pekarik (1993) verificaram que 40% a 60% das crianças e adolescentes abandonam a psicoterapia precocemente.
Drogas • • Aumento década de 90. • Maconha mais utilizada, além do álcool e tabaco (drogas de entrada). 50% estudantes do 3o. ano Ensino Médio • Quanto mais cedo o uso maior a tendência de continuar usando
Sexualidade Homossexual ou heterossexual? Causa biológica ou ambiental? Revolução sexual sexo antes do casamento: 1965 - 33% estudantes homens e 88% estudantes mulheres consideravam imoral 1985 - taxa cai para 16% e 17% respectivamente. 1a. experiência sexual: 1950- 1 em cada 4 mulheres antes dos 18 anos 2000 - 1 a cada 2 antes dessa idade
Gravidez precoce Gerar um filho quando o corpo ainda está em desenvolvimento. Nutrientes divididos por dois, necessidades físicas redobradas. Por fatores biológicos e comportamentais, a gravidez na adolescência é considerada uma gestação de risco para a rede pública de saúde. De acordo com estimativas 30 a 40% dos bebês prematuros atendidos pela rede pública são filhos de adolescentes. "É um problema grave: aumenta a mortalidade infantil, prostituição, n° de órfãos.”
Nutrição - Transtornos alimentares Obesidade - cerca de 5% adolescentes são obesos. Adultos que foram adolescentes obesos tem taxa de mortalidade o dobro de não-obesos Bulimia - Indução ao vômito ou outro artificio em média duas vezes p/ semana durante três meses. 1% a 3% das adolescentes e mulheres jovens. Anorexia - ocorre geralmente na adolescência., em todos os níveis socio-econômicos. 1% a 0,5% das meninas no final da adolescência. Causa desconhecida (química ou psicológica?). Mais prevalente países industrializados.
ALCOOLISMO - As últimas pesquisas realizadas com estudantes de 10 aos 18 anos, mostram que 80% destes jovens já experimentaram o álcool, e que a maioria experimentou aos 1012 anos. - Desses mesmos estudantes, 20% estão fazendo o uso frequente ,ou seja, bebendo algum tipo de bebida alcoólica mais de 6 vezes ao mês.
ALCOOLISMO - Grande parte desses adolescentes já beberam até se embriagar. - Um terço dos adolescentes entrevistados admitiram já terem tomado pelo menos um porre . - Os meninos relatam um consumo maior que as meninas ,e os mais velhos (16-18 anos), referem beber até mais de 5 garrafas de cerveja em uma ocasião.
ALCOOLISMO Simbolismo cultural associado ao álcool:
- festa, - descontração, - prazer, - desinibição e livre manifestação afetiva.
O outro significado tem a ver com a morte, enfermidade, deterioração física,miséria e solidão.
10/17/08
DEPRESSÃO E CONDUTA SUICIDA Sintomas depressivos e comportamento anti-social são freqüentes entre adolescentes suicidas. 3/4 daqueles que tiram suas próprias vidas apresentam um ou mais sintomas depressivos. Estudantes deprimidos geralmente apresentam sintomas físicos quando procuram o médico. As garotas deprimidas têm tendências fortes de abandono, se tornam quietas, sem esperanças e inativas.
deprimidos tendem a apresentar comportamento agressivo e inadequado.
Os meninos
ABUSO DE ÁLCOOL E DROGAS
História de abuso de álcool e drogas está presente entre muitas crianças e adolescentes que cometem suicídio. um em cada quatro jovens suicidas consumiu álcool ou droga antes do ato.
GENERALIDADES - No mundo inteiro, o suicídio está entre as cinco maiores causas de morte na faixa etária de 15 a 19 anos. - Em vários países ele fica como primeira ou segunda causa de morte entre meninos e meninas nessa mesma faixa etária. - A prevenção do suicídio entre crianças e adolescentes é de alta prioridade.
Algumas frases de adolescentes ”Antes eu não discutia com a minha mãe. Agora eu discuto até ela chegar à mesma conclusão que a minha.” “Antes, minha mãe arrumava meu quarto e deixava tudo bonitinho. Agora, sou eu quem tem que arrumar. Ela diz que sou grande e que tenho que fazer isso. Mas, se quero ir ao shopping sozinha, ainda sou criança.” “ Tenho vergonha de falar de quem eu gosto para minha mãe. Antes, eu não sabia como era gostar de uma pessoa. Da primeira vez que contei, ela ficou rindo. Então, eu não falei mais” “ Minha mãe me trata como criança. Quer que eu sente no colo e eu morro de vergonha. Parece que não percebe que eu mudei, que eu não uso mais roupas com desenhos de cahorrinho.”
REFERÊNCIAS
ABERASTURY, A.; KNOBEL, M. Adolescência normal: um enfoque psicanalítico. Porto Alegre: Artes Médicas,1992. ASSUMPCAO JR., Francisco B.; REALE, Diva. Praticas psicoterapicas na infancia e na adolescencia. Sao Paulo: Manole, 2002. CABALLO, Vicente E.; SIMON, Miguel Angel. Manual de psicologia clinica infantil e do adolescente: transtornos especificos. Sao Paulo: Santos, 2005. CONTINI, Maria de Lourdes Jeffery; BARROS, Manalisa Nascimento dos Santos; KOLLER, Silva Helena. Adolescencia e psicologia: concepcoes, pr ticas e reflexoes criticas. Brasilia: Conselho Federal de Psicologia, 2002. CHABROL, Henri. A Depressao do adolescente. Sao Paulo: Papirus, 1990. DOLTO, Françoise. A causa das adolescentes. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1990. ERIKSON, E. Identidade, juventude e crise. Rio de Janeiro. Zahar editores, 1976. PALMONARI, Augusto. Os adolescentes: nem adultos, nem criancas: seres a procura de uma identidade propria. Sao Paulo: Paulinas, 2004.