A Psicoterapia Existencial - Bruno Tury.docx

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A PSICOTERAPIA EXISTENCIAL 2 DE SETEMBRO DE 2014 BRUNOTURRI

A Psicoterapia Existencial Para discorrer a respeito da psicoterapia existencial, primeiramente é mister abordar a psicoterapia de um modo geral. Segundo Angerami (2003), a psicoterapia englobando todas as abordagens teóricas, se refere a um processo que leva o paciente ao “autoconhecimento, autocrescimento e a cura de determinados sintomas”, como também, um processo que segue uma determinada seqüência, um período de tempo comumente longo, no qual sentimentos e questionamentos se articulam conforme a teoria sustentada pelo psicoterapeuta. Os papéis na psicoterapia são bem definidos, onde o psicoterapeuta é aquele que ajuda e o paciente é ajudado. A ajuda proporcionada pelo psicoterapeuta se dá pela reflexão junto ao paciente sobre vários aspectos da sua vida, detalhes de seu sofrimento, maximizando sua percepção para que ele possa agir em direção á mudanças que sejam significativas em sua vida. Contudo, o psicoterapeuta deve se ater aos ideais desse processo respeitando seus limites, assim como, seus objetivos conceituais. Portanto, as características citadas acima a respeito do processo de psicoterapia em um modo geral, são importantes e devem ser respeitadas pelos psicoterapeutas em qualquer que seja a abordagem teórica adotada pelos mesmos. A terapia sob a ótica do existencialismo, permite que o paciente construa seu caminho e o enredo de sua vida sem nenhum pressuposto apriorístico, sendo ele próprio quem determinará as explicações sobre os fatos que estão prendendo sua existência. Logo, não deve se ater ao passado como a causa de seu sofrimento, ou seja, como se tudo que ocorreu há muito tempo atrás determinasse seu sofrimento atual. Assim, no processo de psicoterapia, “o paciente é visto enquanto totalidade senso perceptiva e não como um ser dicotomizado em diversas partes que muitas vezes nem sequer se tocam ainda que tangencialmente” pág. 94. Contudo, a abordagem existencial contribui para que a pessoa que procura a ajuda perceba coisas que sozinha não esta conseguindo ter uma percepção mais totalizada. Coisas estas, relacionadas à própria vida e priorizando sua singularidade. Portanto, a pessoa não esta conseguindo sozinha compreender os fatos e os determinantes que estão acorrentando sua vida, e não esta conseguindo desvendar os possíveis caminhos para se livrar do sofrimento. A psicoterapia pode ser o processo apropriado para levar o indivíduo ao autoconhecimento, promovendo uma reflexão a respeito daquilo que pode estar sendo estimado decisivo, do mesmo modo as razões que podem estar impedindo seu desenvolvimento pessoal. Prontamente, o psicoterapeuta será aquele que estará na condição de ajuda, ou seja, será capaz de refletir com isenção emocional sobre os

fatores que estejam levando o paciente a níveis tão profundos de sofrimento. Dessa forma, a partir do autoconhecimento será promovido também o autocrescimento, pois, na medida em que as perspectivas existenciais se maximizam, ocorre também uma alteração dessas perspectivas existenciais, superando-se os obstáculos da própria existência. O enquadre teórico filosófico da psicoterapia existencial tem uma postura mais libertária, assim, para compreender a condição humana nessa abordagem, há um rompimento com os padrões da psicologia tradicional que centraliza no passado e em conceituações de nexo causal. Deste modo, esse enquadre teórico filosófico, remete a novos paradigmas para compreender o ser humano, direcionando a psicoterapia de um modo em que o paciente é compreendido como único, ou seja, cada individuo tem sua condição enredada por uma subjetividade, uma realidade e constituição senso perceptiva única de cada um, e não como uma máquina que esta desregulada e precisa de ajustes técnicos. Para ter uma compreensão mais abrangente á respeito da psicoterapia existencial, se faz necessário destacar alguns conceitos existencialistas estipulados como sendo fundamentais para se compreender essa abordagem. Por conseguinte, para o homem comum e para a filosofia tradicional, o ideal supremo é alcançar uma vida de tranqüilidade e isenta de sofrimentos, na qual a felicidade plena esteja presente. Os existencialistas rebatem essa posição, crendo que não é possível esse tipo de idealização, pois, são inerente e indissolúvel da existência humana, algumas ingremidades existenciais como a angústia, solidão, tédio, morte, entre outras. Nesse sentido, é difícil pensar em realizações humanas descartando os sofrimentos a ela inerentes, isso não quer dizer que os existencialistas só exploram o lado trágico da existência, apenas buscam refletir sobre conhecidas formas da existência, assim, não tem como excluir da discussão temas que transmitam ao homem sofrimento e desespero. Na ótica existencialista, a angústia não é compreendida como uma forma de patologia, mas como inerente à condição humana. Sendo o papel dos existencialistas conforme seus valores, libertar o homem dessas formas adulteradas e enfermas de angústia. Para Sartre, “o homem esta condenado a ser livre”, esta citação define a necessidade de uma redimensão da existência. Segundo Angerami (2007), “Condenado, porque não criou a si próprio, e, no entanto, livre, porque uma vez lançado ao mundo, é responsável por tudo quanto fizer. Este passa a ser um dos principais valores existencialistas: a liberdade para assumir a totalidade dos próprios atos” p.15. Não basta falar apenas da psicoterapia existencial sem abordar os temas considerados principais para o existencialismo, os quais também estão presentes no processo de psicoterapia. Liberdade:

No linguajar popular a liberdade é utilizada para determinar situações as quais as pessoas resolvem determinados objetivos, não é livre aquele que não tem condições para tal. Na política liberdade possui conotação própria, possui liberdade quando apresenta – se condições de expressar vontade e opinião, isso acontece através do voto, como também através de manifestação de idéias contrárias a ordem estabelecida. Porém, o existencialismo propõe outra reflexão sobre o termo liberdade, se para esse pressuposto teórico filosófico a existência precede e comanda a essência, portanto, a liberdade se explica como fundamento de todas as essências, dessa maneira não se trata de uma propriedade ou de uma tendência acrescida a minha natureza. Segundo alguns filósofos tradicionais é a capacidade de realizar objetivos previamente propostos. Logo, sendo um ser livre o homem decide sua própria vida, arcando com a responsabilidade de sua escolha. “O homem é livre por necessidade ontológica, e qualquer tentativa de fugir dessa condição, é por assim dizer uma forma de quietismo” p.16. Sartre salienta que a liberdade é o que precisamente me estrutura como homem, porque é uma designação especifica da própria qualidade de ser consciente, de poder negar, de transcender. “A liberdade é o que define a minha possibilidade de me recusar como coisa, projetando-me para além disso, ou, se quiser, para além de mim” p.17. Portanto, assumindo a liberdade como um dos principais valores da existência, assume – se a própria ação, assim, sujeito e ação terão a mesma congruência. Solidão: A solidão também é um termo que auferiu outra dimensão segundo os existencialistas, consistindo – se como inerente à existência humana e não um fenômeno isolado que acomete somente algumas pessoas. A visão popular sobre a solidão é a de que, é um sentimento doído que as pessoas sentem em determinados momentos. Mas sob a ótica a qual estamos discorrendo, solidão é uma condição que faz parte da vida, porém em alguns momentos a apreendemos de forma mais aguda e assim muitas vezes não sabemos como lidar com isso. Mesmo vivendo em comunidade, em família, em grupos, chegará o momento em que perceberá que para realizar os objetivos pessoais, cada pessoa depende somente de suas possibilidades pessoais. Portanto, por mais que se interaja socialmente é impossível evitar, a certeza de ser só. Nasce e vive só, deixando esse aspecto somente quando morre. Na maioria das vezes a solidão esta associada com o desespero, com o sofrimento e com o suicídio, é como se muitas pessoas não agüentassem a condição de ser só, então se desesperam. É difícil entrar em contato com a solidão, mas a partir do momento em que se consegue compreende – la, constatando que cada um é único com sua história individual, percurso próprio, biografia própria, maneira própria de buscar sentido para vida, se percebe então que ela demonstra a altivez da condição humana.

Contudo, quando se fala que a solidão faz parte da existência humana, assume – se a condição de ser único, e com isso, a responsabilidade com relação à dimensão dada à existência. Essência: Essência é definida etiologicamente como “a natureza intima das coisas, aquilo que faz que uma coisa seja o que é ou lhe dá a aparência dominante, aquilo que constitui a natureza de um objeto” p.22. No entanto, os existencialistas alegam que a existência precede a essência. Sendo o homem o único ser no qual a existência precede a essência, é um ser que existe antes de ser definido por algum conceito, ou seja, esta é a realidade humana. O homem surge no mundo, existe, se descobre, e só depois se define. O pensamento determinista que predomina nas mais diversas ciências contemporâneas, coisifica o homem, pois determina a ele os próprios sentimentos em conceituações incomuns. Ao contrário da árvore, por exemplo, que se desenvolve a partir da essência de sua semente e que seu desenvolvimento é determinado pelas condições climáticas, e com isso não se altera sua essência, a essência humana tem condições de se desenvolver e se transformar segundo os projetos de vida estabelecidos pelo próprio homem. Portanto, a essência do homem não deve ser considerada estática ou repetição de fenômenos a partir de fatos ocorridos no passado. Essa condição permite ao homem reconstruir sua vida cada instante. O ser no mundo: Para o existencialismo, o homem se compõe ao que é externo a ele, misturando – se. “O ser no mundo implica uma luta constante do homem consigo próprio para não perder sua dignidade existencial e suas características individuais” p. 26. O homem existe, pois está na condição de ser no mundo, não apenas em sua relação corpórea ou por ocupar um lugar no espaço. O homem é o ser que existe ao oposto de outros seres e objetos que somente são. O ser está no mundo, e este fato ocasiona muito sofrimento e desespero, em um mundo com regras e normas, morais, éticas, políticas, religiosas, e isso muitas vezes acaba limitando as possibilidades existenciais. No entanto, o ser no mundo traz também a questão de que o homem é o único ser que constrói seu ambiente de vida, diferente dos animais que habitam determinado ambiente sem condições de transforma – lo ou mesmo de se adaptarem noutro ambiente. A existência traz em si aspectos desesperadores como a solidão, porém é a questão do ser no mundo que o direciona ao encontro da consciência do outro, e com isso, forma – se a própria relação da percepção de si, do outro, e consequentemente do mundo. O homem é capaz de criar e até mesmo complicar a compreensão de sua existência, partindo de sua condição de ser, um ser capaz de alcançar a transfenomenalidade do

fenômeno de ser. Contudo, o homem é um ser transfenomenal que se percebe enquanto fenômeno e se anuncia no fenômeno como um além deste. Morte: Para falar sobre a morte na visão existencialista, Sartre um dos principais filósofos existencial aponta que, a morte é a ocorrência que determina o fim da existência, finalizando todos os projetos elaborados. Por outro lado Heidegger também importante filósofo existencial coloca a morte como fazendo parte da vida. O ato de morte interrompe a existência humana, determina á existência o fim dos seus planos e ilusões. Portanto, a morte é o acontecimento mais concreto da existência humana, mas muitas vezes, exerce a condição de algo desagradável na vida do ser humano. O sentido da vida: É através das suas realizações que o homem existe, a vida enquanto existência única e isolada não tem sentido, logo, o homem existe a partir do contexto de suas próprias realizações. Portanto, se a existência não tem sentido a consciência disso leva o indivíduo ir em busca de realizações significativas, e com isso, busca dar sentido a essa existência. Se fosse permitido o desenvolvimento pleno de suas realizações, o homem teria possibilidades de crescimento pessoal muito mais amplas, mas o homem é extinto pelo sistema social, e isso faz dele mero mecanismo carente de todo e qualquer sentido existencial. Na maior parte da sua existência o homem passa tentando compreender o sentido da vida, questionando o que é a vida, qual a sua verdade. É necessário que o homem decida de maneira adequada seu projeto de vida, para que o sentido de vida seja pertinente ás suas realizações. Se for de outra maneira ele precisará se adaptar a inúmeras frustrações, e até mesmo a uma existência permeada pelos parâmetros conferidos pela severidade do caminho. Também o sentido de vida será pobre e limitado, quando as pessoas que escolherem como sentido de vida a realização de projetos inalcançáveis, ou seja, realizações aquém de suas possibilidades, e isso, acarretaram em muito sofrimento. Mas também, é através do sentido de vida que sentimentos podem ser avaliados e superados de modo livre e autêntico. Transcendência: O homem tem a capacidade de transcender, ultrapassar seus limites corpóreos. Ao imaginar, alcança horizontes possíveis somente por sua capacidade de transcender, e assim, é pertinente dizer que o homem não é um ser estático, pois é um ser em constante

desenvolvimento. E através da transcendência o homem desvenda a totalidade de suas possibilidades existenciais, possibilidades que não se acabam ainda que a existência esteja acomodada, imóvel perante as alternativas da sua existência. Contudo, a existência é um constante “vir a ser”, um contínuo “ainda não” com possibilidades de um “poder ser”, logo, ao transcender nos lançamos para além das próprias possibilidades da existência. Autenticidade: Autenticidade em um sentido mais amplo é a vida autêntica, que se baseia em uma apreciação exata da condição humana. Logo, para Heidegger “o ser que existe é o homem”, isto significa que as pedras são. No entanto não existem, assim como, as vacas são, mas não existem. É a consciência que diferencia o homem dos outros seres. Sartre salienta que o homem que vive de maneira autêntica, é aquele que se submete á conversão da angústia e assume sua liberdade. Tanto para Sartre como para Heidegger, “o homem autêntico é o que reconhece sua dualidade radical entre o humano e o não humano, que reconhece que estar no mundo não implica estar no meio do mundo”. Angústia: Para o existencialismo a angústia não é um sentimento negativo, é uma experiência preciosa que surge quando tomamos consciência da nossa condição humana. É um sentimento que nos amedronta diante do “nada” existencial. A morte considerada como única potencialidade existencial, determina uma angústia inerente á própria condição humana. A consciência da liberdade, também é angústia, pois, o homem deve estar sempre consciente da liberdade, dessa forma, está em permanente angústia. A angústia do aqui agora, é a angústia de ser indivíduo de uma determinada sociedade, com uma história individual em uma época histórica e em certa região do espaço. Logo, “O homem é um ser arrojado que, uma vez lançado ao mundo, terá que, na mais absoluta liberdade, buscar condições existenciais que possam trazer novas perspectivas á própria vida”. Amor: O amor para o existencialismo se difere de outros princípios filosóficos como, sobretudo do humanismo, que acredita que o amor é um meio pelo qual o indivíduo se identifica com o gênero, deixando de ser o intelecto para ser algo predominado pela empatia ou por alguma emoção mais forte. Segundo Mareei e Jaspers, o amor é uma relação pessoal entre dois seres concretos, não podendo haver relação pessoal entre um ser humano individual e a abstração da humanidade. Logo, a pessoa ao se sacrificar em nome da humanidade, mostra sua incapacidade de amor pessoal. Comungando com os humanistas, o amor universal

depende de algum tipo de identificação com os outros, e aceitar o outro como semelhante é algo muito difícil de ser vivenciado e dimensionado. O amor deve ser considerado um processo dialético, uma entrega onde as pessoas amam para serem amadas, e isso exclui as formas de entrega em que não existe simetria e troca. Para outros, o amor é o próprio sentido da vida, pois afirmam que a vida existe a partir do amor e que apenas este, da luz e cor à própria existência. O amor como forma de renúncia e entrega que gratifica as atribulações da vida. As diversas definições dadas ao amor fazem com que muitas vezes alguns atos consistam em ser chamados de amor, se distanciando dos fatos. E também determinados envolvimentos afetivos, ao serem chamados de amor perdem sua essência. No entanto, o amor é o que se sente diante duma intensa emoção até fatigar, ao contrário do que se define e se conceitua pela razão. O amor não existe como valor absoluto ou fenômeno real, o amor se existente, é sentido de forma única e finita. “Amor é um sorriso de criança com seu olhar de esperança; é o trem que parte ruma ao desconhecido, levando sonhos e ilusões daqueles que ficam e daqueles que vão. É o nada e o tudo, mas nunca o princípio sempre o fim”. Segundo Sartre, algumas atitudes humanas, como o desejo físico, a indiferença e o amor, é de forma ou de outra, alguma modalidade de sadismo ou masoquismo, e todas estão fadadas à frustração, em última análise pelas mesmas razões. Querer ser amado é querer colocar-se para além de todo o sistema de valores do outro, e ser tomado como condição de toda a valorização é o fundamento objetivo de todos os valores. Por exemplo, a amante exige que o amado lhe sacrifique, em seus atos, a moral tradicional e se preocupa em saber se o amado trairia os amigos por ela, se roubaria por ela, se mataria por ela, etc. Contudo, o próprio desejo como se o desejo fosse arbítrio existencial, é uma forma de tentar fazer do amor expressão de tantas outras coisas que transcendem a própria conceituação dos fatos. Segundo Angerami (2007), “amor é sentimento que torna dócil e meigo o próprio ódio: nada, nem ser existente, resistem ao encanto de sua fragrância e magia. E como sentimento, sentimento capaz de dar formas concretas ao abstrato, é a própria esperança, capaz de escorraçar o ódio dos corações humanos”. Tédio Existencial: O tédio existencial é um tema pertinente ao se refletir sobre o homem contemporâneo. Já que o tédio existencial é um dos aspectos que mais sofrimento tem legado à existência, estando sempre presente, embora não fundamentalmente com essa definição na prática psicoterápica.

Deste modo, o tédio existencial se caracteriza como sendo uma situação em que o homem sofre a dor de ver o tempo passar, sem estar se realizando e estendendo suas possibilidades. A cada dia um número maior de pessoas sofre com isso, até mesmo em níveis orgânicos, logo, a consciência de que as possibilidades da vida não estão sendo atingidas, seja por dificuldades existenciais impostas socialmente, seja pela própria falta de assumir essas possibilidades como parte inerente à existência. É impossível excluir o tédio, pois ele não é uma entidade que vem de fora e se instala em nós, mas podem-se ouvir seus avisos e partir para a ação, ou deixar que ele se instale como uma neurose. Para algumas pessoas o tédio existencial significa aniquilamento, a corrosão lenta da própria solidão; para outros, foi o último aviso que os levou à libertação e ao crescimento. Culpa: A culpa é também um tema discutido pelos existencialistas como pertencendo ao ser como tal, e não um sintoma que o constitui. Quando o homem questiona a realização de suas possibilidades existenciais, quando renuncia à sua liberdade humana , é nesse momento que a culpa se faz presente. A culpa se apresenta também quando enfrentamos outros homens sem respeito à sua condição humana, ou seja, quando aniquilamos as possibilidades existenciais dos nossos semelhantes. A culpa se transforma em um sintoma ou patologia, quando a culpa ontológica não é assumida como tal. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA. Angerami, Valdemar Augusto - Camon. Psicoterapia existencial. 4ed.rev. São Paulo: Thomson, 2007. Angerami, Valdemar Augusto - Camon. Psicoterapia e subjetivação: uma análise de fenomenologia, emoção e percepção. São Paulo: Thomson, 2003.

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